The Great Cleric – Capítulo 22 – Volume 2

 

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The Great ClericSeija Musou

Arco 3: Uma Pedra Melhor Deixada Intacta

Light Novel Online – CapĂ­tulo 22:
[Sempre Trapaceie em Testes de Tempo]


Os novos monstros no andar quarenta e um eram feras mortas-vivas, como cavalos, lobos e tigres. Eu nĂŁo sabia seus nomes reais; era mais fĂĄcil chamĂĄ-los como eu os via. Uma habilidade de avaliação seria bem Ăștil agora.

Cavalos mortos-vivos com corpos derretidos, envoltos em uma aura vermelho-arroxeada, trotavam pelos corredores. Os uivos abafados de lobos feitos inteiramente de ossos grossos (nenhum deles era um bom menino) faziam as paredes tremerem. Criaturas felinas com dentes de sabre arranhavam o chão com suas garras afiadas como lùminas. Eu jå tinha lido vårias enciclopédias de monstros, mas essas criaturas eram completamente novas para mim.

Havia também espectros maiores e cavaleiros da morte de olhos carmesins, mas isso era o måximo da ameaça que me esperava. Depois de meio ano lutando contra o cavaleiro lich, esses caras pareciam dolorosamente lentos em comparação. E os espectros eram certamente maiores, mas eu ainda era imune à sua magia.

Enquanto encontrava novos monstros nas profundezas, nenhum representava um verdadeiro problema. Meu principal objetivo agora era limpar o labirinto antes de morrer de fome, além de ficar atento a armadilhas.

Eu estava convencido de que a razão para não ter permissão para voltar no andar quarenta era porque a sala do chefe final me esperava no quinquagésimo. Eu precisava acreditar nisso, ou então enlouqueceria.

De qualquer forma, eu estava perigosamente sem comida e nĂŁo podia me dar ao luxo de ir devagar como antes. EntĂŁo, tive a ideia mais idiota possĂ­vel.

— Por favor, que isso funcione.

A Operação Substùncia X Marcha estava em andamento, e eu precisaria de muita sorte e oraçÔes para dar certo. Removi a tampa de um dos barris e o amarrei firmemente ao redor da cintura com um manto de prata sagrada reserva que eu tinha. Então, marchei em frente. A ideia era uså-lo para repelir os monstros e chegar até o próximo chefe sem precisar lutar com nada pelo caminho.

As hordas de mortos-vivos me avistaram, pararam por um momento e entĂŁo deram meia-volta e fugiram. Era particularmente eficaz contra os tipos animais. Tudo o que eu precisava fazer era andar, confiar no meu instinto e no Senhor Sorte, e acabei encontrando vĂĄrios baĂșs de tesouro e caminhos descendentes com esforço mĂ­nimo.

— Ok, eu não esperava que fosse tão fácil. Agora estou meio assustado.

Eu estava aproveitando os frutos do meu plano ridĂ­culo, que estava a um passo de ser puro jogo de azar, e fazia minha Ășltima refeição em frente Ă  sala do chefe do quinquagĂ©simo andar. O cheiro vindo dos barris abertos, que eu tinha usado para selar a ĂĄrea, era horrendamente forte. NĂŁo havia monstros Ă  vista.

— Não vai ser nada engraçado se eu acordar e virar um zumbi bem no final.

Descansei minha cabeça sobre meu Travesseiro do Anjo para o que provavelmente seria minha Ășltima noite no labirinto. Havia uma chance muito real de que a manhĂŁ seguinte fosse a minha Ășltima viva. Se eu nĂŁo conseguisse derrotar o chefe final, me tornaria apenas mais um zumbi vagando pelos corredores.

Eu tinha assumido que minha incapacidade de subir de nĂ­vel significava que esse lugar era falso, mas sĂł sobrevivi Ă  luta contra o cavaleiro lich com todos os membros intactos por causa da Cura Extra. Sem um feitiço de cura tĂŁo avançado, certamente teria morrido. E nĂŁo no sentido exagerado. Essa magia nĂŁo existia em nenhum dos grimĂłrios que recebi de Sua Santidade, e eu provavelmente era o Ășnico curandeiro na sede capaz de lançå-la.

O labirinto era real. NĂŁo havia outra explicação. Se eu nĂŁo tivesse duvidado disso desde o inĂ­cio, teria desistido logo apĂłs a primeira luta contra um chefe. O Ășnico motivo pelo qual eu nĂŁo tremia de medo agora era a ameaça iminente de morrer de fome se nĂŁo continuasse.

Fechei os olhos. De um jeito ou de outro, amanhĂŁ seria o fim.

***

Normalmente, eu acordava devagar, mas hoje, logo nesse dia, fui despertado pelo fedor distinto da SubstĂąncia X.

— Essa coisa Ă© realmente Ăștil. AtĂ© serve como despertador.

Derramei uma Ășltima caneca para me preparar. E sem comida sobrando, isso era tudo que eu tinha para me fortalecer.

— Fiz tudo o que pude. Se tudo der errado, me renderei com dignidade — jurei. — Ah, quem eu quero enganar? Dane-se a dignidade! Eu vou me arrastar pela lama se for preciso pra sair vivo daqui! Eu nem achava que tinha chance contra o cavaleiro lich, mas cĂĄ estou eu! E a papa ainda me deve aquele prĂȘmio fabuloso!

Respirei fundo e me preparei para a batalha. NĂŁo houve rangido das portas desta vez. Elas se abriram com um estrondo violento.

— Não esperava nada menos.

As portas se fecharam com força e se trancaram, como sempre, quando alcancei o centro da sala. E ali, Ă  minha espera, estava o wight final — e ele estava longe de ser comum. Com um porte fĂ­sico semelhante ao de um orc, ele exalava uma presença imponente, digna de um tĂ­tulo como “rei” ou talvez “lorde”. Tinha a mesma altura do cavaleiro lich, mas era muito mais massivo.

Entre todos os monstros que eu jĂĄ havia enfrentado, nunca vi uma criatura tĂŁo grotesca. Em quase todos os aspectos, parecia um wight comum, exceto pelos rostos contorcidos que cobriam seu corpo e manto.

— Vou vomitar.

Como o centro de um vĂłrtice, ele parecia ter absorvido incontĂĄveis mortos-vivos e cavaleiros da Igreja, tornando-se uma amalgama gelatinosa. Eu sabia que atacar sem pensar sĂł me faria perder a cabeça, mas eu sempre acreditei no ditado de que “quem chega primeiro, bebe ĂĄgua limpa”. Acelerando minha energia mĂĄgica dentro de mim, parti para a ação.

Magia de purificação nĂŁo valia o esforço, nĂŁo contra a massa gigantesca desse monstro. Especialmente depois do Ășltimo chefe ter enlouquecido quando tentei usĂĄ-la. Os rostos se contorcendo na forma do meu novo inimigo me fizeram pensar que minha Ășnica chance de vitĂłria era algo muito maior e mais forte.

IncontĂĄveis imagens da minha vida passada, fantasias e criaturas de todos os tipos de ficção, eram reais neste mundo. E inimigos como esse costumavam ser invencĂ­veis enquanto tivessem meios de se recuperar. Às vezes, isso era atravĂ©s da magia, mas nesse caso, meu oponente provavelmente era fortalecido pelas vĂĄrias entidades que absorveu.

AlĂ©m disso, este era o quinquagĂ©simo andar. Sem dĂșvida, ele era muito superior a qualquer wight que eu jĂĄ havia enfrentado antes. Eu precisaria de toda minha força e mais para arrancar esse rei de seu trono.

— Ó, santa mão da cura. Ó, sopro gerador da terra. Atenda à minha oração. Tome minha energia para um sopro angelical e cure os seres deste reino. Area High Heal!

Momentos após meu cùntico terminar, o braço do chefe se alongou e desceu em minha direção, me pegando de surpresa e me lançando para longe.

— Ugh! Nossa… — gemi. — Graças a Deus eu pulei para o lado.

Quando chove, transborda. VĂĄrios rostos avançaram de seu braço estendido e se transformaram em mĂșltiplos cavaleiros da morte de olhos vermelhos e espectros.

— Sua Santidade definitivamente subestimou o quão perigoso era conquistar este lugar.

A parte desaparecida do braço do chefe rapidamente se regenerou e voltou ao normal. Os novos cavaleiros da morte precisavam ser eliminados primeiro, então os paralisei com Purificação e acabei com eles rapidamente. Como sempre, a magia negra dos espectros era pouco mais do que um incÎmodo.

Mas esses estavam longe de ser meus Ășnicos problemas. O prĂłprio chefe nĂŁo ia ficar parado enquanto eu lidava com os lacaios, e a magia que ele lançava contra mim estava longe de ser fraca, embora fosse familiar. Eram os mesmos raios de escuridĂŁo que o primeiro chefe tinha usado contra mim. Os mesmos que me fizeram sentir uma dor agonizante com um simples arranhĂŁo.

— Droga!

Lancei o feitiço deixado pelo meu segundo mestre, o cavaleiro lich.

— Círculo de Santuário!

Um círculo mågico repleto de runas apareceu sob meus pés e começou a irradiar luz. Enquanto tomava uma poção de alto nível, recuperando-me do cansaço mågico, senti o poder do meu novo feitiço pulsando ao meu redor.

— Mas nĂŁo saber o que os feitiços fazem atĂ© testĂĄ-los Ă© um saco…

Os raios de escuridĂŁo do rei espectro se dissiparam ao atravessar o cĂ­rculo.

— Isso Ă© magia de barreira? NĂŁo, nĂŁo pode ser…

Os mortos-vivos ao meu redor começaram a ser consumidos por chamas azul-esbranquiçadas no momento em que tocavam a borda do círculo. Esse feitiço custava absurdos cem pontos de MP. Somando a taxa extra de cinquenta por cento por lançå-lo sem preparação, minha reserva de magia estava perigosamente baixa.

Cerca de um minuto depois, o cĂ­rculo desapareceu. Eu estava acumulando pontos desde o trigĂ©simo andar, entĂŁo Cattleya recomendou que eu gastasse em poçÔes do mais alto nĂ­vel que pudesse pagar. Para ser honesto, eu nem achava que precisaria delas. Nunca precisei antes, nem mesmo contra o cavaleiro lich (por que me preocupar quando eu podia simplesmente descansar em um canto?). Mas agora… agora elas eram minha salvação.

Terminei minha poção e derrotei os monstros extras após lançar Purificação.

— Droga, tudo o que estou fazendo Ă© ganhar tempo!

O rei espectro, agora mais cauteloso comigo, começou a lançar feitiços à distùncia. Embora o Círculo de Santuårio anulasse sua magia, eu não conseguiria continuar assim por muito tempo.

— Não sou do tipo que fica encurralado. Acho que vou ter que acabar com isso de uma vez!

Corri em direção ao chefe e comecei a entoar:

— Oh, santa mão da cura. Oh, sopro criador da terra. Pegue minha energia e me proteja com muralhas de luz angelical. Engula a impureza em uma fortaleza de esplendor. Círculo de Santuário!

Assim que terminei a invocação, senti a energia mågica fluindo de dentro de mim. Mas, ao contrårio do normal, quando a magia escapava do meu corpo, dessa vez eu continuei sentindo minha energia sendo drenada para o círculo à medida que ele se formava. Abri ainda mais as comportas, despejando mais e mais magia, e o círculo cresceu, expandindo-se até alcançar o rei espectro.

O espectro cortou a própria perna que estava dentro do círculo assim que ele começou a brilhar. Um instante depois, o membro amputado foi consumido por chamas brancas. Sem uma das pernas, meu inimigo tombou para trås.

Se eu tinha ou nĂŁo magia suficiente para um ataque final, esse era o momento decisivo.

Tomei outra poção e exterminei os monstros ao redor do chefe com minha espada e lança. O quĂŁo Ăștil isso foi, eu nĂŁo sabia dizer, mas o rei espectro claramente estava encolhendo de volta ao seu tamanho normal.

Mas nĂŁo era hora de baixar a guarda. NĂŁo, era hora de um experimento. Comecei a entoar novamente, tentando concentrar minha magia nĂŁo abaixo de mim, mas Ă  distĂąncia. Eu ia criar um cĂ­rculo mĂĄgico remotamente.

Quando cheguei Ă  Igreja, essa tĂ©cnica estava alĂ©m do meu alcance. Teoricamente, qualquer superfĂ­cie visĂ­vel poderia ter runas desenhadas para lançar feitiços. O grimĂłrio descrevia o CĂ­rculo de SantuĂĄrio como o escudo de todo o bem, a esperança de tudo que Ă© sagrado. Era impenetrĂĄvel para as artes sombrias, e qualquer coisa maligna dentro dele era consumida pelas chamas. No entanto, como qualquer escudo, ele tambĂ©m tinha pontos fracos. Por exemplo, era completamente inĂștil contra ataques aĂ©reos.

AlĂ©m disso, era sĂł impressĂŁo minha ou era meio irĂŽnico que a Igreja usasse tanto o termo “magia”? Quando eu ouvia “magia”, pensava em bruxas, demĂŽnios e criaturas que a prĂłpria Igreja normalmente perseguia. NĂŁo seria melhor chamĂĄ-la de algo como “as artes sagradas”? A menos que os bruxos fossem, sei lĂĄ, gente legal de se ter por perto. Mas enfim…

O que me chamou atenção na descrição do grimĂłrio foi a parte de “qualquer coisa maligna dentro dele era consumida pelas chamas”. E agora, o chefe espectro estava preso no chĂŁo. EntĂŁo simplesmente coloquei o cĂ­rculo diretamente sob ele e ativei o feitiço.

A criatura soltou um grito de agonia, mas apenas por um momento. Seu corpo pegou fogo, e enquanto se contorcia nas chamas…

— Isso… nĂŁo Ă© possĂ­vel…

Dentro do fogo, por um instante, vi meu inimigo se transformar em um padre idoso, envolto por uma aura sagrada, olhando diretamente para mim. Ele sorriu. Sussurrou algo. E desapareceu tĂŁo rĂĄpido quanto surgiu.

Senti um arrepio percorrer meu corpo e imediatamente vomitei o pouco que tinha no estÎmago. Era como se o próprio labirinto estivesse brincando comigo, me fazendo uma pergunta cruel: e se todos os monstros que derrotei até agora fossem como aquele velho? Sem descanso. Nem mesmo no final. Não importava como esse calabouço tinha surgido ou quem foi o desgraçado que o criou, mas essa pessoa definitivamente não era minha amiga.

Meu humor nĂŁo melhorou, mas enquanto esperava minha MP se recuperar, recolhi os itens que o rei espectro deixou para trĂĄs. Ele nĂŁo deixou nenhuma pedra mĂĄgica (a menos que o CĂ­rculo de SantuĂĄrio a tivesse destruĂ­do). Tudo o que restou foi um cajado e um grimĂłrio. Purifiquei os dois e guardei o cajado na bolsa antes de abrir o livro.

“Magia Proibida do Tipo Sagrado”, dizia a capa.

— Isso nĂŁo pode ser o que estou pensando…

Minhas suspeitas estavam certas. O livro continha o cĂąntico, os efeitos, a justificativa para ser proibido… tudo. Guardei na bolsa, sem saber se deveria ou nĂŁo entregĂĄ-lo Ă  Sua Santidade quando chegasse a hora.

— HĂŁ? Nada de tremores? Nenhuma escadaria nova? A menos que…

Rezei ao Senhor da Sorte para um belo e clĂĄssico teletransporte de volta ao inĂ­cio, mas jĂĄ estava bem acostumado com o fato de que a vida nunca era justa. Nenhum teletransporte mĂĄgico aconteceu. E a porta pela qual entrei simplesmente desapareceu.

— Beleza, estou preso. Ou o quĂȘ, vou ficar aqui atĂ© jejuar tanto que purifico meus chakras de desejos mundanos?

Minha paciĂȘncia jĂĄ tinha ido pro espaço. Depois de duas lutas contra chefes seguidas, minha mente estava fritando. Sentei-me e me joguei para trĂĄs.

— Estou de saco cheio disso. Me acordem quando eu estiver numa cama macia, por favor e obrigado.

Peguei meu Travesseiro de Anjo e tirei uma soneca bem irritado.


Tradução: CarpeadoPara estas e outras obras, visite o Carpeado Traduz – Clicando Aqui


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