Botsuraku Yotei – CapĂtulo 113
Botsuraku Yotei Nanode, Kajishokunin wo Mezasu
Expecting to Fall into Ruin, I Aim to Become a Blacksmith
Web Novel Online – CapĂtulo 113
Meu primeiro dia na prisĂŁo.
Aqui eles servem trĂȘs refeiçÔes alĂ©m de ter uma boa cama, mas minha Ășnica reclamação Ă© que fica no subsolo, por isso nĂŁo tenho direito Ă banho de sol.
De vez em quando também recebo visitas. Na verdade é apenas uma, Nuno e o que mais gosto nisso é que vem trazendo a luz, mas é só isso. Sério, é só isso mesmo.
â Se tivĂ©ssemos continuado a lutar ontem, quem teria vencido?
Sim, a conversa com esse cara Ă© sempre chata. A Ășnica coisa que tenho para fazer Ă© rolar na cama e conversar com Nunu, que nĂŁo sabe falar sobre coisas divertidas.
â Eu iria. VocĂȘ passaria mal lutando comigo.
â SĂ© Ă© como diz, entĂŁo deveria ter me vencido e fugido para se encontrar com o chefe.
â Como eu jĂĄ disse, nĂŁo vim aqui para brigar. SĂł queria perguntar uma coisa a ele e pronto.
â Entendo. Tristana e eu ainda estamos discutindo sobre como lidar com vocĂȘ, por isso nĂŁo pense em tentar fugir. Se fizer, vamos executĂĄ-lo sem qualquer aviso.
â Eh~ e vocĂȘ acha que consegue?
Resumindo, esse era um lugar horrĂvel que faria qualquer um perder as esperanças. Depois que o Nunu saiu comecei a pensar seriamente que deveria fugir daqui.
âââ
Segundo dia de prisĂŁo.
Hoje, a comida veio na hora marcada novamente. Para ser bem sincero era bem gostosa, por isso achei que fugir talvez nĂŁo fosse uma boa.
O chato do Nunu não veio me visitar, mas ao invés, um cara baixinho e esquisito apareceu. Notei ele quando uma luz pålida se acendeu quando desceu as escadas, mas infelizmente o homem vestia um manto com capuz, cobrindo o seu rosto.
Diferente de Nunu, ele não trazia a luz. O lugar era tão escuro que mal dava para ver os próprios pés. Esse cara vai ficar bem?
De qualquer forma, o que ele veio fazer aqui em baixo?
O homem se agachou em frente a minha cela.
â Ei, o que estĂĄ fazendo?
â HIIIIIIIIIII!!!!!!!!!???
O pobre coitado quase morreu de choque quando falei.
â T-em alguĂ©m aĂ!?
â Sim, fui capturado ontem e jogado nesse buraco. Pela sua voz posso dizer que nĂŁo Ă© nem Tristana nem Nuno.
â Hm? Ah, sim, nĂŁo sou. EntĂŁo vocĂȘ foi pego por eles. Por acaso Ă© mais um assassino?
â Nah, sem chance. SĂł estou aqui temporariamente.
â Que azar. Acontece que hĂĄ tantos assassinos que nĂŁo se pode baixar a guarda nunca. Espero que nĂŁo guarde rancor por causa disso.
â NĂŁo vou, afinal a comida Ă© Ăłtima. AlĂ©m disso, se as coisas ficarem muito feias, sĂł preciso fugir.
â Hmph, que confiante. Ah, eu nĂŁo deveria estar conversando com vocĂȘ.
â Hou? EntĂŁo nĂŁo te mandaram aqui para falar comigo?
â De fato nĂŁo. Vim aqui por causa de outra coisa.
Ele moveu-se para longe da minha cela e continuou a falar. Depois de alguns passos jĂĄ nĂŁo dava mais para vĂȘ-lo por que a Ășnica luz que tinha no lugar era uma bem fraquinha que vinha das escadas quando a porta foi aberta.
â EstĂĄ esperando os seus olhos se acostumarem com a escuridĂŁo?
â Exato. â Ele me respondeu nĂŁo muito longe da cela.
Embora nĂŁo conseguisse enxergĂĄ-lo, sua voz era clara e ecoava bem no lugar.
â Tem alguma razĂŁo para nĂŁo acender a luz?
â Tem. Diga-me, vocĂȘ sabe com o que lidamos nessa companhia, nĂŁo sabe?
â Na verdade nĂŁo.
â Eh!? Ah… mesmo? Que estranho.
Embora não tivesse visto, tive certeza de que ele deu um passo para trås em choque. Sério, foi mal por ser um cara desinformado!
â NĂłs vendemos ervas medicinais e outros suplementos nutritivos. Ah e temos expandido nossos negĂłcios para ĂĄreas diferentes recentemente.
â Hmm…
â VocĂȘ nĂŁo parece muito interessado, mas tudo bem. Em cada andar desta torre estĂŁo sendo desenvolvidos novos produtos e inclusive realizamos as negociaçÔes neles. Acontece que para cada localização cultivamos algo diferente.
â Hmm…
â VocĂȘ realmente nĂŁo se importa, hein? De qualquer forma, esse subsolo Ă© uma exceção, porque nĂŁo dĂĄ para plantar ervas aqui onde o sol nĂŁo bate.
â Por isso transformaram este lugar em uma prisĂŁo. E pelo visto, num armazĂ©m tambĂ©m, eu suponho?
â Sim, mas temos tentado criar algumas novas variedades. Sementes que nĂŁo precisem do sol ou que odeiem a luz. Se der certo, poderemos produzir em vĂĄrios outros lugares!
â Oh, isso Ă© incrĂvel.
â Finalmente se interessou?
NĂłs sĂł podĂamos ouvir um ao outro, mas a impressĂŁo era como se estivĂ©ssemos tendo uma conversa franca, cara-a-cara. Eu gostei desse cara, foi o que pensei.
â Estranho, geralmente odeio gente, mas com vocĂȘ parece apenas natural conversar.
â Pensei na mesma coisa.
â Espero que provem a sua inocĂȘncia e que saia logo daqui.
â TambĂ©m espero. Em todo caso, vocĂȘ sabe alguma coisa do chefe? A razĂŁo pela qual vim foi justamente para encontrĂĄ-lo.
â Bem, Ă© claro que conheço.
â Que tipo de pessoa ele Ă©?
â Que tipo… nĂŁo muito amigĂĄvel.
â EntĂŁo o chefe odeia gente tambĂ©m. Isso Ă© bem ruim para a companhia.
â Suponho que sim.
Tanto o chefe como os empregados não gostam de pessoas. Além disso, a maioria deles são combatentes. Que lugar esquisito.
â Algo mais? O que pode me dizer sobre o chefe?
â Hmm, sobre o que exatamente quer saber? Eu sei de tudo sobre o chefe, entĂŁo sinta-se livre para me perguntar qualquer coisa.
Essa resposta inesperada veio do meio da escuridão. Quanta sorte a minha. Meu chute era que os dois se davam bem por ambos odiarem pessoas e por isso esse cara acabou ganhando uma posição de destaque na companhia.
â Ah, Ă© mesmo! Certo, certo, por que ele quer se tornar o senhor do territĂłrio Helan? Era isso que eu queria perguntar.
â O territĂłrio helan, hein… NĂŁo sei porque quer saber sobre isso, mas vou lhe responder. Aquele lugar Ă© muito importante para o chefe.
â Muito importante para o chefe? NĂŁo Ă© sĂł porque a famĂlia Dartanel estĂĄ interessada nele?
â NĂŁo, nĂŁo Ă© por uma razĂŁo estĂșpida dessas. Helan Ă©… sim, Nuno e Tristana sĂŁo de lĂĄ. Por volta de trĂȘs anos atrĂĄs… bem, acho que vocĂȘ nĂŁo sabe sobre isso.
Oho? Ele acha que sou um completo desinformado, mas a verdade é que pelo menos disso eu sei. Embora faça pouco tempo que aprendi.
â Houve algum tipo de incidente no territĂłrio, certo? AtĂ© eu sei disso.
â Hm? Isso Ă© uma surpresa. Sim, as pessoas de Helan estavam sofrendo. Foi entĂŁo que a nossa companhia surgiu e fez diversas doaçÔes de nossos ganhos e, depois disso, Nuno e Tristana vieram atĂ© nĂłs para trabalhar como forma de mostrar gratidĂŁo. Desde entĂŁo, eles tĂȘm sempre nos protegido.
â Essa Ă© uma bela histĂłria.
â NĂŁo Ă©?
O homem encapuzado deu uma pequena risada em embaraço. Apesar de que sĂł podia-a ouvĂ-lo tive certeza de que sua risada foi por isso.
Ainda assim, acabei descobrindo algo interessante. A companhia GAP nĂŁo estava apenas tentando se opor a famĂlia Dartanel, mas sim, querendo ajudar o povo que vivia naquela regiĂŁo desde muito tempo atrĂĄs.
Agora jå não tenho mais razÔes para me encontrar com o chefe. Estou certo de que as pessoas ficarão felizes se um homem assim virar seu novo senhor.
â Muito obrigado por isso, agora o meu propĂłsito foi completado.
â Seu propĂłsito?
â Sim. Vim apenas saber qual o interesse da companhia em Helan. Se o seu chefe nĂŁo tem mĂĄs intençÔes, entĂŁo nĂŁo tenho nada para dizer a ele. Acho que vou dar no pĂ© agora.
â VocĂȘ nĂŁo acha que era melhor nĂŁo ter me dito isso? O que farĂĄ se eu decidir contar para o Nuno?
â NĂŁo diga uma coisa dessas. NĂłs nĂŁo nos tornamos bons amigos agora hĂĄ pouco?
â Suponho que sim. SĂŁo poucas as pessoas com que consigo conversar amigavelmente, entĂŁo acho que vou dispensĂĄ-lo dos problemas. Ah certo, antes de ir, leve algumas dessas ervas medicinais com vocĂȘ. Elas vĂŁo ajudar se ficar gripado, basta beber isso e, se nos encontrarmos novamente, me fale quantos foram os efeitos colaterais.
â Como assim quantos foram os efeitos colaterais!? VocĂȘ espera que tenha mais de um!? Por que nĂŁo simplesmente pede alguĂ©m da companhia para testar!?
â Ă mais divertido quando eu experimento assim nos outros sem eles saberem.
â Ora porra!
O homem encapuzado começou a colher as ervas. NĂŁo dava para vĂȘ-lo, mas tive certeza de que estava se divertindo.
Algo que pensei desde a primeira vez que o vi foi que esse cara realmente gostava de plantas. Mesmo enquanto conversĂĄvamos, considerando o cheiro medicinal que se espalhava pela sala, ele deveria estar manejando elas. Provavelmente todo os dias esteve repetindo isso, por essa razĂŁo o cheiro deve ter ficado impregnado em sua pele ao ponto de que jĂĄ Ă© difĂcil se livrar dele.
Apesar disso, eu gosto de gente assim. Se nĂŁo tivĂ©ssemos nos encontrado dessa maneira, poderĂamos ter sido grandes amigos. Bem, infelizmente agora era hora de escapar.
Criei uma lĂąmina de vento e cortei as barras da prisĂŁo. Nesses dois dias, acabei encontrando um camarada realmente decente, sem contar que a comida era boa, por isso acredito que nĂŁo tenha sido um desperdĂcio.
Depois que sai da cela, senti a presença de alguém ao meu lado, mas era só homem encapuzado. Ele pegou minha mão e colocou as ervas.
â Tudo que precisa fazer Ă© moĂȘ-las e entĂŁo tomar com ĂĄgua. Ă um pouco amargo, mas quem nĂŁo gosta disso?
â Ă, quem nĂŁo gosta?
Quanto mais amargo for o remédio, melhor. Isso te faz pensar que estå sendo mais efetivo.
â Muito obrigado. Agora preciso ir.
â Tenha uma viagem segura.
Dei o meu adeus para a pessoa cujo a face nĂŁo conseguia ver.
Ele moveu-se para o canto da sala e continuou mexendo em suas ervas, mesmo quando eu estava indo para a escada. Talvez ele realmente gostasse delas.
Antes que eu atingisse a porta, decidi fazer uma Ășltima pergunta.
â A propĂłsito, qual o seu nome?
â Eu… Tristana me proibiu de falar para os outros, mas acho que para vocĂȘ nĂŁo tem problema.
â Ho? Por quĂȘ?
â NĂŁo ligue. De qualquer forma, meu nome Ă© Toto Gap.
Toto Gap, hein? Hm?Gap?Ei, nĂŁo Ă© esse o nome da companhia? SerĂĄ uma coincidĂȘncia?
â Por acaso vocĂȘ Ă© algum parente do chefe?
â NĂŁo, eu sou o chefe.
â Ah, saquei…
Isso foi uma bela surpresa. EntĂŁo estive conversando com o chefe esse tempo todo. NĂŁo pude ver o seu rosto ainda, mas jĂĄ era hora de escapar.
Hmm, acho que vou desistir de ver o seu rosto.
â Posso acreditar no que disse sobre Helan, posso?
â Sem sombra de dĂșvidas. Estes foram os meus sentimentos sinceros.
â Entendo. Como agradecimento, vou lhe contar o meu nome tambĂ©m. Eu sou KururiHelan, um ferreiro. Foi um prazer, Toto!
Abri a porta e corri o mais depressa possĂvel. Os empregados ficaram em choque ao me ver, mas apenas continuei correndo. Agora que sabia que o chefe era um cara legal, nĂŁo queria usar de violĂȘncia contra eles.
Fui capaz de chegar ao lado de fora e, quando me virei, percebi que Nuno e um homem encapuzado estavam lĂĄ atrĂĄs. Talvez fosse o chefe com quem me encontrei no subsolo.
De qualquer forma, isso era um adeus. Aproveitando-me das pequenas imperfeiçÔes no muro, escalei a muralha e acenei para eles com um sorriso.
Bem, acho que agora Ă© a vez do PalĂĄcio Real!
Tradução feita por fãs.
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