Digimon Tamers 00 – CapĂ­tulo 9

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Digimon Tamers 00

Web Novel Online – CapĂ­tulo 09 [Nasce uma Parceira]


Meicoomon tinha muita sagacidade quando um pouco da realidade lhe era mostrada.

Meikume, a contragosto, impediu, a princípio, as interaçÔes da pequena com o mundo.

Só que, desta vez, haviam dilemas a serem tratados antes da retomada da confiança.

Era esse o assunto da vez.

— VoxĂȘ deve tĂĄ pensando que eu nĂŁo sou inteligente! — disse Meicoomon, com o rosto mostrando irritação. — Eu decidi sair pra ver o mundo… e eu gostei dessa praça. AĂ­ voxĂȘ veio atrĂĄs de mim pra me levar pra lĂĄ outra vez!

— Olha… Calma
 — Meikume tentava se aproximar lentamente.

— Me diz, Mei! Eu sei mais de voxĂȘ do que voxĂȘ de mim!

— Pera… Como assim? — ela franziu sua testa, como se nĂŁo compreendesse o teor da definição.

— Ora, eu apareci no seu quarto! VoxĂȘ sabe muito bem disso!

Nesse momento, o conflito de realidade.

Com muito pouco, Meicoomon conseguiu estabelecer, na mente de Meikume, um pouco de racionalidade da garota.

— Agora que vocĂȘ disse isso
 — Meikume disse. — Como vocĂȘ jĂĄ sabe que eu sou sua domadora? E como sabia meu nome?

— VocĂȘ tem foto minha por todo seu quarto. E em um poster meu estava escrito “Melhor Parceira Digimon Ever!”. E seu nome estava escrito no seu computador! Eu abri pra ler
 e vi tudo.

— Pera… VocĂȘ viu minhas coisas? — a menina ficou mesmo surpresa com esse fato, arregalando seus olhos.

— Vi sim! E eu pensei que vocĂȘ ia me contar…

— Co-contar o que?

— Que tem alguma ameaça!

— Ameaça?! Como assim, Meicoomon? Eu nĂŁo tenho a mĂ­nima ideia do que vocĂȘ estĂĄ falando!

— O porquĂȘ de eu estar aqui… Ă© porque vocĂȘ quis!

O ĂĄpice da conversa.

Meicoomon jĂĄ deu sinais de que sabe da realidade, isto Ă©, o mundo onde estava naquele exato momento nĂŁo era o que Meikume apresentou inicialmente.

NĂŁo havia mais amarras, nem outros componentes impeditivos. Tudo estava mais lĂșcido na mente da digimon.

Esse foi o instante que Meikume percebeu que o “mundo ilusório” que tentou criar foi desfeito em poucos segundos.

Ela tentou divagar, mesmo assim.

— Mei
 NĂŁo Ă© o que parece


E sua nova amiga cobrou explicaçÔes.

— Fala comigo! Fala a verdade! Eu estou aqui porque voxĂȘ quer mesmo?

— Porque está me perguntando isso?

— Porque eu sinto que voxĂȘ tĂĄ me protegendo de algo… Tem algum segredo? Ou uma ameaça? — ela passou a ser mais insistente, gritando em seguida. — Vai… Diz! Diz pra mim! Vai!

A jovem domadora tentou fugir do olhar conflitante da felina, que continuou:

— Aquelas pessoas que estavam aqui… Elas me viram, pensaram que eu nem real era… e uma delas disse que eu tinha morrido…

Seu maior medo estava logo Ă  sua frente. Meikume arregalou seus olhos, entrando em choque.

Estava ali o ponto onde tentou esconder de Meicoomon o tempo todo e o motivo de sua dor.

E a digimon nĂŁo havia terminado:

— A tia disse que a filha dela chorou porque eu morri, que tinha me corrompido e lutado contra os prĂłprios amigos… Mei, isso Ă© verdade? Eu sou um monstro mesmo? E se eu morri, porque estou aqui?

Era para ser um dia de paz e tranquilidade, os planos de Meikume.

Porém, a carga emocional trazida pelos dilemas da pequena destruíram toda a fantasia que a domadora havia criado em sua mente.

Como um castelo de areia na praia, a maré subiu e o mar, com uma só onda, o eliminou em fraçÔes de segundos.

Essa era a mente de Meikume, que tentou diĂĄlogo, em vĂŁo.

— Meicoomon
 — ela abaixou sua cabeça, como se não tivesse respostas para dar.

— Vai, responde! Responde! — insistiu ainda mais Meicoomon. — Eu sou um monstro? Eu sou? — Gritou, começando a chorar — Porque eu tî viva então? Porque?

As lågrimas de Meicoomon escorriam de seus olhos, demonstrando uma imensa tristeza e desolação.

As palavras sem contexto que ela ouviu das humanas que a viram, lhe fizeram acreditar na histĂłria incompleta, mas que tinha um pouco de verdade sobre o que houve no fatĂ­dico episĂłdio do anime.

Mesmo um evento simples e inofensivo pode trazer mudanças e transformar informaçÔes. Esse era o poder da mídia.

Meikume, voltando a ter aquele mesmo sentimento de dor ao lembrar dos fatos que a impactaram, não pensou duas vezes e abraçou com força sua amiga, dizendo:

— VocĂȘ nunca foi e nunca serĂĄ um monstro…

Meicoomon, entre os braços de sua domadora, ainda chorava, mas em menor quantidade.

Mesmo com sua decepção, o amor que tinha por sua amiga humana era sincero.

Meikume continuou, com suas palavras honestas desta vez.

— E eu vou lutar pra que vocĂȘ nunca mais derrame uma lĂĄgrima sequer…

— Mas o que elas disseram de mim
 — disse, abraçando-a.

— É mentira. Meicoomon! VocĂȘ Ă© a pessoa mais importante que apareceu na minha vida atĂ© hoje. Eu nunca, jamais, iria deixar que vocĂȘ passasse pelas coisas horrĂ­veis que inventaram a seu respeito…

Tudo o que disse foi com calma, com uma voz doce e amigĂĄvel.

Nem parecia a mesma garota histérica de antes.

Sob essa nova Ăłtica e atitude, Meikume prosseguiu.

— O mundo da ficção pode ser cruel, mas a realidade pode ser pior ainda. EntĂŁo, nĂŁo. NĂŁo era de vocĂȘ que falavam.

— Mei… Ei…

— Eu desejei que vocĂȘ estivesse aqui comigo nos meus sonhos. E eu quis te proteger pra te ver sempre feliz e sorridente. Eu sĂł quero que vocĂȘ saiba que eu sou sua fĂŁ… e nada nem ninguĂ©m vai te machucar! VocĂȘ Ă© Ășnica! A verdadeira Meicoomon!

— Mas Mei, porque vocĂȘ Ă© minha fĂŁ? A gente se viu hoje pela primeira vez em nossas vidas!

Meicoomon lhe fez uma questĂŁo.

Meikume, bem, entregou toda sua sinceridade.

Seu ato mais responsĂĄvel, inclusive.

E o mais nobre.

— VocĂȘ viu meus desenhos, meus pĂŽsteres… Meicoomon, eu sou fĂŁ de Digimon. E a minha favorita… Ă© vocĂȘ! Eu te escolhi… Dentro de todos os digimons, vocĂȘ Ă© a que eu tenho mais admiração.

Meikume se sentou ao chĂŁo, abraçada com sua amiga, deixando claro que a Ășnica coisa que tinha preocupação era no bem estar da felina.

— VocĂȘ nĂŁo tem ideia de como eu te conheço… Eu te conheço demais! Eu sorri ao te ver sorrindo, vi vocĂȘ se desenvolver como personagem, salvar pessoas… E eu sofri quando te maltrataram… Eu chorei por vocĂȘ, senti sua dor e a perda da Meiko…

Mesmo personagens fictĂ­cios possuem elementos que vemos em pessoas reais. Ainda que sua existĂȘncia seja relativa, as ideias permanecem no meio social.

A dor que Meikume, como fã, tinha sobre as personagens da animação era real o suficiente para lhe trazer mågoas.

O desejo para salvar suas favoritas a levou a um estado de não aceitação, a iludindo.

Em uma soma absurda de emoçÔes, e com o surgimento inexplicĂĄvel de Meicoomon, isso a moveu em uma direção a fantasia, ignorando a consciĂȘncia de mundo da digimon.

Ela podia ser uma sonhadora, a Meikume, mas nĂŁo uma insensĂ­vel.

EmoçÔes mudam pessoas.

E pessoas, como a natureza humana impera, erram.

— Eu tenho certeza que vocĂȘ nĂŁo estĂĄ entendendo nada do que estou falando
 — continuou Meikume. — Mas essa Ă© a Ășnica forma de eu expressar minha honestidade…

— Mei


Enfim, ela entregou seus sentimentos reais.

— Eu nĂŁo conseguia aceitar isso… EntĂŁo, se eu nĂŁo estou parecendo ser sincera, por favor — disse, começando a chorar compulsivamente — Me dĂȘ uma chance!

Era um pedido de desculpas.

Simplesmente isso.

— Por favor, Meicoomon! Eu nĂŁo sou uma mentirosa! SĂ©rio, foi tĂŁo bom te ver sorrindo de manhĂŁ, nĂłs juntas curtindo a manhĂŁ! Eu nĂŁo quero te perder! SĂł me dĂȘ mais uma chance… Por favor!

Eram palavras sinceras e lĂĄgrimas honestas.

Meicoomon, mesmo conhecendo pouco de Meikume, ainda que tivesse visto muitas coisas de sua domadora, sabia exatamente o que deveria fazer: ela gentilmente abraçou a jovem, dizendo:

— Se eu nĂŁo sou um monstro, entĂŁo vocĂȘ tambĂ©m nĂŁo Ă© uma mentirosa. Eu te adoro, Mei!

— Ah minha bolotinha fofa… — Disse, sorrindo e abraçando-a — Eu tambĂ©m te adoro, Mei!

Como esperado, elas fizeram as pazes.

Ao jeito delas.

— Mei!

— Mei!

— Mei!

— Mei!

— Haha… Eu avisei que ia dar confusĂŁo!

— Sim… Hehe…

No fim, as duas se entenderam, felizmente.

Mas o entendimento nĂŁo terminou com a conversa.

Meikume pegou seu Sony Ericssonℱ K800i e fez o que tinha como hobby: fotografar.

— Uh… VocĂȘ vai tirar foto minha? — perguntou Meicoomon, curiosa.

— Sim! Vamos fazer cosplay!

— Cosplay?

— Sim! VocĂȘ vai ser a Meicoomon e eu a Meiko!

— Meiko? Quem Ă© Meiko?

— Uma personagem de anime! Eu sou parecida com ela
 — falou Meikume, correndo atĂ© o meio da praça. — Vamos tirar fotos?

— Uhh… Vamos xim! — ela estava muito animada, com os braços levantados.

— Vamos nessa, então!

MĂșsica: Look | Trecho atĂ© 1:37. Banda/Cantor(a): Halcali

â™ȘClap your hands, everybody.

â™ȘClap your hands to the beats

â™ȘOne Two Three nĂŁo perca a conta

â™ȘConhecimento Ă© tudo, entĂŁo nĂŁo esqueça

â™ȘConstelaçÔes e estrelas… cresça e apareça

A praça virou praticamente um estĂșdio de fotografia. Meikume e Meicoomon fizeram vĂĄrias poses, com a jovem agindo como a diretora de foto.

O roteiro?

Simples: recriar cenas de felicidade e parceria entre as personagens Meiko e Meicoomon do anime Digimon Adventures Tri.

â™ȘNĂŁo aguento mais escutar inĂșteis sermĂ”es…

â™ȘCom horĂłscopos, tudo Ă© pintado mais lindo!

â™ȘEu ando, sobre a luz fluorescente, para o lugar ecoando em minha mĂŁo

Mas a recriação tinha um fundamento: fazer das cenas um marco, ignorando totalmente os eventos ruins da animação.

Meikume posava sempre sorrindo, emulando perfeitamente os trejeitos de Meiko, fazendo o mesmo a Meicoomon.

â™ȘEstĂĄ tudo bem se nĂŁo entendo coisas que ainda nĂŁo aprendi!

A cada foto, mais diversĂŁo.

E, a cada minuto, as duas ficavam ainda mais unidas.

Ambas estavam se divertindo muito, felizes e curtindo a noite.

O resultado das fotos foram vistas pelas duas a todo instante, usando as instalaçÔes da praça.

â™ȘHey, vocĂȘ disse que perdeu algo?

â™ȘVocĂȘ nĂŁo precisa de coisas como essas!

â™ȘA verdade Ă© que quero sofrer crĂ­ticas um pouco

â™ȘTodas essas coisas sĂŁo importantes!

— Ficaram ótimas, Meicoomon!

— Xim! Muitão!

— Sugoi!

— Uh?

— O que foi?

— O que Ă© sugoi?

— Legal! Espetacular! Fantástico!

— Ah Ă©? Wow… Sugoi!

— Sugoi!

— Sugoi!

â™ȘAll Day, It’s All Night

â™ȘEmbora vocĂȘ nĂŁo queira perdĂȘ-las, a verdade Ă© que…â™Ș

— Nossa, as fotos ficaram ótimas! Tá vendo, Meicoomon?

— Xim! Amanhã temos que fazer mais delas!

— Vamos sim!

â™ȘAll Day, It’s All Night

â™ȘA qualquer hora, nĂŁo importa quando…

— Somos uma Ăłtima dupla, Mei…

— Sim, Mei! Somos as melhores amigas!

â™ȘApenas me procure.

Agora sim, elas estavam mais unidas do que nunca.

NĂŁo foi sĂł um pedido de desculpas.

Foi, na verdade, uma celebração da honestidade.

Meikume e Meicoomon ainda terão desavenças, esperado em uma relação fraternal.

Mas, agora, sem ilusÔes.

Contudo, as coisas nĂŁo estavam tĂŁo tranquilas como imaginavam.

ăă‚Œă«ă€ă„ăŠ (Enquanto isso)…

ă‚Źă‚žăƒžăƒ«ćź¶ (ResidĂȘncia da famĂ­lia Gajimaru)

時間: 09:30

Voltando ao apartamento de Meikume, o cenĂĄrio de destaque era seu quarto.

Sobre sua mesa, lĂĄ estava o digivice, com a tela ativada.

E, nele, o digi-scan estava fazendo leituras, onde a mensagem foi:

C://DIGI-SCAN_SEARCHING

LOADING…

ENEMY FOUND_

Um inimigo foi encontrado.

E ele estava na cidade.


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