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Death March – Revisado – Capítulo 17 – Arco 7

 

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Death March Kara Hajimaru Isekai Kyousoukyoku
Death March To The Parallel World Rhapsody

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Death March 7-17
[Viagem de Navio]

Satou aqui. Eu imaginava que a Europa tivesse uma visão negativa sobre comer polvo, que chamam de “peixe-demônio”, mas me surpreendi ao descobrir que ele é consumido normalmente na Itália e na Espanha. Akashiyaki é gostoso, mas ainda prefiro o bom e velho takoyaki.

◇◇◇

Acenei do alto do navio que partia. Não foi apenas a princesa Menea e suas acompanhantes que vieram se despedir, até mesmo o casal vice-rei e a senhorita Ririna estavam presentes.

Alguns jovens nobres imprudentes e capangas contratados, de olho na lança da Liza, aguardavam no porto, mas os soldados do vice-rei os prenderam habilmente antes que causassem qualquer problema. Ao que parece, as criadas da senhorita Karina tinham alertado o vice-rei com antecedência, depois de ouvirem rumores preocupantes.

Provavelmente os nobres tinham visto a lança da Liza durante a luta contra o demônio ontem. Mas, mesmo assim, era preciso muita autoconfiança, ou estupidez, para acharem que podiam enfrentá-la depois daquilo.

Se pudesse, também deixaria a senhorita Karina para trás, mas abandonar a filha de meu empregador acabaria manchando minha reputação. Então, desisti da ideia.

— Fufufuhn, você levantou e coletou bandeiras da nova personagem, hein! Ela devia simplesmente desaparecer agora~

Nova personagem, é? Por favor, não compare pessoas com NPCs. Arisa estava um pouco sombria hoje. Será que ainda estava incomodada com o que aconteceu no jardim ontem?

Na noite anterior, antes de dormirmos, Arisa e eu trocamos informações sobre nossos “Japões”, e cerca de 70% coincidiam. Achei que ela gostasse de animes obscuros, mas, no Japão dela, eram obras tão populares que até pessoas que não eram otaku conheciam.

— Ainda está pensando sobre a oitava pessoa?

Arisa, preocupada ao me ver pensativo, falou comigo.

Ontem, fiquei um pouco perturbado, mas, mesmo que eu fosse o oitavo, isso não traria mérito nem prejuízo, então decidi não me preocupar. Já que a pessoa reencarnada que podia realizar invocações havia morrido, era improvável que mais japoneses acabassem aparecendo por aqui.

Por precaução, avisei à princesa que o herói invocado do antigo Império Saga poderia ser enviado de volta ao seu mundo original. Vou torcer para que Yui e Aoi também tenham uma chance de retornar.

Arisa deu tapinhas de leve na minha cabeça e então seguimos juntos até onde Pochi e as outras agitavam-se na proa, olhando para a água.

◇◇◇

— Acabei de realizar mais uma coisa que sempre quis fazer na minha vida anterior~!

Arisa abriu os braços na proa enquanto eu a segurava pela cintura. Parecia uma cena de um famoso filme ocidental. Sabia o título, já que era um clássico, mas infelizmente nunca o tinha assistido.

Rudy: Titanic

— Hã, chevalier-sama, essa área é perigosa, então, poderia…

A área da proa onde estávamos era restrita, mas insisti para entrar. A guia turística, que nos acompanhava, ficou claramente desconfortável, então levei Arisa, agora satisfeita, de volta ao deque principal.

O convés do navio era largo o bastante para comportar quatro carruagens, embora, com mastros e outros obstáculos, na prática coubessem apenas duas. No momento, só havia nossa carroça a bordo. O navio possuía três andares, o superior abrigava a cabine do capitão e os quartos dos hóspedes. A senhorita Karina e suas criadas estavam em outro quarto, claro. Os dois andares inferiores eram para os animais de carga, depósitos e os aposentos dos marinheiros.

Tinha receio de que alguém enjoasse em sua primeira viagem de navio, mas, com exceção das criadas da Karina que passaram mal, todas as outras estavam bem. Todos diziam que era bem mais confortável do que a vibração constante da carroça.

Depois, darei algum remédio para enjoo às criadas.

A capital ficava a 300 quilômetros de distância, mas como o navio foi fretado pelo próprio vice-rei, chegaríamos lá em apenas dois dias. Em um navio comum, levaríamos de três a quatro dias, já que fariam paradas nas cidades ao longo do percurso.

— Que tédio, desuwa.

— Karina-sama, que tal explorar o interior do navio com Pochi e as outras?

Karina-sama apareceu de repente quando eu relaxava no sofá que a guia tinha preparado no convés.

Apenas Liza e eu estávamos ali, já que as outras tinham saído para explorar. Não imaginei que até Lulu fosse junto, mas como era a primeira vez que embarcava num navio tão grande, era compreensível.

Eu era o único sentado no sofá. Como havia três lugares, sugeri que Liza se sentasse também, mas ela ficou em pé como uma sentinela, recusando-se firmemente.

Não achava que a senhorita Karina fosse arrumar confusão naquele lugar, mas como eu estava concentrado na análise do mapa, pedi que ela se retirasse.

— Ora ora, mesmo com uma bela garota vindo visitá-lo, você já a manda embora, desuwa?

— Não tive essa intenção. Aceita se sentar?

Falei algo que, sinceramente, não sentia.

A lady Karina me deixava um pouco irritado, mas não deixei isso transparecer.

— Então, não vai assinar a carta da cônsul Nina?

— Achei que já tinha enviado minha recusa outro dia.

A carta da Nina-san era um pedido para que eu me tornasse “Oficial Especial de Ligação” do território do barão Muno. Em resumo, eu teria de convencer nobres influentes do ducado a investirem naquelas terras. Em troca, retirariam a parte honorária do meu título de cavaleiro. Mas, como não valia a pena, recusei. Se aceitasse sem pensar, acabaria sendo manipulado até me ver forçado a casar com a senhorita Karina.

— Por quê? Se se tornar um cavaleiro de verdade, seus filhos poderiam herdar o título, sabia?

— Até mesmo o título honorário que recebi já é exagerado pra mim. Não penso em nada além disso.

A senhorita Karina parecia desapontada com minha resposta. Por favor, pare de inflar as bochechas como uma criança. A empregada, Pina-san, se bem me lembro, advertiu-a por não se comportar como uma verdadeira dama.

Nesse momento, Pochi e Tama, que tinham terminado a exploração, entraram saltitando.

— Chegamos~

— Nano desu!

— Bem-vindas de volta.

Acolhi as duas com delicadeza e as acomodei nos assentos ao meu lado. Como pareciam com sede, sugeri que bebessem a água com frutas na mesinha ao lado. Arisa chegou logo depois.

Mia, ao perceber que meus dois lados já estavam ocupados, agarrou-se à parte de trás do sofá. Por favor, pare de bagunçar meu cabelo.

— F-ficar agarrado em plena luz do dia é escandaloso, desuwa!

Foi a acusação de lady Karina.

Quanta grosseria! Só estamos um pouco… íntimos.

Ela batia o pé no chão, mas pelo menos foi discreta o suficiente para não soltar um “Vamos duelar, desuwa”.

◇◇◇

— Olhem, olhem! É uma sereia, uma sereia!

Por que repetiu?

Segui o dedo apontado da Arisa.

De fato, eram sereias. O AR indicava que pertenciam à tribo Finmen (sereias). Pareciam ser semi-humanos aquáticos. Também havia outras tribos por ali, como os fishmen e gillmen.

Pelo que parecia, as sereias estavam colhendo mariscos e camarões, levando-os até pequenos barcos com humanos a bordo. Era algo totalmente diferente, mas aquilo me fez lembrar das ama-san, mergulhadoras japonesas, trabalhando junto com corvos-marinhos na pesca tradicional.

Observei as pessoas nos pequenos barcos. A guia turística, ao notar isso, chamou um dos barquinhos até nós. Como a conversa passou para a compra de frutos do mar, fui até a lateral do navio junto com a Lulu.

Entre os produtos estavam moluscos do tamanho de uma bandeja, camarões tão grandes quanto lagostas e polvos com tentáculos de dois metros. Polvos não deveriam existir em água doce, mas era melhor não aplicar o conhecimento do mundo real num mundo paralelo.


Comprei camarões para todos, alguns moluscos e três polvos. Pelo visto, o consumo de polvo era raro por ali, pois a guia ficou bastante surpresa.

Mas é delicioso, sabia?

— Polvo~?

— Esse aqui, nanodesu.

Pochi e Tama tentaram capturar o polvo que escapou do balde, mas estavam tendo dificuldades com os tentáculos enrolados nelas.

Pochi parecia irritada com os tentáculos que não desgrudavam e começou a morder um deles.
Pode até ser gostoso, mas por favor, pare de comer cru assim.

Tama conseguiu se livrar de algum modo e começou a cutucar o polvo enrolado na Pochi com suas garras. Pare de se divertir e ajude a Pochi. Bom, considerando que a cena dela sendo atacada era adorável, até entendo… Mas já era hora de intervir.

— Satou.

Mia me chamou com uma voz melancólica logo atrás. Quando me virei, vi que ela também havia se tornado vítima do polvo. Deixando a Pochi de lado por um momento, a Mia toda enrolada por tentáculos passava uma sensação quase… indecente. Péssima combinação.

Imagem Death March Kara Hajimaru Isekai Kyousoukyoku Animexnovel Light Novel Ilustracao Volume 5 16 em Death March – Revisado – Capítulo 17 – Arco 7

Arisa se aproximou dizendo:

— Erofu está aqui!

Ela ajudou a desatar os tentáculos, assim como Lulu. Nana e Liza se ocuparam da Pochi.

— Pegajoso…

Mia expressou seu desagrado com uma expressão sofrida.

Pedi à guia que trouxesse água.

Ouvi um grito da Pochi dizendo:

— Por favor, socorro, nano desu!

Ao olhar para trás, vi que tanto ela quanto Nana estavam cobertas de tinta preta do polvo. Liza e Tama conseguiram escapar a tempo.

Levantei uma cortina para fazer uma divisória, e as três vítimas do polvo foram tomar banho atrás dele. Criei uma cortina de ar do lado de fora para garantir que ninguém tirasse o pano por acidente. Mais do que evitar olhares, era para impedir que pegassem resfriado.

Mia e Pochi saíram da divisória para se secar, mas como havia outras pessoas por perto, pedi que usassem as próprias roupas para se enxugar e as empurrei de volta. Por isso, (in)felizmente, acabei vendo o corpo nu da Nana naquele instante. Não tinha absolutamente nada de que eu devesse me envergonhar.

— Seus lábios estão sorrindo.

— Que grosseria.

Instintivamente, levei a mão até os lábios com o comentário da Arisa.

Como vi cenas boas hoje, decidi preparar um prato de polvo.
Pedi à guia para usar a cozinha. Era pequena e ficava dentro do navio, por isso talvez fosse melhor cozinhar no convés com ferramentas mágicas. Eu havia criado uma chapa térmica mágica, inspirada numa [Placa de Aquecimento Leve], mas como só eu conseguia regular a temperatura, raramente a usávamos durante os acampamentos.

Por infortúnio os únicos pratos com polvo que me vieram à mente foram sashimi de polvo cozido, como se serviria num bar, ou polvo em conserva no vinagre. Cheguei a cogitar takoyaki, mas como não sabia como preparar o caldo para a massa, desisti. Melhor pesquisar isso depois.

Como senti que o arroz que Lulu estava preparando talvez não ficasse tão bom, coloquei os ingredientes para fazer uma paelha (paeja) de polvo. Consolei Lulu, que parecia abatida. Não esperava um arroz perfeito logo na primeira tentativa.

Pedi a ajuda de Liza e de Nana para levar tudo até o convés, e fizemos nosso almoço sob o céu azul.
A refeição agradou em geral, mas Pochi parecia um pouco desapontada, provavelmente porque não era carne. Queria que ela aguentasse só por hoje, afinal, se tivéssemos churrasco no navio, poderiam desconfiar da procedência.

Como havia uma cidade próxima do local onde ancoraríamos no fim da tarde, pensei em ir fazer compras com um barquinho.

Tama e Liza comiam os camarões grelhados com tanta voracidade que nem os descascavam.
Talvez por parecer saboroso, a senhorita Karina tentou imitá-las, mas foi repreendida por Pina-san, a empregada. As outras duas empregadas estavam tão concentradas na comida que nem atuavam mais como acompanhantes da Karina.

Me perguntei se o remédio estava surtindo efeito, a senhorita Erina, que pela manhã parecia à beira da morte, agora devorava o paelha de polvo com entusiasmo.

No fim das contas, valeu a pena ter preparado tanta comida. Havia muitos comilões a bordo.

Enquanto comíamos, aproveitei para procurar por Chifres Curtos na capital. Encontrei mais de vinte. Rezei para que a cidade ainda estivesse intacta até nossa chegada.

Desejei que Hayuna, seu filho e a oficina do visconde Shimen estivessem todos em segurança.


Tradução feita por fãs.
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