Botsuraku Yotei – CapĂ­tulo 103

Home/Web Novel / Botsuraku Yotei Nanode Kajishokunin wo Mezasu / Botsuraku Yotei – CapĂ­tulo 103

Botsuraku Yotei Nanode, Kajishokunin wo Mezasu
Expecting to Fall into Ruin, I Aim to Become a Blacksmith

Web Novel Online – CapĂ­tulo 103



CapĂ­tulo 103

O dinheiro que recebi do velho Barol foi um pouco acima do esperado, visto que fui capaz de comprar cinco pedaços de torta ao todo. Meu desejo era que aquela misteriosa garota bonita as experimentasse enquanto ainda estavam fresquinhas, então me apressei em voltar para casa aonde havia acordado. Pensando bem agora, no que diabos eu estava pensando ao deixå-la sozinha e com as portas destrancadas? Apesar de que, quando acordei, não estava em meu juízo perfeito também.

Quando retornei, encontrei-a repousando pacificamente, então não tinha problema. Olhando para seu rosto mais uma vez, tive certeza de que ela era realmente bonita. Sua pele parecia tão suave que tive vontade de tentar tocå-la um pouco, mas como isso poderia acabar sendo interpretado como assédio sexual, me contive. Embora tive todo o trabalho de comprar a torta, a linda e misteriosa garota continuava dormindo. Ela estava descansando tranquilamente dentro de seu casulo branco.

Eu adoraria vĂȘ-la acordar antes que a torta esfriasse, mas nĂŁo tinha a menor ideia de quando isso iria ocorrer. O que exatamente tinha acontecido com a gente? Como nĂŁo conseguia lembrar nĂŁo importava quanto tentasse, acabei desistindo de pensar sobre isso.

“Se continuar assim a torta vai estragar…”

Decidi trazer os pedaços o mais próximo possível do casulo para deixar que o cheiro bom da torta chegasse até a misteriosa garota para lhe servir de estímulo.

— …Nnn
 — Ela deu um leve gemido.

Isso foi inesperado. Quando tentei estimulå-la através do apetite era para ser uma piada, mas acabou tendo um resultado inesperado. Assim, insisti mais um pouquinho.

— Ah


“Que sentimento de vitĂłria estranho Ă© esse que estou sentindo? Vamos lĂĄ, dĂȘ mais uma cheira aĂ­!”

— Kyaa…

Ela deixou escapar uma voz um pouco mais alta do que antes, ficando com as bochechas coradas.

“Mas ora ora, vejam sĂł, este deve ser o paraĂ­so! E esta linda mulher diante de mim sĂł pode ser uma Deusa me recompensando por todas as boas açÔes que fiz, nĂŁo acham? NĂŁo, chega de zoeira.”

Continuei a usar a mesma tĂĄtica algumas vezes mais e ela se movia um pouquinho mais a cada tentativa.

“Será que ela está despertando?”

Desta vez, seus dedos claramente se moveram até que, em seguida, seu corpo ganhou força e ela despertou, abrindo os seus olhos.

Seus belos e grandes olhos ficaram visĂ­veis atravĂ©s do casulo transparente. Sua aparĂȘncia era ainda mais encantadora do que quando estava dormindo, apesar de sua impressĂŁo de ser forte e determinada ficou ainda mais aparente. Pelo que pude perceber, a garota nĂŁo entendia o que estava se passando na sua frente, mas, ainda assim, apressou-se em se libertar do casulo, usando as duas mĂŁos. Naturalmente, sua relutĂąncia foi direcionada para mim agora.

— …Quem Ă© vocĂȘ?

— TambĂ©m nĂŁo sei.

— …Pergunto-me se vocĂȘ Ă© uma pessoa perigosa.

— Acho que nĂŁo, Ă© sĂł que nĂŁo consigo lembrar de nada. Bem, vocĂȘ consegue se lembrar de quem Ă©?

— É claro que eu… hmm? Quem sou eu?

— Viu? Aconteceu o mesmo comigo.

— Ah, entendo…

Ela olhou ao redor mais uma vez. NĂŁo havia sinais de que alguĂ©m mais estivesse morando aqui, a Ășnica coisa no interior do quarto era um outro casulo que estava ao lado.

— Por acaso vocĂȘ tambĂ©m acordou agora?

— Não, já faz um tempinho e comprei essas tortas lá do lado de fora. Elas são absurdamente deliciosas.

Seus olhos se moveram na direção da torta que a ofereci, mas senti que ainda estava hesitante.

— Tente ao menos dar uma mordida. VocĂȘ deve estar com fome, nĂŁo Ă©?

—  S-sim…

Ela nervosamente colocou um pequeno pedaço em sua boca.  No fim, a garota colocou o restante da torta em sua boca, fazendo suas bochechas se inflarem, e lĂĄgrimas de emoção começaram a escorrer de seus olhos. Por alguma razĂŁo, ela levantou os punhos para cima, como se estivesse assumindo uma posição de vitĂłria.

— Hmm… posso… pegar outra…?

— Claro, aqui.

Eu jĂĄ tinha previsto que isso poderia acontecer, entĂŁo passei mais um pedaço para ela. Inclusive a deixei ver o restante da torta, para que soubesse que ainda tinha mais. PorĂ©m, mais uma vez, ela encheu suas bochechas e assumiu a pose de vitĂłria e, logo em seguida, ela se engasgou e tive que salvĂĄ-la de sofrer uma asfixia… O qual eu deveria apagar da minha memĂłria, para evitar qualquer lembrança que arruinasse a imagem que eu tinha de sua beleza.

— Fuu… Agora que meu estĂŽmago nĂŁo estĂĄ mais vazio, meio que sinto uma espĂ©cie de alegria.

— E quanto a alguma lembrança sobre si mesma?

— Nadinha.

Talvez fosse apenas natural. Afinal, eu também não tive qualquer mudança mesmo depois de comer um pedaço. Além disso, não era como se uma barriga cheia fosse capaz de devolver memórias.

— Ei, como posso te chamar?

Ela olhou diretamente nos meus olhos e perguntou. Aquela era uma pergunta bem difícil de responder. Como as pessoas poderiam me chamar? Eu não tinha qualquer lembrança sobre mim mesmo.

De repente, recordei-me das coisas que aconteceram na ferraria do velho Barol. O criador daquela espada famosa se chamava KururiHelan, não era? Ele foi bastante talentoso, mas subitamente morreu hå alguns anos atrås. Para ser honesto, senti um pouco de inveja da sua fama, isso porque senti que poderia fazer espadas tão boas quanto às dele, ou até melhores. Os meus instintos me diziam isso.

— Acho… queKururi deve servir.

NĂŁo havia qualquer motivo para escolhĂȘ-lo, mas por hora eu estaria pegando esse nome emprestado.

— Hmm, esse nome soa meio patĂ©tico. Mas acho que combina bem com vocĂȘ.

“Mas que coisa horrorosa essa menina está dizendo! Antes pensei que ela tivesse uma personalidade forte e selvagem, e pelo visto, acertei em cheio!”

— E quanto a vocĂȘ?

— Eh? Eu tambĂ©m?

— É claro. O nosso encontro aqui pode ser obra do destino, entĂŁo vamos decidir juntos como iremos te chamar. AlĂ©m disso, jĂĄ que tirou sarro do meu nome, vejamos se vocĂȘ tem um bom senso para nomeação.

Fiz uma pequena provocação em nossa conversa, mas jå que ela disse que meu nome soava patético, algo tão pequeno não seria um problema.

— Qu-que tal… E… Eri!? — Ela disse enquanto agitada.

“Eri… Eri, hein? Hmm, dĂłi-me ter que admitir isso, mas tinha um sentimento meigo nisso. Sim, e soava bem tambĂ©m.”

— O-o que acha?

— Hmm, soa meio infantil, não acha?

Em um piscar de olhos, duas mĂŁos poderosas vieram em direção ao meu pescoço e eu quase nĂŁo consegui desviar delas. Por acaso esta mulher estava tentando me estrangular? E com um intenção assassina absurda!? Essa maluca nĂŁo Ă© comum! É uma mulher super-perigosa!

— Que medo! O que diabos está fazendo!?

— A culpa Ă© sua por ter me insultado!

— Não foi bem um insulto! De qualquer forma, por que Eri?

— …Entre as poucas lembranças que ainda tenho, uma delas Ă© sobre um filme que vi hĂĄ muito tempo atrĂĄs. Ele conta a histĂłria de uma garota nobre que fugiu com um ladrĂŁo e viveu feliz na cidade. O nome da protagonista era Eliza. Mas, por que serĂĄ que me lembro disso? Bem, isso nĂŁo importa. De qualquer jeito, vou me chamar assim de agora em diante.

— VocĂȘ se parece com essa Eliza?

Só poderia ser o caso. No entanto, ela estava muito embaraçada para responder de imediato e, as palavras que vieram em seguida, foram diferentes das quais esperava.

— …Eu te odeio.

— O sentimento Ă© mĂștuo.

Apesar de que ao menos o rosto dela era exatamente do meu tipo de garota. Embora, Ă© claro, eu nĂŁo lhe diria isso.

Assim que a tensĂŁo assassina no ar diminuiu e começamos  a pensar no que fazer a partir de agora, a porta da casa se abriu.

— Ah!

Uma garota expressou surpresa ao nos ver. Ela parecia ter em torno de 16 anos de idade, mas com um rosto ingĂȘnuo de uma menina de 7 anos. Seus olhos eram pequenos e sua pele estava bronzeada, dando a impressĂŁo de uma garota simples do campo.

— Ah… vocĂȘs acordaram?

— É isso aí, estamos acordados.

— Ahaha, eu não sabia quando iriam acordar então não fiz qualquer preparativo. Desculpa por isso.

Ela correu para dentro do quarto e colocou suas ferramentas de limpeza de lado. Tudo indica que a limpeza do lugar foi graças a ela. A garota do meu lado… aEri, parecia ter pensado o mesmo e entĂŁo nĂłs a cumprimentamos com respeito.

— VocĂȘs nĂŁo precisam ser tĂŁo formais comigo. Sou apenas uma pobre menina do campo, enquanto vocĂȘs dois sĂŁo provavelmente de um status muito maior. Eu Ă© que deveria estar agindo de maneira respeitosa.

— Provavelmente?

— Ehh, sim. Apenas imaginei que seria o caso jĂĄ que ambos sĂŁo tĂŁo bonitos, entĂŁo pensei que teria sangue de alta classe correndo na veia de vocĂȘs.

— Foi mal, mas nĂłs nĂŁo conseguimos lembrar de nada. Se estiver tudo bem para vocĂȘ, se importaria de contar tudo o que sabe?

— É claro! Afinal, esse Ă© o meu trabalho. De qualquer forma, me deixem cozinhar alguma coisa. VocĂȘs provavelmente devem estar com fome, certo?

— Não, está tudo bem. Agora há pouco tivemos alguns pedaços de torta que vendem no mercado.

— Ah, aquelas. Eu tambĂ©m as vi. Elas cheiravam muito bem, mas tive a impressĂŁo de que poderiam entalar fĂĄcil na garganta, entĂŁo nĂŁo as comprei. Sou uma garota descuidada, entĂŁo acabo ficando com a minha garganta entalada com muita frequĂȘncia, sabe? E Ă© uma sensação bem desagradĂĄvel, nĂŁo acha? Ah, sinto muito! Acabei falando um monte de coisas sozinha. VocĂȘs parecem bem elegantes, entĂŁo acho que jamais experimentaram esse tipo de coisa, ahahaha.

“NĂŁo que eu me lembre, jĂĄ que jurei esquecer, mas, pouco tempo atrĂĄs, Eri se engasgou, entĂŁo posso te garantir que nĂŁo Ă© a Ășnica.”

Esta menina de aparĂȘncia gentil sentou-se Ă  nossa frente e colocou os dedos em seu queixo, ponderando em por onde deveria começar.

— Ah, acabei esquecendo de me apresentar. Eu sou Poly e ajudo na loja de licores dos meus pais. Meu sonho Ă© me casar no futuro com um homem capaz de fazer um licor delicioso. Tenho dezesseis anos de idade e meus pratos favoritos sĂŁo aqueles que combinam bem com licor, apesar de que, nĂŁo posso beber ainda, ahahaha! Vendo os meus pais e os fregueses na loja meio que me fez gostar disso tambĂ©m, entĂŁo, sabe, hĂĄ muito tempo atrĂĄs, antes de um amigo (…).

— Eu, eu acho que isso Ă© bacana. VocĂȘ realmente parece uma pessoa maravilhosa!

Ela estava completamente Ă  vontade! Isso eu entedia.

— Aahaha, muitĂ­ssimo obrigada. As pessoas nĂŁo costumam me elogiar com frequĂȘncia, entĂŁo isso me deixa muito feliz. Se vocĂȘ for dizer que estĂĄ interessado em mim, por favor, torne-se um homem capaz de fazer um bom licor! NĂŁo tenho como começar a namorar alguĂ©m que nĂŁo saiba fazer licores.

— Eerrr….vou ter isso em mente.

A longa introdução de Poly chegou ao fim e, mais uma vez, ela voltou a ponderar sobre onde deveria começar. Finalmente serĂ­amos capazes de descobrir sobre nosso passado? Eu nĂŁo era o Ășnico a sentir ansiedade vendo a expressĂŁo de Poly.

— Era um dia chuvoso. Meu pai aceitou sanar a dívida de um velho amigo quando lhe pediram. Isso foi por volta de uns dez anos atrás.

“DEZ ANOS ATRÁS??? E QUANDO É QUE NÓS VAMOS APARECER NESSA HISTÓRIA!? NÃO ME DIGA QUE ESTIVEMOS DORMINDO AQUI POR DEZ ANOS!”

— Ah, ele abriu a loja de licores jĂĄ tem uns doze anos. Eu ainda me lembro, apesar de que era muito pequena. Meu coração estava cheio de esperança naquela Ă©poca e foi um tempo maravilhoso. Lembro que atĂ© ganhei um monte de flores dos vizinhos.

“A histĂłria estĂĄ saindo dos eixos, nĂŁo Ă©? SĂł podia ser. É impossĂ­vel que tenhamos dormido por dez anos.”

 â€” Depois disso, um monte de coisas aconteceu atĂ© que eu acabei encontrando vocĂȘs trĂȘs anos atrĂĄs.

“AGORA VOCÊ VAI CORTAR TUDO E IR DIRETO AO PONTO!? VOCÊ É DO TIPO QUE CORTARIA 7 ANOS DE HISTÓRIA ASSIM DO NADA!?”

Seja o que for, tudo indicava que ela era a nossa salvadora, entĂŁo eu a ouviria em silĂȘncio. Mas, sejamos francos, vocĂȘ vai realmente cortar 7 anos de histĂłria?

— Ei, vocĂȘ nĂŁo acha que estĂĄ se preocupando demais com isso?

Eri apontou o dedo para mim. Aparentemente a minha perturbação era tão grande que tinha ficado visível.

— No final, meus pais nĂŁo conseguiram pagar o dĂ©bito e tiveram que fechar a loja. Eu nĂŁo queria que aquilo acontecesse, nĂŁo queria mesmo, entĂŁo protestei contra eles desesperadamente. No entanto, meu pai disse que nĂŁo tĂ­nhamos outra escolha e minha mĂŁe atĂ© mesmo sorriu para ele. Eu nĂŁo conseguia perdoar o velho amigo de meu pai que simplesmente desapareceu depois de fazĂȘ-lo assumir suas dĂ­vidas. SĂł que nĂŁo tinha nada que eu pudesse fazer…

“SĂł que EU queria pular logo essa conversa toda. SĂ©rio.”

Eri e eu, ouvindo uma história grandiosa sobre dificuldades, acabamos ficando depressivos. Nós também achåvamos que aquilo não era algo que um amigo deveria fazer.

— EntĂŁo, uma pessoa chamada Moran apareceu. Ele era um senhor idoso, mas tinha uma atmosfera charmosa em volta dele, chega atĂ© pensei que nĂŁo me importaria de virar sua esposa caso pudesse fazer um bom licor e… enfim, um monte de coisa aconteceu e ele pagou a dĂ­vida! Fiquei tĂŁo feliz. Apesar de o mundo estar cheio de gente mĂĄ, tambĂ©m hĂĄ pessoas boas por aĂ­. Dessa forma, Moran-sama me pediu para cuidar de duas pessoas jĂĄ que ele nĂŁo sabia por mais quanto tempo iria viver.

— E essas duas pessoas seríamos nós?

— Sim, exatamente! Moran-sama nĂŁo me contou os detalhes, apenas entregou um monte de dinheiro porque nĂŁo sabia quando vocĂȘs acordariam. Para ser honesta, a quantia era tĂŁo grande que achei que daria atĂ© para abrir duas lojas de licor, mas entĂŁo pensei que nĂŁo poderia pisar na gentileza de uma outra pessoa e assim, pelos trĂȘs anos seguintes, aluguei essa casa vazia e tenho tomado conta de vocĂȘs. Bem, mesmo que eu diga “tomado conta”, Moran-sama disse que nĂŁo era necessĂĄrio trazer comida ou dar banho, entĂŁo nĂŁo tenho o que fazer. Apenas os mantenho seguros.

— …Moran.

NĂŁo conseguia me lembrar desse nome.

— Aquele casulo Ă© uma magia impressionante, nĂŁo acham? Ainda nĂŁo consigo acreditar que vocĂȘs acordaram assim tĂŁo saudĂĄveis! Tenho sido grata pelo Moran-sama por tanto teeeeempo! E pelo visto, finalmente serei capaz de pagar este dĂ©bito. SĂ©rio, muito obrigada por terem acordado!

— NĂŁo, nĂłs Ă© que agradecemos.

Ao que tudo indica nĂłs havĂ­amos sido salvos por essa pessoa chamada Moran primeiro. Inclusive pagou uma enorme soma em dinheiro para assegurar o nosso bem estar e desapareceu.

“Por quĂȘ? Por que ele faria isso tudo pela gente?”

— Eu nĂŁo consegui agradecer o suficiente ao Moran-sama por tudo o que fez pela minha famĂ­lia. Ele inclusive ainda me deu essa quantia enorme.  Se para ele vocĂȘs sĂŁo pessoas respeitĂĄveis, entĂŁo para mim tambĂ©m o sĂŁo. Por isso, fiquem o quanto desejarem que eu cuidarei de qualquer problema que tiverem.

Mesmo se ela omitisse a parte de ter sido paga por isso, eu conseguia dizer que era uma boa pessoa sĂł de olhĂĄ-la.

— Poly-san, muito obrigado. NĂŁo sei dizer o que aconteceu com a gente, mas fomos capazes de acordar tĂŁo saudĂĄveis graças a vocĂȘ e esse tal de Moran-san. Por favor, use todo o dinheiro que recebeu para si. Agora que acordamos, iremos conseguir dinheiro com as nossas prĂłprias mĂŁos. Apesar de que ainda pode ser que ainda precisemos contar com a sua ajuda um pouco.

— Ah, não. Vou me sentir culpada se fizer isso. Por favor, pode me pedir qualquer coisa.

Se as coisas continuarem assim, nunca chegaremos a uma conclusĂŁo . Assim sendo, dei uma olhada de relance na Eri para pedir ajuda.

— Que tipo de trabalho vocĂȘ consegue fazer?

Por alguma razão aquela pergunta tinha sido feita à mim. Talvez fosse uma questão bem båsica jå que insisti que poderia conseguir dinheiro com minhas próprias mãos. Eu deveria ter dito algo mais específico também.

— Eu posso trabalhar como ferreiro. Com algum capital inicial, posso abrir uma loja. Quem sabe atĂ© mesmo usar essa casa para isso? Eu tenho um bocado de confiança nas minhas habilidades… talvez?

— Sendo assim, que tal se pedirmos um emprĂ©stimo? E assim, Poly-san poderia ser nossa primeira freguesa. Se a loja prosperar bem, ela nĂŁo precisaria se sentir pelo Moran-san, certo?

Pelo andar das coisas, pedir ajuda foi à escolha certa. Eri me deu uma solução precisa e ela parecia tão legal falando de maneira tão esperta.

— Isso Ă© esplĂȘndido!

Poly também parecia estar de acordo.

— O dinheiro que recebi foi realmente muito, entĂŁo peguem o quanto precisarem. VocĂȘ Ă© um ferreiro, certo? Ah… hmm…, desculpe, mas ainda nĂŁo sei o nome de vocĂȘs.

— VocĂȘ pode me chamar de Kururi.

— Quanto a mim, me chame de Eri, por favor.

— Kururi-san e Eri-san. Acho que vou ter muito mais diversão a partir de agora.

Poly se levantou dizendo, “Muito bem, Ă© hora da limpeza!”, mas entĂŁo se virou para nĂłs dizendo, “Ah, quase esqueci!”.

— HĂĄ uma coisa que o Moran-san me pediu para avisar a vocĂȘs nĂŁo importa como. EntĂŁo, por favor, ouçam atentamente.

“O-O que assim do nada? Meio que me assusta.”

— V-vĂĄ em frente…

— “VocĂȘs dois jĂĄ cumpriram com mais do que deveriam. Por favor, apĂłs acordar vivam suas vidas com o mĂĄximo de felicidade.”

Depois de sussurrar, “graças a Deus que não esqueci”, ela se virou para trás e pegou suas ferramentas de limpeza. Essa mensagem mostrava o quão gentil era esse homem chamado Moran. Seria por causa disso que suas palavras ressoavam tão forte no meu coração?

Em seguida, Poly disse que iria limpar, mas insistimos que nĂłs mesmos farĂ­amos.  JĂĄ que se tratava da casa onde irĂ­amos morar, nada mais natural do que o trabalho seja feito por nossas prĂłprias mĂŁos. Enquanto limpava, olhei em volta do quarto, mas a falta de mĂłveis deixava um ar de solidĂŁo. Aquilo me fez pensar que gostaria de conseguir alguma mobĂ­lia.

“Hmm?”

Tive uma pequena dĂșvida, entĂŁo chamei pela Eri, que estava limpando no outro quarto.

— Hmm, sobre a conversa que tivemos com a Poly. Julgando pelo que vocĂȘ disse no final, isso meio que me deixou a impressĂŁo de que estaremos vivendo juntos aqui?

— Isso nĂŁo Ă© Ăłbvio? NĂŁo tenho mais nenhum outro lugar para ir, entĂŁo metade deste lugar seria o meu territĂłrio.

“Território? Soa grandioso.”

— EntĂŁo vocĂȘ se importa em ficar me ajudando com a loja?

— Claro que não. Na verdade, não consigo me imaginar fazendo outra coisa. Com o meu charme, as pessoas não iriam continuar vindo comprar suas espadas mesmo se elas forem ruins?

— Isso foi rude! VocĂȘ irĂĄ se apaixonar por mim na hora em que ver as minhas habilidades. Em primeiro lugar, como Ă© que vocĂȘ sabe que Ă© bonita? Faz sĂł alguns instantes desde que acordou!

— Bem, sabe… Ă© que vocĂȘ tem me olhado meio assim com muita frequĂȘncia, compreende? Isso Ă© prova o bastante.

“Vixe, ela percebeu!”

— Acho que não tenho outra escolha. Vamos dar o nosso melhor juntos, então.

Estendi a minha mĂŁo Ă  ela enquanto dizia essas palavras. No entanto, Eri apenas desviou o seu rosto. Pelo visto ela nĂŁo queria um aperto de mĂŁo para nos reconciliarmos.

— O que foi? NĂŁo estĂĄ bom para vocĂȘ?

— Eu jĂĄ te falei que nĂŁo gosto de vocĂȘ.

— Mas nĂłs temos que trabalhar juntos, certo? As coisas serĂŁo difĂ­ceis se vocĂȘ continuar me odiando.

— Apesar de que te odeio, o seu rosto nĂŁo Ă© ruim, entĂŁo acho que posso tolerar um pouco. — Dizendo essas palavras, Eri saiu da sala e foi limpar o andar de cima.

“…Hmm, bem, acho que isso vai servir. NĂŁo, espera. O meu rosto nĂŁo Ă© ruim…? NĂŁo me diga que… aquela mulher! Uma Ts-Tsundere??? Uma tsundere???”

Acompanhem também os capítulos
Remasterizados na Novel Mania!

Acesse:

http://novelmania.com.br/japonesa/srvf-indice/

ou


Tradução feita por fãs.
Apoie o autor comprando a obra original.


Compartilhe nas Redes Sociais

Publicar comentĂĄrio

Anime X Novel 7 Anos

Trazendo Boas Leituras AtĂ© VocĂȘ!

Todas as obras presentes na Anime X Novel foram traduzidas de fĂŁs para fĂŁs e sĂŁo de uso Ășnico e exclusivo para a divulgação das obras, portanto podendo conter erros de gramĂĄtica, escrita e modificação dos nomes originais de personagens e locais. Caso se interesse por alguma das obras aqui apresentadas, por favor considere comprar ou adquiri-las quando estiverem disponĂ­vel em sua cidade.

Copyright © 2018 – 2025 | Anime X Novel | Powered By SpiceThemes

CapĂ­tulos em: Botsuraku Yotei Nanode Kajishokunin wo Mezasu