The Great Cleric – Capítulo 4 – Volume 3

 

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The Great ClericSeija Musou

Arco 4: O Curandeiro Que Mudou o Mundo

Light Novel Online – CapĂ­tulo 4:
[Subindo de NĂ­vel e Mais Velhotes]


O labirinto celebrou meu retorno com um batismo encantador de lixo absoluto que queimou minhas narinas. Ah, como era bom estar de volta.

Logo percebi que algo estava diferente durante minha patrulha no primeiro andar.

— Nada de zumbis? Estranho.

Os cadåveres ambulantes, que nunca haviam sido tímidos antes, não estavam em lugar nenhum, o que era esquisito, jå que ninguém tinha estado ali para exterminå-los.

Continuei procurando por um tempo, depois desisti e desci para o segundo andar, mas novamente não encontrei nada. Quanto mais miasma, mais monstros, então continuei até o terceiro andar. Finalmente, encontrei um grupo de zumbis e esqueletos vagando. Peguei minha Lança do Dragão Sagrado da bolsa mågica, mas as criaturas não chegavam perto o suficiente, então as eliminei com Purificação.

Enquanto observava os monstros desaparecerem, percebi que não sentia mais satisfação em derrotå-los. Como diabos o meu eu do passado conseguiu segurar a barra? Eu conquistei um labirinto. Pensando bem, isso era meio insano, embora também tenha sido um pouco irresponsåvel da minha parte simplesmente ignorar esse lugar depois.

Nem sequer um mĂȘs havia se passado desde entĂŁo, mas eu nĂŁo era do tipo que ficava preso Ă s glĂłrias do passado. Havia coisas demais a serem feitas; perder tempo olhando para trĂĄs nĂŁo ajudava em nada. Ficar remoendo sĂł me fazia lembrar do dragĂŁo, e ninguĂ©m me pagaria o suficiente para chegar perto de outro daqueles. Eu ia viver uma vida pacĂ­fica, custasse o que custasse. NĂŁo poderia contar com a Igreja para me dar conforto caso eles me dispensassem, mesmo sendo de Rank-S. Como dizem, vocĂȘ tira da vida aquilo que coloca nela.

JĂĄ tinha percorrido uma boa parte do labirinto e estava prestes a voltar quando pensei no meu nĂ­vel. SĂł para garantir, abri minha tela de status.

Nome: Luciel
Classe: Curandeiro IX — Dragão Sagrado I
Idade: 19
NĂ­vel: 2
HP: 890 — MP: 590
FOR: 158 — VIT: 169
DES: 143 — AGI: 145
INT: 176 — MAG: 190
RMG: 182 — PE: 2

— SĂ©rio? Aquela luta jĂĄ foi suficiente pra subir de nĂ­vel?

NĂŁo pude evitar imaginar quĂŁo alto meu nĂ­vel estaria se eu tivesse parado de beber Substancia X quando cheguei na Cidade Sagrada.

Meu HP, MP e outros atributos subiram alguns pontos, enquanto meus Pontos de ExperiĂȘncia aumentaram apenas dois. A Proteção do Deus do Destino dava um bĂŽnus para os PE, o que provavelmente significava que um aumento normal de nĂ­vel fornecia um ou nenhum ponto de habilidade.

Olhei para o teto, esperando uma resposta divina do meu protetor, mas entĂŁo me lembrei das palavras do meu mestre. Os status eram apenas um conceito geral. NĂŁo valia a pena ficar obcecado com os nĂșmeros, entĂŁo fechei a tela. Mas a inquietação — e essa nova relutĂąncia em lutar contra os mortos-vivos — ainda nĂŁo iam embora.

Voltei a me mover rapidamente para clarear a cabeça. Felizmente (ou infelizmente?), havia tĂŁo poucos monstros nesses andares superiores que levaria um bom tempo para encontrar mais inimigos. Quando finalmente achei alguns, eles se moviam tĂŁo devagar que derrotĂĄ-los foi praticamente sem esforço, o que nĂŁo ajudou a diminuir a estranha culpa que senti ao fazĂȘ-lo.

Decidi seguir atĂ© a sala do chefe no dĂ©cimo andar e quase nĂŁo encontrei resistĂȘncia pelo caminho. O labirinto parecia estar chegando ao seu limite. Ao entrar na primeira sala do chefe, menos da metade dos monstros habituais apareceu.

Minha culpa foi para o fundo da minha mente. Por alguma razĂŁo, enquanto rasgava suas fileiras com a Lança do DragĂŁo Sagrado e uma espada de prata sagrada, minha hesitação desapareceu. Um momento de incerteza contra inimigos que queriam sua vida podia significar a morte, e eu nunca me perdoaria por fazer algo tĂŁo estĂșpido.

Quando terminei, havia alcançado o nível cinco, mas não me sentia nem um pouco mais forte. Achei que teria que duelar com alguém para realmente ver os resultados. Tinha bastante coisa para relatar a Sua Santidade e estava prestes a sair quando meu corpo de repente pareceu de chumbo. Finalmente me dei conta de quão tenso eu tinha ficado o tempo todo.

Abri um sorriso nervoso. AtĂ© um mĂȘs atrĂĄs, eu praticamente vivia em perigo mortal, minhas emoçÔes estavam dormentes, e agora eu nĂŁo tinha certeza se conseguiria lidar com isso de novo. Mas perigo e viagens pelo mundo andavam de mĂŁos dadas, entĂŁo eu teria que aprender a lidar.

Achei melhor reservar um tempo para descer ao labirinto de vez em quando para me manter preparado.

Na saĂ­da, meu nĂ­vel subiu para seis, colocando meus PE em dez. Dei uma olhada nas habilidades disponĂ­veis para gastar os novos pontos e encontrei mais opçÔes Ășteis do que esperava: Rastreamento, Percepção, Furtividade, Ocultação MĂĄgica, SupressĂŁo de Presença, Bloqueio de Magia e por aĂ­ vai. AtĂ© encontrei o irmĂŁo mais velho do Monsieur Sorte, a Suprema Sorte (Sir Preme Sorte?), que eu queria desesperadamente conhecer, mas ele nĂŁo se moveria por menos de cem PE, uma quantia que eu nĂŁo alcançaria por pelo menos mais quarenta e cinco nĂ­veis.

— Argh, eu realmente estraguei tudo.

— Estragou o quĂȘ?

Levantei o olhar e vi Catherine esperando por mim do lado de fora da entrada, com uma sobrancelha erguida.

— O que vocĂȘ estĂĄ fazendo aqui? — perguntei, tentando esconder minha vergonha. — Precisa de alguma coisa?

— NĂŁo. VocĂȘ tem visitas.

Olhei para dentro da loja junto com ela. Lá dentro, estavam um homem baixo, mas musculoso e barbudo, e uma pessoa bestial de lábios curvados para cima e olhos afiados — um anão e um homem-raposa, pelo que parecia. O que eles queriam comigo? Como um anão e um homem-fera tinham simplesmente entrado na Sede da Igreja, o centro da supremacia humana? E por que estavam bem em frente ao segredo mais bem guardado da Igreja?

Claramente, esses dois eram mais do que aparentavam.

NĂŁo conseguia tirar os olhos deles e resumi minha extrema confusĂŁo com uma Ășnica pergunta:

— Isso… pode?

Catherine sorriu gentilmente.

— Sim, está tudo bem. Eles são amigos de longa data da Igreja e sabem como manter um segredo.

Com essas palavras, minhas preocupaçÔes diminuíram, mas eu ainda não fazia ideia do que eles queriam ali.

— Ah, entendi. Mas… quem sĂŁo eles?

— Grand, o ferreiro anĂŁo, e Trett, o artesĂŁo mĂĄgico homem-raposa. VocĂȘ talvez jĂĄ tenha ouvido falar deles.

Desculpe, Catherine, mas esses nomes poderiam muito bem ser grego para mim. Valeu por deixar a situação ainda mais estranha.

— Prazer em conhecĂȘ-los. Sou Luciel. Curandeiro. E, me desculpem, mas estou meio por fora das coisas, entĂŁo nĂŁo posso dizer que jĂĄ ouvi falar de vocĂȘs.

— Honesto. Gosto disso — respondeu o anĂŁo. — Meu nome Ă© Grand, sou ferreiro. Faço armas e armaduras pros cavaleiros daqui. Se vocĂȘ viu alguma, provavelmente saiu da minha forja. E vocĂȘ… NĂŁo parece nenhum curandeiro que eu conheça. Talvez um cavaleiro.

Uau, estou diante de uma lenda. Eu devia mais do que muito a esse cara. Sem o equipamento dele, eu teria virado carne moĂ­da na primeira sala do chefe.

— Oh-ho — murmurou o homem-raposa. — Meu Deus, como vocĂȘ fica bonito nessa armadura. Pode me chamar de Trett. Faço as tĂșnicas da Igreja, igual a essa que vocĂȘ tĂĄ vestindo. Mas veja sĂł… Esse corpo aĂ­ nĂŁo Ă© de um curandeiro, nĂŁo senhor.

Olha sĂł. Mais uma pessoa a quem eu devia minha vida. SerĂĄ que custava Catherine ter me avisado que eles viriam?

— Fico muito feliz em finalmente conhecer vocĂȘs dois — respondi. — Eu nĂŁo estaria aqui sem o trabalho de vocĂȘs, e queria agradecer faz tempo. Ah, e eu posso saber por que vocĂȘs estĂŁo me apalpando?

Sem um pingo de vergonha e ignorando completamente minha gratidão, os dois continuavam tateando cada canto do meu corpo. Pode me chamar de louco, mas eu estava um pouco desconfortável. Quando me preparei para protestar, Catherine travou o olhar em mim e, sorrindo, articulou silenciosamente: “Não se mexa.”

— Luciel, foi isso que vocĂȘ disse? Estamos checando sua postura e musculatura — explicou Grand. — Vamos fazer um conjunto de equipamento sĂł seu.

— Espera, sĂ©rio? — PeraĂ­, desde quando isso era uma coisa? Catherine ia me contar isso alguma hora? Ou Sua Santidade? Eles simplesmente esqueceram de mencionar?!

— Uhum. Não tî pegando nessa bundinha fofa só porque quero — disse Trett. — Estamos aqui a trabalho.

NĂŁo. Simplesmente nĂŁo. Que diabos fabricar tĂșnicas tinha a ver com apertar minhas coxas e minha bunda… E tĂŁo delicadamente?! “Trabalho”, uma ova!

Antes que eu pudesse reclamar, Catherine me lançou um olhar gelado.

— Claro. Continuem.

A tortura durou mais de dez minutos e me fez assumir vĂĄrias poses diferentes.

— O cara Ă© meio estranho, mas tem um fĂ­sico decente, Cattleya. Se continuar treinando, aposto que vai ser o curandeiro mais forte que existe.

— Cattleya, querida, de que material vão ser as coisas dele?

Eles acabaram de chamar Catherine de “Cattleya”?! E, espera aí, nem temos os materiais ainda?

— Algo que eu duvido que algum de vocĂȘs jĂĄ tenha trabalhado antes. Pra ser sincera, acho que o que o Luciel tem pode ser demais pra vocĂȘs — disse ela, com um sorriso presunçoso.

O que ela estava fazendo provocando esses dois? Não podia ser supremacismo racial, então qual era o problema dela? Num piscar de olhos, toda a calma sumiu no ar, substituída por olhares incandescentes e faíscas no ar. Os artesãos voltaram a atenção para mim.

Ela tinha mesmo que abrir a boca? Os Ășnicos materiais especiais que eu tinha eram as presas e escamas do DragĂŁo Sagrado, mas eu nem sabia se podia entregĂĄ-los. Olhei para Catherine, e ela assentiu.

Os olhares de Grand e Trett continuavam me perfurando, praticamente gritando para eu entregar a mercadoria. VocĂȘ pode aprender muita coisa pelo olhar das pessoas e, nesse caso, aprendi bastante sobre mim mesmo… Especificamente, o quanto eu queria sair correndo dali.

— Temos permissão de Sua Santidade? — perguntei a Catherine, engolindo minha vontade de reclamar.

— Claro. Eles não estariam aqui se não tivessem.

Pessoalmente, eu gostava mais da Catherine da loja do que da Catherine cavaleira.

— Certo, isso Ă© o que eu tenho.

Entreguei algumas escamas para Trett e presas para Grand. A fĂșria deles sumiu instantaneamente, e eles sorriram para mim… Para logo depois franzirem a testa.

Minha curiosidade falou mais alto.

— Tem algo errado?

— Isso nĂŁo Ă© de um dragĂŁo qualquer, nĂ©? Isso Ă© coisa lendĂĄria — Grand murmurou, maravilhado. — NĂŁo faço ideia do que um curandeiro tĂĄ fazendo com isso, mas dane-se. Nunca vi nada desse nĂ­vel na vida. NĂŁo podemos desperdiçar.

— Absolutamente — Trett cantou. — Todo artesĂŁo sonha com uma oportunidade dessas. Oh, querido, mas serĂĄ que meu talento estĂĄ Ă  altura? NĂŁo sei, nĂŁo…

Ponto vĂĄlido. Pedir para criarem algo com materiais lendĂĄrios que eles nunca tinham trabalhado antes vinha com um risco altĂ­ssimo de fracasso. O choque e a reverĂȘncia que sentiam deviam ser parecidos com os que eu tive ao ver o DragĂŁo Sagrado pela primeira vez.

SĂł que, ao contrĂĄrio de mim, eles tinham escolha. Eu nĂŁo tive esse luxo. E eles tinham mais de uma chance de conseguir.

— Não se preocupem. Se errarem, eu tenho bastante sobressalente.

Mostrei mais algumas presas e escamas. Os dois começaram a tremer.

— Da prĂłxima vez, comece por aĂ­! — gritaram, mas a fĂșria logo foi substituĂ­da por sorrisos de pura empolgação. Eles me aterrorizavam como pessoas, mas como artesĂŁos eram de primeira linha… E eu devia ter ofendido eles.

— Vamos pra forja, Luciel.

— Cattleya, querida, nos empresta ele um pouquinho?

Os dois me agarraram pelos braços e começaram a me arrastar.

— Ei, ei, ei! Eu nĂŁo posso simplesmente sumir assim! Me digam onde fica a loja de vocĂȘs e eu passo lĂĄ depois!

Tentei me soltar, mas o aperto deles era mais forte que ferro. NĂŁo consegui me mexer. Jord e meu grupo ainda precisavam de mim, sem falar nos rumores que surgiriam se eu deixasse esses dois me arrastarem por aĂ­. Mas meus sequestradores viviam em um nĂ­vel de pensamento completamente diferente.

— Onde? Em Rockford, claro! — disseram em uníssono.

— Como Ă© que Ă©?! Ah, Catherine? Uma ajudinha aqui?!

Ela riu baixinho.

— Agora, nĂŁo sejam irracionais, vocĂȘs dois. Ele estĂĄ sob a proteção da Igreja. Eu nĂŁo posso simplesmente deixar que o levem para casa.

Os dois estalaram a língua em frustração. Eu não conseguia entender essa dupla. Eles estavam mesmo falando sério sobre me sequestrar?

De repente, Catherine lançou um olhar carregado de significado na minha direção. Um mau pressentimento tomou conta de mim, mas eu estava impotente para impedir a tragédia que se aproximava.

— Eu jĂĄ esperava por isso — ela anunciou. — EntĂŁo encontrei uma forja local onde vocĂȘs podem começar a trabalhar imediatamente.

— Hã? — Grand resmungou. — Bom, podia ter falado antes! Eu lembro que tem forjas de adamantita por aqui. E já que tenho tempo, por que não?

— Oh-ho, mal posso esperar para começar — Trett disse, todo animado.

Era como se eu nem estivesse ali.

— Ei, Catherine, eu ainda tenho que voltar para o meu grupo e acertar os detalhes com as Valquírias.

— Escuta, esses homens sĂŁo pessoas extremamente ocupadas, Luciel. E vocĂȘ vai estar bem aqui na cidade, entĂŁo pode dispensar sua guarda.

EntĂŁo serĂĄ que poderĂ­amos acabar logo com essa hipocrisia e me deixar sair sem escolta o tempo todo? Ou era pedir demais? Eu tinha quase certeza de que Catherine havia tramado tudo isso.

Enquanto caminhĂĄvamos atĂ© a forja, com Catherine servindo como minha guarda-costas substituta e os artesĂŁos agarrados a cada um dos meus braços, ouvi as pessoas sussurrando algo sobre o Santo EsquisitĂŁo ter certas preferĂȘncias. O incĂȘndio de rumores que começou na visita do Mestre, quando ele e os outros me exibiram pela cidade, foi imediatamente reacendido.

Pelo menos atĂ© eu cruzar o olhar com os passantes. EntĂŁo, eles entenderam meu sofrimento, viram que eu estava sendo arrastado contra minha vontade. Mas ainda assim me ignoraram. Eu atĂ© consegui dissipar as dĂșvidas deles sobre minha sexualidade, mas a que custo?

Só fui descobrir o estrago algum tempo depois, quando começaram a surgir boatos sobre o crescente harém de velhos apaixonados do Santo Esquisitão.

Esse se tornaria um dos muitos motivos para minha necessidade de partir da Cidade Sagrada, mas essa… Ă© uma histĂłria para outro momento.


Tradução: CarpeadoPara estas e outras obras, visite o Carpeado Traduz – Clicando Aqui


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