Hai to Gensou no Grimgar â CapĂtulo 13 â Volume 14
Hai to Gensou no GrimgarGrimgar of Fantasy and Ash
Light Novel Online – CapĂtulo 13:
[Sonhando Eternamente]
(FĂĄbula)
Era uma vez um grande rei.
O rei era simplesmente grandioso. Tão incrivelmente grandioso que ninguém podia desafiå-lo. Mas a relação de causa e efeito entre essas duas coisas era, na verdade, o oposto.
Era exatamente porque ninguém podia desafiar o rei que ele era grandioso. Ele matava todos que se opusessem a ele ou os esmagava até ficarem planos como panquecas. Ele os fazia jurar que fariam o que ele mandasse dali em diante e implorar por perdão antes de transformå-los em seus vassalos. Foi assim que o rei se tornou o maior rei do mundo.
Sendo o grande rei que era, ele tinha muitos vassalos. No entanto, o rei odiava pessoas inĂșteis, entĂŁo, quando decidia que nunca seriam Ășteis para ele, ele os esmagava atĂ© ficarem planos como panquecas.
Quando o rei os transformava em panquecas com seu poder incrĂvel, nada restava alĂ©m de suas sombras.
As sombras vagavam por aĂ, vigiando seus vassalos apesar de nĂŁo terem olhos, mantendo os ouvidos atentos para problemas apesar de nĂŁo terem ouvidos. Se houvesse encrenqueiros por aĂ, tramando algo, elas corriam para o rei e, Sussurra, sussurra, sussurra… Comunicavam-se com ele em palavras que apenas as sombras e o rei podiam entender.
As sombras nĂŁo conseguiam distinguir vermelho de azul, nem calcular a ĂĄrea de um triĂąngulo. Ainda assim, fora os momentos em que vagavam ociosamente, elas passavam a maior parte do tempo procurando traidores do rei.
O grande rei reunia cada vez mais vassalos e sombras, continuando sua marcha interminĂĄvel, mas, de repente, um dia, ele ficou chateado por nĂŁo ter um castelo prĂłprio.
Quando ele contou isso aos seus vassalos, um homem que se autoproclamava o vassalo nĂșmero um do rei propĂŽs o seguinte: â Ouvi dizer que o lugar que antes era a cidade de Inami agora abriga um magnĂfico jardim de flores. Desejo derrotar a mestra do Jardim de flores, Haname, e oferecer sua terra a vocĂȘ, meu senhor.
O rei ficou satisfeito. Ele concedeu ao homem o tĂtulo de cavaleiro, o nobre nome de Bayard e a missĂŁo de matar Haname.
No entanto, Bayard nĂŁo apenas falhou em derrotar Haname, como foi capturado. VĂĄrios vassalos invadiram os jardins, mas nenhum deles retornou.
O rei, por fim, decidiu ir aos jardins ele mesmo. Quando o fez, seu vassalo nĂșmero dois lhe disse: â SerĂĄ que devemos construir o castelo no jardim, para começar? HĂĄ uma torre que sobe atĂ© os cĂ©us. Acredito que essa torre alta Ă© a mais adequada para nosso rei incomparĂĄvel. Subirei ao topo da torre e lĂĄ construirei um castelo para vocĂȘ, meu senhor.
De fato, mais do que um jardim de flores, o ponto mais alto deste mundo Ă© o mais adequado para mim, pensou o rei.
â EntĂŁo vĂĄ â ordenou ele.
â Assim farei, meu senhor.
Assim, o vassalo nĂșmero dois partiu para a Torre de Ferro do CĂ©u, mas, por algum motivo, nunca retornou.
Sob ordens do rei, vårios vassalos partiram em busca do segundo vassalo. No entanto, não importava o quão alto subissem, a Torre de Ferro do Céu não tinha fim.
O Ășnico vassalo que voltou deu este relatĂłrio: â Meu senhor, nĂŁo conseguimos encontrar o segundo vassalo. Subi consideravelmente a torre, mas, incapaz de ver o topo, desisti. Acredito que a torre possa se erguer infinitamente.
O rei ficou furioso e transformou esse vassalo em panqueca.
â Por que nĂŁo fazer seu castelo onde antes ficava a cidade de Shiguhari? â propĂŽs o Homem Adormecido.
O Homem Adormecido tinha tendĂȘncia a cair no sono, e quando o fazia, monstros apareciam em grande nĂșmero, causando problemas para os outros vassalos. No entanto, o rei gostava do Homem Adormecido e o mantinha a seu lado.
Isso porque, quanto mais ele chutava e socava os monstros que surgiam, maior se tornava o prĂłprio poder do rei.
â Shiguhari era a maior cidade deste mundo â disse o Homem Adormecido. â As pessoas estavam amontoadas como formigas, e era altamente prĂłspera.
â Homem Adormecido, por que essa cidade caiu em ruĂnas? â perguntou o rei.
â HĂĄ muito tempo, havia sete cidades neste mundo. As pessoas eram gananciosas e nĂŁo queriam ver as outras cidades vivendo melhor que elas, entĂŁo, para roubar umas das outras e destruĂ-las, eventualmente uma guerra eclodiu.
â SĂł precisa haver um rei â disse o rei. â Vejo que eles nĂŁo conseguiam entender a coisa mais simples.
â De fato, meu senhor. Quando as guerras terminaram, todas as sete cidades estavam em ruĂnas. No entanto, Shiguhari tinha uma razĂŁo para ser a maior das cidades. O lugar onde Shiguhari antes ficava Ă© onde devemos construir seu castelo.
â EntĂŁo que assim seja.
O rei havia falado, e assim os vassalos se apressaram para explorar Shiguhari. Shiguhari tinha sido a maior das cidades, entĂŁo cresceu sendo odiada pelas outras cidades, e agora estava completamente destruĂda. Os inĂșmeros prĂ©dios estavam todos reduzidos a escombros, entĂŁo apenas limpar tudo isso seria uma tarefa incrivelmente trabalhosa.
Dito isso, se os vassalos demorassem muito, era bem possĂvel que fossem transformados em panquecas por um rei irritado, entĂŁo eles nĂŁo podiam se dar ao luxo de relaxar.
O rei aumentou novamente o nĂșmero de vassalos que tinha e os colocou para trabalhar. Em particular, o mestre escavador de buracos, Toupeira Arco-Ăris, realmente se destacou.
Os escombros foram separados em pedaços que podiam ser usados e pedaços que nĂŁo podiam, e os pedaços utilizĂĄveis foram empilhados, enquanto os inĂșteis foram descartados. Entre os pedaços aparentemente utilizĂĄveis, havia uma grande porta.
O rei inicialmente pensou em tornĂĄ-la a porta do seu prĂłprio quarto, mas o Homem Adormecido se opĂŽs.
â Meu senhor, essa porta Ă© especial. A Ășnica do seu tipo neste mundo. Era o maior tesouro de Shiguhari. Foi exatamente por terem essa porta em segredo que Shiguhari se tornou a maior cidade e diziam que era o lugar mais prĂłximo do cĂ©u.
â Parece apenas uma porta para mim â objetou o rei.
â Dizem que essa porta estĂĄ conectada ao cĂ©u. Agora que vocĂȘ obteve a porta, pode ir ao cĂ©u a qualquer momento.
â Se posso ir a qualquer momento, nĂŁo hĂĄ necessidade de ir agora.
â Acredito que Ă© melhor que faça como achar melhor, meu senhor â disse o Homem Adormecido.
â EntĂŁo que assim seja.
O rei ordenou que ninguém tocasse na porta e mandou seus vassalos continuarem com a construção do castelo.
Quando o castelo ficou pronto, era para um humano como um elefante Ă© para uma formiga em tamanho. Assim, foi nomeado Castelo do Elefante.
O tesouro de Shiguhari, aquela porta, foi levado para o quarto do rei e colocado em um local onde se destacasse.
O rei ficou satisfeito e decidiu recompensar o Homem Adormecido. â Por muito tempo, vocĂȘ me serviu bem. NĂŁo hĂĄ nada que deseje?
â Para servi-lo, meu senhor, me esforcei para ficar acordado o mĂĄximo possĂvel â disse o Homem Adormecido. â No entanto, estou extremamente sonolento. Com sua permissĂŁo, gostaria de dormir avidamente, em um lugar onde possa ver seu castelo quando acordar por acaso.
â VocĂȘ Ă© um homem sem ganĂąncia. TerĂĄ sua recompensa. Durma em um lugar onde possa ver este castelo, pelo tempo que desejar e o quanto desejar.
â Obrigado, Ăł grande rei.
Como ele desejava, o Homem Adormecido foi dormir.
Quando o Homem Adormecido se deitou no chĂŁo, as ĂĄrvores emitiram brotos de um vermelho escuro, escarlate, que cresceram e se tornaram folhas grossas. Elas formaram um bosque e, em seguida, uma floresta.
Porque o Homem Adormecido adormeceu, monstros também apareceram.
Ao ver isso, o rei pensou, Ă como uma cerca viva, e ficou muito feliz.
Tendo sobrevivido Ă guerra das sete cidades, conhecido o grande rei, cumprido seu dever e, por fim, recebido um sono pacĂfico, o Homem Adormecido era um homem leal e afortunado.
O rei ocasionalmente mandava seus vassalos construĂrem extensĂ”es para o castelo ou reformĂĄ-lo. Se estivesse descontente com a Ă©tica de trabalho deles ou se fizessem algo errado, o rei matava ou transformava esse vassalo em panqueca.
Quando faltavam vassalos, o rei ordenava que seus vassalos procurassem novos vassalos. No entanto, era bastante difĂcil encontrar vassalos que atendessem aos padrĂ”es do rei.
O rei lembrava com carinho do Homem Adormecido e fazia questĂŁo de visitar a Floresta Escarlate, chamando seu nome vĂĄrias vezes. No entanto, nĂŁo havia resposta. O Homem Adormecido dormia profundamente enquanto sonhava.
Com o poder que o grande rei possuĂa, provavelmente nĂŁo era impossĂvel para ele arrasar a floresta e acordar o Homem Adormecido com um tapa. No entanto, o rei decidiu deixar o Homem Adormecido dormir e resolveu que, de agora em diante, honraria e recompensaria amplamente os vassalos que se saĂssem bem.
Sem a menor ideia do terrĂvel ato de traição que seus vassalos haviam cometido contra ele, o rei voltou para casa.
EntĂŁo, quando retornou ao seu quarto, foi terrĂvel. O tesouro de Shiguhari, a porta para o cĂ©u, estava aberta.
Mais ainda, embora ele pudesse ver seu próprio quarto do outro lado da porta, por algum motivo, apenas a cabeça de um de seus vassalos estava saindo dela.
â Vassalo, o que vocĂȘ estĂĄ fazendo? â exigiu o rei.
â Estava tentando abrir a porta enquanto vocĂȘ estava fora e ir para o cĂ©u â disse o vassalo.
â Por que sĂł seu rosto estĂĄ saindo?
â Porque eu estava com medo, entĂŁo entrei de costas lentamente.
â VocĂȘ estĂĄ no cĂ©u?
â Tudo do meu pescoço para baixo estĂĄ no cĂ©u. SĂł meu rosto permanece neste mundo, meu senhor.
â Que tipo de lugar Ă© o cĂ©u?
â Meu rosto permanece neste mundo, entĂŁo ainda nĂŁo posso vĂȘ-lo. No entanto, como vocĂȘ nĂŁo Ă© mais meu senhor, Ăł rei, eu nĂŁo poderia te contar mesmo se soubesse.
â O que vocĂȘ quer dizer com eu nĂŁo ser mais seu senhor? â exigiu o rei.
â Quero dizer isto. â No momento em que disse isso, o rosto do vassalo desapareceu alĂ©m da porta.
Assim, o rei deixou de ser o senhor daquele vassalo. Não importava quão grande fosse o rei, ele não podia dominar um vassalo que havia ido para o céu.
O rei ficou furioso e imediatamente convocou todos os vassalos no castelo e os transformou em panquecas.
â Meu vassalo nĂșmero um, Bayard, me falhou, e o homem que eu via como meu vassalo nĂșmero dois nunca retornou da Torre de Ferro do CĂ©u. NĂŁo hĂĄ nenhum vassalo em lugar algum tĂŁo leal ou capaz quanto o Homem Adormecido?
NĂŁo havia nada a ganhar, e muito prejuĂzo a sentir, com vassalos incapazes e desleais, mas nĂŁo ter absolutamente nenhum vassalo era inconveniente Ă sua maneira.
Quando os vassalos que estavam fora do castelo retornaram, o rei os encarregou de trazer muitos novos vassalos. Além disso, para evitar que aquela porta insolente fosse aberta novamente, ele a envolveu com correntes. Usando-a como encosto e adicionando apoios de braço e um assento, o rei a transformou em uma cadeira para si mesmo.
Quando o rei se sentava naquela cadeira, ninguém podia abrir a porta.
â NĂŁo posso confiar nos meus vassalos, mas se eu os transformar em panquecas Ă esquerda e Ă direita, logo ficarei sem eles â murmurou o rei. â Com exceção daqueles que fizeram algo especialmente terrĂvel, vou trancĂĄ-los na masmorra e deixĂĄ-los refletir sobre suas açÔes por enquanto. Ainda assim…
Ele havia ficado exultante quando o Castelo do Elefante foi concluĂdo, mas desde que ganhou um castelo, ele parou de sair por aĂ sozinho com frequĂȘncia. Agora, ele era forçado a defender seu tesouro, a porta, e nĂŁo podia se afastar dela.
Ele considerou simplesmente ir para o céu, mas mesmo o såbio rei não tinha como saber que tipo de lugar era aquele.
Além disso, o rei nem sempre fora um rei. Foi apenas construindo poder aos poucos e se tornando um grande rei que ele conseguiu adquirir um castelo tão impressionante quanto este. Se ele ignorasse o fato de não poder se afastar do tesouro, poderia-se dizer que ele era capaz de fazer qualquer coisa.
Poderia ser que, no momento em que fosse para o céu, o grande e såbio rei perdesse tudo. Se isso acontecesse, tudo teria sido em vão.
Além disso, como o Homem Adormecido uma vez lhe disse, o rei que obteve a porta podia ir para o céu a qualquer momento, então não havia necessidade de pressa.
No entanto, apenas o rei podia ser permitido ir para o céu. Se o rei abrisse a porta e fosse para o céu, não haveria ninguém para fechå-la. Qualquer um poderia passar pela porta aberta e ir para o céu depois dele. A porta pertencia ao rei, então isso não seria incrivelmente frustrante?
Para se consolar, o rei buscava coisas estranhas e incomuns. Seus vassalos competiam para encontrar tais coisas, mas nĂŁo obtinham os resultados esperados. Tendo viajado por este mundo por muito tempo, nĂŁo era fĂĄcil impressionar o rei com qualquer coisa.
Uma vez, um vassalo trouxe uma bela princesa para o castelo. A princesa era linda, mas segurava uma pĂĄ imunda o tempo todo. Que princesa estranha.
O rei gostou bastante da princesa. Isso porque, ao contrĂĄrio de seus vassalos que sempre tentavam bajulĂĄ-lo, a princesa era corajosa, ou estĂșpida, e se opunha ao rei a cada oportunidade.
Para o rei, traição era imperdoåvel, mas ele estava cansado de ter apenas aqueles que o bajulavam ao seu redor. O vassalo que trouxe a princesa para ele devia ter percebido que era assim que o rei se sentia.
â Bem feito â disse o rei. â No entanto, Ă© insolente presumir conhecer o coração do seu rei. Vou transformĂĄ-lo em sombra.
Assim que o rei transformou aquele vassalo em sombra, ele ordenou que a princesa fosse sua parceira de conversa.
â NĂŁo quero falar com vocĂȘ â retrucou a princesa.
â EntĂŁo devo transformĂĄ-la em panqueca, como aquele vassalo?
â TambĂ©m nĂŁo quero isso.
â Se nĂŁo gosta, entĂŁo lute. Para que mais serve essa pĂĄ imunda?
â Como se eu pudesse te derrotar â ela bufou. â VocĂȘ sabe que nĂŁo posso. Ă por isso que nĂŁo tira minha pĂĄ?
â Nossa, vocĂȘ tem que ter tudo do seu jeito, nĂŁo Ă©?
â NĂŁo quero que vocĂȘ me diga que sou egoĂsta â disparou a princesa. â NĂŁo importa como vocĂȘ olhe, ninguĂ©m Ă© mais egoĂsta que vocĂȘ, seu desgraçado de merda.
â NĂŁo Ă© que os reis queiram tudo do seu jeito. Aqueles que querem tudo do seu jeito se tornam reis.
â Como assim? Isso Ă© igual ao dilema do ovo e da galinha? Mas estĂĄ claro que a galinha veio primeiro.
â Por que a galinha veio primeiro? â perguntou o rei.
â Ouvi falar de galinhas botando ovos, mas nenhum ovo bota uma galinha. O ovo Ă© apenas uma casca.
â VocĂȘ Ă© interessante. Cante para mim e alivie meu tĂ©dio.
â VocĂȘ acha que eu ligo se vocĂȘ tĂĄ entediado? Pode ficar entediado pra sempre.
Para o rei, que estava farto de seus vassalos bajuladores, a atitude franca da princesa era reconfortante. Não importava o quanto a princesa se mostrasse forte, se o rei ficasse sério, ele poderia acabar com tudo em um instante. Era por isso que ele podia ignorar ser chamado de desgraçado de merda. A princesa era como um bobo da corte exibicionista.
â Se vocĂȘ acha que vai ficar no topo para sempre, tĂĄ completamente enganado â zombou a princesa.
â Decidir o que Ă© certo e errado Ă© um direito exclusivo do governante.
â O governante, Ă©? VocĂȘ acha que assustar as pessoas para fazerem o que vocĂȘ quer Ă© governar. Realmente impressionante.
â Se eles nĂŁo obedecerem, serĂŁo esmagados â informou o rei. â Assim, eles obedecem. Quanto mais simples for o sistema, melhor.
â VocĂȘ simplesmente nĂŁo consegue pensar em um sistema mais complicado, nĂŁo Ă©? Sabe, como um cĂłdigo de leis, talvez. Aposto que vocĂȘ nĂŁo conseguiria fazer nada tĂŁo avançado. NĂŁo com seu cĂ©rebro de merda.
Dito isso, havia momentos em que ele perdia a paciĂȘncia. Quando a princesa se empolgava e ia longe demais, o rei gritava.
â Posso te transformar em uma sombra ainda mais baixa que um animal!
Quando via o rosto normalmente ousado da princesa empalidecer, aquelas mĂŁos agarrando desesperadamente a pĂĄ, era verdadeiramente satisfatĂłrio.
Na visĂŁo do rei, ele permitia os comentĂĄrios indiscretos da princesa exatamente para esse propĂłsito. Mesmo claramente aterrorizada, a falsa bravata da princesa ainda era algo digno de se ver.
â Se quer fazer isso, entĂŁo faça â rosnou a princesa. â Estou mais do que pronta.
â Esse Ă© o espĂrito. VocĂȘ deveria me enfrentar mais. Vou te ouvir atĂ© minha paciĂȘncia acabar.
No final, a princesa era um animal de estimação dançando na palma da mão do rei. Como o rei era grande demais, a maioria das pessoas colocadas na palma de sua mão encolheria de medo, mas a princesa dançava desesperadamente. Não era isso tão sincero e adoråvel?
â O grande rei tem tudo o que vocĂȘ nunca terĂĄ â zombou o rei. â Este castelo, por exemplo, e esta porta, por outro.
O rei se levantou de seu trono, retirando os apoios de braço, o assento e as correntes da porta, e então a abriu.
â Isso nĂŁo Ă© nada â disse a princesa ignorante, como se estivesse exasperada. â Ă apenas uma porta.
O rei zombou com todo o coração. â Suponho que uma tola como vocĂȘ nĂŁo consiga ver, mas esta porta leva ao cĂ©u. O rei Ă© a Ășnica pessoa capaz de abrir a porta para o cĂ©u a qualquer momento. Isso porque o rei Ă© o rei. Na presença do rei, tudo sairĂĄ do seu jeito, como ele deseja. QuĂŁo fugaz Ă© o seu destino, que vocĂȘ pode ser transformada em uma sombra vazia no momento em que o rei desejar?
Com o låbio mordido em frustração, a princesa continuou a encarar infinitamente o outro lado da porta.
As coisas realmente haviam saĂdo exatamente como o rei esperava.
O rei estava extremamente satisfeito.
Tradução: ParupiroHPara estas e outras obras, visite o Cantinho do ParupiroH â Clicando Aqui
Tradução feita por fãs.
Apoie o autor comprando a obra original.
Compartilhe nas Redes Sociais
Publicar comentĂĄrio