Hai to Gensou no Grimgar – EX 3: Capítulo 13 – Volume 14+

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Hai to Gensou no GrimgarGrimgar of Fantasy and Ash

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[CapĂ­tulo 13: Ele Era um Pai Rigoroso]


O Mestre encaixou a flecha no arco com facilidade, puxou a corda e disparou.

Com um fiu, a flecha voou e, com um Toc, cravou-se na ĂĄrvore para a qual ele havia mirado.

— Uau! — Yume bateu palmas sem nem perceber.

O Mestre abaixou o arco e olhou de lado para ela.

— …Escuta. Quantas vezes jĂĄ te mostrei isso? NĂŁo precisa bater palmas. NĂŁo Ă© hora de ficar empolgada.

— Ah, Ă©. Mas, sabe, toda vez que Yume vĂȘ o Mestre atirando com o arco, ela pensa: “É tĂŁo legal! É tĂŁo bonito!”

— NĂŁo quero saber das suas impressĂ”es. Faça como eu fiz.

— Tá bom. Entendi! Yume vai tentar!

Yume ficou ao lado do Mestre, pegou uma flecha da aljava e a encaixou no arco.

— Escute, Yume — disse ele. — A verdade Ă© que nĂŁo existe uma forma fixa na arquearia.

— Fórfixa?

— …NĂŁo. Eu disse que nĂŁo existe forma fixa. O que vocĂȘ achou que era “fĂłrfixa”?

— Miau!

— Ei! Por que vocĂȘ jĂĄ atirou?! Eu ainda tava tentando te explicar, sabia?! Primeiro escuta, depois atira! Isso Ă© o bĂĄsico!

— Ahh. Desculpa. E ainda errou.

— …SĂł escuta.

— Escutando!

— Sua resposta Ă© boa, pelo menos… bom, tanto faz. Como eu dizia. NĂŁo tem forma fixa na arquearia. Claro que existem algumas regras bĂĄsicas. Mas, se vocĂȘ aprender essas, pode atirar como quiser. Contanto que acerte o alvo.

— Uhum, uhum.

— EntĂŁo, depois que aprender a acertar, Ă© sĂł repetir do mesmo jeito sempre. Aconteça o que acontecer, nĂŁo mude. NĂŁo dobre. NĂŁo hesite. Se mantiver o mesmo padrĂŁo, nunca vai errar o alvo.

— Nunca vai fazer xixi nem latir?

— Não, errar o alvo. Errar. O. Alvo. Entendeu?

— Errar o Alvo… É um nome?

NT: “mark” significa “alvo” e “miss” significa “errar”. Ela entendeu como “Mister Mark”.

— NĂŁo… Ah, deixa pra lĂĄ. Esquece isso.

— Yume vai esquecer!

— Ótimo. — Quando o Mestre sorriu, cobriu rapidamente a parte de baixo do rosto com a mĂŁo, por algum motivo. — D-De qualquer forma, vocĂȘ pode imitar o que eu faço ou encontrar seu prĂłprio jeito, mas o primeiro passo Ă© acertar o alvo. Se acertar, repita do mesmo jeito, atĂ© que seu corpo memorize o movimento.

— Memória muscular. Entendi!

— Agora vai.

— Indo!

Yume disparou a flecha.

Disparou, e disparou, e disparou, e disparou. Quando a aljava esvaziou, ela recolheu as flechas, as colocou de volta na aljava, e entĂŁo disparou, e disparou, e disparou, e disparou.

Ela sĂł continuou atirando.

— Yume.

— Nuwah?

— Já chega. Para por hoje.

— Entendido. Yume vai parar por hoje.

— Como Ă© que vocĂȘ nĂŁo acertou nenhuma…? — O Mestre estava com as mĂŁos na cabeça.

Yume começou a esfregar as costas dele.

— Mestre, tá bem? Aconteceu alguma coisa?

— NĂŁo Ă© “alguma coisa”. É vocĂȘ. VocĂȘ disparou cem vezes e ainda assim errou todas. Isso foi um feito digno de um deus.

— Ohh… EntĂŁo foi culpa da Yume. Desculpa, Mestre.

— NĂŁo sei se dĂĄ pra chamar de culpa sua. Isso Ă© um mistĂ©rio pra mim. Mesmo um completo iniciante devia acertar pelo menos uma vez por sorte. NĂŁo Ă© como se te faltasse força pra alcançar o alvo, entĂŁo como Ă© que vocĂȘ erra toda vez?

— O que vocĂȘ acha? Yume tĂĄ mirando direitinho naquela ĂĄrvore, mas, zoom, as flechas saem voando pra outro lado!

— Tem alguma coisa errada. Alguma coisa… A sua postura nĂŁo Ă© tĂŁo estranha. Qual Ă© o problema?

— Talvez Yume não tenha talento!

— Sua idiota! — ele gritou de repente.

Yume encolheu os braços, assustada.

O Mestre olhou em volta, sem jeito.

— N-NĂŁo… Desculpa. É sĂł que… É-É que nĂŁo pode dizer isso. NĂŁo joga a culpa no talento assim tĂŁo fĂĄcil. Tem uma razĂŁo pra isso, em algum lugar. SĂł que eu nĂŁo faço ideia de qual Ă©… Talvez a culpa seja minha?

— VocĂȘ nĂŁo tĂĄ fazendo nada de errado, Mestre! — Yume declarou.

— S-Sim, acho que Ă©…

— Sim! O Mestre tĂĄ se esforçando pra ensinar a Yume. VocĂȘ nĂŁo tĂĄ errado. Quem tĂĄ atirando as flechas Ă© a Yume, entĂŁo, se elas nĂŁo acertam, a culpa Ă© da Yume.

— Bom, Ă©, mas…

— EntĂŁo Ă© isso, Mestre. Anima aĂ­, tĂĄ?

— C-Certo. NĂŁo, pera… era pra vocĂȘ estar um pouco mais deprimida…

— Ficar deprimida vai fazer as flechas acertarem?

— NĂŁo, provavelmente nĂŁo. VocĂȘ tem razĂŁo. Ficar deprimido nĂŁo vai ajudar.

— NĂŁo vai ajudar? Isso Ă© um problema, entĂŁo.

— Nem me fale. — O Mestre pigarreou, dando um passo para longe da Yume. — Só pra deixar claro, quero corrigir uma coisa.

— Beleza. Yume tá ouvindo.

— Eu… bom… sabe, eu jĂĄ tive vĂĄrios alunos antes, e todos disseram que eu sou um pai rigoroso.

— Mas o Mestre Ă© tĂŁo legal!

— AĂ­ Ă© que tĂĄ o seu erro.

— Erro da Yume?

— Isso mesmo… Pra falar a verdade, tem gente que atĂ© sente medo de mim. JĂĄ teve atĂ© um cara que fugiu no meio do treinamento bĂĄsico. SĂł um, mas aconteceu.

— Yume não vai fugir, no entanto.

— É… É mesmo?

— Porque estar com o Mestre Ă© divertido!

— É… É mesmo?

— Mestre, estar com a Yume Ă© desagradĂĄvel pra vocĂȘ?

— N-NĂŁo, nĂŁo Ă©. — O Mestre cobriu a parte de baixo do rosto com a mĂŁo, e alĂ©m disso, virou o rosto para o outro lado. — Claro que nĂŁo Ă©… sua boba.

— Ah, que bom. Se vocĂȘ odiasse a Yume, ela ia ficar super triste, sabia?

— E-Eu nunca poderia odiar… — O Mestre tossiu de repente e pigarreou.

Yume começou a esfregar as costas dele de novo.

— Mestre, estĂĄ tudo bem? VocĂȘ tĂĄ gripado? Se tiver, tem que se aquecer, tĂĄ?

— N-NĂŁo Ă© gripe. Eu tĂŽ bem. Eu nunca fico doente. Tenho um corpo forte e saudĂĄvel, entĂŁo isso… nĂŁo Ă© nada.

— Que bom. Yume tava ficando preocupada, sabia?

— D-D-Desculpa… NĂŁo, espera, por que que eu tĂŽ pedindo desculpas?! Droga, escuta aqui, Yume!

— Sim, seeeenhor!

— Boa resposta.

— Yay!

— NĂŁo, pera… Isso Ă© uma declaração! Os outros pais e mĂŁes voltam pra guilda durante o treinamento bĂĄsico, mas a gente nĂŁo vai! Porque eu sou rigoroso!

— Oho!

— No treinamento bĂĄsico que eu preparei pra vocĂȘ, a gente nĂŁo vai voltar nem uma vez pra guilda! Vamos viver o tempo todo no mato! E aĂ­, que tal? Nada de banho, e os mosquitos nĂŁo dĂŁo trĂ©gua, deve ser difĂ­cil pra uma garota como vocĂȘ! Porque eu sou rigoroso!

— Fwooooooooo! — gritou Yume, empolgada.

— P-Por que seus olhos tão brilhando assim?

— Vai ser tĂŁo divertido! Morar com o Mestre na floresta o tempo todo! Tomar banho Ă© bom, mas sĂł fede quem nĂŁo toma! Ah, mas, Mestre, vocĂȘ tĂĄ de boa com uma Yume fedida?

— VocĂȘ nĂŁo fede tanto assim… Digo, acho que eu tambĂ©m tenho um cheiro meio selvagem. Mas eu mesmo nĂŁo consigo perceber direito…

— Cheiro selvagem? — Yume aproximou o rosto do peito do Mestre e o cheirou. — …Nuh? VocĂȘ tem cheiro, sim. É selvagem? Hmm? Bom, nĂŁo Ă© um cheiro ruim. TambĂ©m nĂŁo Ă© um cheiro bom, mas Ă© um cheiro que a Yume podia viciar.

— Q-Que isso, Yume.

— Miau?

— P-Para com isso! NĂŁo… N-NĂŁo me cheira!

— Por que não?

— S-SĂł para! — O Mestre deu dois, trĂȘs passos para trĂĄs e abaixou a cabeça. — …Isso tĂĄ errado. NĂŁo era pra ser assim. Eu sou um caçador solitĂĄrio, um pai rigoroso, e os meus alunos deviam me odiar…

— Ah!

— O-O quĂȘ? — perguntou o Mestre.

— Yume quer praticar mais com o arco. Pode?

— …C-Claro. Tudo bem. VocĂȘ tĂĄ empolgada.

— Com certeza!

Yume assumiu a postura com o arco, sem encaixar uma flecha, e puxou a corda.

Era isso? Ou ela devia mudar a posição dos pés? Tinha vårias coisas que ela podia tentar ajustar.

— Se a Yume nĂŁo ficar boa com o arco, ela vai ficar com peso na consciĂȘncia pelo Mestre — declarou.

— V-VocĂȘ… — Quando olhou para o lado, o Mestre estava com a parte de baixo do rosto coberta. — Para com isso.

— Parar? Parar com o quĂȘ? Huh?

— Esquece de mim. Eu nĂŁo importo. Pratique por vocĂȘ mesma.

— Bom, tudo bem. Mas Yume quer se esforçar pelo Mestre tambĂ©m. Isso tĂĄ errado?

— Não tá errado, mas mesmo assim!

— EntĂŁo a Yume vai fazer o melhor dela por ela e pelo Mestre tambĂ©m!

— É mesmo? Então faça o seu melhor.

— Yume vai fazer o melhor dela!

— Faça o seu melhor, Yume…


Tradução: ParupiroHPara estas e outras obras, visite o Cantinho do ParupiroH – Clicando Aqui


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