Digimon Tamers 00 – CapĂtulo 23
Digimon Tamers 00
Web Novel Online â CapĂtulo 23
[Enfraquecidos]

O ataque violento de Strabimon trouxe muito temor aos domadores.
Renamon sofreu dores como nunca antes sentiu, mesmo depois de tudo que passou nos Ășltimos cinco anos.
O momento era desesperador.
NĂŁo satisfeito, ele ainda executou um violento chute contra a raposa, a jogando contra vĂĄrios caixotes ao fundo.
A ferida, com as partĂculas cintilantes de dados fugindo de seu tĂłrax, sĂł deixava a situação mais crĂtica.
Renamon precisava de ajuda o quanto antes.
Sem pensar duas vezes, Ruki correu atĂ© onde ela havia caĂdo, mas foi impedida por Strabimon que, a fitando, voltou a provocĂĄ-la:
â NĂŁo a ajude, herege. Ou concorda que ela Ă© fraca?
â Saia da frente, desgraçado! â o Ăłdio transpareceu na domadora.
â Suas palavras soam como hipĂłcritas, humana desprezĂvel â o lobo respondeu.
Cada segundo era importante. Renamon estava gravemente ferida.
Por sorte, Terriermon nĂŁo perdeu tempo:
â Pequeno Tornado!
O forte tufĂŁo empurrou o lupino para longe de Ruki e, mesmo que o ataque nĂŁo tivesse lhe causado danos, foi o suficiente para abrir caminho para a domadora, que correu Ă s pressas, para acudir sua amiga.
Enquanto isso, Lee tomou as rédeas da situação:
â Agora Ă© com a gente, Terriermon!
â Vamos nessa, Lee!
Seu algoz, apĂłs recobrar o equilĂbrio por causa do deslocamento, olhou para os dois.
Strabimon, irritado, nĂŁo iria deixar isso barato:
â Ataques sorrateiros⊠Digno de fraudes como vocĂȘs! Mas nĂŁo irei pegar leve! â exclamou, juntando suas mĂŁos. â Garra LeviatĂŁ!
O movimento destruidor do digimon fez com que Lee nĂŁo deixasse de fazer algo a respeito: ele pegou uma de suas cartas e, como de praxe, segurou o digivice.
â Digi-mudança! AcessĂłrio: Escudo do Wargreymon!
Antes que Terriermon fosse atingido, apareceu Ă sua frente um grande escudo impenetrĂĄvel, defendendo o pequeno do golpe.
Enquanto lutavam, Ruki correu até sua amiga.
Seu estado fĂsico necessitava de cuidados urgentes.
â Droga⊠DROGA! â o terror estava em seu rosto. â Renamon!
â Ahh⊠Ruki⊠â com os braços abertos, estirada no chĂŁo.
Lee gritou, percebendo o estado.
Ele pensou rĂĄpido.
â Ruki, pega isso! â ele jogou um cartĂŁo. â Tenta usar, vai!
Ela olhou, ainda relutante, mas deixou sua fé falar mais alto.
A rainha digimon nĂŁo perdeu tempo.
â Digi-mudança: opção Terapia Curadora!
A årea do ferimento recebeu um boost energético, com uma soma de força fluindo e puxando de volta os dados que foram perdidos.
â EstĂĄ funcionando!
A ferida fechava, mas acompanho por muita dor da raposa, que gritava angustiada.
â Calma, Renamon! Vai passar! Resista!
O trauma foi imenso, mas ela estava em boas mĂŁos.
Mas, no outro extremo, a luta continuava.
Strabimon insistiu e intensificou sua fĂșria: mais uma rajada de suas garras cortaram o ar, visando Terriermon.
Ele não mediu esforços.
Seu golpe nĂŁo sĂł arranhou como penetrou na couraça, atĂ© entĂŁo intransponĂvel, do escudo invocado por Lee.
O pequeno recebeu o golpe em cheio.
Com a força do golpe, o digimon foi jogado para contra uma parede, caindo desacordado.
Seu domador olhou, atÎnito, o vÎo dramåtico do corpo de seu parceiro no espaço metålico do galpão.
O desespero de Lee foi sufocante.
â Terriermon?! â balançava a cabeça, em sinal de negação. â NĂŁo⊠NĂŁo pode ser⊠Terriermon!
O jovem correu, mesmo tropeçando, atĂ© onde seu amigo estava caĂdo.
Contudo, quase foi interrompido por Strabimon, que falou:
â NĂŁo estou aqui sĂł por causa desses digimons hereges, mas vocĂȘs tambĂ©m.
â Desgraçado! â Lee berrou, tomado por raiva. â Tentamos te entender, mas olha o que vocĂȘ deu em troca!
â Existe podridĂŁo em cada dado seu. VocĂȘs inundam o mundo real, assim como fizeram ao meu⊠e devem pagar!
O caos era o cerne do momento.
NĂŁo havia tempo para diĂĄlogo ou tentativas de apaziguar.
Strabimon carregava em seu rosto a face da justiça, a que acreditava firmemente, e não estava disposto a retroceder em sua sina.
Sua certeza era autĂȘntica.
Por outro lado, sentimentos negativos por parte de Lee e os demais, que sĂł cresciam conforme as alternativas se esgotaram.
Era o que Ruki, a mais envolvida no combate, analisou.
â âEstĂĄ tudo desmoronandoâŠâ â pensava, seus olhos tremiam. â âEstou tendo uma sensação estranha⊠muito ruim. Ele Ă© forte, mas parece ter algo que nĂŁo estĂĄ certoâŠâ
Diante o cenårio criado, dessa vez restou a Guilmon intervir: enquanto o lupino investiu em direção a Lee com suas convicçÔes de guerra, o digimon réptil o atacou com tudo.
â VocĂȘ vem com o Guilmon! â falou, segurando Strabimon.
â O que?! Como ousa, herege? â ele tentou evitar, mas foi arrastado por metros a frente.
Usando sua força avassaladora, Guilmon o levou para longe.
Mais drama foi despejado no embate, a carga emocional extrapolou os limites.
Takato tomou a palavra:
â VocĂȘ nĂŁo sabe o que estĂĄ fazendo! â disse, se referindo a Strabimon.
â Humano idiota⊠como este digimon tambĂ©m!
O lobo tentava se desvencilhar do abraço poderoso de Guilmon, o prendendo com toda a força que tinha.
Quase conseguindo escapar ao soltar seu braço direito, o vermelho o mordeu no braço, evitando que se afastasse.
â Largue meu braço, herege!
â Guilmon nĂŁo vai deixar vocĂȘ machucar meus amigos!
â Grr⊠vocĂȘ nĂŁo sabe o valor dessa palavra! â Strabimon soltou sua outra mĂŁo, mostrando as garras afiadas e as apontando contra a cabeça de Guilmon â Morra!
A intenção era evidente: o lobo iria aniquilar o digimon sem dó.
Takato entendeu o movimento mortal que ele iria executar e nĂŁo perdeu tempo: tirou uma carta.
â Eu nĂŁo vou permitir isso! â bradou, passando o cartĂŁo. â Digi-mudança! AcessĂłrio: Translucidez de Bakemon!
Guilmon escapou de ter o crĂąnio penetrado pelas garras de Strabimon no Ășltimo segundo, varando o golpe por entre ele.
IntangĂvel, Guilmon pagou um preço alto: embora nĂŁo pudesse ser atingido, isso fez com que o lupino escapasse facilmente.
â Essas tentativas de evitarem o destino sĂł me irritam⊠Se eu nĂŁo posso atingir esse digimon idiota, entĂŁoâŠ
Ele apontou para Takato.
O fio de suas garras brilharam.
â VocĂȘ serĂĄ o primeiro que rasgarei o corpo por completo!
E assim o fez, executando mais uma vez o golpe de suas garras afiadas.
O movimento mortĂfero foi em direção a Takato, que se assustou, arregalando seus olhos.
O terror de ser retalhado por completo lhe deixou imĂłvel e paralisado, dentes rangendo e o suor escorrendo pelo rosto.
Mas as coisas pioraram: como Ășnica alternativa de salvar seu amigo, Guilmon desfez o poder herdado das cartas e se colocou tangĂvel novamente.
O digimon fez sua escolha, se jogando contra o golpe terrĂvel do lupino.
Ele recebeu o ataque direto, o ferindo e o jogando para longe.
Guilmon gritou de dor, causando nervosismo em Takato.
O sofrimento era imenso.
Tomado pelo terror, o jovem correu, tropeçando nos próprios pés em seguida, mas se reequilibrando e seguindo até onde seu amigo caiu.
â Guilmon! â segurava o dorso do digimon.
â Ah⊠Takato⊠â tonto e bastante ferido, tentava falar.
O domador até tirou seu blusão, tentando ajudar de alguma forma.
NĂŁo havia a quem chamar, e muito menos o que fazer.
Tudo estava nas mĂŁos dos domadores.
Por sorte, nĂŁo foi o suficiente para que Guilmon desistisse da luta.
â Eu⊠Eu estou bem, Takato⊠â ele se levantava com dificuldades.
â Guilmon⊠â Takato o abraçou, com carinho.
â Eu preciso lutar⊠mas⊠Ele Ă© forte, TakatoâŠ
A vontade de lutar de Guilmon estava inabalåvel, mas até ele reconheceu que Strabimon era poderoso demais para ser vencido sozinho.
No outro lado, onde estavam Lee e Terriermon, o diålogo entre os dois não era muito diferente. Lee o tinha nos braços, dizendo:
â Isso tudo sĂł pode ser um pesadelo⊠â o semblante do domador apontava para o lobo.
â Lee⊠JĂĄ lutamos contra inimigos assim e vencemos. Momantai⊠â Terriermon nĂŁo havia desistido.
â Chega disso! â se levantou, pensando seu digivice. â Terriermon, me diga⊠Esse digimon Ă© diferente dos outros, nĂŁo Ă©?
â Lee⊠â fugiu do olhar, virando o rosto.
â Me diz! â insistiu Lee, irritado. â Tem algo errado, nĂŁo tem? Fala logo, Terriermon!
NĂŁo era preciso a resposta.
Ele percebeu com a fuga do olhar de seu parceiro que a questĂŁo era muito maior do que imaginava.
Enquanto isso, no extremo sul, lĂĄ estavam Ruki e Renamon.
A conversa era ainda mais caĂłtica.
A raposa tentava se recompor, jĂĄ que os danos foram grandes.
â Grr⊠Ele Ă© forte⊠droga⊠â colocou a mĂŁo sobre a ferida profunda.
â Renamon, nĂŁo se mexa tanto! â tomava cuidados a rainha digimon, enfaixando o dorso da raposa.
O olhar conflitante de Renamon encontrou o convicto de Strabimon, que estava encarando de volta.
Por causa disso, a raposa nĂŁo perdeu tempo.
â Ruki, quero que vĂĄ embora daqui e leve todos com vocĂȘ!
â O que?! VocĂȘ estĂĄ louca? Eu nunca deixaria vocĂȘ para trĂĄs! â esbravejou, ficando na frente da digimon.
â Mas⊠Isso Ă© preciso! O Retalhador Ă© um digimon poderoso! â cambaleante, se colocou em base de luta.
Com uma das pernas pendendo para baixo, seu desgaste nĂŁo era sĂł evidente como ao mesmo tempo desesperador.
Mesmo assim, sua atenção era com a segurança de sua domadora.
â Essa serĂĄ uma luta de vida ou morte⊠e nĂŁo quero te envolver nisso!
Renamon segurou nos ombros da jovem, de forma gentil.
Mas a rainha digimon tinha um senso de dever ainda mais aflorado que no passado dessa vez.
â Chega desse papo! NĂŁo vou te deixar pra trĂĄs nem morta! â Ruki esbravejou, a abraçando com força.
â Ruki⊠â os olhos da raposa cintilavam.
â NĂŁo importa se ele Ă© poderoso! Eu sei que vocĂȘ Ă© tĂŁo forte quanto ele, mas somos uma equipe!
â EquipeâŠ?
â VocĂȘ estĂĄ tentando lutar sozinha por quĂȘ? Eu estou aqui⊠NĂŁo! Todos nĂłs estamos aqui!
Ruki estava decidida a encarar a luta frente a frente, mesmo com o perigo iminente.
Strabimon era poderoso demais, Renamon e os demais digimons tinham plena ciĂȘncia do nĂvel do lupino.
Mesmo todos no mesmo nĂvel de evolução, havia algo que deixava evidente a superioridade.
Durante essa constatação, Ruki lembrou de diversos pontos, desde que seus amigos voltaram do digimundo.
â âTem algo erradoâŠâ â pensava, olhando em tudo em sua volta. â âSegredos, proteção exagerada, efeitos das cartas menores⊠Com certeza tem alguma coisa que nĂŁo encaixa!â
Ela se virou para Renamon, encarando-a nos olhos.
â Ele Ă© mais forte⊠ou vocĂȘ estĂĄ mais fraca, Renamon?
No mesmo instante, a digimon arregalou seus olhos, tĂŁo breve quanto os fechou.
â VocĂȘ nĂŁo tem que fazer tudo sozinha â insistiu Ruki, ainda fitando-a. â Somos um time, lembra? O que estĂĄ acontecendo?
Por causa dessa visão, a raposa insistiu na proteção a sua parceira:
â SerĂĄ que nĂŁo entende? Isso nĂŁo tem a ver em eu lutar sozinha ou sermos uma equipe⊠â enĂ©rgica, Renamon aumentou sua voz. â Ele estĂĄ aqui pra matar vocĂȘs!
A realidade nua e crua jogada contra todos.
â NĂŁo Ă© como antes⊠â se colocou em base de luta â Os nossos poderes⊠estĂŁo menores.
â O q-que quer dizer com isso?! â Ruki gaguejou, temendo pelo pior.
â Nosso passado ao lado de vocĂȘs, a força que adquirimos desde entĂŁoâŠ
Um pesar foi encontrado em sua voz.
â Uma parte do que somos ficou no digimundoâŠ
A verdade final, a que deixou tudo evidente, foi mostrada.
â Foi o preço que precisamos pagar⊠para sobrevivermos.
A raposa nĂŁo poupou no tom de sua voz para deixar clara a mensagem.
Todos os domadores ouviram, aterrorizados, a notĂcia bombĂĄstica que Renamon acabou de falar.
Takato, que segurava Guilmon, foi o primeiro a reagir:
â Nossos parceiros estĂŁo⊠enfraquecidos?! â um fio de lĂĄgrima cortou seu rosto apĂłs desabar de um de seus olhos.
Como uma marcha fĂșnebre, as atividades do maquinĂĄrio de manutenção do galpĂŁo de trens da cidade de Shinjuku começaram a funcionar, com ruĂdos de pancada rĂtmicos, em intervalos que acompanhavam as batidas de coração dos domadores.
Todos os sinais de que havia algo de errado soaram como um alerta maldito, indo em uma direção que a situação perderia o controle cedo ou tarde.
Lee era o mais impactado, jĂĄ que desconfiava desse entĂŁo.
Olhando para seu parceiro, disse:
â EntĂŁo Ă© isso mesmo que ela disse, Terriermon?
â Lee, tem coisas que sĂł digimons podem fazer⊠â falou, ficando de pĂ©. â A gente nĂŁo pode deixar vocĂȘs se machucarem. VĂȘ se entende isso, tĂĄ?
Lee levantou tĂŁo rĂĄpido quanto seu parceiro digimon.
Revoltado, mostrou o que sentia naquele instante em voz alta:
â VocĂȘs devem estar loucos! Ă Ăłbvio que nunca iremos fugir!
E Takato, talvez o mais emotivo no momento, também aumentou seus votos fraternais.
O companheirismo era o principal alicerce.
â De maneira nenhuma iremos deixĂĄ-los aquiâŠ
â Takato⊠â Guilmon, jĂĄ de pĂ©, o olhou. â A Renamon tĂĄ falando a verdade. Guilmon nĂŁo quer que vocĂȘs fiquem tambĂ©m⊠pra proteger vocĂȘs!
O domador, revoltado, puxou ar e, lotado de vontade, colocou a sua voz a todo volume:
â NĂłs somos amigos! Todos nĂłs! â as lĂĄgrimas caĂam, a coragem aumentava. â Temos um elo com vocĂȘs!
Seu olhar, contendo coragem e vontade, se encontrou com suas palavras de motivação.
â Lutamos juntos, como um sĂł, contra o matador⊠porque nĂłs somos um time!
A motivação de estarem mais uma vez juntos moveu os domadores como os principais catalisadores da virada vindoura.
Todos, sem falarem uma palavra sequer, se muniram de seus digivices, os colocando a frente como um estandarte que simbolizava sua amizade.
A chama de seus digimons, quase apagada, receberam um combustĂvel poderoso: a lealdade indestrutĂvel de seus amigos.
Essa mensagem também chegou até Strabimon.
Contudo, o lobo recebeu com escĂĄrnio.
â Esse Ă© o resultado por seu existir. A fraqueza nĂŁo Ă© uma condição humilhante â de braços cruzados, provocou. â O fraco alimenta o forte, fazendo disso sua centelha fazer parte do ciclo do digimundo.
Ele nĂŁo parou e, olhando para todos com desprezo, se colocou a postos para lutar.
â Sua baixeza, a de todos vocĂȘs, se faz patĂ©tica no momento que ousaram desafiar as leis do digimundo! â Com o indicador, apontou para todos. â ApĂłs esse ato herege, tudo mudou⊠e vocĂȘs me tiraram um tesouro que jamais terei novamente!
O lupino voltou a mostrar suas garras, sabendo de que sua vitĂłria era iminente.
Mas, enquanto caminhava para próximo de onde estavam, Takato, enxugando as lågrimas que escorriam por seu rosto, cerrou o punho com força.
O apontando para Strabimon, disse:
â Eu sei o que Ă© perder algo valioso⊠e eu tambĂ©m sei o que Ă© lutar pela prĂłpria vida.
Todavia, até mesmo diante um cataclisma o lendårio sonhador não se viu acuado e muito menos com medo.
Takato fervia de coragem.
â Eu estou cansado de ouvir esse seu papo de perdedor! â com o punho Ă frente, pĂŽs mais força vocal. â VocĂȘ busca vingança⊠e isso vai te destruir!
â Me destruir? â falou, continuando seu caminhar atĂ© eles. â Meu coração jĂĄ virou pÎ⊠depois que tive minhas perdas. Tarde demais para tentar consertĂĄ-lo, herege!
A paciĂȘncia havia esgotado para ambas as partes.
Takato deixou isso claro.
â EntĂŁo lute contra todos nĂłs! â seu digivice estava em mĂŁos, assim como um cartĂŁo na outra. â Vai descobrir que temos razĂŁo e isso mostrarĂĄ a verdade pra vocĂȘ!
Ele levantou seu digivice, que iluminou um pouco o ambiente. Takato se preparava para invocar mais uma de suas cartas.
Ele estava chamando Strabimon para a luta.
â Um humano desafiando um digimon para lutar? â disse o lupino, surpreso.
â Os Deva eram descrentes da gente⊠e derrotamos a todos! EntĂŁo vocĂȘ aqui, fazendo isso⊠nĂłs vamos lutar atĂ© o fim para proteger nossos amigos!
As palavras de Takato encheram de energia o Ămpeto de Lee e Ruki, que se levantaram e fizeram companhia ao jovem.

Claro, cada um tinha sua personalidade.
â Haha, vocĂȘ nĂŁo perde essa pose de lĂder, nĂŁo Ă©? â falou a domadora. â Ă meio brega, mas sei que foi de coração.
â R-ruki?! â ele foi pego de surpresa, mas se restabeleceu. â Bem⊠hehe, obrigado.
Lee também fez sua entrada.
â A Ruki estĂĄ certa⊠â falava, com um sorriso no rosto. â Tem pessoas que jĂĄ nasceram pra motivar outras, hehe.
â Lee?!
NĂŁo havia mais volta.
E muito menos perderem mais tempo.
â NĂłs duas passamos por muitas coisas juntos⊠â falava Takato, olhando para Strabimon. â Seja lĂĄ o que aconteceu com vocĂȘ no digimundo, sentimos muito⊠mas nĂŁo vamos desistir! Nunca!
Diante da determinação que mostraram, os olhos do lobo brilharam.
Se surpreendeu, o detalhe de que os humanos que o estavam desafiando dessa vez.
Com Renamon, Terriermon e Guilmon feridos, a coragem dos trĂȘs domadores contagiou atĂ© mesmo o seu algoz.
Ele passou a observĂĄ-los de uma outra forma.
â *O olhar de todos eles⊠Onde eu jĂĄ vi esse olhar?â â lembranças vieram a sua mente. â âRanamon⊠Dinohumon⊠Stingmon⊠Eles tinham esse mesmo sentimentoâŠâ
Entretanto, Strabimon, tomado pelo ódio e alimentado por uma busca incessante por justiça, dentro do que ele acredita, ignorou seus pensamentos e, enfim, se armou.
â Grr⊠Hereges! VocĂȘs sĂł facilitam o que eu devo fazer! SentirĂŁo minhas garras!
Sem pensar em mais nada, o lobo concentrou ainda mais seus poderes, a fim de aniquilar aos trĂȘs
Com muito ódio, ele cortou o ar onde mais uma vez, a sua rajada percorreu até Takato, Ruki e Lee a velocidade do som.
Eles nunca teriam percepção suficiente para se esquivarem e tampouco poder para tentar bloquear.
Era só uma questão de segundos até que encontrassem alà o seu fim.
Mas, onde a surpresa tomou os trĂȘs, o golpe foi bloqueado.
Seus olhares surpresos se somaram aos de Strabimon: Guilmon, Terriermon e Renamon, juntos, impediram que seus amigos fossem feridos.
TĂŁo logo, os digimons se manifestaram.
â Guilmon luta por Takato, porque Takato lutou por GuilmonâŠ
â Eu nĂŁo posso deixar meu amigo lutar sozinho! Momantai!
â VocĂȘ disse uma vez que eu nĂŁo estava sozinha, Ruki⊠E eu nĂŁo me esqueci disso, esteja certa.
Muito feridos, eles estavam de pé, encarando o lobo das garras poderosas.
NĂŁo era um trio.
Era um sexteto.
E agora todos estavam prestes a começar uma luta pela prĂłpria sobrevivĂȘncia.
Tradução feita por fãs.
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