Botsuraku Yotei – CapĂ­tulo 105

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Botsuraku Yotei Nanode, Kajishokunin wo Mezasu
Expecting to Fall into Ruin, I Aim to Become a Blacksmith

Web Novel Online – CapĂ­tulo 105



CapĂ­tulo 105

Recentemente, tornou-se um prazer para mim, contabilizar Ă  noite os ganhos que obtivemos durante o dia. Em um canto da sala escura, Eli e eu cuidadosamente contamos cada moeda. Nesse momento, nossas faces estĂŁo provavelmente fazendo sorrisos diabĂłlicos, enquanto nos divertimos com isso, algo que jĂĄ virou parte da nossa rotina.

— Os negócios estão indo muito bem. Se continuar assim, logo poderemos abrir uma loja maior!

— Pode crer e seria maravilhoso se fosse em um lugar de frente para as ruas principais.

— Sim! Ah, que tal se comprarmos amanhã aquela estátua de Guaxinim que estão vendendo no depósito? Sabe, aquela que era bem fofa.

NĂŁo tinha a menor possibilidade de um Guaxinim enorme de bronze ser considerado fofo, mas, ainda assim, concordei com o pedido dela.

— Claro, pode comprar. Vou deixar isso com vocĂȘ.

Eli lidava com os clientes enquanto eu forjava as espadas. Depois de nos habituamos à esse padrão, ela passou a ter mais tempo livre, então começou a trabalhar no layout da loja. Colocando um maravilhoso papel de parede em formato de tijolos, vasos de flores em uma sala chata, Eli usou todo o seu senso de estética para dar vida à loja.

Graças a isso, a ferraria passou a ter uma aparĂȘncia limpa e os clientes responderam positivamente a isso. Minhas espadas foram lentamente ganhando reputação por causa de sua boa qualidade, trazendo cada vez mais pessoas querendo comprar de nĂłs. A maioria deles eram cidadĂŁos comuns que nĂŁo poderiam desperdiçar dinheiro com itens mais caros, mas, mesmo assim, ainda houve muitos que decidiram comprĂĄ-los, pensando no uso a longo prazo.

Foi nesse momento que Eli veio até mim dizendo algo terrível: que as minhas espadas eram tão boas que deveríamos começar a vender para os nobres também.

Entretanto, a Ferraria Eli&Kururi ficava muito longe das ruas largas e em uma região onde os nobres ricos não frequentavam. Por essa razão lhe respondi que seria muito difícil, mas ela me disse com tanta confiança para deixar essa questão nas mãos delas que não pude recusar.

Assim, a solução que Eli me trouxe foi comprar uma estĂĄtua de bronze de um porco bĂ­pede na loja de usados gerenciada por um homem de aparĂȘncia suspeita. Deixando de lado os meus sentimentos quando fui pego de surpresa ao ver a estranha estĂĄtua de porco em uma pose assustadora, de todas as coisas, ela ainda pendurou uma das minhas espadas na cintura do bicho.

Sem tomar a menor consideração por mim quando gritei “Mas que porra Ă© essa!”, mais um dia de negĂłcios teve inĂ­cio. E entĂŁo, no mesmo abençoado dia, nosso primeiro cliente nobre veio atĂ© a loja e, apĂłs dar uma olhada nos produtos, comprou cinco espadas que o agradaram.

Como eu estava trabalhando na parte de trĂĄs da loja, nĂŁo pude ouvir sobre o que conversaram, mas, depois que ele saiu, Eli veio para me atualizar.

Ao que parecia ele tinha avistado algo esquisito na rua principal e caminhou até uma ruela para dar uma olhada melhor. Conforme foi se aproximando, ele encontrou a eståtua de um porco carregando uma espada e achou isso muito interessante, decidindo entrar na loja para matar o tempo. Foi assim que tomou conhecimento de que esta era uma ferraria jå bem conhecida e comprou cinco espadas.

“A estratĂ©gia de marketing da Eli Ă© simplesmente perfeita.” — ApĂłs este evento, decidi nunca mais me opor Ă  qualquer escolha dela sobre o layout da nossa loja.

Fico me perguntando se a enorme estĂĄtua de Guaxinim ficarĂĄ lado a lado com a do Porco-san… Isso me deixava um pouco aflito, mas tive absoluta fĂ© de que tudo acabaria bem.

◇◇◇

No dia seguinte, Eli foi comprar a estĂĄtua quando estava com tempo livre e os funcionĂĄrios de lĂĄ a entregaram em nossa loja. Da mesma forma que o corpo, agora havia um Guaxinim em pĂ© sobre as duas patas traseiras…

Felizmente a estĂĄtua nĂŁo seria colocada do lado de dentro da casa.

— Faça uma espada para o guaxinim tambĂ©m, entendeu? — Foi o que ela disse como se cada estĂĄtua ter a sua fosse a coisa mais natural a esta altura do tempo.

E como tal, a entrada da ferraria agora possuía uma espécie de: Portal do Porco-Guaxinim.

Iriam os clientes entrarem em uma loja com tamanha imponĂȘncia? Eu estava preocupado, mas como jĂĄ tinha decido nĂŁo interferir, fiquei calado e me apressei em forjar a espada para o guaxinim.

Na tarde daquele mesmo dia, mais um cliente nobre entrou na ferraria… A decisĂŁo de ficar quieto e fazer a espada se provou correta.

— Essa Ă© a loja do porco com a espada? Apesar de que tambĂ©m possui um guaxinim…

No mesmo instante em que fiz uma pausa e fui para a recepção, uma cliente chegou trazendo seu filho.

Uma senhora um pouco acima do peso na faixa dos quarenta, entregou usando um vestido pomposo e atrĂĄs dela, um jovem rapaz estava escondido.

Ela perguntou Ă  Eli se esta era a loja que estava procurando.

— Sim, a loja com as estĂĄtuas de porco e guaxinim com espadas Ă© esta mesma, Ferraria Eli&Kururi.

— En-entendo! Que loja peculiar vocĂȘs tĂȘm aqui. Outro dia, ouvi de meu primo que ele comprou algumas espadas daqui. Eu sempre tive um Ăłtimo discernimento para espadas, entĂŁo pude dizer com toda clareza que aquelas tinham sido muito bem feitas. Sinta-se orgulhosa de que eu, a esposa de um visconde, vir pessoalmente atĂ© o seu estabelecimento.

—  NĂłs jĂĄ temos orgulho disso.

“Ehrrr… Ă© sĂł eu ou mais alguĂ©m acha que ela estĂĄ sendo meio bruta com isso?” —  Por alguma razĂŁo era o que me parecia.

Poderia ser que ela estava irritada com a atitude dessa senhora? NĂŁo, nĂŁo tem como a Eli que sempre tratou os clientes com tanta cortesia… ah, ferrou, ela estĂĄ puta.

Quando olhei bem para seu rosto, Eli parecia realmente irritada. Uns dias atrĂĄs, eu taquei o dedo mindinho na quina da mesa e derramei a sopa que ela tinha feito para o jantar. A expressĂŁo dela naquela hora era exatamente a mesma.

— S-sim, tudo bem, entĂŁo. Mais importante, eu vim para comprar uma espada. Mostre-me os bens mais caros que vocĂȘ possui. Caso sejam bons, irei comprĂĄ-los.

— Cla~ro~!

Como a cliente parecia ter muito dinheiro, Eli caminhou alegremente atĂ© a parte de trĂĄs da loja e trouxe a  nossa melhor espada. Um excelente produto que normalmente nĂŁo deixĂĄvamos exposto na frente.

— Aqui está.

A espada que ela carregava em suas mĂŁos era de dois gumes, levemente curvada. Esse foi o resultado que obtive quando estava experimentando novos modelos para a loja e era o melhor exemplar que tĂ­nhamos no momento. Eu nĂŁo coloquei qualquer ornamento, portanto a espada aparentava ser bem simples, entĂŁo me pergunto se esta madame iria gostar.

A senhora pegou a enorme espada com suas mĂŁos gordas e inspecionou cada pequeno detalhe dela com seus olhar afiado.

Uma estranha tensĂŁo tomou conta do interior da loja. Fico curioso em saber o que os demais clientes iriam pensar depois de cruzar a porta com um porco e um guaxinim em cada lado para encontrar essa atmosfera tensa dentro da loja. Eu com toda certeza daria meia volta e fugiria.

— Hmm, acredito que a espada comprada por meu primo fosse muito mais elegante, mas talvez possa ser realmente considerada a melhor de uma loja como esta. Para ser honesta, Ă© a melhor que jĂĄ vi atĂ© hoje, nesta cidade. NĂŁo, talvez nĂŁo haja nada assim em todo territĂłrio.

As palavras dela foram bastante precisas em sua avaliação.

— Então, quanto custa? Pagarei o valor que que quiser, por isso fale logo.

Nossa sempre confiåvel recepcionista contou o preço fixo da espada de maneira animada. Apesar de ser uma quantia consideråvel, a senhora não mostrou se importar. Ela disse que não tinha a quantia no momento, por isso enviaria alguém com o dinheiro mais tarde e que essa pessoa levaria a espada.

A cara animada que Eli estava fazendo agora, eu podia dizer que ela estava pensando na contabilização dos lucros que iremos fazer hoje. Aquelas horas sombrias que passaríamos pilhando moedas e fazendo “gueheheeh [1]”.

Rudy: “Guehehe” Ă© uma risada bizarra feita geralmente por pervertidos. Quem acompanha DeathMarch jĂĄ deve ter visto a Arisa-chan mais de uma vez =3

Entretanto, por minha causa, poderia ser que essa hora tĂŁo feliz nĂŁo acontecesse hoje. Em outras palavras, acabei dizendo algo que nĂŁo devia.

— Ei, senhora, espere um pouco.

— Senhora!? Quem vocĂȘ estĂĄ chamando de “senhora”!?

— Ah, foi mal. Viscondessa, tem uma coisa que eu preciso discordar.

Fiquei tanto tempo a chamando de senhora na minha cabeça que acabei deixando escapulir. A forma como ela me olhava parecia assustadora.

— VocĂȘ nĂŁo vai dizer agora algo como nĂŁo poder mais vender por esse preço, vai?

Ah, entĂŁo era essa a razĂŁo por trĂĄs daquele olhar. Talvez isso aconteça com frequĂȘncia sempre que ela faz compras nas lojas dos plebeus.

— NĂŁo, nĂŁo Ă© isso. Eu sĂł queria lhe perguntar uma coisa.

— …E o que seria?

— VocĂȘ por acaso estĂĄ pensando em dar essa espada para aquela criança?

Apontei para o menino que tinha aproximadamente uns sete ou oito anos de idade e estava escondido atrĂĄs da senhora. Provavelmente era o filho dela.

— É precisamente o que planejo. Eu quero que este garoto se torne um glamoroso cavaleiro no futuro e pagarei o que for necessário para isso. Enquanto meus olhos ainda enxergarem, ele carregará consigo a melhor de todas as espadas.

Era exatamente o que eu imaginava, entĂŁo foi bom ter decidido falar.

— Senhora, essa espada que estĂĄ querendo Ă© feita para um adulto. NĂŁo apenas isso, um que tenha um fĂ­sico muito forte, ou pelo menos era o que eu tinha em mente quando a forjei. O seu filho ainda parece estar aprendendo a manejar uma espada, entĂŁo nĂŁo acho que essa seja a melhor arma para ele.

— Quem vocĂȘ estĂĄ chamando de “senhora”!?

— Ah! Foi mal…

— Eu quero dar ao meu filho a melhor espada!

— Bem, essa pode ser a mais cara em nossa loja, mas “a melhor” espada Ă© algo que difere de pessoa para pessoa. Essa arma Ă© grande demais para o seu filho se… madame. Se o garoto começar com uma espada voltada para guerreiros veteranos, pode ser que isso prejudique o talento dele no futuro.

— …Acho que “madame” irĂĄ servir. VocĂȘ pode estar certo em seu ponto, mas nĂŁo sei dizer qual espada seria melhor para ele.

— Deixe isso comigo. Vou fazer uma espada novinha que combine com o garoto e já que a madame parece estar disposta a investir no futuro do seu filho, poderei criar novas armas para ele a medida em que for crescendo e desenvolvendo suas habilidades. Como nós lhe prometemos a melhor espada na loja, posso forjar uma usando os melhores materiais que temos disponíveis. O que acha?

A madame parou para pensar um pouco, porque a minha sugestão era bem diferente do que ela tinha imaginado. E assim, o garoto que até agora estava escondido, decidiu falar.

— Mamãe, eu quero a espada que o moço está falando.

— Por que, meu anjo?

A voz dela para o menino foi bastante terna, bem diferente de como estava falando com a gente até agora.

— Porque… ele disse aquilo olhando para mim… nĂŁo para a senhora…

A madame abraçou o menino e disse a ele “tudo bem querido”. Em seguida, caminhou atĂ© a mim.

— Bem, parece que terei vocĂȘ criando algo especialmente para o meu filho. Se for tĂŁo bom quanto vocĂȘ diz, comprarei mais na medida em que ele crescer.

— Muito obrigado!

Eli e eu trouxemos a tĂ­mida criança que estava atrĂĄs da sen… madame e tiramos as medidas dos seus braços, pernas, altura e peso. Com as medidas exatas, comecei a trabalhar na espada que melhor se encaixava nelas, usando, Ă© claro, os melhores materiais assim como prometido.

O resultado final foi uma espada pequena e sem muitos ornamentos. Existe um ditado que diz “The SimpleisBeautiful” (O simples Ă© belo), mas me pergunto qual serĂĄ a opiniĂŁo da madame.

Ela tomou a espada em suas mĂŁos e a inspecionou cuidadosamente.

— Quais eram as suas intençÔes enquanto fazia essa espada?

O seu tom parecia estar me avaliando agora.

— De criar a melhor espada para se aprender o básico. O tipo de espada que eu adoraria ter recebido quando era pequeno.

— Fufufu, acho que irei leva-la. Então, quanto irá custar?

Depois de considerar os custos dos materiais e um bom lucro por cima deles, respondi a madame quanto seria. O valor foi algo em torno de 1% da primeira espada.

Pelo visto, ela tinha consigo aquele tanto e nos pagou na mesma hora. Ela olhou para a espada de maneira satisfeita e, em seguida, a passou para seu filho, que parecia ainda mais contente.

— Parece que teremos um contrato bastante longo.

— Sim, estou ansioso por isso.

Quando os dois passaram pelo portĂŁo do porco e guaxinim, as costas do menino indo embora deixaram uma impressĂŁo muito mais confiĂĄvel do que antes.

— Moço! Na próxima vez, eu vou vir aqui sozinho!

As palavras do menino ressoaram calorosamente por dentro da loja quando ele saiu.

◇◇◇

— Por sua culpa nós não vendemos aquela espada!

Eli gritou comigo enquanto apontava para a espada que a madame pensou em comprar primeiro.

— Sinto muito…

Pedi perdão com toda a sinceridade por ter tirado dela o seu precioso momento de diversão, fazendo “guehehe”.

— Haaa… tudo bem. Quando aquele menino crescer mais um pouco… Fufufu, farei com que ele compre espadas ainda melhores do esta ♄

Depois de dizer essas palavras horripilantes, Eli levou a espada de volta para o armazém.


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