Botsuraku Yotei – CapĂ­tulo 104

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Botsuraku Yotei Nanode, Kajishokunin wo Mezasu
Expecting to Fall into Ruin, I Aim to Become a Blacksmith

Web Novel Online – CapĂ­tulo 104



CapĂ­tulo 104

Fazendo uso dos fundos que recebemos de Poli-san, eu montei uma ferraria na casa onde estĂĄvamos. Nesta cidade repleta de ferreiros, nĂŁo seria estranho que houvesse um grande nĂșmero de pessoas especializadas nessa ĂĄrea.

— VocĂȘ realmente consegue fazer espadas, nĂŁo Ă©?

Após completarmos todos os preparativos, Eli revelou a sua descrença em mim. Depois de passar alguns dias vivendo com ela, comecei a entender um pouco melhor sobre a sua personalidade. Apesar de ser realmente uma belezinha quando permanece quieta, no momento em que resolve abrir a boca apenas palavras duras sairiam dela. No entanto, também estive ciente de que esta garota possuía um lado tsundere, portanto, aguardarei pacientemente pelo dia em que ela o mostraria, enquanto suportava suas provocaçÔes.

— Vou criar uma espada espetacular e, se quiser, posso atĂ© mesmo fazĂȘ-la Ășnica, para ser especialmente sua, Eli.

— Eh, Ă© isso mesmo? Pois entĂŁo irei aceitar a sua oferta, grande ferreiro lendĂĄrio, “Kururi-san”.

“Uugh… entĂŁo ela descobriu.”

Em respeito a este tal de KururiHelan pelo qual tenho um estranho senso de rivalidade, depois de ver uma de suas obras, que fazia parte da série Kururi, tive a impressão de que poderia fazer algo no mesmo nível. De fato, a espada que terminei na ferraria do velho Barol não era nada inferior à elas. Entretanto, tendo alguém ciente de que tomei emprestado o nome da pessoa ao qual estava me opondo, causou-me um sentimento terrível de embaraço.

— Nestes Ășltimos dias comecei a aprender vĂĄrias coisas e, entre elas, a respeito de uma pessoa chamada KururiHelan. Ao que parece, ele era uma homem capaz de criar excelentes espadas mesmo com o mais barato pedaço de sucata. Portanto, vou manter as minhas esperanças em vocĂȘ, meu caro “Kururi”-san.

Eli dirigia essas palavras para mim enquanto alegremente limpava as janelas. Ela era muito habilidosa em colocar pressão nas pessoas, quase fazendo com que o meu coração sucumbisse aos seus ataques quase que naturais. No entanto, eu estava certo de que um dia o seu lado tsundere iria florir. Minha confiança neste sentido era absoluta. Se continuasse a esperar, o seu “dere” seria presenteado a mim muito em breve!

De repente, alguém bateu na porta.

Por causa da inauguração, recebi alguns presentes dos outros vendedores, então fiquei imaginando o que poderia ser dessa vez enquanto abria a porta. Do outro lado, havia dois homens em pé que me cumprimentaram com um sorriso caloroso.

— OlĂĄ. NĂłs viemos aqui deixar a placa para a loja que vocĂȘ encomendou.

“Uau! A placa, que poderia ser atĂ© mesmo considerada o rosto da loja, finalmente chegou!”, instruĂ­ aos dois que fixassem ela na porta principal.

Ao que parecia aqueles dois estavam bem acostumados com esse tipo de serviço, visto como eles facilmente a instalaram e vieram até nós.

— E então, o que acha?

Olhei atentamente para a placa. O nome da loja estava escrito em trĂȘs cores diferentes, azul, vermelho e preto.

“Ferraria Eli&Kururi.”

— Uau…

Acidentalmente deixei escapar os meus pensamentos. Eli estava escrito com a tinta azul, enquanto que Kururi em vermelho. Por fim, o restante foi deixado em preto usando uma fonte chamativa.

— Fi-ficou ótima!

— Hmm, jĂĄ eu acho que estĂĄ… aceitĂĄvel.

Em contraste a mim, Eli parecia bem calma, mas eu sabia que na verdade ela estava bem feliz. Isso era algo que notei nesses poucos dias em que estivemos juntos. Na verdade, essa garota tinha a mania de esconder suas emoçÔes quando estava alegre e quando resolvia mentir, seus olhos iriam se fechar. Nesse momento Eli estava fazendo exatamente isso com os braços cruzados.

Havia ainda outra razĂŁo que me fazia acreditar que ela estivesse apenas tentando parecer calma. Quando Poli-san sugeriu que encomendĂĄssemos uma placa, acabamos tendo uma briga sobre quem teria o nome colocado na frente. Isso poderia soar infantil, mas para nĂłs, era algo muito importante. No final, acabei perdendo a disputa, mas vendo sua alegria na hora que saiu vitoriosa, pude sentir como ela estava apegada Ă  loja. Ao menos mais do que eu, se posso dizer.

Após a saída dos artesãos, nós passamos um tempo admirando a placa. Por alguma razão, uma estranha sensação de que fosse algo natural abrir uma loja começou a tomar conta de mim. Apesar de ter perdido todas as minhas memórias, um sentimento de autossatisfação, como se tivesse realizado um grande sonho, começou a brotar em meu peito. Que coisa esquisita.

— Fico imaginando que tipo de relacionamento nós tínhamos antes. — Eli fez essa pergunta enquanto ainda admirando a placa.

— …Quem sabe, rivais de negĂłcios?

— VocĂȘ nĂŁo tem qualquer espĂ­rito aventureiro, nĂŁo Ă©? Estou realmente impressionada.

“EntĂŁo qual seria a resposta correta!? O que seria esse espĂ­rito aventureiro do qual a senhorita sabichona estĂĄ falando, hĂŁ!? Explique melhor para que atĂ© um cara imaturo como eu possa entender!”

Ao retornar para dentro da loja e confirmar que todos os preparativos preliminares estavam completos, decidi forjar algumas espadas. Eu iria me concentrar e colocar tudo o que tinha para criar alguma coisa grande. Assim, para não perder para o cara de quem peguei o nome emprestado, coloquei toda a minha determinação em me tornar um incrível ferreiro. Desse modo, dediquei tudo de mim para trabalhar seriamente, mas a dona Eli, não tendo coisa melhor à fazer, veio para dentro também e sentou ao meu lado a fim de matar o tempo.

— Bora, começa logo isso aí.

“Esse tipo de coisa supostamente Ă© para se fazer sozinho, sabia? Tipo, concentrar em uma batalha interna contra si mesmo, forjando uma espada absoluta no processo! EntĂŁo, ter alguĂ©m assistindo acaba com o clima, deixando as coisas bem difĂ­ceis de se fazer.”

— Darei-lhe a honra de minha companhia, então comece.

— […].

Tentei protestar a ela com um olhar sorrateiro, mas acabou nĂŁo surtindo efeito. SĂ©rio, essa garota nĂŁo entende nada sobre paixĂŁo masculina. No entanto, aprendi dolorosamente nos Ășltimos dias que sairia machucado se tentasse argumentar com ela, entĂŁo fiquei calado.

“Essa vai ser a minha primeira espada… aquela na loja do velho Barol nĂŁo deve ser levada em conta. Apesar de que muito provavelmente jĂĄ forjei vĂĄrias delas antes de perder a memĂłria, mas todas essas nĂŁo entrariam na conta tambĂ©m.”

Finalmente, a espada que faria minha grande estrĂ©ia… ou supostamente deveria ser assim, mas havia alguĂ©m batendo na porta novamente. Todos os lojistas da ĂĄrea jĂĄ tinham vindo nos cumprimentar, entĂŁo poderia ser um cliente? Isso foi rĂĄpido, rĂĄpido demais! As prospectivas futuras da loja estavam subindo melhor do que o esperado.

Eli foi atender Ă  porta.

De onde eu estava podia ouví-la recebendo calorosamente o visitante. Para falar a verdade, minha maior preocupação era se ela podia ou não receber os fregueses com aquela jeito arrogante, mas, pelo visto, não seria um problema.

Deixando essa questĂŁo nas mĂŁos dela, decidi me focar no que podia fazer. Ou ao menos foi o que pensei de novo, mas Eli trouxe dois homens para dentro da loja.

— Um homem de cabelos ruivos… Kururi, essas pessoas provavelmente estĂŁo procurando por vocĂȘ.

Quando me virei para trĂĄs, o que encontrei foram dois rostos familiares. Tratava-se do velho Barol e o Aventureiro daquele dia.

— Ah, sĂŁo vocĂȘs dois. Parece que nos encontramos novamente.

— É mesmo. Mais importante, entĂŁo teu nome Ă© Kururi, hein? — O velho Barol tinha um olhar surpreso.

— Ahaha, nĂŁo Ă© isso. Na verdade eu nĂŁo consigo me lembrar, entĂŁo peguei emprestado o nome que vocĂȘs falaram da Ășltima vez. Bem, vocĂȘs podem pensar nisso como uma oração para que eu me torne um ferreiro habilidoso como essa pessoa era.

— Ah, agora entendi. Eu achei que tu era um nobre, então fiquei surpreso. Ah, e foi mal por ter sido rude naquele dia.

Ele abaixou sua cabeça para mim e até mesmo o Aventureiro que estava ao lado dele se curvou.

— Eu me enganei pelas aparĂȘncias e subestimei as suas habilidades. Depois que vi a espada que tu terminou, entendi na mesma hora que nĂŁo era uma pessoa qualquer. Por favor, aceite o nosso pedido de desculpas.

— Ei, vocĂȘs nĂŁo precisam esquentar com isso.

Afinal, recebi o dinheiro para comprar alguns pedaços de torta. Para mim isso nos deixava quites.

— Eu tambĂ©m gostaria de me desculpar. Depois de ver uma espada tĂŁo bonita, acabei  me apaixonando por ela. Se Barol-san nĂŁo tivesse insistido que tinha sido vocĂȘ quem a terminou eu nĂŁo teria acreditado. Mas no fim, a verdade Ă© essa, nĂŁo Ă©?

Até mesmo o espadachim pediu desculpas com uma expressão séria.

— Sim, Ă©…

“Cara, isso me deixa com vergonha…”

— Por que vocĂȘ estĂĄ fazendo esse rosto embaraçado? Seja digno e orgulhoso de si. Afinal, vocĂȘ Ă© o proprietĂĄrio dessa loja, nĂŁo Ă©?

Eli se aproximou de mim e deu suas palavras de encorajamento. Hã? Espera, foi impressão minha ou ela acabou de dizer que eu era o proprietårio? Tentei dar uma espiada no rosto dela, porém, seus olhos estavam fechados.

“Ah, jĂĄ sei! Ela estava contente tambĂ©m, nĂŁo Ă©? Ela ficou feliz ao me ouvir ser elogiado!? Posso ter acabado de presenciar um lado meigo dela!”

— EntĂŁo, tu lembra da espada da sĂ©rie Kururi daquele dia? VocĂȘ disse que poderia consertĂĄ-la, certo?

Seguindo as palavras do velho Barol, o espadachim trouxe para mais perto o pacote que estava segurando e entregou-o a mim. Era a Amatsu, uma das espadas de nĂ­vel santa da sĂ©rie Kururi. Assim como antes, achei que fosse uma espada maravilhosa, mas era uma pena que o seu estado continuava o mesmo de quando a vi pela Ășltima vez.

— Sim, acho que posso ajeitá-la.

— Depois de ver a espada que vocĂȘ completou, suas palavras se tornaram mais confiĂĄveis do que nunca. EntĂŁo, podemos lhe requisitar que conserte essa espada?

— Claro.

O espadachim colocou a mĂŁo em sua carteira, retirando dez brilhantes moedas de ouro.

— Eu quero que vocĂȘ repare a Amatsu e tambĂ©m me venda a espada que completou no outro dia por mais dez moedas de ouro Kudan. Isso seria o bastante?

“Bem, vou expressar os meus pensamentos mais sinceros sobre isso.”

NĂŁo faço a menor ideia do preço de mercado e minhas memĂłrias sobre isso tambĂ©m foram completamente apagadas. NĂłs pedimos Ă  Poli-san alguns fundos para abrir a loja, mas o valor estava em torno de duas moedas de ouro. Se com apenas duas conseguimos abrir uma loja como essa, entĂŁo posso dizer com toda certeza que uma moeda vale uma quantia substancial. E vocĂȘ ainda estĂĄ querendo me oferecer dez delas? Essa era uma oferta absurda que nĂŁo conseguiaonsigo nem imaginar o real valor disso Se possĂ­vel, eu gostaria de fazer um acordo apenas depois de descobrir quantos pedaços de torta poderia comprar com essas moedas. Assim, o preço iria com toda certeza ter um impacto mais claro no meu coração.

— Tudo bem, já entendi. Vou te oferecer 12 moedas então!

Enquanto ainda estava perplexo, imaginando qual seria o valor de mercado, eles se adiantaram e aumentaram a oferta em mais duas moedas de ouro.

Skill: [Negociação] foi adquirida!

— Eli, o que vocĂȘ acha?

Em momentos difĂ­ceis, eu sĂł precisava contar com a ajuda da Eli. Vendo-a lidar tĂŁo rĂĄpido com as negociaçÔes nos Ășltimos dias, decidi que dependeria mais dela.

— Se vocĂȘ estivesse requisitando o mesmo serviço ao ferreiro lendĂĄrio, KururiHelan, quanto estaria disposto a pagar?

— Ao lendĂĄrio KururiHelan…?

O espadachim olhou para baixo e começou a pensar. Então, olhou o velho Barol, como se estivesse pedindo sua opinião.

— Hmm, bem se fosse eu, daria tudo que tinha sĂł pra ver as habilidades dele. Isso seria umas 20 moedas de ouro Kudan. Se num tĂŽ enganado, isso Ă© mais ou menos quanto vale a Amatsu, nĂ©?

— Está certo, então pagarei as 20 moedas de ouro aqui e agora! Com isso, eu gostaria de comprar a espada nova e requisitar a manutenção da Amatsu.

— É isso o que ele estĂĄ dizendo. Portanto eu peço que vocĂȘ, o proprietĂĄrio, faça a decisĂŁo final.

Pelo visto, depender da Eli foi a escolha certa. Além disso, a sua consideração por mim era assim tão alta?

NĂŁo sĂł os nossos ganhos foram elevados como ela ainda conseguiu para mim um serviço Ă  mesma altura que o lendĂĄrio ferreiro KururiHelan. O desafio aumentou um bocado tambĂ©m, mas, mais do que qualquer coisa,  a chance de superar aquela pessoa me trazia uma enorme alegria. Assim, decidi que daria o melhor de mim em reparar a espada diante de mim.

— Tudo bem! Vou aceitar esta oferta como o primeiro trabalho da Ferraria Eli&Kururi!

“Eu mal posso esperar para saber quantos pedaços de torta nós conseguiremos comprar com essas vinte moedas de ouro! Bem, agora vou concentrar todos os meus nervos em reparar a espada!”

Eli preparou dois assentos. Um para o velho Barol e outro para o espadachim, jå que ambos queriam me ver trabalhar. Ela inclusive ficou de pé atrås deles, olhando nessa direção. E assim, finalmente comecei o reparo seguindo a minha intuição.

Esta espada criada por KururiHelan era realmente admiråvel, não mostrando inicialmente qualquer falha aos meus olhos. No entanto, conforme comecei a trabalhar, diversos erros foram surgindo e, enquanto os corrigia, prossegui agilmente com o serviço.

Estranhamente, consegui imaginar até mesmo a posição que o Kururi estava quando havia forjado sua espada. Como se dois amigos estivessem juntos dele, em um quarto, enquanto terminava a espada no meio de todo aquele barulho. Essa era uma situação realmente caótica, só de pensar que ele foi capaz de criar uma espada tão boa ainda assim, fez com que a minha admiração por sua habilidade crescesse mais um pouco.

Eliminando os defeitos que ele deixou passar durante aquela situação, fui capaz de trazer de volta a Amatsu em um estado ainda melhor do que originalmente possuía. O velho Barol, o Espadachim e até mesmo a Eli olharam para a espada com as bocas amplamente abertas.

— Um balanço… “cada um de seus balanços valia uma moeda de ouro”, foi isso que um certo nobre disse ao assistir o manejo de uma das espadas da sĂ©rie Kururi… Realmente, eu sinto como se fosse algo assim.

— É, nĂŁo duvido nada. Se eu posso ver isso com sĂł 20 moedas de ouro, entĂŁo tĂĄ Ă© muito barato.

Os dois ficaram profundamente comovidos e foram incapazes de deixar a nossa loja durante um tempo. No final, jĂĄ era noite quando partiram. Eles foram os Ășnicos fregueses que tivemos naquele dia, mas os nossos ganhos tinham sido tĂŁo altos que o meu humor estava Ăłtimo. E o mais importante: “VocĂȘ Ă© realmente incrĂ­vel, Kururi. Acho que vou começar a mostrar um pouquinho mais de respeito daqui para frente”.

Fui capaz de ver o lado “dere” da Eli, então hoje o dia foi espetacular!

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