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Hataraku Maou Lightnovel 1-2-4
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Hataraku Maou Lightnovel 1-2-4

Hataraku Maou-sama! Alternativo: The Devil is a Part Timer! Lightnovel Autor: Satashi Wagahara Ação, Comédia, Drama, Fantasia, Romance, Shounen, Sobrenatural >Templo Oriental<

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Leia Hataraku Maou Lightnovel 1-2-4





O Rei Demônio Vai a Um Encontro em Shinjuku Com Aquela Garota do Trabalho Parte 4


Você!
— O-O quê!?
O olhar de puro ódio no rosto de Emi fez com que Ashiya desse um passo para trás por instinto.
— O que vocês vão fazer com aquela garota, seu desgraçado!?
— Guh…!
Ele permaneceu imóvel, surpreso pela repentina acusação chocante dita por aquela mulher — a Heroína.
— Aqui estão vocês, dois demônios. O Rei Demônio desfilando com essa linda aluna do ensino médio, e você observando nas sombras, seus degenerados!
— Degen…! E-Emil—não, Emi! Por favor, ouça—!
— E eu ainda pensei que vocês dois estavam tentando ter vidas decentes no Japão! Cara, como eu estava enganada!
— V-Você entendeu tudo errado! E-Eu não sei o que está pensando, mas meu soberano não possui nenhuma ideia perversa em mente—
— Como pode um Rei Demônio não ser perverso!? — A lógica de Emi fazia todo o sentido.
— Por favor, só me ouça!
Quase chorando, Ashiya tentava ao máximo explicar a história para a Emi, que estava extremamente irritada.
A garota era Chiho Sasaki, uma colega de trabalho de Maou, e foi ela quem quis conversar com ele primeiro. Maou concordou na esperança de conseguir algumas pistas para restaurar sua magia, além disso, jamais a machucaria no processo. Ashiya tentava parecer o mais sincero possível — para os padrões de um demônio — enquanto lhe contava a história.
Emi não tinha intenção de confiar nas palavras dele, mas elas ainda foram o suficiente para impedi-la de correr até lá e matá-lo onde estava sentado.
— Você… compreende agora? — Com cuidado, Ashiya fez a pergunta.
— A única coisa que compreendo é que meu inimigo jurado está parecendo totalmente ridículo.
— Nnghh… sinto muito…
— É bom que sinta. Mas por que ele precisou ir a um encontro com ela? Não podiam simplesmente conversar por mensagem?
— Também pensei nisso. Porém, ela queria encontrá-lo pessoalmente, por isso estamos aqui. A julgar pelo o que vi, creio que essa garota, Chiho, tem um grande interesse em meu mestre.
— Percebi isso.
— Você não fica nem um pouco incomodada?
Ashiya, que acabara de fazer algo que sua mente demoníaca achava ser uma revelação chocante, esperava ver uma reação maior do que essa, no mínimo. Porém, Emi o olhou com as sobrancelhas altas e os olhos cheios de dúvida.
— O que foi, está decepcionado por eu não me importar com ele?
— N-Não, eu só… Uma simples garota humana, tendo sentimentos amorosos pelo Rei Demônio… considerei que esse fosse o pináculo da loucura.
— Eu só queria saber o que viu nele. Ela poderia conseguir algo muito melhor.
— Como ousas insultar a Sua Majestade Demoníaca!!?
— Já se esqueceu que sou a Heroína? Mas, sim, qualquer garota pode ver que ela está a fim dele. É difícil ver daqui de longe, mas aquele tipo de vestido é a nova moda este verão. O cabelo dela está todo arrumado, como se tivesse acabado de sair de um salão, e aqueles sapatos também são novos.
— S-Sério? São mesmo?
Trinta minutos espiando o casal, e Ashiya estava completamente desatento.
— Ah, a maioria dos homens provavelmente não perceberia. Ela revirou o guarda-roupa para preparar um visual de verão; além disso, está usando uma roupa justa para realçar as curvas…
De repente, Emi parou. Ela forçou o olhar para ver Chiho pela vitrine, então, murmurou para si mesma.
— O que foi, Yusa?
— … são grandes.
— O quê? — A voz interrogativa de Ashiya fez com que ela voltasse a si.
— Hã? Na… Nada! Eles grandes não te fazem uma guerreira melhor!
— Como?
— Com eles pequenos, os peitorais customizados ficam mais baratos. Também não ficam tanto no caminho quando você está se movendo.
— Do que você está falando?
— Nada! M-Mas, sabe, o Rei Demônio também ficou muito mais, é, apresentável, né? Está usando roupas mais apresentáveis e não aquele lixo da UniClo!
Emi forçou a mudança de assunto, em parte para fazer com que sua própria mente parasse de pensar em certas coisas. Ashiya, enquanto isso, parecia orgulhoso. Ainda estava tendo dificuldade para entender o comportamento de Emi, mas, ao ouvir esse elogio repentino sobre seu mestre, sentiu uma rápida onda de autossatisfação.
— Li algumas revistas para sugerir o visual. Não queria que uma garota humana pensasse que meu mestre se vestia como um pateta, afinal de contas. Fiz alguns trabalhos aqui e ali a fim de economizar para momentos como este.
Emi quase derrubou a bolsa quando imaginou isso.
— Mas, então, o que esperam dela?
— Como eu deveria saber? Eu estava meramente espionando-os para me assegurar que ninguém suspeito se aproximasse.
— No momento, você é o cara mais suspeito aqui, Ashiya. Consegue ouvir o que eles estão dizendo com sua audição de demônio ou sei lá o quê?

Alciel, apesar de seu comportamento depravado atual, ainda era o braço direito do Rei Demônio, o único General Demônio que restara. Era natural que Emi perguntasse isso, já que sabia sobre a verdadeira identidade dele.
— Que bobagem. Nós, demônios, temos poderes devido à nossa magia! Mas agora que a minha acabou, mal conseguiria usar minha super audição.
Emi ficou perdida em seus pensamentos, ignorando a maior parte da explicação estranhamente arrogante do General Demônio. Seria ruim, muito ruim, para ela se os demônios descobrissem uma forma de recuperar a magia. Caso conseguissem acesso a uma imensa quantidade de poder antes que pudesse recuperar sua própria energia sagrada, seria difícil imaginá-la tendo uma forma de lidar com isso.
Ao mesmo tempo, caso tentasse se livrar de Maou agora, não sabia se ia sobrar energia sagrada o suficiente para voltar a Ente Isla, sem contar que precisaria lidar com as autoridades depois…
Afinal de contas, diferentemente de Ashiya, Emi ainda conseguia sentir força mágica dentro de Maou, o bastante para confirmar sua identidade como Rei Demônio. Pelo que sabia, ele ainda poderia estar escondendo toda a extensão do poder que ainda tinha.
Nesse caso, havia apenas uma opção.
Se o Rei Demônio e seu vassalo — o principal perigo que enfrentava — descobrissem uma fonte de magia, ela precisaria destruí-la antes que eles pudessem se aproveitar disso. Uma medida paliativa, talvez, mas ainda precisava esperar.
— Ashiya.
— O-O que foi?
— Você sabe que não faz sentido ficarmos aqui e apenas observarmos. Venha comigo.
— Com você? Onde?
— Para o café, é claro. Se você ainda não tem certeza se pode confiar naquela garota, precisa chegar mais perto. Ouça-a enquanto observa os arredores. Caso contrário, como pode chamar isso de “espionando-os”?
— E-Eu não me atreveria! O que a Sua Majestade Demoníaca diria se eu fizesse tamanha—Ahh! Calma!
Depois de explicar sua ideia, Emi agarrou a nuca do relutante Ashiya e o arrastou para dentro do café.

Meia hora antes de Emi encontrar Ashiya, o grandioso Rei Demônio, Satan, encontrava-se com Chiho Sasaki, a nova funcionária de meio período no MgRonald, em frente ao grande telão da estação de Shinjuku.
— Oh! Ei, você cortou o cabelo, Chi?
— Sim! Depois de considerar bastante, decidi usá-lo curto por um tempo! Você gostou?
Era uma diferença pequena comparada a antes, uma que Maou só conseguiu perceber porque passou horas ao seu lado durante o período de treinamento dela, e era difícil dizer o quanto ela “pensou” mesmo sobre isso. Entretanto, levando em conta que ele normalmente a via com o uniforme da escola ou do MgRonald, o cabelo solto e as linhas bem definidas de sua blusa pareciam graciosamente refrescantes para ele.
— Sim. Ficou muito bom em você.
— Aw, que bom! — Chiho ergueu um punho ao ouvir a resposta honesta de Maou.
— Pensei que você viria com o uniforme da escola. Você não tinha uma atividade do clube depois da aula?
Maou não tinha intenção alguma com essa pergunta, mas foi o suficiente para fazer com que Chiho ficasse agitada.
— Oh, eu jamais viria com aquilo! Não tem como eu usar aquela roupa brega no café com você, Maou! Além disso, se você estiver andando por Shinjuku com uma garota de uniforme, as pessoas podem começar a pular para conclusões, sabe? — Chiho parecia estranhamente irritada enquanto defendia sua escolha de roupas. Ele já havia a visto em seu uniforme escolar antes, já que ela vinha para o trabalho direto da aula, mas o uniforme não parecia assim tão ruim nela. A resposta foi um pouco surpreendente. — Ei, mas você sim! Pensei que nunca comprava nada além de UniClo, no entanto, está bem arrumado hoje, hein?
Ela não estava falando isso por mal — talvez —, mas Maou ainda riu por causa do significado por trás de suas palavras.
— Pois é, meu colega de quarto disse que não tinha como me deixar ir a um encontro usando coisas da UniClo.
— Não é como se tivesse algo ruim sobre a UniClo, mas, se quiser usar dos pés à cabeça, precisa ter cuidado para combinar bem, caso contrário, ficará muito estranho. Mas, uau, você considerou isso como um encontro, hein? Que incrível!
O que é incrível? O que tem de tão ruim sobre a UniClo? Isso aqui é um encontro mesmo? Maou assentiu vagamente enquanto milhares de dúvidas apareciam em sua mente.
— Você precisa estar em casa antes do jantar, né?
— Bem, sim, mas…
Chiho concordou, triste. Era inevitável; ela tinha uma família a esperando. Maou sabia que o tipo de garotas que passeavam por Shibuya ou Harajuku até as primeiras horas da madrugada era um pequeno punhado da população inteira.
— Então, o que quer fazer? Não podemos simplesmente ficar parados aqui na rua. Não saio muito para comer, por isso não consigo pensar em algum lugar a não ser no Ronald.
Chiho, parecendo que já esperava por isso, pensou por um momento.
— Por que não vamos até o Café Barluxe? É barato e bem tranquilo lá. — Maou sabia sobre o Barluxe. O nome, pelo menos. — Ah, e não se preocupe com a conta! Eu posso pagar, caso não se importe em me ouvir.
Ela deve ter dito isso por estar preocupada com Maou, que emitia uma aura palpável de “trabalhador pobretão” durante 24 horas por dia. Mas até mesmo Maou emitiu o orgulho de um jovem homem adulto — além de seu orgulho como Rei Demônio.
— Não, não. Eu sou o homem aqui. Posso pagar o suficiente para nós dois.
A suposição de Ashiya estava correta. Sem dúvida.
— Vamos então?
O Barluxe mais próximo ficava a algumas quadras da rua Yasukuni, no fim de uma praça de alimentação dentro de uma estação ferroviária subterrânea.
— Oh… hmm, Maou?
— Sim?
Chiho parou Maou logo que ele começou a andar.
— É…
— O quê? O que foi?
— Sua, é, mão?
— Mão…?
Chiho baixou os olhos um pouco, cerrou os dentes, seu rosto estava um pouco vermelho por causa de algum estranho motivo. Maou pensou que ela estava prestes a chorar, mas o que aconteceu em seguida foi ainda mais surpreendente.
— Você se importa se nós… é, darmos as mãos?
Ela era uma bola de energia sorridente há pouco, mas, de repente, sua voz ficou tão suave quanto o zunido de um mosquito. Confuso, Maou a observava.
— Sim, sem problema.
Casualmente, pegou a mão direita dela. Chiho, surpresa, ficou com o corpo rígido por um momento.
— O quê?
— Ah, é… nada! Incrível! Quero dizer, não é nada! Muito obrigada—
— Tudo bem, tudo bem. É uma rua movimentada mesmo. Eu não iria querer me separar de você.
A sequência de mudanças de humor dela tornou difícil para Maou descobrir o que ela queria. Parecia estar pegando diferentes cartas de um deck, de surpresa para felicidade, de perturbação para algum sentido estranho de rendição.
— Você tem razão, eu acho. Meio que entendi agora.
Maou olhou novamente para o rosto dela. Chiho, com os olhos arregalados, tentou manter certa distância dele em resposta. Não se podia dizer que ela conseguiu, dado a forma que andavam de mãos dadas, e, por isso, simplesmente inclinou um pouco o corpo.
— Chi, você parece um pouco estranha hoje.
— Hã? Ah. Bem, acho que deve ser por causa de todas essas coisas que estão acontecendo comigo! — Desviando o olhar de maneira estranha, começou a andar enquanto segurava a mão de Maou.
— Pois é… Também acho.
Maou não tinha muita escolha a não ser aceitar a desculpa, porém…

— Mmm… — Ele a observou novamente enquanto ela emitia algo que parecia um suspiro.
À primeira vista, Chiho parecia não estar manifestando qualquer tipo de fenômeno mágico. Não havia divergências estranhas de seu corpo, e, mesmo quando fizeram contato, ela não mostrou nenhuma mudança perceptível nem demonstrou reação ao poder mágico remanescente que poderia ter absorvido de Maou.
A única divergência perceptível era que a mão dela parecia mais quente que a sua, seu pulso também estava estranhamente rápido. Isso significava que Maou precisava considerar a ideia de alguém estar interferindo externamente na mente de Chiho. Talvez o inimigo que atacou ele e Emi, ou, possivelmente, alguma força mágica desconexa, estivesse agindo sobre ela naquele momento.
E tudo isso mostrava que Chiho estava falando a verdade…
Independentemente disso, não havia nada de incomum com ela agora.
Mas, no momento, era hora de ouvir a história toda. 

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