I Parry Everything – CapĂ­tulo 32 – Volume 1

Ore wa Subete wo “Parry” Suru: Gyaku Kanchigai
no Sekai Saikyou wa Boukensha ni Naritai
I Parry Everything: What Do You Mean I’m the Strongest?
I’m Not Even an Adventurer Yet!

Light Novel Online – Volume 01:


História BÎnus: O Tour GastronÎmico de Noor pela Capital A Introdução

Depois do trabalho, eu geralmente jantava em alguma das barracas de comida ou refeitórios espalhados pelas ruas principais da cidade. Meus colegas da obra estavam sempre empolgados para recomendar todo tipo de restaurante e pratos saborosos, e meu hobby secreto era experimentar novos lugares com base nessas indicaçÔes.

Certa vez, enquanto meus colegas e eu discutĂ­amos animadamente sobre quais restaurantes tinham a melhor comida, uma risada repentina interrompeu a conversa. Vinha de trĂĄs de mim.

— Heh. EntĂŁo Ă© isso que vocĂȘs consideram comida boa? NĂŁo sabia que eu estava cercado de comediantes.

Virei-me e vi um homem baixo que me parecia familiar—alguĂ©m que eu jĂĄ tinha visto algumas vezes na obra. Ele exibia um sorriso enigmĂĄtico que eu nĂŁo conseguia decifrar.

— O que foi que vocĂȘ disse? — perguntei.

— Deixa pra lĂĄ, Noor — um dos meus colegas interveio. — Esse cara Ă© encrenca.

— Heh heh. VocĂȘ nĂŁo vai encontrar nada realmente bom nas ruas principais, pode acreditar. Os verdadeiros gourmets frequentam os becos. Mas, pensando bem, acho que nĂŁo dĂĄ pra esperar muito paladar de vocĂȘs.

Olhei para os lados e vi que meus outros colegas estavam se encolhendo, como se estivessem com medo. Não entendi o motivo. Aquele sujeito desprezando a comida das ruas principais só serviu para atiçar minha curiosidade.

— É mesmo…? — retruquei. — EntĂŁo existem mesmo lugares tĂŁo bons assim nos becos?

— Heh heh. Ficou interessado? Posso te levar atĂ© um… se tiver coragem para aceitar o desafio.

— Desafio…? — repeti.

— NĂŁo escuta ele, Noor — outro colega advertiu. — TĂŽ falando sĂ©rio, Ă© pro seu prĂłprio bem. Ir com ele Ă© a pior coisa que vocĂȘ pode fazer.

— Por quĂȘ?

— Bem… porque ele come… — Meu colega olhou em volta, buscando apoio dos outros. — Sabe…

— Não — outro interrompeu. — Não me lembra disso.

— Urp… — gemeu um terceiro. — SĂł de pensar nisso me dĂĄ…

— Cara, muda de assunto, por favor. Eu vou… Ugh…

— VocĂȘs estĂŁo bem? — perguntei. — Que que deu em vocĂȘs, de repente?

Até um instante atrås, eståvamos conversando e nos divertindo. Agora, todos seguravam a boca como se estivessem prestes a vomitar.

— Se tĂĄ tĂŁo curioso — um colega disse —, entĂŁo Ă© melhor ver por si mesmo. Eu… realmente nĂŁo quero explicar.

— É — outro concordou, depois virou-se para os demais. — De qualquer forma, estamos falando do Noor. Aposto que ele vai ficar bem.

— Boa observação — acrescentou outro. — Experimentar uma vez—e sĂł uma vez—pode atĂ© ser um bom aprendizado.

— Vai nessa, Noor — incentivou um quarto. — VocĂȘ vai entender quando chegar lĂĄ. Depois conta pra gente como foi, beleza?

— Se vocĂȘs dizem… Tudo bem.

E assim, no dia seguinte, apesar de um tanto desconfiado das reaçÔes deles, acompanhei o homem baixo até o lugar misterioso ao qual ele queria me levar.

— Heh heh. Chegamos.

EstĂĄvamos diante de um restaurante minĂșsculo, escondido nos confins de um beco escuro. Assim que entramos, fui atingido por um cheiro estranho vindo dos fundos. Era difĂ­cil ter certeza, mas parecia ser o cheiro da comida.

— Que tipo de lugar Ă© esse…? — murmurei.

— Nunca te vi por aqui antes, garoto.

A voz veio de uma velha com um ar peculiar e um tanto sombrio. Pelo que parecia, ela era a dona do estabelecimento.

— É, ele tá comigo — disse o homem baixo. — Disse que tem interesse em comida de verdade, então trouxe ele aqui. O de sempre, por favor. O suficiente para dois.

— Hee hee! O de sempre, nĂ©?

Com um sorriso inquietante, a velha pegou algo dos fundos e encheu dois pratos, colocando-os Ă  nossa frente.

— Hee hee… Aproveitem.

— O que Ă© isso? — perguntei.

— Só experimenta — o homem respondeu.

Segui as instruçÔes e peguei um pedaço generoso do que quer que fosse aquilo. Parecia uma carcaça de peixe pegajosa e apodrecida, picada e amontoada no prato… mas mesmo assim, coloquei na boca.

— Hmmm…

Os ossos arranharam e espetaram dolorosamente o interior da minha boca, e o fedor de peixe podre era tĂŁo forte que, por um momento, considerei cuspir tudo fora. Mas depois de superar essa primeira barreira, minhas papilas gustativas foram tomadas por um sabor misteriosamente delicioso.

Para ser sincero, ainda preferia a comida das barracas nas ruas principais, mas aquele prato definitivamente era gostoso—só que de um jeito diferente.

— VocĂȘ tinha razĂŁo — admiti. — Isso Ă© bom.

— O quĂȘ?!

O homem me encarava, visivelmente surpreso.

— Entendo, entendo! VocĂȘ Ă© mais promissor do que eu imaginava!

— SĂ©rio…?

— É. Agora eu tî te vendo com outros olhos.

NĂŁo entendi o porquĂȘ. SĂł tinha dado minha opiniĂŁo sincera…

— Certo, nesse caso, vamos para o prĂłximo prato — disse o homem. — Pode trazer “aquilo”, por favor? Sabe, aquele que quase me fez desmaiar quando experimentei pela primeira vez hĂĄ dois anos.

— Hee hee. Tem certeza de que nĂŁo Ă© cedo demais? — perguntou a velha. — Afinal, Ă© a primeira vez do garoto aqui.

— Tenho certeza — ele respondeu. — Se eu não estiver errado sobre ele, ele vai aguentar.

— Hee hee. Bom, não sou responsável pelo que acontecer. E não tem reembolso, mesmo que não consiga terminar.

— Sem problema. Pode servir.

— Hee hee. Agradeço a preferĂȘncia.

E assim, meu prĂłximo prato chegou: algo completamente preto, impossĂ­vel de descrever em palavras.

— O que… Ă© isso?

— Experimenta e descobre.

— Se vocĂȘ diz…

Mais uma vez, segui as instruçÔes, e fui imediatamente atingido por um desconforto avassalador. Primeiro, senti uma doçura enjoativa. EntĂŁo, um instante depois, uma mistura violenta de picĂąncia, amargor, acidez e azedume atacou minha lĂ­ngua ao mesmo tempo. Ao engolir, a intensidade de todos os sabores atingiu o auge explosivamente, estimulando minha boca e garganta. Eu mal conseguia me manter consciente, mas ainda assim…

— Isso Ă© bom — declarei.

Foi por pouco, mas o prato mal e mal se qualificava como “bom”. Tinha um gosto Ășnico que eu nunca tinha experimentado antes, mas ainda era definitivamente comestĂ­vel. TambĂ©m nĂŁo parecia conter veneno, entĂŁo imaginei que, com exposição suficiente, eu poderia acabar considerando aquilo “saboroso”.

— NĂŁo me diga… — comentou o homem. — VocĂȘ realmente nĂŁo me diga. Eu te subestimei, cara. NĂŁo achei que vocĂȘ fosse chegar tĂŁo longe. VocĂȘ tem o meu respeito!

Ele voltou a me encarar surpreso, embora eu ainda não soubesse o motivo. Então, seus olhos começaram a brilhar. Eu estava cada vez mais perdido.

— Ainda assim — continuou ele —, se algo desse nĂ­vel foi moleza para vocĂȘ… entĂŁo sĂł resta uma coisa a experimentar. Dona, traga aquele prato. Aquele pelo qual arrisquei minha prĂłpria vida hĂĄ trĂȘs anos.

— Ele…? — repetiu a velha. — E-espere, vocĂȘ nĂŁo pode estar falando sĂ©rio… — Seus olhos se arregalaram de choque, entĂŁo ela continuou com um tom de repreensĂŁo: — VocĂȘ estĂĄ sĂŁo? Isso nĂŁo Ă© algo que um amador qualquer pode suportar. VocĂȘ vem aqui hĂĄ tempo suficiente para saber disso.

— Sim, sim — respondeu o homem. — Eu estou preparado. Vou assumir a responsabilidade pelo que acontecer. Traga-o.

— Hee hee… AlguĂ©m estĂĄ se empolgando. Ah, mas o que me importa? Lembre-se, vocĂȘ Ă© o responsĂĄvel. Hee hee.

Com uma risada sinistra, a velha trouxe um prato com algo do fundo da cozinha — algo que fedia e parecia brilhar em um tom esverdeado — antes de colocá-lo na minha frente.

— O que Ă© isso…? — perguntei.

— Sapo venenoso cozido no shoyu — explicou ela. — Os bĂĄrbaros do norte costumavam comer isso para testar sua coragem… embora jĂĄ faça muito tempo que essa tradição foi abandonada.

Eu não entendi uma palavra da explicação dela — o cheiro do prato era forte demais. Eu me perguntava se aquilo era sequer comestível.

— Isso vai exigir coragem… — murmurei.

— Heh heh. EstĂĄ sentindo medo? — perguntou o homem. — Da primeira vez que vi isso, quase desmaiei sĂł pelo cheiro. E fica ainda pior quando entra na boca, e—ei, ei, espera aĂ­! NĂŁo coma tanto de uma vez! VocĂȘ vai morrer!

Eu agi sem hesitação e dei uma generosa mordida na substĂąncia verde… Assim que entrou na minha boca, fui tomado por um fedor tĂŁo insuportĂĄvel que comecei a questionar se aquilo sequer era comida. Era nojento, lembrava os piores esgotos que eu jĂĄ tinha limpado, e ainda assim…

— Isso Ă© saboroso — falei.

E era, embora sĂł por um fio. O cheiro azedo era inconfundĂ­vel, e a textura era tĂŁo horrĂ­vel que tentar engolir fazia minha boca, garganta e estĂŽmago doerem ao mesmo tempo… mas depois de superar tudo isso, percebi que o prato estava carregado de nutrientes.

Claro, parecia e cheirava terrivelmente mal, mas definitivamente nĂŁo era incomĂ­vel. Na verdade, se vocĂȘ conseguisse manter os nervos firmes, havia muito mĂ©rito em consumir algo tĂŁo nutritivo. Antes, eu duvidava se aquilo poderia ser chamado de comida, mas agora tinha uma confiança razoĂĄvel de que sim, mesmo que fosse por uma margem bem estreita. Digo, nĂŁo era como se tivesse veneno.

Pensar que pratos assim existiam… O mundo era realmente um lugar enorme.

— O quĂȘ…? — Os olhos do homem baixinho se arregalaram. — “Saboroso”?!

Lancei-lhe um olhar confuso.

— VocĂȘ nĂŁo me trouxe aqui porque a comida era boa…?

— Quer dizer, sim, mas… VocĂȘ tem certeza? A-AliĂĄs, espera. Faz muito tempo desde que comi esse prato, entĂŁo deixa eu sĂł provar um pouco—gack!

Depois de dar uma Ășnica mordida, o homem desabou no chĂŁo, parecendo engasgado. Ele eventualmente conseguiu se levantar, com algum esforço, mas nĂŁo antes de bater no chĂŁo em frustração.

— C-Como… vocĂȘ pode chamar isso de… saboroso?!

— Hee hee. Desista de uma vez — disse a velha para ele. — VocĂȘ perdeu. O novato te venceu. Ele agora detĂ©m o tĂ­tulo de Gourmet Bizarro.

— Ugh, droga! — resmungou o homem. — Eu nunca pensei que vocĂȘ fosse chegar tĂŁo longe!

“Gourmet Bizarro”? Eu nĂŁo fazia ideia do que eles estavam falando. NĂŁo estĂĄvamos aqui porque ele queria me apresentar uma boa comida?

— Isso nĂŁo acabou, ouviu bem?! — balbuciou o homem baixinho. — V-Vamos ver quem ri por Ășltimo da prĂłxima vez!

ApĂłs sua proclamação, ele pagou as nossas refeiçÔes, saiu do pequeno restaurante e sumiu na noite. Eu tinha vindo planejando pagar por mim mesmo, mas agora minha Ășnica escolha era aceitar sua gentileza com gratidĂŁo.

— Foi ótimo, obrigado — disse à velha. — Acho que voltarei aqui outra vez.

— Hee hee. Faça isso, garoto. Traga ele junto tambĂ©m. Da prĂłxima vez, vou servir nada menos que o melhor, entĂŁo aguarde ansioso.

— Claro, vou fazer isso. Mal posso esperar.

E assim, depois de terminar minha comida e agradecer, saĂ­ de volta para a noite, deixando o pequeno e sombrio restaurante para trĂĄs.


Tradução: Carpeado
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