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The Great Cleric – Capítulo 11 – Volume 4

 

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The Great ClericSeija Musou

Capítulo 5.5: Histórias Curtas

Light Novel Online – Capítulo 11:
[Em Outro Lugar — Uma Carta de Luciel]


Luciel e sua trupe haviam partido, e os dias monótonos na Guilda dos Aventureiros de Merratoni voltaram com força total.

Foi em uma dessas tardes que Brod ficou sozinho no campo de treinamento do porão, franzindo a testa.

Eu ferrei tudo. Agora que o Luciel se foi, espantei todo mundo. Devia ter pegado mais leve.

A presença do curandeiro tranquilizava os aventureiros. Enquanto ele estivesse por perto, ninguém precisava se preocupar com um osso quebrado ou dois por conta das surras do insano mestre da guilda. Os cavaleiros de Luciel também eram parceiros de treino perfeitos, e muitos desciam só para se testar contra os forasteiros. Com todos eles fora dali, Brod estava livre para focar em melhorar os aventureiros por conta própria, mas a dura verdade era que ele também tinha se acostumado com seu pupilo, e sem ele, ninguém tinha coragem de enfrentar seu treinamento infernal.

Sem Luciel, não havia cura. Sem cavaleiros para enfrentar, os aventureiros perderam a confiança. Então, voltaram à rotina de sempre. Como resultado, o campo de treinamento virou uma cidade fantasma.

Brod pensou em seu aprendiz, em como ele era completamente desprovido de talento, mas nunca recuava. Em como ele sempre se levantava. E decidiu fazer o mesmo.

Talvez eu aceite a oferta da Igreja. Não faria mal ter curandeiros por aqui, mesmo que fossem novatos. Não que eu esteja esperando que algum deles seja metade do que o Luciel foi.

De repente, Galba e Gulgar apareceram, descendo as escadas.

Que diabos eles tão fazendo aqui? Parecem animados. Isso pode ser interessante.

— Não vejo vocês dois por aqui com frequência. Querem reservar o campo de treinamento? A agenda tá livre — disse Brod.

— Tentador, mas não — respondeu Galba. — Recebemos cartas de Yenice. Esta aqui é sua.

— Também temos as nossas. Achamos que seria legal lermos juntos — disse Gulgar.

— Que fofo.

Brod pegou o pergaminho e começou a ler, abrindo um sorriso satisfeito ao descobrir as provações e tribulações que seu discípulo enfrentara durante a jornada. Mas ao final, a carta já estava amassada em seus punhos.

Galba olhou para cima e notou.

— Agora, Brod, eu sei que você deve estar irritado por ele ter sido atacado, mas não precisa descontar no papel.

— Nunca imaginei que nossa cidade natal fosse tão ferrada assim.

Gulgar também parecia incomodado com o conteúdo de sua carta, mas por um motivo totalmente diferente.

— Ele foi para Yenice com uma missão — disse ele. — Eu não esperava que fosse um mar de rosas. Além disso, nada acaba com o tédio como uma emboscada.

— Pra você e pra mais ninguém.

— Então por que tá tão irritado? Você nunca fica assim — perguntou Gulgar.

A expressão do mestre da guilda escureceu.

— Ele comprou escravos para serem seus guarda-costas e tem um cara entre eles que ele quer saber mais sobre. Pediu pra eu investigar.

Galba arqueou uma sobrancelha.

— Luciel? Interessado em alguém? Isso é estranho. Pelo jeito que ele fala, parece que você já conhece esse homem.

— Ele é famoso ou algo assim?

— Dá pra dizer que sim. O nome do cara é Lionel. E pelo jeito que ele o descreve, só pode ser ele. O maldito Leão da Guerra.

Os irmãos lobo trocaram olhares. Algo nisso não parecia certo para Galba.

— Mas ele deveria estar liderando as forças de Illumas na linha de frente lá em Luburk.

— Bem, pelo que ouvi, Luburk está vencendo. Achei que o Leão tivesse sido derrubado, porque que outro motivo haveria? Então alguém deve ter assumido o lugar dele. Não pode ser o verdadeiro Leão.

— Ok — retrucou Gulgar — então, supondo que o cara que o Luciel comprou seja esse tal de Leão, qual é o problema?

Nem Galba nem seu irmão sabiam muito sobre Lionel além de sua habilidade no campo de batalha. Diferente de Brod.

— Já me gabei do Luciel pra ele antes — confessou. — Contei tudo sobre como ele é dedicado, como treina feito um condenado e nunca recua, e que tudo o que você precisa dizer é que é questão de sobrevivência.

— Só isso? Isso não explica por que você tá tão irritado — Galba sabia que havia mais.

— O lance é… Eu falei tudo isso sabendo que o Lionel tava atrás de um aprendiz próprio. Meio que cutuquei a onça com vara curta.

— Ah, entendi. E agora você tá preocupado que o Leão roube seu pupilo, né? — brincou Gulgar.

— Você tá parecendo um baita de um invejoso agora, Brod.

— Muito invejoso. Mas olha, ele pode estar certo.

— O quê?! Que diabos isso quer dizer?

Os irmãos assentiram um para o outro. Havia mais informações sobre a situação de Luciel que não estavam nas cartas. Eles só ficaram sabendo graças ao aventureiro que entregou as correspondências.

— A Guilda dos Aventureiros de Yenice pediu a ajuda dele para limpar um labirinto — contou Galba. — E, bom, seu aprendiz agora é um matador de dragões.

— Você… Você tá de sacanagem comigo.

Desde quando ele ficou forte o suficiente pra derrubar um draco?

— Tal mestre, tal aprendiz, hein?

O Leão deve ter enfraquecido a fera e o Luciel só deu o golpe final. Não, droga, ele nunca aceitaria algo assim. O que diabos tá acontecendo?

O peso da possibilidade, cada vez mais plausível, de que Luciel tivesse trocado de mentor caiu como uma pedra no estômago de Brod. E seu histórico recente de falhar em atrair novos alunos não ajudava. A negatividade cresceu até se transformar em puro pânico.

— Galba, Gulgar, eu vou sair por um tempo. Cuidem da guilda pra mim.

— É, isso não vai acontecer e você sabe disso.

— Galba tá certo. Você já tá na corda bamba com a sede, parceiro.

— Vamos pensar racionalmente aqui. Escreve uma carta pro Luciel se tá tão preocupado.

Além disso, se a situação em Yenice for realmente tão ruim, a presença de Brod só tornaria tudo ainda mais difícil caso precisássemos intervir, pensou Galba.

— Exato. E nem vem com essa de se descabelar por causa dos aventureiros. Você sempre arrastou eles pra cá esperneando antes, não? Então só faz o que você faz de melhor.

— Você tem razão — Brod finalmente se rendeu. — Olha só pra mim, perdendo o sono por ciúmes. Sabe o que é? É que esses aventureiros não têm fibra. Acho que cabe a mim ajudar eles a encontrarem uma.

Com a tempestade evitada, os irmãos bestiais ficaram livres para focar em sua terra natal e nas estranhas coisas que estavam acontecendo por lá.


Tradução: CarpeadoPara estas e outras obras, visite o Carpeado Traduz – Clicando Aqui


Tradução feita por fãs.
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