Death March – Revisado – Capítulo 12 – Arco 7
Death March Kara Hajimaru Isekai Kyousoukyoku
Death March To The Parallel World Rhapsody
Web Novel Online:
Death March Capítulo 7-12
[Distúrbios na Cidade Gururian]
Satou aqui. Quando me tornei um adulto trabalhador, passei a comer muitos doces na loja de conveniência para manter meu cérebro abastecido de açúcar. Curiosamente, enquanto estudava na universidade, sentia que só comia confeitos japoneses por influência dos veteranos no laboratório.
◇◇◇
— Quando chegar à cidade de Gururian, não deixe de experimentar o doce redondo de pasta de feijão! Mas lembre-se, ele custa uma grande moeda de cobre, então não vai sair tão barato, ouviu? Mas, para um comerciante como o Onii-san, tenho certeza de que se não comer, seus parceiros de negócios farão piada disso, ouviu?
— Que tipo de doce é esse?
— Hmm… você faz uma massa branca e coloca um recheio escuro e doce no meio?
As irmãs que estavam conosco no acampamento antes da cidade de Gururian estavam falando sobre o doce típico da cidade. Era uma explicação meio imaginável, mas ao mesmo tempo confusa.
— Você também nunca comeu um, não é? Essa garota ficou curiosa depois que um comerciante se gabou disso na vila.
— Fuhn. Quando eu receber meu salário no estágio, vai ser a primeira coisa que vou comer~.
— Salário? Vai levar anos pra isso.
Pelo que entendi, essas irmãs vieram de uma vila próxima para serem aprendizes numa loja de mercadorias na cidade de Gururian. A alimentação e moradia eram algo garantido, mas em troca não receberiam pagamento até se tornarem profissionais. Parecia coisa da era Edo.
Esse tipo de emprego pode acabar sendo mais barato do que comprar escravos para o trabalho.
— Mestre, os comerciantes parecem estar partindo.
— Então, vamos também.
Liza veio me chamar enquanto eu ainda enrolava.
Segundo ela, os comerciantes que vieram conosco no acampamento estavam de partida. Havia três grupos de comerciantes ao todo. Depois de oferecer um pouco de bebidas e peixes a eles, passamos a noite ouvindo as histórias que tinham para contar.
A mais assustadora foi,
“Em um lugar remoto no meio da montanha, dava para ver uma luz vermelha e ouvir batidas como martelo a noite toda.”
A típica história de fantasma. Embora pareça algo que eu mesmo fiz.
Graças ao meu trabalho noturno que virou lenda, consegui refinar e moldar bastante estanho e zinco. Construí muros de barro para tentar abafar o som, mas não adiantou muito.
Já que a cidade Gururian ficava a menos de meio dia de carroça, convidei as irmãs para irem conosco.
— Yay!
— Muito obrigada. Tem certeza de que não é incômodo?
— Não me importo, afinal nosso destino é o mesmo.
Essas irmãs estavam fazendo a loucura de caminhar até a cidade de Gururian. A distância da vila delas até lá levaria dois dias a pé e era um alívio que não tenham sido atacadas por monstros. Ontem à noite dormiram na nossa tenda, mas suas virtudes poderiam ter estado em perigo se não estivéssemos por perto.
Ao longo do caminho, nossa carroça se uniu às carruagens dos outros comerciantes que estavam indo até a cidade de Gururian.
Havia um grupo suspeito de jovens nobres reunidos no espaço aberto antes da entrada da cidade, então decidi não ir na frente e me misturar aos outros comerciantes atrás.
◇◇◇
— Comerciantes que estão visitando a cidade de Gururian! Desejamos espadas mágicas. Prometemos a quem nos entregar uma que receberá nosso favor como fornecedores oficiais uma vez que entremos no exército do Duque!
Um homem de mais de vinte anos, vestido como um cavaleiro, estava se dirigindo aos comerciantes na fila de entrada da cidade. Naturalmente, ninguém respondeu. Nós já tínhamos encontrado um nobre do mesmo tipo na cidade autônoma dos anões.
Guardei a lança mágica da Liza na [Bolsa de Armazenamento], pois parecia que causaria confusão. Já havia dado problema na entrada da cidade de Muno, então me precavi dessa vez. No momento, Liza carrega apenas uma espada comum na cintura.
— Ei, ei, aquele nobre-sama disse que faria de você um fornecedor caso desse a ele uma espada mágica! É incrível, né, Onee-chan.
— É mesmo. Mas coisas caras como espadas mágicas não têm nada a ver conosco.
— Meninas, se continuarem assim, vão acabar sendo enganadas na cidade, sabiam?
Arisa interrompeu preocupada a conversa despreocupada das irmãs.
— O que ele está querendo dizer é, “Não temos dinheiro. Mas queremos espadas mágicas. Nos deem de graça. Em troca, vamos considerar dar nosso favor no futuro. Não reclamem se não der certo.”. É conveniente só pra eles, uma conversa fiada, não acha?
— Uwah, então era isso! Eu nem imaginava.
— Arisa-chan, você é bem esperta mesmo sendo pequena.
As irmãs desceram da carroça com a ajuda de Nana. Elas foram até a fila para pedestres, já que a fila de carruagens seguia por um caminho diferente.
— Satou-san, muito obrigada~.
— Muito obrigada de verdade. Além de nos deixar dormir junto com vocês, ainda nos deu comida o dia todo.
— Não se preocupem com isso.
— Ah, não, não podemos. Vamos trabalhar numa loja de utensílios chamada Midoriya, então se precisar de algo por lá, nos visite. Não posso prometer um desconto ainda, mas posso garantir que ofereceremos a você os melhores produtos da loja!
Imagino que elas só iriam fazer tarefas simples como funcionárias, mas aceitei de bom grado a gentileza delas e agradeci.
Os nobres e seus servos de antes pareciam estar abordando os comerciantes um por um, então era melhor entrarmos na cidade antes que nos alcançassem.
Seguimos direto para o portão sem pegar fila. Nana e Liza confirmaram com o guarda que nobres tinham prioridade para entrar e embora não fosse como a entrada sem verificação no domínio autônomo dos anões, eles apenas fizeram uma checagem formal.
Ouvi alguns comentários atrás, como “Hein?” e “Então ele era um nobre-sama!” Agora que pensava nisso, nunca disse a elas o meu nome de família.
◇◇◇
Nos últimos dias, fabriquei espadas que fossem equivalentes à lança mágica da Liza para Pochi e Tama, mas não consegui fazer nenhuma que me deixasse satisfeito. Eu poderia simplesmente dar a elas algumas das espadas mágicas do estoque, mas eram grandes demais para qualquer uma que não fosse a Nana, então resolvi fazer com minhas próprias mãos.
Havia cinco tipos diferentes de espadas mágicas.
O primeiro era do tipo que incorporava o circuito mágico baseado na pesquisa da espada sagrada de Trazayuya. Existem boas espadas mágicas desse tipo, mas o grau de dificuldade era absurdamente alto. As espadas mágicas de madeira dourada e prateada pertenciam a esse tipo.
O segundo tipo era como a espada mágica feita pelo ancião Dohar. Esse tipo aceitava poder mágico mesmo sem circuitos especiais, já que dependia da característica do metal mágico, como mithril ou adamantil. Os materiais eram difíceis de obter, mas tinham grande estabilidade.
O terceiro tipo eram armas feitas a partir de partes de monstros, como a lança mágica da Liza. O desempenho era parecido com o do segundo tipo, mas havia muita variação, mesmo usando partes do mesmo tipo de monstro o resultado podia ser muito diferente. Muitas acabavam sendo fracas.
O quarto eram armas amaldiçoadas. Apesar de terem encantamentos permanentes, normalmente causavam dano ao usuário, então eram raramente usadas. Até aquele momento, eu nunca tinha visto ninguém além do ancião Dohar usar uma.
O quinto tipo tinha a lâmina e o circuito mágico feitos separadamente, e depois eram acoplados para formar a espada mágica. Descobri isso ao desmontar uma das espadas do estoque. A lâmina era comum, mas o cabo tinha um circuito mágico embutido. Quando se injetava poder mágico, ele ativava efeitos como [Força] e [Destreza], e até acelerava o saque da espada. Era possível criar circuitos mágicos separadamente na lâmina e no cabo, o que era mais fácil do que gravar diretamente na lâmina.
As que produzi até então pertenciam ao primeiro e ao terceiro tipo.
Seguindo o método nos documentos de Trazayuya, tentei criar o circuito durante o processo de fundição da espada, mas o líquido do circuito era sensível ao calor e acabou se dissolvendo. A espada aceitava magia até certo ponto, mas o fluxo de poder ficava distorcido, então não servia para uso real.
Depois, fiz lâminas esculpindo conchas de besouro e ossos de salamandra, aplicando o líquido de circuito nas frestas para melhorar a condução mágica. Ficaram parecidas com espadas mágicas de verdade, mas sua resistência era inferior à da lança mágica da Liza, então deixei de lado.
Ganhei a habilidade [Trabalhar com Ossos] enquanto esculpia, mas ela não pareceu muito útil.
◇◇◇
Um cheiro doce pairou no ar assim que entramos na cidade. Era o cheiro típico de doce japonês… ou melhor, de pasta de feijão vermelho.
— Kuu, que cheiro gostoso!
— Será que são doces japoneses?
A animação de Arisa e a minha aumentou, enquanto os outros nos observavam com curiosidade.
— Jovem cavalheiro, que tal experimentar um excelente bolinho de pasta de feijão vermelho?
Uma garota da idade de uma colegial vendia enquanto carregava uma bandeja pendurada no pescoço, quase como uma vendedora de marmitas da era Showa. Infelizmente, suas roupas eram simples, como as de uma camponesa comum, nada de trajes japoneses. Ela usava um pequeno avental preso à cintura.
Comprei vários bolinhos de feijão e distribuí para todos. Mia pareceu um pouco relutante, mas quando falei que era um doce feito com grãos e feijão, ela colocou timidamente um na boca.
— Acho que precisava de um pouco mais de açúcar.
Arisa fez uma leve observação, mas todos já tinham terminado de comer.
— Fuh, então é isso mesmo.
— Umu, é aquilo, né.
Sim, era um ohagi. O interior do bolinho não era arroz glutinoso amassado, mas arroz glutinado em grãos. A pasta de feijão também era grossa. Parecia mesmo um ohagi à moda antiga.
— Então é verdade mesmo, o nome da cidade é esse?
— Será que é um trocadilho ruim?
As pessoas não entenderiam que era um trocadilho se não conhecessem japonês, então resolvi não comentar com ninguém.
Mas esse tal de Gururian… Quem deu esse nome à cidade com certeza era um japonês fã de trocadilhos ruins.
Rudy: “Gururi” significa “redondo”, e “an” é pasta de feijão vermelho.
◇◇◇
Acabamos perdendo um pouco de tempo comprando os doces. Antes de mais nada, eu precisava ir até o senhor da cidade e entregar a carta de Nina-san. Lady Karina e o esquadrão de criadas estavam dentro do navio que entrava no porto naquele momento, mas provavelmente continuariam embarcadas até chegarmos à capital. Como Raka não a conseguiria nos detectar dali, provavelmente não havia com o que se preocupar.
Pelo visto, as primeiras lutas preliminares para a qualificação estavam acontecendo nos parques públicos espalhados pela cidade. Só de saber que se tratava das “primeiras” preliminares dava vontade de chorar.
Aparentemente era preciso pagar três moedas de cobre na agência da prefeitura para conseguir o comprovante de participação. Quando dez pessoas se reuniam, uma rodada preliminar era iniciada. Uma luta acontecia sempre que duas pessoas se apresentavam e, ao reunir trinta e dois vencedores, a etapa era encerrada. Em seguida, começava a segunda rodada preliminar. Quem vencia quatro lutas preliminares passava para a próxima fase.
Imagino que cada cidade precisasse classificar os quatro melhores. Já fazia uma semana desde o início, e vinte pessoas já tinham passado pela primeira fase.
Uma luta preliminar estava acontecendo no parque perto da estrada principal. Estacionei a carroça e parei para assistir. Como Pochi e Tama ficavam inquietas toda vez que ouvíamos aplausos vindos do parque, decidi observar um pouco.
Uma garota doninha de olhar afiado tentou me vender apostas, mas recusei. Quando perguntei a Pochi por que ela estava farejando tão animadamente, descobri que ela tinha sentido o cheiro de yakitori. Pedi para Nana comprar. Ninguém parecia louco o suficiente para tentar se aproximar de alguém usando uma armadura completa da cabeça aos pés.
Distribuí os espetinhos de frango e os bolinhos de peixe que Nana comprou. Até Mia apareceu com uma água saborizada sem que ninguém percebesse.
Os participantes da luta preliminar eram um grupo misto, a maioria entre os níveis 3 e 7, mas alguns passavam do nível 10. Os dois que lutavam naquele momento estavam ambos acima do nível 10.
Usavam armaduras de couro, espadas de uma mão e escudos. Eram mercenários experientes. Embora seus níveis fossem parecidos com os da Liza e das outras, eram lentos e faziam muitos movimentos desnecessários durante os golpes. Eu diria que as garotas beastkin não perderiam para nenhum deles. E não, isso não era favoritismo.
Pelo visto, o vencedor daquela luta ganharia o direito de participar da primeira rodada preliminar, por isso a torcida estava tão animada. No entanto, assistir a uma luta em plena semana de trabalho… será que esse povo não tinha obrigações?
Não devia me preocupar com isso, mas de repente, um tumulto começou no parque ali perto.
— É TERRÍVEL! MONSTROS APARECERAM DENTRO DA CIDADE!
De fato, era terrível.
Verifiquei o mapa e, surpreendentemente, havia muitos monstros espalhados pela cidade. Pareciam ser monstros montáveis chamados dragões corredores. Ao que tudo indicava, a maioria deles era usada como tropa particular do vice-rei.
Não havia nenhum monstro na direção de onde veio aquele grito.
O que havia ali… era um demônio.
E, além disso, uma pessoa problemática estava por perto.
Tradução feita por fãs.
Apoie o autor comprando a obra original.
Compartilhe nas Redes Sociais
Publicar comentário