Hai to Gensou no Grimgar – EX 3: Capítulo 15 – Volume 14+

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Hai to Gensou no GrimgarGrimgar of Fantasy and Ash

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[Capítulo 15: Pés]


O Mestre levou o dedo indicador aos lĂĄbios. Aquilo era um sinal claro: NĂŁo fale. Fique quieta.

Yume assentiu, e então o Mestre avançou pela trilha de caça com o corpo abaixado.

Yume o seguiu logo atrĂĄs.

A trilha era bem estreita—nĂŁo dava para caminhar normalmente por ela, mas estava bem marcada. Quase nĂŁo havia grama ali, e raramente se via galhos secos caĂ­dos. Por isso, desde que avançassem com cuidado, era relativamente fĂĄcil se mover em silĂȘncio por ela.

O Mestre parou, escondendo-se na sombra de uma ĂĄrvore. Yume ficou logo ao lado, imitando seus movimentos.

Ele olhou ao redor, movendo mais os olhos do que a cabeça.

Yume fez o mesmo.

Os pĂĄssaros e os insetos cantavam.

O vento soprava.

As folhas farfalhavam.

Yume.

Ele nĂŁo tinha falado em voz alta. Ainda assim, Yume soube que ele estava chamando por ela.

Quando olhou, o Mestre sinalizou: Siga-me.

Ela assentiu.

Eles continuaram seguindo pela trilha de caça por mais um tempo.

Mais Ă  frente, o Mestre parou de repente. Devia ter visto alguma coisa. Mas onde? O quĂȘ?

Yume queria perguntar, mas se segurou com todas as forças.

O Mestre se aproximou de um arbusto e se agachou. Yume ficou bem pertinho dele.

Tem alguma coisa aí? — perguntou ela com os olhos. O Mestre apontou.

Ela enfiou a cabeça por entre as folhas e olhou na direção que ele indicava.

Quase deixou escapar um suspiro, mas conseguiu se conter, cobrindo a boca com as duas mĂŁos.

Um lobo…!

Parecia com os cĂŁes-lobo criados pela guilda. O porte e a pelagem eram parecidos, mas ele era completamente diferente.

Primeiro, a pelagem era quase toda branca. Segundo, não era só grande—era forte. E, apesar disso, tinha movimentos ágeis.

Que fofo…

Por alguma razĂŁo, os olhos de Yume se encheram de lĂĄgrimas.

Se pudesse, queria fazer carinho nele. Abraçå-lo. E, se não fosse possível, ao menos queria se aproximar.

Mas provavelmente nĂŁo dava. Se fosse possĂ­vel chegar mais perto, o Mestre jĂĄ teria feito isso.

Aquele lobo claramente nĂŁo era fĂĄcil de abordar. Era uma criatura com a qual os humanos nĂŁo podiam conviver.

Talvez fosse por isso que Yume estava chorando.

O lobo branco se virou na direção deles. Seus olhos encontraram os de Yume.

Foi sĂł por um instante. Mas, sem dĂșvida alguma, Yume e o lobo branco se encararam.

O lobo branco logo virou para frente de novo e correu. Seus movimentos eram råpidos, suaves, os pés leves.

Em pouco tempo, ele jĂĄ estava longe, fora de vista.

O Mestre suspirou.

— Bem, jĂĄ Ă© uma sorte poder ver um desses. Aquele nĂŁo era um lobo comum.

— Ohhhhh. Não era?

— Eu jĂĄ te falei sobre o Deus Branco Elhit, nĂ©?

— Yep, yep. Aquele lobĂŁo branco, nĂ©?

— Elhit governa toda a natureza, ou melhor, Ă© um sĂ­mbolo da natureza como um todo. Dizem que, desde que esta terra de Grimgar nasceu, Elhit estĂĄ aqui. E que, se Elhit morrer, a terra morre junto. Basicamente, Elhit deve ser algo incrĂ­vel, uma encarnação de um poder imenso, alĂ©m da nossa compreensĂŁo.

— Um poderzĂŁo imundo alĂ©m da nossa pensança, nĂ©? — ponderou Yume. — Hmm…

— VocĂȘ estragou tudo aĂ­, mas deixa pra lĂĄ. — Enfim. Lobos brancos como aquele sĂŁo considerados parentes de Elhit.

— Reis? — perguntou Yume.

— Parentes… Tipo, famĂ­lia, nĂŁo realeza. Parentes sĂŁo… bem, Ă© como se tivessem o mesmo sangue. É um mistĂ©rio como podem ter o sangue de um deus, mas Ă© nisso que se acredita.

— Mwuhoooo! EntĂŁĂŁĂŁo, aquele lobo branco Ă© filho de deus?

— NĂŁo, provavelmente nĂŁo Ă© filho, nĂŁo.

— Neto, então?

— Duvido que sejam tão próximos assim. Mas, tudo bem, neto.

— Neto, nĂ©? Ou serĂĄ bisneto?

— Pode ser — disse o Mestre, dando um tapinha na cabeça de Yume.

Ele nĂŁo fazia isso com frequĂȘncia, mas sempre que o Mestre lhe fazia um carinho na cabeça, Yume sentia como se tivesse virado um lobo ou um cachorro. O Mestre devia ser realmente bom em fazer carinho em cĂŁes-lobo. Era tĂŁo gostoso que ela queria que ele fizesse mais vezes.

— Nyunh, nyuh! — soltou ela.

— …Urgh. — O Mestre puxou a mĂŁo de volta. — D-Desculpa.

— Funya? Por quĂȘ?

— Toquei em vocĂȘ sem querer.

— Mestre, Ă© errado vocĂȘ tocar na Yume?

— N-NĂŁo Ă© algo bom de se fazer.

— Por quĂȘ?

— Por quĂȘ…? É que… bem, eu sou como um pai pra vocĂȘ, entĂŁo… tem uma certa distĂąncia que a gente deveria manter, entĂŁo…

— Distñncia? — perguntou Yume.

— Nem muito perto, nem muito longe, acho.

— Ah, Ă©? EntĂŁo tĂĄ.

— É-É isso mesmo, sabe?

— Mas Yume nĂŁo quer se separar de vocĂȘ. Ela tem que ir embora?

— N-NĂŁo…! — O Mestre pareceu se abalar com aquilo, levando a mĂŁo ao peito. — Talvez… nĂŁo precise haver uma separação. É sĂł que… essa coisa de distĂąncia… Sim, isso… distĂąncia… Se a gente se aproximar demais, sabe? Surgem problemas…

— Problemas? — protestou ela.

— Yume, vocĂȘ tĂĄ estufando demais essas bochechas…

— UĂ©! Yume nĂŁo tĂĄ entendendo nada do que vocĂȘ tĂĄ falando! Que problemas sĂŁo esses, hein?!

— U-Um, Ă© que vocĂȘ…

— Yume e o Mestre se dão super bem!

— A gente… nĂŁo se dĂĄ mal, de fato.

— Se dĂŁo super bem, nĂ©?

— S-Sim, super bem… Mas, mesmo assim…

— Yume aprendeu tuuuudo sobre ser caçadora com vocĂȘ. Problemas? NĂŁo tem problema nenhum, nĂ©? Ou tĂĄ errada?

— V-VocĂȘ nĂŁo tĂĄ errada… nĂŁo.

— EntĂŁo tĂĄ tudo certo. NĂ©?

— A-Acho que sim.

— Então continua fazendo. De vez em quando, faz um carinho na Yume, pode ser?

— T-Tá bom. — O Mestre assentiu, meio constrangido. — Mas só de vez em quando, tá?

— Tá bom!

— Droga…

— Foo? O que foi?

— N-NĂŁo Ă© nada… Nada… Droga. O que tĂĄ acontecendo comigo? Isso nunca aconteceu antes. Eu sempre fui meio misantropo, foi por isso que larguei toda essa histĂłria de ser soldado voluntĂĄrio…

— Mestre, vocĂȘ quer lavar as mĂŁos? Da prĂłxima vez, quer que a Yume lave seus pĂ©s tambĂ©m?

— P-P-P-P-Por que vocĂȘ lavaria meus pĂ©s?!

— A Yume tĂĄ sempre recebendo sua ajuda. Por isso, Ă©, ela quer lavar seus pĂ©s pra vocĂȘ.

— NĂŁĂŁĂŁĂŁĂŁĂŁo! NĂŁo, obrigado! Eu mesmo lavo meus pĂ©s! Quero dizer, m-m-m-meus pĂ©s estĂŁo imundos!

— Nuoh? Justamente por isso que tĂȘm que ser lavados. Se nĂŁo estivessem sujos, nĂŁo precisaria lavar. Ah! Se tĂŁo tĂŁo sujos assim, entĂŁo vale a pena limpar. A Yume vai lavar seus pĂ©s com certeza!

— Eu jĂĄ disse que nĂŁo…! É constrangedor! SĂ©rio, nĂŁo precisa…!


Tradução: ParupiroHPara estas e outras obras, visite o Cantinho do ParupiroH – Clicando Aqui


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