Hoshizora no Shita – CapĂtulo 3
Hoshizora no Shita Kimi no koe Dake wo Dakishimeru
Abaixo do Céu Estrelado, Agarro-me Apenas à Sua Voz
Light Novel Online – CapĂtulo 03:
[O Badalar da Meia-Noite]
Parte 1
A ligação de Eina veio numa sexta-feira à noite, uma antes do meu aniversårio.
â Tudo bem.
â Preciso levar algo? NĂŁo basta apenas o meu celular?
â Por quĂȘ?
â Tudo bem, vamos depois que comermos.
, rimos.
â Pode ser. Mas por que uma pazinha?
â Isso sĂł me deixa ainda mais curioso.
â HĂŁ? â Olhei para o relĂłgio e vi que o ponteiro passara da meia-noite. â Obrigado.
Foi a primeira vez que fiquei conversando com alguém durante a chegada do meu aniversårio. Quando a data mudava, eu jå estava deitado e sonhando em meu quarto.
Senti um calor no peito.
E, assim, fiz dezessete anos.
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Eu estava na frente da Estação C no dia seguinte. O celular vibrou na minha mĂŁo. Eu disse âAlĂŽâ no microfone do fone de ouvido.
Meu coração acelerou quando ouvi a voz pelos fones. Eu jå estava acostumado com ela, mas escutå-la diretamente em meu ouvido fazia parecer que eståvamos juntos.
â Ei⊠â Me acalmei para que isso nĂŁo ficasse Ă mostra em minha voz e dei um simples cumprimento.
Andamos pela cidade. Fomos atĂ© uma livraria primeiro, escolhemos um local famoso, no Ășltimo andar de uma loja de departamentos.
â Eina, vocĂȘ lĂȘ contos de fadas, nĂ©?
â Me recomenda alguma?
Ela recitou o nome de um famoso livro ilustrado de contos de fadas.
â Pode ser que jĂĄ tenha lido quando era menor. Bem, jĂĄ que estou aqui, vou comprĂĄ-lo.
â Talvez âA Porta Para O VerĂŁoâ? â sugeri.
Isso foi inesperado.
â Ă famoso, eles devem ter.
Eu me perguntava por que ela nĂŁo ia comprar.
â Ah, tudo bem, nĂ©?
Todos tinham seus prĂłprios problemas, por isso nĂŁo insisti no assunto.
Continuamos e fomos até uma loja para ver umas roupas.
Proca era uma butique de moda que estava se espalhando pelo paĂs. PorĂ©mâŠ
â Hein, Proca?
Inclinei a cabeça para o lado, perguntando se havia uma Proca por aqui e, então, lembrei que havia uma na época dela, mas não na minha.
â Ahh, Ă© meio complicado dizer isso, mas nĂŁo hĂĄ Proca aqui.
â Aham.
â Sinto muito.
Não pude deixar de sentir pena pelas suas esperanças esmagadas.
â Uma pena mesmo⊠Por enquanto, vamos tomar um chĂĄ.
Fiquei um pouco desconfortåvel por a cafeteria também ter fechado.
Fomos até uma rede de cafeterias adequada. Era o mesmo lugar, mas o nome era diferente. Comprei um café para levar e me sentei em um banco em uma praça ali perto.
â Muitas coisas mudaram em cinco anos, nĂ©?
â Ainda tem coisas que nĂŁo mudaram.
< Tipo o quĂȘ?>
â Hmm, o nome da Estação C?
â Faz sentido.
Eu nĂŁo sabia o que ela estava perguntando, por isso demorei para responder, mas Eina explicou.
Ela tinha razĂŁo.
â Nunca pensei sobre isso.
â Talvez os sentimentos do prĂncipe mantiveram a magia? â Esse foi o meu primeiro e mais simples pensamento. â Pelo ponto de vista do prĂncipe, Cinderela desaparecendo repentinamente teria sido uma tragĂ©dia, nĂŁo acha? A pessoa que imaginou como sendo a Ășnica para ele acabou desaparecendo, por isso sua vontade de encontrĂĄ-la novamente pode ter alcançado o sapatinho de cristal, nĂŁo?
Entretanto, quando terminei, comecei a pensar que isso poderia ter sido mesmo o caso. Quero dizer, se eu fosse o prĂncipe⊠Eina teria sido a minha Cinderela.
Tenho certeza que Ă© doloroso. Se eu nĂŁo conseguisse mais mandar mensagens e conversar com ela, nĂŁo sei se conseguiria me recuperar.
â Decepcionada?
Andamos um pouco pela cidade. Caminhar por aĂ e conversar com Eina era divertido, mas eu acabei pensando sobre como seria se realmente nos encontrĂĄssemosâŠ
Nos encontrarĂamos na frente da estação, eu diria âEiâ, e ela responderia com um âOlĂĄâ. EntĂŁo conversarĂamos, caminharĂamos pela cidade por um tempo e irĂamos atĂ© uma cafeteria. Eina gostava de coisas doces, entĂŁo pode ser que pedisse um parfait ou algo do tipo. Seria legal irmos para o karaokĂȘ depois disso. Que tipo de mĂșsicas ela cantaria?
Quero ir até as livrarias e conversar sobre os livros populares com ela. Não pelo telefone, mas com a garota em minha frente. No entanto, tudo isso estava longe de nós.
Voltei a mim com a voz de Eina. Fomos para um local alto e estĂĄvamos observando a vista.
â Ah, me desculpe, sĂł estava pensando.
Ela fingia estar com raiva, mas nĂŁo era nem um pouco assustadora.
â Presente?
â Sim⊠Ei, como?
Segui as instruçÔes dela e usei a pazinha para cavar.
A pazinha atingiu algo, emitindo um baque.
Retirei a terra e encontrei algo que parecia uma lata de doce. Peguei-a e abri-a, entĂŁo vi um pingente para celular com um bonequinho de pelĂșcia na ponta.
O boneco de pelĂșcia era o demĂŽnio que eu encenei.

â VocĂȘ mesma quem fez?
Ela falou como se estivesse abaixando a cabeça. Parecia um pouco torto e a costura era åspera. Mas eu podia ver que foi um presente dado com carinho.
â Nah, fiquei muito feliz mesmo. Obrigado, vou cuidar bem dele.
Havia cinco anos entre nĂłs. Mas, mesmo assim, vivĂamos no mesmo planeta.
Parte 2
â Shuu-kun, esse pingente Ă© fofo.
Passou quase uma semana, era sexta-feira agora. Eu estava sentado na sala do clube, esperando por novos candidatos, os quais nunca chegariam, enquanto lia preguiçosamente. Ruka-senpai estava na minha frente, estudando.
EstĂĄvamos ali jĂĄ fazia uma hora. De repente, ela viu meu celular em cima da mesa e comentou.
â Foi um presente de Eina.
â Aquela escritora, vocĂȘ quer dizer?
Assenti.
â VocĂȘ a encontra com frequĂȘncia?
Ela largou o lĂĄpis e inclinou-se para frente, completamente no modo fofoca. Larguei meu livro e olhei para ela.
â Na verdade, nunca nos encontramos.
â HĂŁ? Como a conhece entĂŁo? Rede social?
â Sim, tipo isso â admiti.
â Minha nossa, esses jovenzinhos de hoje sĂŁo incrĂveis, essa senhorinha aqui estĂĄ muito surpresa.
â âSenhorinhaâ? VocĂȘ Ă© sĂł um ano mais velha do que eu!
â Ahaha. Bem, deixando as brincadeiras de lado⊠Nunca pensou em encontrĂĄ-la? VocĂȘs parecem se dar muito bem, nĂŁo seria mais divertido conversarem pessoalmente?
â NĂŁo⊠podemos. HĂĄ motivos para isso.
â EntĂŁo vocĂȘ tem vontade de encontrĂĄ-la.
â Hein? â Ela me pegou de guarda baixa, como sabia?
â Se nĂŁo quisesse, nĂŁo diria âNĂŁo podemosâ, nĂ©? â Ela sorriu gentilmente.
â Sim⊠Se as circunstĂąncias nĂŁo fossem um problema, eu gostaria.
Na verdade, nĂłs tentamos, mas nĂŁo conseguimos.
Ela inclinou a cabeça, considerando, fazendo barulhos como se estivesse pensando, então, perguntou repentinamente:
â Shuu-kun, vocĂȘ gosta dela, nĂŁo gosta?
Ela falou casualmente, como se fosse apenas uma continuação da conversa. Mas, no momento em que ouvi suas palavras, meu coração congelou.
âEu gosto⊠da EinaâŠ?â
No instante em que coloquei isso em palavras, estava consciente de tudo sobre ela, e minha mente ficou em branco. NĂŁo consegui dizer nenhuma palavra. Ruka-senpai olhava para mim com diversĂŁo, entĂŁo, suspirou levemente.
â Entendo. Perdi para alguĂ©m que vocĂȘ nem viu ainda.
â Perdeu? â Consegui me recompor. Mas nĂŁo conseguia acompanhar a conversa.

â NĂŁo se preocupe com isso, estava sĂł falando comigo mesma. Ei, se gosta dela, precisa encontrĂĄ-la e dizer como se sente. Tenho certeza que vai se arrepender se nĂŁo o fizer.
â HĂĄ muitas razĂ”es para isso nĂŁo ser possĂvel.
â Mas vocĂȘ gosta dela, nĂ©?
â Sim⊠â admiti.
Pensei que seria legal tĂȘ-la ao meu lado quando estava me preparando para o festival cultural. Quando estĂĄvamos conversando no meu aniversĂĄrio, eu realmente a queria ao meu lado, quando recebi o presente, desejava que ela tivesse me dado pessoalmente. Tenho certeza de que pensava assim porque gostava dela.
â VocĂȘ quer saber quem Ă© ela, certo?
â Quero⊠â admiti novamente, depois de uma longa pausa dessa vez.
â Tudo bem, entĂŁo sua maravilhosa veterana aqui vai ajudĂĄ-lo. Mas, diga, por que nĂŁo pode encontrĂĄ-la?
â Promete que nĂŁo vai rir? Estou prestes a dizer algo que parece inacreditĂĄvel. â Eu jĂĄ tinha desistido, eu lhe contaria tudo. Pode ser que eu tenha perdido o juĂzo, mas impulsos sĂŁo uma parte importante da vida. â Eina nĂŁo vive no presente, ela Ă© de cinco anos atrĂĄs. NĂŁo sei como, mas meu celular estĂĄ conectado Ă quela Ă©poca e consigo conversar com ela.
Sua expressĂŁo foi incrĂvel depois de ouvir o que eu disse, sua boca estava levemente aberta e parecia que sua mente tinha desligado.
â Desculpe, pode repetir?
â Vou dizer quantas vezes forem necessĂĄrias. Eina vive no passado. Eu vivo no presente, por isso nĂŁo conseguimos nos encontrar.
â SĂł para confirmar, nĂŁo estĂĄ me dando apenas uma desculpa, nĂ©?
â Viu, vocĂȘ nĂŁo acredita em mim.
â Ei, nĂŁo pira. Quem acreditaria nisso logo de cara? Ah! NĂŁo Ă© como se eu nĂŁo acreditasse em vocĂȘ, sĂł me deixe pensar â disse ela enquanto cruzava os braços. â Bem, acho que faz sentido. VocĂȘ estĂĄ escondendo a verdade sobre Eina porque nĂŁo acha que alguĂ©m vĂĄ acreditar em nada do que diz?
â Isso mesmo.
â Entendi. Acredito em vocĂȘ. VocĂȘ nĂŁo Ă© alguĂ©m que inventaria mentiras estranhas, de qualquer forma â disse e sorriu para mim. Parecia que um peso foi tirado das minhas costas. â EntĂŁo, por que nĂŁo pode encontrĂĄ-la nesse ano? Embora isso signifique que a farĂĄ esperar por cinco anos.
â Ă porque Eina nĂŁo quer que eu a encontre cinco anos depois, nĂŁo quer saber sobre o seu futuro.
â Hmmm, eu ficaria interessada em saber o que aconteceu comigo no futuro.
â Eina Ă© pessimista, por isso acha que seu futuro pode ser ruim e tem medo de saber sobre ele. Acha que eu nĂŁo esconderia caso algo terrĂvel tivesse lhe acontecido, entĂŁo pediu para que nĂŁo nos encontrĂĄssemos.
â Entendo â assentiu ela.
â E, por isso, respeito sua decisĂŁo, masâŠ
â Mas vocĂȘ quer encontrĂĄ-la, certo?
â Sim.
â EntĂŁo o nosso objetivo Ă© descobrir quem Ă© Eina sem que ela saiba e ir encontrĂĄ-la â porĂ©m, ela fez uma cara triste â, mas como faremos isso?
â TambĂ©m nĂŁo sei.
â Precisamos de alguma ajuda.
Conheço apenas uma pessoa que sabe dessas coisas. O craque do Clube de Jornalismo, Sakai. Ele era habilidoso em reunir informaçÔes, então pode ser capaz de encontrå-la.
Parte 3
â Encontrar alguĂ©m? Deixe comigo. â Sakai assentiu uma vez que entramos na sala de seu clube e explicamos a situação. â PorĂ©m, tenho uma condição, eu gostaria de uma entrevista escrita com Eina-chan.
â Hm, nĂŁo posso dizer sim sem a permissĂŁo dela.
â Ă impossĂvel, nĂ©? Estamos a procurando sem que ela saiba, afinal. â Ruka-senpai me apoiou.
Sakai parou para pensar um pouco, continuando logo depois:
â EntĂŁo prometa que vai persuadi-la. Obviamente, nĂŁo quero que a pressione, nĂŁo precisa me dar uma foto, apenas a entrevista jĂĄ estĂĄ de bom tamanho. Ela ficou bem famosa, o trabalho de estreia dela gerou conversas por toda a escola, e sua peça no festival cultural foi um sucesso! Se conseguirmos uma entrevista exclusiva, ganharemos reconhecimento mundial!
Sakai estava praticamente espumando pela boca, enquanto isso, eu me sentia perdido. A entrevista dependeria apenas de Eina, entĂŁoâŠ
â Shuu-kun, vocĂȘ pode dizer que sim por agora. â Ruka-senpai mostrou-me um sorriso tenso. â Deixe para se preocupar com isso depois.
â Tudo bem, tentarei persuadi-la.
â Eba, entĂŁo vamos aproveitar a oportunidade e começar. â Sakai colocou um tablet na mesa. â âEinaâ Ă© seu nome na internet, isso?
â Provavelmente.
â EntĂŁo vamos dar uma olhada em locais como o Twitter.
Fiquei surpreso comigo mesmo por não ter pensado nisso. Queria tanto encontrå-la, mas não fui capaz de pensar em soluçÔes sozinho.
Sakai digitou âEinaâ no campo de pesquisa e cerca de dez contas apareceram na tela.
â Huh, tem bastante â murmurou Ruka-senpai, admirada.
â Quase metade sĂŁo estrangeiros, entĂŁo deve ser uma dessas duas. â Enquanto falava, Sakai abriu o perfil das duas usuĂĄrias. â E aĂ? Algo familiar? Ou talvez algo que combine com o que ela disse?
â Ah! â Apontei para uma. â Deve ser essa. Ela escreveu sobre isso semana passada.
Eina @eina002
Vou sair com S-san amanhĂŁ.
Eina @eina002
JĂĄ tenho o presente dele pronto.
Eina @eina002
EstoutĂŁonervosa!
â VocĂȘ seria o S-san?
â TalvezâŠ
Desci mais a conversa.
Eina @eina002
Não consigo⊠escrever o roteiro⊠à O FIM.
Eina @eina002
S-san me elogiou pelo roteiro! Estou tĂŁo feliz!
Eina @eina002
Vi a peça! S-san estava incrĂvel!
â Eina-chan Ă© muito doce.
â Estou com um pouco de inveja.
Sakai e Ruka-senpai disseram respectivamente, e eu sabia que meu rosto ficara vermelho.
â Voltando ao assunto, provavelmente essa seja sua conta. O que faremos agora? â Fingi estar calmo e perguntei.
â Vamos analisar seus tweets e procurar por informaçÔes pessoais. â Sakai passou o dedo na tela, passando-o pela linha do tempo dela. â Oh, ela usa um blog comum tambĂ©m, vamos dar uma olhada.
Ele abriu a pĂĄgina em uma janela separada e vĂĄrias entradas, mais detalhadas do que os tweets, apareceram na tela.
â Alegre-se, Yagi. Eina-chan Ă© terrivelmente noob na internet.
â Por que eu ficaria alegre com isso? â Senti um desconforto.
â Vai ser mais fĂĄcil encontrĂĄ-la. Por exemplo, veja essa foto⊠â Ele abriu a imagem de uma cerejeira, era uma foto bonita, ela estava completamente cheia de flores cor-de-rosa. â Ela ainda tem a informação de local. E o tĂtulo Ă© âUma provinha daqui pertoâ. Agora sabemos que ela mora perto de uma cerejeira. O endereço é⊠â Ele buscou a localização em um mapa. Ficava a uma estação de distĂąncia da Estação C e parecia ser bem rural.
â EntĂŁo Ă© assim que um stalker encontra alguĂ©m⊠â Ruka-senpai se afastou dele.
â Ei, Ruka-senpai! Eu nĂŁo faço isso! NĂŁo Ă©, Yagi?
â Sinto muito, acho que isso Ă© a cara de um stalker.
â Que maldade! VocĂȘs sĂŁo iguais entĂŁo!
â Shuu-kun Ă© diferente! Eles se amam!
â Kuh⊠qual Ă© a dessa discriminação?! â Sakai cerrou os dentes. â Isso nĂŁo irĂĄ me parar⊠Faço qualquer coisa pela entrevista com Eina-chanâŠ!
Ele estava realmente se esforçando, por isso decidi dar o meu melhor para que ela desse uma entrevista.
â Tem bastante fotos, vamos dar uma olhada em seus tweets⊠oh, dia de esportes na escola fundamental? SĂł hĂĄ uma escola com dia de esportes, entĂŁo⊠oh! Ela postou a foto de uma janela!! â Sakai nos deixou de lado por um momento, mergulhando na internet, entĂŁoâŠ
â Provavelmente Ă© aqui onde ela mora. â Ele apontou para uma casa na vista da rua. Levaria cerca de meia hora para chegar lĂĄ, talvez pudĂ©ssemos ir lĂĄ para dar uma olhada. â Parece ser a casa da famĂlia Yokota. Cinco anos atrĂĄs, eles tinham alguĂ©m que estava no ensino mĂ©dio e outro no fundamental. NĂŁo sei agora, entretanto. Eina-chan nĂŁo tem nenhum outro post desde outubro, hĂĄ cinco anos, entĂŁo nĂŁo consigo pesquisar mais. Pode ser que ela tenha achado outra coisa para fazer depois disso.
â Essa⊠é a casa dela⊠â Eu tremia enquanto olhava para a foto. â Obrigado, sĂ©rio mesmo. NĂŁo imaginava que vocĂȘ a encontraria tĂŁo rĂĄpido.
â Serei um jornalista, entĂŁo isso Ă© moleza. â Proclamou Sakai com orgulho.
â Tenha cuidado para nĂŁo ser morto ao meter muito o nariz em alguma corrupção polĂticaâŠ
â Eu ficaria feliz em estar envolvido com algo tĂŁo grande!
Ruka-senpai parecia estar preocupada de verdade, mas Sakai ignorou triunfantemente suas preocupaçÔes.
â E agora, o que faremos? â perguntei.
â Vamos dar uma olhada. NĂŁo fizemos nada para nos sentirmos culpados â declarou Sakai com confiança.
âNĂŁo, nĂłs fizemosâ,preocupado, pensei.
Parte 4
Era o dia seguinte, um sĂĄbado, e Ruka-senpai, Sakai e eu estĂĄvamos indo atĂ© a residĂȘncia dos Yokota.
Comprei alguns doces em frente à Estação C.
â Por que comprou isso, afinal? â perguntou Sakai.
â Eina gosta de coisas doces, como alguns dorayaki â respondi.
â VocĂȘ gosta mesmo dela â disse Ruka-senpai, e minhas bochechas ficaram vermelhas.
Descemos do trem na estação seguinte e caminhamos por cinco minutos pelos subĂșrbios silenciosos atĂ© chegarmos Ă casa dos Yokota.
Fiquei diante do interfone e respirei fundo.
Ruka-senpai e Sakai deram um passo para trĂĄs e esperaram por mim, nĂŁo me apressando para apertar o botĂŁo.
Lentamente, estiquei o dedo até o botão.
Me pergunto como ela Ă©.
Qual o formato das sobrancelhas dela?
Qual a cor de seus olhos?
SerĂĄ que Ă© pĂĄlida ou bronzeada?
Baixinha ou alta?
Qual o comprimento do cabelo dela?
Que cor tem?
Ela sempre estava sorrindo, como seria esse sorriso?
Apertei o botĂŁo.
Um toque agradĂĄvel soou.
A voz de uma mulher adulta respondeu.
â Eina-san estĂĄ em casa?
A mulher parecia confusa.
Fazia sentido perguntar pelo apelido? Ela pode nĂŁo ter contado Ă famĂlia que nome usava.
Ou era o lugar errado?
Talvez jĂĄ tivesse se mudado, jĂĄ que cinco anos se passaram.
â Sim! Escreveu!
Me inclinei para frente. No entanto, a mulher ficou em silĂȘncio por um tempo.
â NĂŁo? Ela se mudou?
O autofalante fez um zunido enquanto desligava e, depois de um tempo, uma mulher apareceu. Tinha uns vinte anos. Seu olhar era afiado, parecia ser uma mulher fria.
Curvou-se ligeiramente.
â Sou a prima de Eina. Prazer em conhecĂȘ-los.
â Prazer em conhecĂȘ-la tambĂ©m.
Cumprimentei-a, me perguntando se essa era a prima que brigava com Eina.
â Por favor, vamos conversar lĂĄ dentro.
Ela nos convidou para entrar, e nĂłs trĂȘs entramos na casa. Nos mostrou a sala de estar e nos sentamos no sofĂĄ.
â Indo direto ao ponto, Eina morreu.
O que ela acabou�
Tentei perguntar, mas tudo o que consegui foi emitir um som abafado de dĂșvida.
O choque trancou minha garganta, me deixando incapaz de falar.
â Eina subiu em um morro atrĂĄs de nossa casa durante uma tempestade hĂĄ cinco anos e nĂŁo voltou mais. Ainda estĂĄ desaparecida. Mas provavelmente nĂŁo existem mais esperanças depois de todo esse tempo, atĂ© mesmo jĂĄ desistimos â disse sua prima, com uma expressĂŁo sĂ©ria.
Eu estava simplesmente espantado, encarando o rosto dela.
â Agora que penso sobre isso, acho que fiz algo que nĂŁo devia. Sempre a tratando mal⊠Mas ela estava sempre trancada em seu quarto e usando as coisas dos outros. E tinha as discussĂ”es entre o papai e a mamĂŁe, e a preocupaçãoâŠ
Ela começou a chorar enquanto falava.
Ruka-senpai lhe disse algo, e Sakai também deu algum tipo de resposta.
Confuso, eu observava tudo isso. A voz deles parecia estar distante.
Uma Ășnica frase repetia-se sem parar em minha cabeça.
Eina morreu.
MorreuâŠ
Morreu!
Lembrei-me das palavras dela.
â NĂŁo pode ser verdade⊠â Consegui fazer isso sair da minha boca. â NĂŁo pode ser verdadeâŠ!!
Tradução feita por fãs.
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