The Great Cleric – Capítulo 18 – Volume 3

 

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The Great ClericSeija Musou

HistĂłrias Paralelas

Light Novel Online – CapĂ­tulo 18:
[Conversa de Garotas]


Cerca de vinte pessoas trabalhavam na Guilda dos Aventureiros de Merratoni, e quase todas eram mulheres. Isso não tinha tanto a ver com políticas de contratação, mas sim com a própria natureza de ser um aventureiro.

NĂŁo era surpresa que muitos aspirantes a aventureiros, especialmente jovens, idolatrassem herĂłis e acreditassem que seu potencial era ilimitado. Mas a realidade era bem diferente. Muitas vezes, essa confiança exagerada sĂł os colocava em perigo ao enfrentarem monstros muito alĂ©m de suas capacidades ou os levava Ă  exaustĂŁo em missĂ”es de escolta rigorosas para as quais nĂŁo tinham experiĂȘncia.

Ser aventureiro era essencialmente um trabalho freelancer, o que significava que a renda não era eståvel. Por isso, muitos aventureiros acabavam tendo que procurar outro emprego ou recorrer a empréstimos. Mas, nesse ponto, era praticamente o mesmo que anunciar para toda a guilda o quão imprudentes eram, o que por si só jå eliminava qualquer chance de conseguirem uma vaga confortåvel dentro da guilda.

Poderia parecer lógico que a guilda contratasse aventureiros bem-sucedidos com um bom faro para negócios, mas essa suposição estava errada. Ser um aventureiro de nível médio bem-sucedido e ser um funcionårio eficiente da guilda eram duas coisas completamente diferentes. A vida de aventureiro combinava muito mais com espíritos livres, e isso era ainda mais verdadeiro para aventureiros de alto nível que ganhavam a vida sem dificuldades. Além disso, trabalhar na guilda não era fåcil; exigia um vasto conhecimento e expertise, algo que apenas alguém disposto a aprender poderia lidar. E, francamente, essa descrição não se aplicava à maioria dos aventureiros.

Agora, embora isso fosse verdade para a maioria dos homens, aventureiras eram bem mais raras, o que significava que aquelas que conseguiam se firmar eram, de certa forma, excepcionais. Embora poucas alcançassem o topo da hierarquia, muitas encontravam seu lugar dentro da guilda. A verdade era que o caminho para se tornar uma aventureira era bem mais difĂ­cil do que para os homens, entĂŁo as que chegavam atĂ© lĂĄ jĂĄ tinham um nĂ­vel de qualificação naturalmente mais alto. Alguns tambĂ©m diziam que as mulheres eram mais atraĂ­das pela estabilidade do trabalho na guilda do que pela busca por fama e fortuna, que fascinava muitos homens. Outros ainda afirmavam que as Guildas dos Aventureiros eram excelentes locais para encontrar um bom partido para casamento (ao contrĂĄrio das Guildas dos Curandeiros, que… bom, nĂŁo tinham lĂĄ muitos pretendentes desejĂĄveis).

Independentemente da razão, mulheres constituíam a maior parte da equipe da guilda. E um jovem curandeiro que havia começado a morar em uma guilda em Merratoni cerca de um ano antes tinha se tornado um assunto frequente entre as funcionårias.

Naquela tarde peculiar, quando a Guilda dos Aventureiros estava vazia de aventureiros, nĂŁo foi diferente.

— Ei, entĂŁo, qual Ă© a fofoca? VocĂȘ tem conversado bastante com o Luciel ultimamente.

— Pois Ă©, nĂŁo finja que vocĂȘs nĂŁo estĂŁo ficando amiguinhos durante o almoço.

Melina e Mernell lançaram olhares maliciosos para suas colegas mais novas, Nanaella e Monica.

— Não tem nada demais nisso. Só conversamos.

— É, somos apenas amigos. E nem tão próximos assim.

— “Ainda”, ela diz. Anda, conta logo. Quero saber sobre essas “simples conversas” — Melina insistiu.

— Nada especial — disse Nanaella. — Só compartilhamos como foi o dia, sabe? Coisas aleatórias.

— E vocĂȘ, Monica?

— Mesma coisa. Nada demais. Mas eu gosto de conversar com ele. Ele Ă© um Ăłtimo ouvinte.

— Ah, eu entendo o que vocĂȘ quer dizer — Nanaella concordou animada. — A gente conversa, conversa e conversa, e ele nunca parece entediado.

— NĂ©? Ele Ă© tĂŁo maduro para a idade dele.

As recepcionistas mais velhas olharam para as garotas com pura inveja. Para Melina e Mernell, Luciel era como um irmĂŁo mais novo, e elas nem cogitavam vĂȘ-lo como um possĂ­vel interesse romĂąntico. Mas homens que realmente ouviam eram raridade. A habilidade de manter uma conversa sem falar apenas sobre si mesmo era um talento raro.

— Acho que vou ter que pegar esse garoto emprestado um dia desses.

— VocĂȘs se importam? Preciso desabafar um pouco — Mernell resmungou.

— Nenhum problema!

— Pode falar com ele à vontade!

Nem Nanaella nem Monica se atreveram a desafiar a intensidade no olhar das colegas.

Mernell assentiu, satisfeita com a boa educação das duas.

— Sabe, ultimamente sinto que nĂŁo estou recebendo a mesma atenção de antes. Acho que estĂĄ na hora de começar a levar a sĂ©rio essa ideia de encontrar alguĂ©m para casar.

— VocĂȘ acha? — Melina perguntou. — Acho que algumas de nĂłs simplesmente jĂĄ nĂŁo somos tĂŁo jovens assim.

As duas olharam para suas colegas mais novas e caĂ­ram num silĂȘncio carregado. Monica e Nanaella prenderam a respiração, torcendo para que o momento constrangedor passasse logo.

— Estamos sĂł brincando — Melina riu. — NĂŁo adianta se apressar para encontrar a pessoa certa. Eu sou sĂł o quĂȘ, uns trĂȘs ou quatro anos mais velha que vocĂȘs?

As duas mais novas soltaram um suspiro aliviado, mas nĂŁo estavam totalmente convencidas de que aquilo havia sido sĂł uma piada.

— EntĂŁo o Luciel Ă© bom de papo, hein? — Mernell perguntou, mudando de assunto. — Sobre o que ele fala, alĂ©m de quantas vezes o Brod jĂĄ socou ele?

— É, tambĂ©m estou curiosa pra saber como vocĂȘs conseguem manter uma conversa com ele.

Todo mundo na guilda sabia como era a rotina de Luciel: comer, dormir, treinar. E sĂł. Ou pelo menos era o que pensavam.

— Ele fala bastante, sim — Nanaella sorriu. — Ultimamente, tem contado sobre suas comidas favoritas e os tipos de roupa que gosta.

— E ele inventa umas histórias muito legais. Adoro ouvir.

— Histórias? Não sabia que ele se interessava por isso — Mernell comentou. — E peraí, ele realmente tem opinião sobre moda? Ele só usa o que dão pra ele. E sempre vejo ele por aqui vestindo farrapos rasgados.

— Pois Ă© — Melina concordou. — E as roupas sĂŁo sempre apertadas demais ou largas demais. Achei que ele tinha ido Ă s compras com vocĂȘ, Nanaella.

— Ele disse que só usa essas roupas nos dias de folga. Não quer estragá-las durante o treino.

— Agora que ele está treinando com espadas e lanças, o Brod tem rasgado várias roupas dele. Então a maior parte do que ele usa são peças que outros aventureiros deram pra ele.

— Que dureza. Mas entĂŁo, qual Ă© o estilo dele? — Melina perguntou.

— Bem normal, eu diria? Achei que as roupas que escolhemos ficaram boas, mas não compramos muitas, então não sei dizer ao certo.

— Pelo menos serviram direitinho?

— Claro. Ele experimentou tudo antes.

— Ainda bem que ele tem esse mínimo de noção. Com esse garoto, nunca se sabe — Mernell suspirou. — Ah, temos clientes.

Um grupo de aventureiros entrou, e as outras trĂȘs assentiram em concordĂąncia.

— Aposto que vĂŁo direto em vocĂȘs — Melina disse, rindo das mais novas.

— Ai, que tristeza — Mernell dramatizou. As recepcionistas mais velhas se divertiram vendo Nanaella e Monica ficarem nervosas.

Era sĂł mais um dia tranquilo entre as recepcionistas da Guilda dos Aventureiros.


Tradução: CarpeadoPara estas e outras obras, visite o Carpeado Traduz – Clicando Aqui


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