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Digimon Tamers 00 – Capítulo 21

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Digimon Tamers 00

Web Novel Online – Capítulo 21
[A Raiva Indomável do Retalhador]


O momento era de extrema urgência.

Meikume, usando de uma inesperada temperança, conseguiu convencer Meicoomon de não lutar e seguirem de volta ao apartamento no outro lado da cidade.

Esse movimento veio após as lembranças angustiantes do passado em Shinjuku, durante a terrível batalha dos domadores lendários e seus parceiros digimons contra o Matador.

Embora a situação da dupla estivesse sob controle e segurança, não se podia dizer o mesmo de Ruki e Renamon, que estavam dentro do galpão de manutenção de trens da cidade.

Sendo assim, retornamos exatamente no último momento dos acontecimentos no:

新宿電車整備上屋 (Galpão de M. de trens)

時間: 08:45 PM

– Garra Leviatã!

Strabimon executou seu golpe mais poderoso contra Renamon, onde Ruki, com lágrimas nos olhos, correu em direção a sua amiga, gritando com desespero desenfreado:

— Renamon!

Era certo de que havia algo errado, já que a digimon raposa era a mais forte.

Mas os poderes de Strabimon superaram com folga os de Renamon.

A rainha Digimon agiu por instinto, ignorando os perigos de que estava correndo.

Temendo pelos severos danos que iria receber, Renamon se colocou à frente de Ruki, a fim de protegê-la.

Tudo aconteceu muito rápido, quase não lhe dando respiro.

E, em seus pensamentos, deixou claro seu objetivo:

— “Eu vou te proteger, Ruki… e eu sinto muito…”

E quando estava prestes a receber o golpe em cheio, finalmente uma boa notícia: vozes altas o suficiente foram ouvidas, e com bastante volume:

— Bola de Fogo!

— Pequeno Tornado!

Guilmon e Terriermon apareceram e arremessaram seus golpes contra o corte sônico de Strabimon, anulando seus efeitos, mas não sem evitar a explosão, que fez com que Renamon fosse jogada para longe.

Como era ágil, conseguiu se reequilibrar e cair de pé, sem maiores danos.

O susto pela surpresa do aparecimento dos aliados foi grande, mas não com tanto entusiasmo em seu olhar.

— Guilmon… Terriermon… — falou a raposa, já de pé. Ela só trocou olhares, sem maiores reações.

Ruki não perdeu tempo e, às pressas, correu até sua amiga:

— Renamon, você está bem?!

— Sim… — ela fitou sua domadora. — Eu estou.

— Que bom! — a jovem a abraçou com carinho.

Enfim, o alívio momentâneo.

Contudo, estavam muito longe das coisas estarem sob controle.

No outro extremo, Strabimon os observava, surpreso com a intromissão repentina.

— Grr… O que significa isso?

O olhar buscou seus algozes, logo à frente.

Correndo para próximo das duas, lá estavam Takato e Lee que, assustado pelo o que estava acontecendo, foi logo às preocupações:

— Ruki, Renamon… Vocês estão bem?

— É o que parece, não é? — disse Ruki, com seu jeito característico, mas se conteve. — Estamos bem, mas não muito.

Takato, acompanhando o cuidado do outro domador, também tinha o que dizer.

— Ruki, o que está acontecendo? — o jovem olhou para Strabimon. — Um digimon aqui?!

— Esse é o digimon inimigo que estávamos atrás… — Makino trocou olhares, com um pouco de deboche. — Nada demais… Saco!

— O que?! Inimigo? — Takato, surpreso, não tirou o olhar do lupino. — Mas ele não parece ser um inimigo…

A primeira impressão poderia ser a que ficava, mas Lee, mais analítico e a par do que houve, tomou a frente e encarou Strabimon, que fez o mesmo.

Entretanto, seu digimon deu o alarme:

— Lee… — explanou Terriermon, ficando a frente do grupo. — Ele é muito forte, eu posso sentir!

— O que?! Terriermon, você está certo disso?

E até mesmo Guilmon:

— Takato, esse digimon é diferente… Temos que tomar cuidado!

— Guilmon?! — o domador, tomando seu digivice, se cercou de cuidados. — Pra você dizer isso, então…

Ruki, aliviada por Renamon estar bem, não demorou para tirar satisfações mais diretas.

Ela andou em direção a Strabimon, sem desviar sua fronte, como alguém que estava desconfiada, e lhe apontou o dedo indicador, perguntando:

— Quem é você? Porque quer nos matar?

A tal indagação, pelo teor da pergunta, encheu o brio de Takato e Lee de uma forma tão impactante que os dois arregalaram seus olhos.

— Espera… Nos matar? — perguntou Lee, pegando seu digivice também. — Ruki, isso é sério?

— Vocês já viram o golpe dele. Esse digimon não está somente atrás de Renamon e sim de todos nós!

Aquilo soou como uma bomba, que incitou Terriermon e, principalmente Guilmon, que logo focou seu olhar ao lobo.

Contudo, não só aos digimons restou a reação.

— Como é?! — disse Takato, surpreso. — O que ele quer com isso?!

A pergunta deixada no ar pelo líder do grupo de domadores era o tom exato da incredulidade dos jovens.

Strabimon, caminhando em direção aos jovens, se incumbiu de dar um breve contexto a sua atitude.

Sua imponência agiu como um tipo de intimidação, já que seu rosto demonstrando irritação era o que trazia atenção e cuidados aos domadores.

Strabimon se colocou a conversar:

— Eu não lhes devo satisfações… — sua voz, carregada de rancor e inimizade, foi ouvida. — A única coisa que devem saber é que hoje todos vocês cairão. Minhas garras ceifarão suas vidas!

— O que?! — os dentes trincados de Takato demonstravam seu nervosismo ao que ouviu. — Porque você quer fazer isso?

— Minha desgraça, assim como a de todos que eu tinha vínculos, está condicionada ao existir de todos vocês! — falou o lupino, apontando para os jovens.

Lee, novamente, tomou a frente. Ele tinha mais o que dizer.

— Não faz sentido algum… Isso que você disse é um absurdo!

— Humano, vocês todos são responsáveis pela maior tragédia do digimundo!

— Eu não sei o que aconteceu na sua vida, mas você não tem noção de absolutamente nada do que passamos todo esse tempo!

Strabimon tomou uma postura de luta, colocando suas garras protuberantes à mostra. Era questão de segundos antes de atacar.

Mesmo assim, Lee não arredou:

— Desgraça foi o que passamos há cinco anos atrás, caso você não saiba! Nós salvamos ambos os mundos!

— CALE-SE, HUMANO! — a voz raivosa do lobo ecoou pelo ambiente. — Me poupe desse choramingo, verme asqueroso!

Strabimon insultou Lee, demonstrando todo seu repúdio aos domadores.

Era evidente que isso traria reações de Terriermon, que não ficou calado.

— Não fala assim com o Lee, tá beleza? — o pequeno também se colocou em prontidão de luta. — Você não é nada legal, nada mesmo!

— Tenha dignidade, digimon! Eu não estou aqui para conversar e sim exterminá-los! Aceite seu destino!

— Destino?!

A sentença de Strabimon soou na mente de Terriermon tempo suficiente para lhe trazer pensamentos.

— “O que ele tá querendo dizer com isso? Não tem nada a ver com destino e essas coisas…” — ele estava convicto, mas não tanto. — “Ou tem?!”

Sua dúvida fez com que ficasse na defensiva por enquanto. Terriermon nunca lidou com tal assunto dessa forma, mas em sua mente lembranças recentes do digimundo.

Eventos traumáticos, enquanto o trio de digimons, em sua forma bebê, tinha um temor sem tamanho em seus olhares amedrontados frente a uma ameaça iminente.

Todavia, o presente momento era de emergência, o que fez com que o pequeno chacoalhasse a cabeça para apagar o memento temeroso.

De volta ao controle, viu seu amigo Guilmon também se manifestar

— Guilmon não sabe porque tanto ódio sente da gente… — ele tinha um olhar intimidador, de um predador para sua presa. — Mas se ameaçar meus amigos e tentar machucar eles, Guilmon vai lutar contra você!

Era um aviso, por mais simplório que fosse.

Strabimon percebeu a inocência, respeitando tal situação.

— Digno. Mesmo um digimon do tipo vírus como você tem inteligência para escolher como morrer.

— Guilmon não vai morrer, nem ninguém aqui!

— Pelo bem do digimundo, essa lenda que vocês carregam consigo será aniquilada hoje!

O abstrato.

A condição disforme, que ocultava o significado literal de qualquer imagem ou palavra, era um fator determinante para causar estranheza.

Dúvidas surgiram mais em Takato, enquanto aos demais somente mais dúvidas como a dele.

O domador tomou dessa interrogação, alimentado pelo desejo de obter as respostas o mais depressa possível.

— Para com isso, chega! — ele gritou, com indignação em sua súplica.

Sem cerimônias, um silêncio ocorreu, abrindo brechas para que Takato continuasse com sua entrevista:

— Porque está fazendo tudo isso? Você não precisa lutar contra a gente! Porque você quer tanto se vingar? O que está acontecendo, afinal?!

— Humano, já disse que não devo satisfações a nenhum de vocês! — disse Strabimon, apontando para o jovem. — O fim de vocês é a resposta que eu preciso!

As coisas estavam desandando para um embate feroz.

A ideologia rasa de Strabimon já havia brindado seu cerne, estando convicto com o que havia buscado no mundo real.

Decerto, não era mais uma ameaça.

Era um fato. Quase consumado.

O lupino das garras afiadas encontrou o que queria.

Durante essa guerra, alguém ousou em ir mais distante.

Analisando em sua mente, buscando informações até então esquecidas e guardadas no mais profundo de seus dados, Renamon recordou de fatos ocorridos no passado, muito antes de pensar em conhecer Ruki.

E a raposa, tomando a frente, disse:

— Retalhador, você obteve esse nome por ser um lutador solitário…

Todos olharam para a raposa, que tomou para si a responsabilidade do embate.

Ela também estava a postos para lutar.

Strabimon respondeu a sentença de Renamon:

— O digimundo sempre foi um lugar vasto, principalmente quando se procura pelo mais forte… — ele refletiu, fechando seus olhos, os abrindo em seguida. — Porque disse isso, raposa?

— Embora estivéssemos distantes, conheci suas histórias. — Renamon continuou as lembranças. — Você era respeitado, sempre sozinho e orgulhoso por suas garras e força… e jamais baixou sua guarda.

— Bajulações, Renamon? — a irritação ficou mais visível em sua fronte. — Grr… Poupe seu tempo! Aproveite seus últimos minutos com dignidade!

— Você mudou… — disse, apontando para o lobo. — Sua luta era como a minha, de ser o mais forte, evoluir e ter mais poder…

As palavras de Renamon estavam aumentando a raiva de Strabimon, que fechou seus punhos em sinal de revolta.

Não só isso, ele gritou:

— CALE A SUA MALDITA BOCA! — o lupino estava ainda mais ameaçador. — Você não passa de uma herege, sua desgraçada!

Seu discurso inflamado deixou claro que Renamon atingiu um ponto sensível, já que a reação do digimon foi muito maior do que o visto antes.

Todos se surpreenderam com o que Renamon disse, expondo que ela o conhecia muito bem.

— O digimon cujas garras conseguia cortar até mesmo dados flutuantes e a trincar carapaça de Digitamamons… — ela contextualizou, indagando em seguida. — Você nunca se dobraria à ideologias, como a de Zhuqiaomon.

Isso foi um gatilho mortífero.

Sem pensar, Strabimon gritou com muito ódio em sua voz:

— GARRA LEVIATÃ!

Ele executou mais uma vez seu movimento mais poderoso, só que desta vez com muito mais ímpeto e raiva.

A intensidade do corte foi tanta que o ar deslocado atingiu um patamar acima da quebra da barreira do som, causando um estrondo ensurdecedor junto com as duas enormes lâminas, que se deslocavam a uma velocidade impressionante.

Renamon pegou Ruki, assim como Guilmon carregou Takato e Terriermon usou seu Pequeno Tornado para descolar Lee para um dos lados, o salvando.

Com o jovem indo ao chão, o pequeno gritou:

— Lee, você tá bem?!

— Ah… sim… — se levantava o rapaz, assustado. — Minha nossa!

Sua exclamação não era para menos: a malha de trens armazenados no lugar foi completamente retalhada logo assim que foi atingida pelas garras do lobo.

Ele, transpirando ódio, expôs seu sentimento:

— Tire o nome do Senhor Zhuqiaomon da sua boca, sua herege desgraçada! Nunca mais o diga, entendeu? Nenhum de vocês tem esse direito, jamais!

O estrago foi tão imenso que poeira e fagulhas de dados flutuantes foram vistas saindo dos escombros.

Se fossem atingidos, todos estariam com sérias lesões.

Ou pior — e isso era uma total certeza.

O caos tomou o ambiente e, pelo barulho gerado e o estardalhaço causado, a zona não ficaria anônima por muito tempo.

Contudo, dos domadores presentes, um estava ressignificando tudo aquilo: Ruki tinha mais dúvidas do que qualquer outro ali.

Com seus olhos arregalados, ela dirigiu sua raiva a Strabimon.

— Não importa se é forte ou se lutou pra conseguir isso, você não vai nos vencer! Está ouvindo, seu idiota?

Seu comportamento era condizente com seu histórico, mas até mesmo a rainha Digimon no ápice de sua raiva tinha a razão como seu alicerce.

Ela, se virando para Renamon, perguntou:

— O que significa isso tudo, Renamon? Como você sabe dessas coisas sobre esse aí?

— O Retalhador… Ele… — ela tentou lutar contra a verdade, mas respondeu. — Como disse, era um dos digimons que buscavam poder para evoluir… assim como eu fui um dia.

— O que tem isso? Porque você lembrou dessas coisas?

— Vocês estiveram no digimundo uma vez, sabem como é a luta incessante pela vida… — Renamon relembrou os eventos de cinco anos atrás. — Eu não mudaria se não te conhecesse…

Saber disso abriu mais os olhos dos demais domadores.

Não pela história que Renamon e Ruki tiveram ao longo da parceria.

Era referente a presença de Strabimon e o porquê de sua revolta infundada.

“O que aconteceu no digimundo?” Essa era a pergunta que ocorreu na mente de todos eles.

Essa pergunta não foi só sentida pela raposa, que se manteve calada, mas os demais digimons também, Guilmon e Terriermon.

Strabimon também, mas ao seu jeito.

— Mortes, sofrimento, desilusão… Nós digimons vivemos nesse viés o tempo todo. Lutamos para nos mantermos vivos e ficarmos mais fortes! — falava o lupino. Seu monólogo tinha um fundamento. — É a lei do digimundo e assim ela se manteve…

Entretanto, sua fala cheia de ódio trouxe mais vieses, coisas que ele acreditava.

— Mas a existência de vocês, os chamados “lendários digimons e domadores”, ousaram a desafiar nossas leis.

Isso deixou claro que ele tinha muito orgulho dos dogmas do digimundo, coisa que todos os digimons sabiam.

Sua revolta veio logo a seguir.

— Nossa ordem seguia como sempre foi até que a tormenta chegou… E tudo isso foi culpa de vocês!

Isso foi um ataque direto aos domadores.

Takato, impactado pela ofensa, falou:

— Lutamos contra um inimigo em comum! O Matador iria acabar com ambos os mundos!

— Traste! — exclamou o lupino, ainda com suas garras à mostra. — Não me faça perder tempo! Todos vocês ousaram contra nosso ciclo! O mal causado foi o mesmo!

— Mas que mal está falando? O Matador foi destruído!

Guilmon entrou na conversa: ele deu um passo à frente, ainda a postos por um novo ataque feroz de Strabimon.

Foi nesse meio tempo que Renamon acompanhou no olhar sua postura.

Ele tinha algo a compartilhar.

— Grani foi o responsável por ter protegido a gente no digimundo… e muitos digimons queriam acabar com a gente. Você parece como eles!

Renamon abriu ainda mais seus olhos e, em um movimento rápido, ficou de frente com Guilmon.

Agindo de uma forma inesperada, falou:

— Prometemos a Grani, Guilmon! Não envolva nossos domadores!

A atitude trouxe indagações, que pegou a todos de surpresa.

Havia mesmo segredos…?


Tradução feita por fãs.
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