I Parry Everything – CapĂ­tulo 22 – Volume 1

Ore wa Subete wo “Parry” Suru: Gyaku Kanchigai
no Sekai Saikyou wa Boukensha ni Naritai
I Parry Everything: What Do You Mean I’m the Strongest?
I’m Not Even an Adventurer Yet!

Light Novel Online – Volume 01:


CapĂ­tulo 22: O DragĂŁo da Peste Negra

Quando a habilidade [Revelar] da princesa expÎs a criatura que estava oculta a céu aberto, eu engasguei.

— Isso Ă© um… nĂŁo, um DragĂŁo da Peste Negra?!

Apesar da aparĂȘncia de um enorme sapo negro, o monstro Ă  distĂąncia era, na verdade, uma espĂ©cie de dragĂŁo conhecido por sua natureza selvagem. Diziam que suas garras eram mais duras que ferro e usadas para despedaçar suas presas, que seus dentes eram fortes o suficiente para esmagar rochas e que seu instinto o levava a devorar qualquer coisa que se movesse.

Mas o mais aterrorizante de tudo era seu sopro: uma névoa venenosa armazenada em um saco no fundo da garganta. Qualquer ser vivo que entrasse em contato com aquilo, sem exceção, sofreria queimaduras horrendas e seria reduzido a nada além de um cadåver enegrecido.

Esse sopro maligno era a origem de seu apelido: “O Portador da Peste Negra.” Entre todas as criaturas que habitavam o continente, os DragĂ”es da Peste Negra eram considerados um dos mais ferozes.

Sendo uma espĂ©cie de dragĂŁo, sua força em batalha era indiscutĂ­vel — e, devido ao enorme risco representado por seu sopro, que podia atingir ĂĄreas vastas, era classificado como uma ameaça Especial Classe A. Os efeitos secundĂĄrios de sua respiração tambĂ©m eram devastadores; a nĂ©voa se infiltrava no solo, transformando vastas ĂĄreas em terras calcinadas e estĂ©reis. Haviam incontĂĄveis exemplos de regiĂ”es assim espalhadas pelo continente.

Mas por que um Dragão da Peste Negra estava tão próximo de um assentamento humano? Normalmente, essas criaturas viviam em pùntanos tóxicos, longe de qualquer civilização, e eram encontradas apenas em raríssimas ocasiÔes.

Serå que era por causa daquele garoto ao lado dele? Observei seus traços distintivos e, embora só tivesse ouvido histórias sobre sua raça, cheguei à conclusão mais provåvel.

— O que um demĂŽnio estĂĄ fazendo aqui…? — murmurei.

Os demÎnios eram uma raça odiada de semi-humanos que, após uma derrota esmagadora na grande guerra contra a Santa Teocracia de Mithra, mais de duzentos anos atrås, perderam seu país e foram dispersos pelo mundo. Embora se parecessem com humanos, havia diferenças claras entre as duas raças. Diziam que todos os demÎnios podiam se comunicar com bestas mågicas à vontade, uma habilidade especial que possuíam desde o nascimento. Também se falava que, por natureza, eram seres semelhantes a monstros. Muitos registros históricos narravam como os demÎnios controlavam criaturas ferozes como se fossem extensÔes de seus próprios corpos, colocando cidades inteiras em risco.

Dito isso, avistamentos de demÎnios eram extremamente raros; dizia-se que sua raça havia sido caçada até quase a extinção. Essa era a primeira vez que eu via um com meus próprios olhos.

Ainda assim, “quase extintos” nĂŁo significava “completamente erradicados.” Existiam rumores de sobreviventes da grande guerra que permaneciam escondidos, esperando a chance de se vingar. A recomendação oficial era eliminar qualquer um deles Ă  vista, embora a Santa Teocracia de Mithra — que os considerava inimigos mortais — oferecesse um prĂȘmio generoso por capturas vivas. Por causa disso, em tempos passados, surgiram atĂ© mesmo caçadores autoproclamados de demĂŽnios.

— NĂŁo me diga que esse garoto demĂŽnio trouxe o DragĂŁo da Peste Negra atĂ© aqui… — murmurei.

Agora que o tinha reconhecido como um demĂŽnio, a situação começou a fazer sentido. Muito provavelmente, ele havia guiado o dragĂŁo atĂ© aqui. Mas por quĂȘ? Se o deixĂĄssemos solto, ele devastaria todas as cidades prĂłximas — e nĂŁo havia nada que nĂłs trĂȘs pudĂ©ssemos fazer a respeito. NĂŁo importava quĂŁo resistente alguĂ©m fosse, bastava um sopro do dragĂŁo para matar em questĂŁo de segundos. EnfrentĂĄ-lo sem um plano era suicĂ­dio.

E, ainda assim, por quĂȘ—por quĂȘ—ele estava fazendo exatamente isso?!

— Instrutor!

A princesa tentou correr na direção dele, mas invoquei meu [Escudo Divino] às pressas, criando uma barreira de luz que bloqueou seu caminho e a forçou a recuar.

— Não pode, minha senhora.

Eu podia sentir o conflito e a inconsistĂȘncia das minhas prĂłprias açÔes. Minha função era proteger aqueles que viajavam comigo. Poucos instantes atrĂĄs, eu havia prometido proteger nosso companheiro com esse mesmo escudo… mas, agora, acima de tudo, eu precisava proteger a princesa Lynneburg. Esse era meu dever supremo.

Disse a mim mesmo que minha Ășnica opção era desistir daquele homem — desistir de Noor.

Mas o que aconteceu a seguir desafiou qualquer lĂłgica. Noor jĂĄ havia alcançado o DragĂŁo da Peste Negra e, segurando sua espada com uma Ășnica mĂŁo, agora aparava as garras que vinham em sua direção. Meu mentor e pai adotivo, Dandalg, o Soberano do Escudo, mal conseguia manejar a LĂąmina Negra com as duas mĂŁos… e Noor a empunhava casualmente com apenas uma.

E nĂŁo sĂł isso — ele estava usando a espada para desviar os golpes diretos das garras do dragĂŁo, que diziam ser capazes de despedaçar qualquer arma, e estava fazendo isso com facilidade. A força que permitiu a esse homem matar um Minotauro sozinho — que fez atĂ© mesmo aquele cĂŁo raivoso, Gilbert, admitir sua loucura — era real. Eu nĂŁo tinha mais dĂșvidas disso.

Porém, essa força não seria suficiente, pois o verdadeiro perigo do Dragão da Peste Negra não estava apenas em suas garras e presas colossais.

DevĂ­amos ter fugido no momento em que o avistamos; com nossa força atual, nĂŁo havia nada que pudĂ©ssemos fazer contra ele. PrecisĂĄvamos voltar Ă  capital real imediatamente, reunir reforços e entĂŁo retornar. Mas eu sabia que esse plano seria inĂștil. Os Seis Corpos do ExĂ©rcito da Capital estavam todos em missĂ”es separadas — foi exatamente por isso que essa responsabilidade recaiu sobre mim.

— A capital real está prestes a enfrentar um perigo sem precedentes — o príncipe me disse. — Caso receba notícias da destruição da cidade, leve Lynne e Sir Noor imediatamente para a Santa Teocracia de Mithra e busque asilo.

Ele me proibiu de contar qualquer coisa à princesa. Se ela soubesse a verdade sobre nossa situação, jamais aceitaria partir.

Embora eu nĂŁo discordasse do julgamento do prĂ­ncipe, sentia-me dividida. Eu nĂŁo conseguia aceitar a ideia de que meus companheiros e subordinados arriscariam suas vidas enquanto eu fugia sozinho. A culpa por deixĂĄ-los para trĂĄs pesava em minha consciĂȘncia.

Ainda assim, eu tinha uma missĂŁo: precisava proteger a princesa e escoltĂĄ-la para um lugar seguro. Eu havia dedicado minha vida a protegĂȘ-la, nĂŁo importando os sacrifĂ­cios que tivesse que fazer no processo. Nesse sentido, eu ainda estava entregando minha vida pelo Reino, assim como aqueles que deixei para trĂĄs. Esse pensamento era a Ășnica razĂŁo pela qual consegui chegar tĂŁo longe.

Mas agora, estĂĄvamos diante do inesperado—um DragĂŁo da Morte Negra surgiu em nosso caminho. Muito provavelmente, havia sido colocado ali por aquele garoto demĂŽnio. SerĂĄ que nossos inimigos haviam previsto que a princesa tomaria essa rota para escapar? NĂŁo podia dizer com certeza, mas uma coisa era clara: essa estrada estava perdida para nĂłs. Nossa Ășnica opção era recuar e correr.

Jå eståvamos próximos de Toros. Se não fizéssemos nada para deter esse monstro, ele causaria danos inimaginåveis à cidade próxima e, talvez, até além dela. O nível de ameaça que representava era imenso; perder uma ou duas cidades seria o melhor cenårio possível.

Mas ainda assim, tĂ­nhamos que fugir, mesmo sabendo que isso custaria a vida de muitos. Éramos apenas trĂȘs aqui; por mais que tentĂĄssemos, nĂŁo havia nada que pudĂ©ssemos fazer. Mesmo sendo o maior escudo do Reino, minha Ășnica opção era recuar, e ainda assim…

— O que ele está pensando?!

Minha voz soou mais acusadora do que eu pretendia, mas quem poderia me culpar? Noor havia disparado para longe da carruagem, e eu mal consegui impedir a princesa de correr atrĂĄs dele. Agora, ele jĂĄ estava a uma distĂąncia considerĂĄvel. Mesmo que tentĂĄssemos nos reagrupar e fugir, era improvĂĄvel que conseguĂ­ssemos agir rĂĄpido o suficiente. Por culpa dele, perdemos nossa chance de retirada.

Ele avançou para a batalha sem pensar duas vezes, sem se preocupar com ninguĂ©m ao seu redor—disso eu tinha certeza. Muito provavelmente, ele pretendia salvar aquele garoto demĂŽnio.

Aquele homem era um completo tolo. Achava que estava salvando uma criança, sem perceber que era justamente esse garoto quem havia trazido o monstro atĂ© aqui. Esse pensamento simplista—ou talvez um julgamento impulsivo—foi o que o fez agir.

Eu até conseguia entender por que ele fez isso, mas o que estava fazendo simplesmente não fazia sentido. A pessoa por quem ele estava arriscando sua vida era justamente o responsåvel pela ameaça que enfrentåvamos.

PorĂ©m, se eu nĂŁo soubesse disso… eu tambĂ©m teria ido.

Esse foi o prĂłximo sentimento que surgiu dentro de mim. Arriscar a vida para proteger os mais fracos era como um guerreiro—como alguĂ©m da minha classe—deveria agir. Quando havia uma pessoa assustada diante de mim, eu tambĂ©m queria defendĂȘ-la. Esse ideal era a razĂŁo pela qual escolhi essa profissĂŁo—o motivo pelo qual treinei tanto.

Mas as pessoas nĂŁo eram personagens de contos de fadas; havia um limite para o que podĂ­amos fazer. Às vezes, arriscar a vida para proteger alguĂ©m significava expor outra pessoa ao perigo. Às vezes, era necessĂĄrio decidir com calma e racionalidade quem era mais digno de ser salvo.

E agora era um desses momentos. Ainda assim…

Que diabos esse cara tinha na cabeça?!

Antes que eu percebesse, estava mordendo o lĂĄbio. Ele chamava a Princesa Lynneburg de “Lynne” como se nĂŁo fosse nada. E, como agradecimento por ter corrido para salvĂĄ-la, o rei lhe concedeu sua preciosa LĂąmina Negra.

Muito antes de eu conhecer Noor, já havia ouvido seu nome. Dandalg, o Soberano do Escudo—meu pai adotivo, a quem eu reverenciava—havia mencionado esse nome incontáveis vezes. Durante os treinos, em caçadas, ou sempre que eu enfrentava dificuldades, meu pai usava qualquer oportunidade para citá-lo.

— Me pergunto… o que Noor faria?

Isso havia se tornado um håbito dele; uma frase que dizia apenas para mim, e para mais ninguém. Sempre que perguntava de quem ele estava falando, ele nunca respondia. Apenas sorria e dizia para eu esquecer.

Mas meu pai nunca parou de dizer esse nome. Lembro-me de como isso me irritava toda vez que ouvia. Ele tinha a mim, então por que sempre mencionava um estranho qualquer? Eu não sabia o que sentir em relação a isso.

As pessoas diziam que eu parecia desinteressado nelas. E eu concordava. Talvez eu tenha me disciplinado para ser assim. Talvez porque, na minha experiĂȘncia, eu era alguĂ©m que deveria manter distĂąncia dos outros.

Eu era muito jovem quando meus pais aventureiros desapareceram e fui levado para o orfanato da capital real. NĂŁo demorou para que eu percebesse que possuĂ­a um poder misterioso. Com um pouco de concentração, conseguia criar uma fina lĂąmina translĂșcida de luz. Na Ă©poca, nĂŁo entendia o que era aquilo—sĂł achava bonito—entĂŁo mostrei esse pequeno truque para uma das crianças com quem costumava brincar… e acabei cortando o braço dela fora.

Desde entĂŁo, todos passaram a me ver como um monstro.

Quando perceberam que minha habilidade era um Dom, algo rarĂ­ssimo atĂ© mesmo nos registros histĂłricos, começaram a me encher de elogios—mas, mesmo assim, o olhar das pessoas nunca mudou. “NĂŁo se aproxime de mim”, diziam seus olhos. “VocĂȘ Ă© perigoso.”

Eu não os culpava. Se errasse ao usar meu Dom, poderia trazer destruição para tudo ao meu redor. Oken, o Soberano dos Feitiços, me ensinou isso. E desde que comecei a aprender a controlar meu poder, evitei ao måximo criar laços com outras pessoas. Me distanciar dos outros virou algo natural e, com o tempo, as palavras e açÔes das pessoas pararam de ter efeito sobre mim.

Ou pelo menos, era assim que deveria ser. Mas, de alguma forma, me sentia estranha. Sentia inveja de um homem sobre quem eu nĂŁo sabia nada alĂ©m de seu nome. E nĂŁo conseguia entender o porquĂȘ.

Agora, esse mesmo homem estava diante de mim, me deixando ainda mais confusa. Ele falava com a princesa que eu havia dedicado minha vida a proteger com uma intimidade irritante. E estava ao lado dela, no lugar em que eu deveria estar por dever, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Quando descobri que ele era o “Noor” de quem meu pai sempre falava, senti como se tudo me fosse arrancado.

Durante a viagem de carruagem, essa mesma sensação ridícula de rivalidade me levou a garantir que o protegeria, mesmo que ele não precisasse ser protegido.

A verdade Ă© que, quando ele saltou da carruagem, eu deveria ter sido capaz de detĂȘ-lo… mas uma parte de mim hesitou. Naquele momento, acreditei genuinamente que ele poderia vencer. Afinal, ele era o “Noor” do meu pai. Tinha o reconhecimento do rei, da princesa, de Gilbert e de todos os Seis Soberanos, incluindo meu pai. Talvez ele pudesse fazer isso.

Talvez ele pudesse encontrar uma maneira de derrotar essa calamidade ambulante.

Apesar de mim mesmo, senti esperança. Pela primeira vez, fiquei livre do ciĂșme e da inveja que carregava dentro de mim. E foi isso que me fez deixĂĄ-lo ir.

Noor era um tolo. Se lançou de cabeça para a morte, sem pensar. Mas se ele era um tolo, eu era um ainda maior. Eu entendia a situação, e mesmo assim não o parei.

— Prepare-se, minha senhora — disse Ă  princesa. — A nĂ©voa venenosa estĂĄ vindo.

O DragĂŁo da Morte Negra, travando batalha contra Noor, abriu suas mandĂ­bulas. No fundo de sua garganta, vi um redemoinho negro e tĂłxico se formando. Estava prestes a soltar sua arma mais temĂ­vel.

— Instrutor!

— NĂŁo hĂĄ nada que possamos fazer por ele, minha senhora. Ele jĂĄ estĂĄ alĂ©m da nossa ajuda.

O dragão soltou seu sopro de névoa negra. A nuvem escura envolveu Noor, espalhando-se rapidamente e obscurecendo minha visão por completo.

— Aqui vem ele, minha senhora! Fique atrás de mim!

Assim que invoquei meu [Escudo Divino], barreiras de luz se formaram, cobrindo todo o espaço entre nós e o Dragão da Morte Negra. Incontåveis escudos se sobrepunham, criando uma muralha de iluminação. No entanto, isso por si só não era suficiente para nos proteger totalmente contra a névoa tóxica. Parte dela escapava pelas brechas na minha barreira, mas era rapidamente neutralizada pela habilidade de clériga da princesa, [Purificar].

De alguma forma, conseguimos manter a nĂłs mesmos, a carruagem e o cavalo a salvo. Mas foi sĂł isso. Colocamos tudo o que tĂ­nhamos em uma resistĂȘncia que nĂŁo passava de simbĂłlica.

— Instrutor!

— NĂŁo, minha senhora. JĂĄ Ă© tarde demais para ele.

— M-Mas—!

— NĂŁo! Agora, vocĂȘ deve pensar apenas em sua prĂłpria sobrevivĂȘncia!

Enquanto gritava para repreender a princesa, mordi o lĂĄbio mais uma vez. Desde o momento em que Noor correu sozinho, eu jĂĄ previa esse desfecho. E foi exatamente por isso que me senti tĂŁo furiosa—com ele, por ter agido sem pensar nas consequĂȘncias, e comigo mesmo, por nĂŁo ter conseguido impedi-lo. Esses erros nos trouxeram a essa situação em que a vida da princesa estava em risco. No fim das contas, eu nĂŁo consegui proteger ninguĂ©m.

Eu nĂŁo era digna de ser uma guarda.

A névoa tóxica do Dragão da Morte Negra começou a se tornar ainda mais densa. Noor jå não podia ser salvo; apenas uma respiração desse veneno era o suficiente para ser fatal. Para um clérigo de alto nível, seria quase impossível curar. Mesmo que Sain, o Soberano da Salvação, estivesse aqui, Noor ainda teria pouquíssima chance de sobreviver. Com uma névoa tão espessa, sua expectativa de vida se resumia a meros segundos.

— Instrutor!

A princesa estava desesperada por Noor, mas jĂĄ era tarde demais para ele. Na verdade, se demorĂĄssemos mais, tambĂ©m estarĂ­amos em apuros. Concentrei-me inteiramente em garantir a segurança da princesa…

E então, de repente, ouvi um som vindo de dentro da névoa negra.

— O que… Ă© isso? — murmurei.

Talvez fosse o som de Noor lutando contra o DragĂŁo da Morte Negra. Ele reunindo suas Ășltimas forças para resistir.

Mas o som nĂŁo cessava. De tempos em tempos, era acompanhado pelo barulho de algo se quebrando.

— O que Ă© isso…? — falei para mim mesmo. Eu podia ver que a princesa tambĂ©m estava confusa com aquele barulho estranho.

EntĂŁo, uma rajada repentina de vento atravessou os campos de trigo. Imediatamente, a densa cortina de nĂ©voa começou a se dissipar—e, no meio da escuridĂŁo, vi o DragĂŁo da Morte Negra baixar suas garras em um golpe vertical.

Mas o ataque nunca atingiu seu alvo; ele foi aparado logo depois por um homem segurando sua espada com apenas uma mĂŁo. Incrivelmente, ele ainda estava de pĂ©, encarando o dragĂŁo—ainda que seu corpo inteiro estivesse coberto de sangue.

— Instrutor…

Ele jĂĄ estava alĂ©m de qualquer ajuda—qualquer um entenderia isso sĂł de olhar para seus ferimentos horrĂ­veis. E, ainda assim, ele mantinha seu olhar fixo no dragĂŁo e continuava de pĂ©. À medida que a nĂ©voa negra se dissipava lentamente, ele aparava as garras do DragĂŁo da Morte Negra com sua espada, determinado a proteger o garoto demĂŽnio caĂ­do atrĂĄs dele.

Diante de tal cena, tanto eu quanto a princesa ficamos sem palavras. Foi então que percebi: os sons estranhos que ouvimos eram as garras do dragão se despedaçando, uma após a outra.

Eu jå não podia chamar aquilo de insensatez, pois, diante dos meus olhos, via a própria encarnação de um ideal ao qual sempre aspirei: lançar-se de cabeça no perigo, sem pensar na própria segurança, e proteger outro, mesmo que isso custasse a própria vida.

Havia um escudo bem diante de mim, e ele era tudo o que eu sempre sonhei que fosse.


Tradução: Carpeado
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