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Death March – Revisado – Intermissão 1 – Arco 7

 

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Death March Kara Hajimaru Isekai Kyousoukyoku
Death March To The Parallel World Rhapsody

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Death March Arco 7 Intermissão 1
[A Melancollia de Zajir]

— Seu idiota! Se quiser usar o martelo de fase, vai ter que botar a sua alma nisso!

Os punhos do mestre rugiram mais uma vez naquele dia.

Já fazia trinta anos que eu estava sob os cuidados dele, mas ainda não conseguia manejar o martelo de fase como ele queria.

Mesmo entre os discípulos pessoais do mestre, apenas eu e Garir havíamos conseguido empunhar o grande martelo. Agora, só faltava aprender a manejá-lo direito.

Vou provar que consigo em dez… não, cinco anos! E então, um dia, vou formar uma família com Jojori.

— Zajir-san, disse alguma coisa?

— Jojori, hein… Nada demais, só uma bobagem.

— É mesmo? Achei que tivesse ouvido você falar em família… de qualquer forma, temos um visitante para o vovô. Ele está no salão?

— Sim. Ele está de mau humor, então tome cuidado.

— Entendido. Obrigada.

Ela estava adorável como sempre naquele dia. Mesmo com minha grosseria, ela sempre respondia com gentileza.

Uma mulher (Anã) realmente incrível.

◇◇◇

O convidado de quem Jojori falou era um jovem da raça humana. Nunca sei ao certo a idade dos humankin, mas ele devia estar por volta da maioridade. Mesmo assim, o mestre mandou o garoto forjar uma espada.

E não de ferro, mas de mithril? Que desperdício.

Aquele idiota do Rodar tinha deixado um pedaço de mithril mal fundido, então resolvi trazer aquilo mesmo. Um amador provavelmente não notaria a diferença.

— Use isso.

— Sim, muito obrigado. É a primeira vez que forjo com mithril… estou nervoso.

Pelo jeito, ele já tinha alguma experiência com espadas de ferro. Não era um completo iniciante, mas aqui todos eram ferreiros experientes, até mesmo Rodar, que ocupava o posto mais baixo, forjava espadas há cinquenta anos. Compará-lo a eles seria cruel.

O mestre pegou pesado ao fazer isso.

No entanto, quando vi o garoto acender a fornalha com movimentos tão naturais, algo chamou minha atenção.

Esse sujeito é mesmo um amador?

Aquela dúvida pequena se tornou certeza no momento em que ele empunhou o martelo.

Aquela postura firme.

Ele parecia o próprio mestre.

Essa impressão não estava errada. Assim que desferiu o primeiro golpe, o garoto pareceu confuso.
Será que ele percebeu aquela diferença sutil? Conseguiu distinguir o mithril falho mesmo sendo a primeira vez que o tocava.

Levei outro soco do mestre por ter trazido aquele mithril, mas isso não importava. Fiquei curioso para ver que tipo de espada ele faria com o melhor mithril.

Fazia tempo que meu coração não se inflamava assim.

Corri até a fornalha de purificação de mithril antes que o mestre ou os outros chegassem.
Eu havia deixado isso com Rodar, mas desta vez, eu mesmo prepararia o melhor mithril.

— Seus bastardos! Quero todo mundo empolgado aqui!

Tentei animar o pessoal com meus gritos costumeiros, mas os ferreiros da fornalha continuavam deitados no chão.

— Zajir-san, hoje os gnomos não vieram. Por isso, não temos magia suficiente.

— Espírito! Com espírito dá pra fazer qualquer coisa!

— Não diga besteira. Então, por favor, despeje sua magia, Zajir-san. Com bastante espírito!

Ah, o Ganza tinha ido para a reunião com os gnomos. Então foi por isso que o mithril daquele dia saiu ruim…

No final, não tinha sido culpa da supervisão do Rodar.

Vou pagar uma bebida pra ele depois como pedido de desculpas.

Tentei despejar minha magia, mas não era tarefa para quem não tinha prática e consegui pôr apenas uns 0,5%. Nunca fui bom com ferramentas mágicas.

— Tudo bem se eu despejar magia aqui?

Pelo jeito, o garoto estava canalizando magia conforme ordenado pelo mestre.

Pelo bastão curto preso à cintura, devia saber usar magia, mas aquela fornalha exigia a força mágica de dez gnomos ao mesmo tempo.

Era impossível para uma pessoa só. Eu mesmo havia tentado e falhado instantes atrás.

E ainda assim, aquele garoto conseguiu sozinho.

O chefe da fundição ficou tão surpreso que parecia ter a mandíbula deslocada, mas eu entendi o sentimento dele.

O mestre conferiu o mithril usando um aparelho especial, mas só de olhar, dava pra saber que aquilo era de primeira linha. E mais do que isso, era extremamente puro.

Era a primeira vez que via o mestre usar aquele aparelho de verificação.

◇◇◇

Por ordem do mestre, fui buscar no depósito um grande martelo feito de liga de mithril.

Era bem mais pesado que o martelo de fase comum e inacreditavelmente, o mestre mandou o garoto tentar balançar aquele martelo.

Mandar um não-anão empunhar esse martelo?

Garir e eu tentamos argumentar, mas só ganhamos mais uns bons murros. Não podíamos desobedecer às decisões do mestre.

Diante do grande martelo, o garoto ficou completamente atônito.

Claro, não dava pra esperar que um humankin esguio fosse sequer conseguir erguer aquilo. Mostrei como se segurava com uma das mãos e ele pareceu genuinamente impressionado. Ser admirado por ele me deixou até envergonhado e ainda mais na frente da Jojori.

Fala mais!

— Oh! É realmente pesado… Meu corpo está todo tremendo, não consigo estabilizar.

Quando me virei, vi o garoto já levantando e praticando os golpes com o grande martelo.

Ridículo! Um humankin não suportaria esse peso…! — Pelo menos, era o que eu pensava.

Mesmo cambaleando, ele de fato o ergueu.

Garir e eu só conseguíamos levantar por causa da habilidade de força hercúlea e mesmo entre os anões presentes, só metade tinha essa capacidade.

Quem é esse sujeito, afinal?

— Zajir, vá chamar o Ganza.

O mestre gritou enquanto segurava o pote do elixir secreto, mas quando disse que Ganza estava visitando a vila dos gnomos, o mestre berrou de raiva, enchendo a sala com sua fúria.

Quase fui mandado à vila dos gnomos, mas me safei quando descobriram que o garoto também sabia fazer alquimia.

Versátil demais, esse sujeito.

Mais tarde, Ganza me perguntou o nome de quem tinha feito a mistura. Como sempre o chamava só de “Kozou” (garoto), respondi com um “Não sei”, e ele ficou bem abatido. Provavelmente não gostou de ver alguém usando os equipamentos de alquimia dele, mas calou a boca quando sugeri que fosse reclamar diretamente com o mestre.

◇◇◇

Gravei em meus olhos a imagem do mestre e do garoto forjando aquela espada.

Eram como almas gêmeas, com seus movimentos em perfeita sincronia. Inacreditável, o garoto balançou o grande martelo por toda a noite sem sequer gemer uma vez.

Jamais deixaria um humankin tocar naquele martelo… Mas para esse cara, eu abro uma exceção.

Meus colegas também pensam o mesmo.

Espada das Fadas.

A espada que o garoto forjou era belíssima.

Um dia, forjarei uma que supere aquela.

Pode estar fora do meu alcance agora, mas prometo que alcançarei.

Nem que leve algumas dezenas de anos.

Com certeza.

◇◇◇

Mais tarde, chegou uma remessa de barris de bebida enviada pelo garoto ao mestre.

Mandou tudo junto, em barris mesmo. Ele conhece bem os anões.

Afinal, tinha sido ele quem venceu uma disputa de bebida contra mim e o mestre naquela vez.

Gostaria de beber com ele de novo, um dia.

— Yo, Zajir. O Dohar-shi está por aqui?

Ouvi a voz de um sujeito cheio de pose e delicadeza.

Era o excêntrico Galhar, que havia aberto uma loja de itens mágicos na cidade da superfície.

— Hmph, não há motivo algum pra você não usar honoríficos comigo. Me chame de Zajir-sama.

— Ara, ara, Zajir-san. Não fale assim com um amigo de infância, nem de brincadeira.

A adorável Jojori apareceu atrás de Galhar.

“Amigo de infância” era coisa de trinta anos atrás… Não, de várias dezenas de anos.

— Jojori, isso é só ele querendo bancar o glorioso.

— Muito bem, eu aceito esse desafio!

Enrolei as mangas, pronto para dar uma surra em Galhar, mas Jojori se pôs na frente dele para impedir.

Por quê? Está do lado do Galhar agora?

Ela chama Galhar sem honorífico, enquanto comigo ainda usa “-san”.

— Galhar, você também, pare de provocar. Vamos nos dar bem, por favor.

— Como quiser, Jojori.

Mesmo depois de ser repreendido por ela, ver o Galhar vermelho como um polvo só me dava mais vontade de dar um murro nele.

— Espere, Zajir-san, por favor, sem violência…

Droga, acabei batendo sem querer.

Minha briga com Galhar continuou até o mestre voltar do almoço.

— Que algazarra é essa? Se quiserem fazer barulho, que seja lá fora!

— Ara, vovô!

— M-mil perdões, mestre.

Fufun, ele levou tanto soco que nem consegue falar direito. Bem feito.

— Nó… só ‘tava brincandu…

Só estou com uma leve dificuldade de falar hoje. Talvez até chova depois.

◇◇◇

Graças à Jojori-san, que chamou os irmãos Don Haan para nos curar, conseguimos falar normalmente de novo. Galhar, que raramente descia ao subterrâneo, veio nos convidar para beber e surpreendentemente me incluiu também.

Era só ter dito isso desde o começo.

Pessoas que trazem bebida nunca podem ser más.

— Este licor verde-claro é delicioso.

— Este vermelho carmesim também é docinho, vai fácil pela garganta.

Só o que Galhar trouxe não bastava para uma verdadeira festa, então abrimos também os barris de bebida que Kozou tinha dado ao mestre. Pelo que disseram, o licor que Galhar trouxe também vinha do Kozou.

Por quê?

— Vários barris chegaram junto com uma carta de agradecimento. Na carta, além dos agradecimentos, ele dizia que só escapou da morte por causa de um item que comprou comigo. Estou com a loja há vinte anos, mas nunca recebi tanta gratidão assim.

Ouvi dizer que Galhar tinha sido forçado a comprar umas bugigangas quando foi até a cidade dos humankin, mas pelo jeito ele fez bom negócio.

— Galhar, nunca esqueça esse sentimento. Se fizer isso, vai se tornar o melhor comerciante mágico entre os anões.

— É isso aí, Galhar. Embora os melhores entre os gnomos sejamos eu e Han, claro.

— É verdade, Galhar. Mire no topo entre os anões. Mesmo que sempre fique em segundo nesta cidade.

Mesmo quando o mestre fazia questão de elogiá-lo, os irmãos Don Haan se intrometiam.
Pelo visto, o mestre o reconheceu, mas a Jojori, eu não vou entregar.

Disputando discretamente o olhar de Jojori do outro lado da sala, esvaziamos nossas canecas de licor ao mesmo tempo.

Um bom licor, uma bela mulher e um bom rival (amigo).

É disso que se faz uma noite perfeita.

Da próxima vez, quero fazer um banquete junto com o Kozou.


Tradução feita por fãs.
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