The Great Cleric â CapĂtulo 3 â Volume 3
The Great ClericSeija Musou
Arco 4: O Curandeiro Que Mudou o Mundo
Light Novel Online – CapĂtulo 3:
[ExercĂcios Conjuntos com as ValquĂrias]
Dei folga para minha equipe até a hora do jantar e passei nos aposentos de Granhart para explicar a situação.
â …EntĂŁo, basicamente, agora tenho dez cavaleiros e cinco curandeiros sob meu comando â concluĂ.
â Entendo. E o que exatamente pretende fazer? â o sacerdote respondeu.
Essa era uma boa pergunta. Eu nem sabia o que precisava fazer, muito menos o que queria, entĂŁo as ordens de Sua Santidade eram tudo o que eu tinha como referĂȘncia.
â O papa me deu um ano e cinco meses para me preparar, mas o problema Ă© que eu nĂŁo tenho nenhuma responsabilidade real como curandeiro de Rank-S, o que significa que minha equipe tambĂ©m nĂŁo tem. Estou preocupado que acabemos desperdiçando nosso tempo sem fazer nada.
Ficar sem fazer nada era definitivamente tentador, mas não faria bem a ninguém no longo prazo. Ao mesmo tempo, manter meus novos subordinados ocupados o tempo todo também não parecia muito divertido.
â Entendo que sua posição subiu rapidamente e que seus pensamentos devem estar cheios de preocupaçÔes desde que se tornou um lĂder, mas precisa se acalmar.
â Sim, vocĂȘ tem razĂŁo.
â VocĂȘ nĂŁo precisa supervisionar seus subordinados o tempo todo. Tente se lembrar de quando se tornou um exorcista. Meu envolvimento se resumiu a fornecer sua tĂșnica e seu cartĂŁo de elevador.
Verdade. Também lembrava de Jord me ensinando pelo menos o båsico, mas além disso, eu tinha me virado sozinho. Minha equipe não estava entrando em labirintos, então não achei que esse fosse um bom exemplo a seguir.
â Talvez eu devesse levĂĄ-los ao labirinto. Ah, e como fica a questĂŁo do pagamento deles?
â Pagamento? A Igreja os compensarĂĄ normalmente. VocĂȘ nĂŁo precisa se preocupar com isso. No entanto, devo mencionar que escoltas sĂŁo proibidas de entrar no labirinto.
Todo aquele tempo me preocupando em como iria sustentĂĄ-los… desperdiçado.
â Ah, entendi. Mas, fora isso, podemos agir de forma independente, certo?
â Dentro da Sede, sim. Se quiser viajar para fora da cidade, precisarĂĄ da permissĂŁo de Sua Santidade, entĂŁo recomendo que faça esses pedidos com antecedĂȘncia.
â Espera… como vocĂȘ… â Desde quando Granhart tinha uma habilidade de leitura mental?
â Jord foi meu subordinado por muitos anos, e ele demonstra bem suas emoçÔes. Sei quais sĂŁo seus sonhos.
Ah, ele estava falando do Jord, nĂŁo de mim.
â Jord tem sonhos?
â Viajar pelo mundo. Imagino que esse seja o motivo pelo qual decidiu se juntar a vocĂȘ.
LĂĄ se vai a privacidade. Jord provavelmente tinha contado a Granhart que eu queria voltar para Merratoni em algum momento. Os dois pareciam ter uma conexĂŁo que eu nĂŁo tinha. Granhart era rĂgido como uma tĂĄbua e metade menos emocional, mas era um homem com um forte senso de dever. Me perguntei se algum dia conseguirĂamos conversar como amigos, por mais tensa que essa conversa pudesse ser.
â Interessante â comentei. â Curandeiros de Rank-S precisam viajar, afinal. VocĂȘ sabe por quĂȘ?
â Simples. Para serem um farol de esperança para aqueles que vivem em regiĂ”es sem Guildas de Curandeiros. Para expor a corrupção nos lugares que a possuem. Para mostrar ao povo que nĂłs, da Igreja de Saint Shurule, estamos aqui por eles.
Eu poderia sair curando pessoas o dia todo, mas me pedir para expor corrupção jĂĄ era demais. Agora, essa parte de “ser esperança”… Com Cura Extra, isso seria fĂĄcil. Se eu pudesse usĂĄ-lo, Ă© claro.
â Como lidamos com a compensação em lugares sem guildas? Curamos de graça ou aceitamos algo em troca, como comida?
â Sim, mas tome cuidado, pois essas prĂĄticas sĂŁo proibidas em alguns lugares.
â E nos becos pobres, onde as pessoas nĂŁo podem pagar?
â Trate isso como os seus tratamentos mensais aqui, algo como um evento especial, ou realize suas açÔes fora da cidade. Apenas seja discreto. As clĂnicas locais sempre irĂŁo se opor, de qualquer forma.
â VocĂȘ sempre me ajuda muito, senhor Granhart. Posso procurĂĄ-lo para conselhos novamente no futuro?
â Sem problemas.
No começo, tive dificuldades para entendĂȘ-lo, mas Granhart era um ouvinte e conselheiro excepcional. Assim que consegui parar de desconfiar de todo mundo, soube que ele seria um Ăłtimo confidente pessoal.
Depois de um almoço råpido, fui ver Lumina.
â Boa tarde, Lumina. VocĂȘ deve estar exausta depois de tanta corrida. Quer uma Cura?
â NĂŁo, mas obrigada. NĂŁo esperava correr tanto logo pela manhĂŁ. Tenho muito trabalho para fazer agora.
Melhor ser rĂĄpido, entĂŁo.
â Ah, desculpe por segurar vocĂȘ, mas queria te perguntar uma coisa, se nĂŁo for um problema.
â NĂŁo Ă© sempre que vocĂȘ me faz pedidos. O que seria?
â Nosso treino Ă© amanhĂŁ de manhĂŁ, certo? O que acha de eu levar minha nova equipe junto?
â Os cavaleiros que se juntaram a vocĂȘ?
â Isso. E cinco curandeiros.
Lumina considerou por um momento.
â Posso perguntar por quĂȘ?
Não foi a melhor reação, mas jå vi piores.
â Sinceramente, porque eles sĂŁo fracos. NĂŁo posso confiar minha vida a eles do jeito que estĂŁo agora.
â Gostaria de ajudar, mas nĂŁo posso desacelerar nosso progresso por causa do seu.
â E se eu buffar eles com Ărea de Barreira e os manter curados? Assim eles seriam bons parceiros de treino, nĂŁo?
â Isso funcionaria, mas entĂŁo o fardo cairia sobre vocĂȘ. EstĂĄ bem com isso?
â Claro. Estou planejando fazer com que deem trabalho para vocĂȘs algum dia.
â Ah, Ă©? Nesse caso, nos veremos amanhĂŁ de manhĂŁ. Mas nĂŁo espere que isso continue se nĂŁo valer nosso tempo.
â NĂŁo pediria isso de vocĂȘs. Obrigado por nos dar essa chance. Se eu puder retribuir o favor de alguma forma, me avise.
â Na verdade, talvez tenha algo para vocĂȘ.
â Oh? Como posso ajudar?
â Quero revisar os relatĂłrios das garotas, tornĂĄ-los um pouco mais apresentĂĄveis.
Ou Lumina estava me pedindo para falsificar informaçÔes ou as ValquĂrias eram pĂ©ssimas escritoras. SĂł havia uma maneira de descobrir.
â Vou cuidar disso. Imagino que esses relatĂłrios devam seguir um formato padrĂŁo. Se tiver alguns que jĂĄ foram aceitos, poderia me mostrar? SerĂŁo boas referĂȘncias.
â VocĂȘ amadureceu desde que nos conhecemos. Vou deixar isso em suas mĂŁos.
â Devolvo para vocĂȘ em breve.
Ao revisar os relatĂłrios das ValquĂrias, percebi rapidamente que nĂŁo havia padronização alguma. Era uma bagunça completa, entĂŁo sugeri criar um modelo para Lumina, que aceitou a ideia com entusiasmo.
Depois disso, fui encontrar minha equipe para o jantar, de bom humor apĂłs garantir nossa sessĂŁo de treino.
***
O que me aguardava no refeitĂłrio era uma cena bastante incomum.
â Sempre Ă© meio estranho comer com pessoas com quem nĂŁo estamos acostumados, nĂ©? â comentei com um sorriso nervoso para os meus quinze companheiros.
Ninguém respondeu. Normalmente, Jord era quem quebrava o gelo, mas, por alguma razão, ele estava ainda mais tenso que todo mundo, me deixando completamente sozinho nessa. Precisava fazer alguma coisa. Poxa, estava parecendo um velório aqui.
â Enfim, quero agradecer a todos vocĂȘs pela ousadia de se juntarem a um novato aleatĂłrio como eu. Para falar a verdade, ainda nĂŁo caiu a ficha de que sou um curandeiro de Rank S. Quero dizer, treinei em uma Guilda de Aventureiros e passei anos lutando em um labirinto, entĂŁo nem me sinto como um curandeiro de verdade.
Sorri e olhei ao redor. Ainda nada. Que plateia difĂcil.
â Um dia, quero retribuir essa dedicação de vocĂȘs, mas atĂ© lĂĄ, vou fazer tudo o que puder para, pelo menos, corresponder Ă s suas expectativas.
Inclinei a cabeça em um cumprimento e, finalmente, recebi uma reação diferente do silĂȘncio mortal.
â Senhor, o senhor nĂŁo deve se curvar para nĂłs!
â JĂĄ entendemos seu ponto, agora levante a cabeça!
Até a tensão de Jord foi varrida pelo choque.
â Escute eles, senhor. NinguĂ©m aqui estĂĄ acostumado com essas suas manias.
â Bom, desculpa, mas eu esperava que vocĂȘ me ajudasse, nĂŁo que ficasse duro como uma tĂĄbua o tempo todo.
â Tem razĂŁo. Me desculpe.
â Sem desculpas. A palavra Ă© sua.
â Certo, hum… Oi. Meu nome Ă© Jord. Sou um curandeiro…
O resto dos curandeiros e cavaleiros logo seguiram o exemplo de Jord e se apresentaram. Com isso resolvido, mudei de assunto.
â Vamos viajar para o exterior e visitar todas as Guildas de Curandeiros ao redor do mundo, mas, pelo que sei, nem todos os paĂses sĂŁo tĂŁo desenvolvidos quanto Saint Shurule. Felizmente, Sua Santidade nos deu um ano e cinco meses para nos prepararmos. Isso Ă© tempo mais do que suficiente para colocar todos vocĂȘs Ă prova, e Ă© exatamente isso que eu pretendo fazer.
â Nunca ouvi falar disso antes. O que exatamente vamos fazer? â perguntou um dos novos companheiros.
NĂŁo estava muito a fim de explicar tudo nos mĂnimos detalhes, mas tinha certeza de que Jord entenderia a indireta.
â Muitos de vocĂȘs vĂŁo se acostumar a desmaiar em breve, mas isso vai servir para fortalecer cada um. Preciso da confiança de vocĂȘs nisso.
â Senhor, nĂŁo me diga que esses âtestesâ que vamos passar envolvem ir atĂ© a Guilda dos Aventureiros… â implorou meu amigo.
â Pode apostar que sim â respondi. â Agora, amanhĂŁ de manhĂŁ temos nosso primeiro treino, e nĂŁo quero ninguĂ©m se atrasando.
â Onde vamos nos reunir? â perguntou outro membro da equipe.
Sorri.
â Em frente ao campo de treinamento pessoal das ValquĂrias. Vamos treinar com elas.
Finalmente, meu grupo, que mais parecia uma procissĂŁo fĂșnebre, começou a demonstrar empolgação. Agora eu tinha a atenção total deles, e as respostas passaram a ser mais animadas e frequentes. O poder da popularidade das ValquĂrias me impressionava, embora eu estivesse um pouco preocupado com o fato de que, de repente, todos estavam agindo como adolescentes. Rezei para que o nosso treinamento conjunto nĂŁo acabasse quebrando eles demais.
***
Nosso treinamento conjunto, na verdade, nĂŁo os quebrou quase nada.
No dia seguinte, organizamos um combate entre minha unidade e as ValquĂrias para medir as ĂĄguas. Como eu era o Ășnico curandeiro com treinamento de combate, os outros ficariam como mĂ©dicos de prontidĂŁo. Nos posicionamos a cerca de trinta metros de distĂąncia, e decidi abrir a luta com uma pequena provocação.
â Preparem-se, ValquĂrias, porque hoje Ă© o Ășltimo dia de vocĂȘs como as mais fortes entre os cavaleiros.
â VocĂȘ acha que vamos perder para um bando de bebĂȘs que mal aprenderam a andar? Luciel, vocĂȘ deve ter perdido o juĂzo.
O tom de puro desdém de Lumina me atingiu como uma lùmina, mas me mantive firme.
â Se tem tanta certeza, que tal tornar isso interessante? Se vencermos, todas vocĂȘs nos devem um favor.
â Muito bem. NĂŁo vou te culpar por sonhar.
Eu sabia que ela aceitaria. Lumina claramente nĂŁo tinha muita experiĂȘncia no campo de batalha verbal, porque acabou dando um belo incentivo para minha equipe.
â VocĂȘs ouviram isso? â chamei minha equipe. â Eu sĂł estou aqui para dar suporte. A vitĂłria estĂĄ nas mĂŁos de vocĂȘs!
â Sim, senhor! â gritaram em unĂssono.
Ativei Ărea de Barreira, e isso, somado ao entusiasmo deles, criou uma verdadeira muralha de defesa. Eles sabiam que eu estava ali para curĂĄ-los e dar apoio. Agora era com eles.
A propĂłsito, eu tinha dito a eles que talvez pudessem levar as garotas para um encontro se vencessem… e me arrependi um pouco depois de ver o quĂŁo motivados isso os deixou. Nota mental: talvez seja melhor nĂŁo usar as ValquĂrias como isca.
Nossas oponentes partiram para a ação de repente. Depois de tanto pensar em qual estratĂ©gia elas adotariam, fiquei surpreso ao vĂȘ-las recorrendo Ă pura força bruta. Elas estavam nos subestimando.
â Palaragus, Piaza, fiquem juntos e mantenham a ofensiva! TemplĂĄrios, foquem na defesa!
â Sim, senhor! â responderam em coro.
Os espadas começaram a se chocar quase imediatamente, com Ripnear e Elizabeth liderando o ataque, assim como no dia anterior. As duelistas desferiam uma enxurrada de golpes, sem desperdiçar nenhuma abertura, enquanto os templårios seguravam o impacto do ataque.
A linha de templårios inclinou a cabeça em confusão quando Kathy, Marluka e Gannet de repente se juntaram à ofensiva com suas espadas e escudos, mas minha guarda manteve a compostura e segurou firme.
Eu senti a impaciĂȘncia do grupo de Kathy. Foi entĂŁo que Beatrice, a lanceira, soltou um grito agudo de dor. Por mais fortes que as ValquĂrias fossem, tanto Palaragus quanto Piaza eram paladinos e tinham defesas extremamente elevadas. EnfrentĂĄ-los juntos tinha sido demais para ela.
As ValquĂrias começaram a vacilar. Palaragus aparou a grande espada de Saran, e Piaza encostou sua lĂąmina no pescoço dela. Com duas companheiras jĂĄ fora de combate, o grupo começou a perder a vantagem, mas sua capitĂŁ manteve-se firme.
â Mantenham a posição! Eles sĂł tĂȘm vantagem enquanto suas defesas estiverem sendo fortalecidas! Obriguem Luciel a sair da proteção e mantenham-se em grupos!
O ĂĄgil Queena, empunhando seu florete, e Myla, com sua naginata, atacaram juntos um dos templĂĄrios. Lancei rapidamente um Cura Media quando desceram sobre ele, dando ao cavaleiro uma chance de contra-atacar. Ele revidou com forçaâtalvez atĂ© um pouco demais. Usei um Cura Avançada nas duas ValquĂrias tambĂ©m, sĂł por precaução, e depois as fiz recuar.
Nosso time partiu para a ofensiva, e a luta se intensificou. Os templĂĄrios se agruparam em duplas e derrubaram as palatinas apavorados um a um. Mas algo nisso tudo parecia estranho. As mulheres contra as quais estĂĄvamos avançando tĂŁo rapidamente simplesmente nĂŁo pareciam as ValquĂrias, as mais poderosas entre os cavaleiros, mesmo considerando nossas defesas aprimoradas. AlĂ©m disso, Lumina ainda nĂŁo havia entrado na briga nem uma vez. Era como se ela soubesse que jĂĄ nos tinha na palma da mĂŁo.
Eventualmente, apenas Lucy e Lumina restaram, e a primeira ficou sem magia suficiente para continuar curando, entĂŁo logo se retirou. E entĂŁo eu entendi o que estava acontecendo.
â Lumina, estamos lutando com tudo que temos. VocĂȘs nĂŁo podem fazer o mesmo? â perguntei com firmeza. â Espero que seu plano nĂŁo seja nos atropelar sozinha, porque acabei de encontrar esse pessoal. Eu gostaria de manter a dignidade deles intacta.
Minha equipe me encarou, confusa, e com razĂŁo. Eu estava acabando com a empolgação de todos justamente quando estĂĄvamos vencendo, mas isso nĂŁo era condizente com o que as ValquĂrias realmente eram. Suas expressĂ”es culpadas me disseram tudo o que eu precisava saber.
â Me desculpe, Luciel. De verdade. Mas eu juro que hĂĄ um motivo para isso.
â VocĂȘ pode me contar qual Ă© esse motivo?
Vencer tĂŁo facilmente sĂł inflaria o ego de todos, e eu queria tornĂĄ-los os mais fortes, treinĂĄ-los com rigor e precisĂŁo, caso algum dia nos encontrĂĄssemos presos em um labirinto. Ainda era cedo demais para que ficassem cheios de si.
â Eu te desrespeitei ao nĂŁo ter falado disso antes. VocĂȘ merece uma explicação.
â VocĂȘs claramente estavam pegando leve.
Lumina assentiu levemente.
â Estamos sob ordens para restringir o uso de habilidades como Aprimoramento FĂsico durante os treinamentos com outros regimentos.
â Para impedir que vocĂȘs ultrapassem os outros?
â Exatamente. Mas quero que saiba que, apesar disso, demos tudo de nĂłs nesta luta.
NĂŁo parecia que tivessem restringido muita coisa quando lutei contra elas. Os outros cavaleiros deviam estar se acomodando demais se as ValquĂrias ainda conseguiam deixĂĄ-los no chinelo.
Suspirei.
â Quem foi o gĂȘnio que teve essa ideia?
â Lady Catherine, Luciel. Por favor, nĂŁo faça tempestade em copo dâĂĄgua.
â Bom, se todo mundo parasse de depender do Aprimoramento FĂsico, focasse mais no treinamento real e aprendesse a cooperar, nĂŁo terĂamos esses problemas.
â Eu sei, Luciel, acredite. JĂĄ pensei nisso mais vezes do que consigo contar.
Eu entendia o ponto dela, mas agora nĂŁo tinha certeza de qual era a solução. Se Lumina fosse com tudo, perderĂamos e o moral da equipe despencaria. E se o moral da equipe despencasse, significava que fazĂȘ-los tomar SubstĂąncia X seria ainda mais difĂcil. Sem uma boa recompensa para motivĂĄ-los, eles nĂŁo se esforçariam.
Ainda bem que eu sabia negociar.
â Certo, agora entendo a sua posição. Mas vocĂȘ lembra do que conversamos antes da luta?
â Sim, acho que tĂnhamos um favor a pagar caso perdĂȘssemos.
â Isso mesmo. Veja bem, originalmente, a ideia era que vocĂȘs saĂssem em um encontro com a minha equipe, mas isso nĂŁo parece justo quando vocĂȘs nem puderam lutar de verdade. EntĂŁo, que tal fazermos apenas um almoço descontraĂdo juntos algum dia?
Todos do meu time olharam para Lumina ao mesmo tempo, os olhos cheios de esperança apreensiva.
â HĂŁ… â Ela olhou para as ValquĂrias. â Podemos dar um jeito nisso.
Os homens explodiram em comemoração, gritando de alegria.
â Obrigado â eu disse, aliviado, e reforcei minha determinação. Esse almoço casual nĂŁo aconteceria tĂŁo cedo. Era uma recompensa boa demais para ser desperdiçada tĂŁo rĂĄpido. NĂŁo haveria escapatĂłria de SubstĂąncia X.
Depois disso, as ValquĂrias nos massacraram sem segurar nenhuma de suas habilidades, mas eu nunca esqueceria os sorrisos que minha equipe levou consigo ao sair do campo de treinamento.
***
Catherine me chamou logo apĂłs o fim da sessĂŁo.
â VocĂȘ esteve no labirinto recentemente? â ela perguntou.
â NĂŁo desde que voltei.
â Sua Santidade tem estado um pouco preocupada com isso. Se nĂŁo se importar, poderia dar uma olhada para ver se algo mudou por lĂĄ?
Essa era, na verdade, a chance perfeita para tentar subir de nĂvel. Eu estava adiando SubstĂąncia X havia um tempo justamente para testar isso.
â Claro. Devo relatar a vocĂȘ ou ao Papa?
â A Sua Santidade, por favor.
â Entendido.
Segui para o refeitĂłrio para tomar cafĂ© da manhĂŁ, esperando comer com Lumina ou com o time, mas todos jĂĄ haviam saĂdo. Comer sozinho parecia tĂŁo estranho hoje em dia. Ultimamente, quase sempre tinha alguĂ©m para me fazer companhia.
Após um café da manhã solitårio, fui até o labirinto.
Tradução: CarpeadoPara estas e outras obras, visite o Carpeado Traduz â Clicando Aqui
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