The Great Cleric – Capítulo 1– Volume 1

 

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The Great ClericSeija Musou

Light Novel Online – Capítulo 01:
[A Guilda dos Curandeiros]


Continuei andando em direção a cidade. Diferente do meu mundo original, o clima aqui era quente e lembrava a primavera.

— É uma coisa boa não estar um calor escaldante ou muito frio — Murmurei caminhando.

— Agora, contanto que o sal ou a água não me deixe doente, acredito que devo ficar a salvo.

Todo o caminhar do meu trabalho havia me condicionado bem, entĂŁo eu nĂŁo estava preocupado sobre me cansar, mas sim em ficar com bolhas nos pĂ©s por causa dessas botas desconhecidas, mas de qualquer forma parecia tudo certo. Depois de vĂĄrios minutos, minha tensĂŁo inicial diminuiu e comecei a repetir meu novo nome baixinho a cada passo. Dessa forma, quando chegasse a hora de me apresentar, eu conseguiria sem gaguejar. Na verdade, era imprescindĂ­vel praticar. Os novos funcionĂĄrios costumavam fazer o mesmo com o nome, cargo e nĂșmero de telefone da empresa.

— Eu sou Luciel. Luciel. Luciel


Decidi recitå-lo até que a palavra não soasse mais estranho para os meus ouvidos.

— Achei que a cidade nĂŁo fosse tĂŁo distante, mas nossa, Ă© muito longe
 Estou andando hĂĄ mais de trinta minutos!

Eu tinha repassado meu nome e dezenas de apresentaçÔes mais vezes do que eu poderia contar, mas a cidade mal parecia mais próxima, apesar do meu julgamento anterior de que seria cerca de meia hora a pé. Como se eu pudesse fazer qualquer coisa sobre isso a não ser reclamar. Sem nenhuma fonte de ågua para saciar minha garganta seca e amaldiçoando meu próprio descuido, continuei a caminhar obstinadamente.

Mas este mundo não era tão gentil. Alguma criatura parecida com uma fera no céu, que estava longe hå algum tempo, apareceu em minha visão. Me imaginar enfrentando tal coisa evocava imagens da minha vida terminando instantaneamente dentro de sua barriga.

A vontade de reclamar sobre o absurdo de ser enviado para outro mundo sem uma espada ficou mais forte. Eles tambĂ©m nĂŁo tiveram a decĂȘncia de deixar nada por perto. “Em Outro Mundo sem Nenhuma Arma” nĂŁo seria uma histĂłria que me interessaria.

Minhas defesas atuais? Ah, elas nĂŁo eram nada demais. Apenas duas pedras que eu havia pego antes que pareciam fĂĄceis de jogar.

— Como vou sobreviver neste lugar?!

Soltei um grunhido.

— Opa!

Assim que meu pequeno monĂłlogo terminou, encontrei meu primeiro monstro – ou melhor, seu cadĂĄver. Um tipo de criatura canina que vocĂȘ veria em praticamente qualquer histĂłria de fantasia. NĂŁo parecia que foi magia que tinha feito isso ou que tinha sido cortado. Foi simplesmente espancado. A visĂŁo impiedosa me deixou profundamente ciente de quĂŁo pacĂ­fico era um paĂ­s como o JapĂŁo. Antes que meu espĂ­rito pudesse vacilar, retomei minha jornada.

Sem “cheats”, sem coragem. Eu nĂŁo era protagonista. Eu perderia para um goblin comum, e uma perda neste mundo significava a morte, desperdiçando minha segunda chance de vida. EntĂŁo, meu objetivo principal foi decidido: morrer de velhice, nĂŁo importando o quĂȘ. Sobreviver. Nisso, eu estava determinado.

Depois de mais uma longa hora de caminhada exaustiva, as muralhas da cidade tornaram-se claramente visíveis, bem como vårias pessoas em pé ao redor dos portÔes. Aliviado por finalmente fazer contato humano, acelerei meu ritmo. Quando me aproximei, o belo artesanato da pedra chamou minha atenção.

— Essas são paredes impressionantes, — comentei.

— Se o exterior Ă© tĂŁo extravagante, isso me dĂĄ alguma esperança para o interior. Quase me deixa animado para ver ruas que nĂŁo estĂŁo cheias de urina e fezes.

Quando finalmente cheguei, tive vislumbres de outras pessoas, embora poucas, entrando e saindo depois de apresentar algo aos guardas. Presumivelmente, alguma forma de identificação era necessåria para entrar, mas eu apenas orei a Deus para que as coisas dessem certo e esperei pela minha vez.

— Apresente sua identificação — , ordenou o sentinela empunhando uma lança.

O alĂ­vio por ser realmente capaz de entendĂȘ-lo tomou conta de mim enquanto eu o avaliava. Ele era um pouco mais baixo do que eu, mas seus braços eram trĂȘs vezes maiores, o suficiente para nocautear alguĂ©m com um golpe. A lança tambĂ©m parecia letal. RecĂ©m ciente dos perigos deste mundo, escolhi minhas prĂłximas palavras com cuidado para nĂŁo ficar sob suspeita.

— Sinto muito, mas não tenho nada para me identificar.

— O quĂȘ?

Sua mão na lança se apertou, ou assim eu senti.

Rapidamente dei uma explicação.

— Eu cresci em uma pequena aldeia, sabe. Me tornei um curandeiro na minha cerimĂŽnia de maioridade, mas eles me expulsaram porque eu nĂŁo seria Ăștil
 Eu esperava poder encontrar trabalho em uma clĂ­nica, se possĂ­vel.

— VocĂȘ disse que Ă© um curandeiro? Espere aĂ­ um momento. — O sentinela nĂŁo apenas afrouxou o aperto na lança, mas realmente aceitou minha histĂłria e desapareceu na cidade.

Eu esperava nĂŁo ter dito algo errado. Embora tenha usado meu novo conhecimento com o melhor de minha capacidade, eu poderia muito bem ter cavado minha prĂłpria cova naquele momento. E se este paĂ­s nĂŁo recebesse curandeiros?

Quando a ansiedade começou a me agarrar e pensamentos de fugir entraram na minha cabeça, o guarda voltou com uma garota vestida de branco. Cabelos dourados quase translĂșcidos, caĂ­ram em seus ombros, e seus olhos, azuis como o oceano, pareciam engolir tudo em que ela os colocava.

Ela era deslumbrante. Sua aparĂȘncia era linda, Ă© claro, mas seu porte digno tambĂ©m me impressionou profundamente.

— VocĂȘ Ă© quem estĂĄ procurando uma clĂ­nica de cura, nĂŁo Ă©? — perguntou com um sorriso.

— Sim, —  eu respondi, minhas palavras fluindo suavemente, apesar da minha garganta seca. Os frutos de toda essa prática, suponho.

— Na minha cerimînia de maioridade, encontrei uma afinidade com a Magia Sagrada e me tornei um curandeiro. Vim da minha aldeia em busca de emprego.

Nada disso era mentira, além da parte da cerimÎnia, então disse a mim mesmo que não deveria haver problema.

— Muito bem. A Guilda dos Curandeiros pode emitir sua identificação. Siga-me. — Ela prontamente girou nos calcanhares e partiu.

— Hmm, e o pedágio
?

Eu perguntei, perplexo com a completa falta de explicação da garota.

— Ei, Ă© melhor vocĂȘ ir atrĂĄs dela, garoto — , o guarda disse.

— Não cobramos pedágio para curandeiros, então não se preocupe.

— Ah, Ă© mesmo? Obrigado, entĂŁo.

— Trabalhe duro e seja um bom curandeiro, filho.

Curvei-me para o guarda e olhei para ver que a garota jĂĄ estava mais de dez metros Ă  frente.

Ela estå fazendo isso de propósito ou simplesmente não percebeu? Talvez seja assim que as pessoas são neste mundo? Pode ser que ela seja avoada também.

Correr atrås dela para alcançå-la acabou sendo uma må ideia.Bati em algo duro e voei para trås. Quando dei uma olhada em quem encontrei, notei que pareciam ser aventureiros, e fortes também. Muito mais forte do que os sentinelas no portão.

— Sim, olhe por onde vocĂȘ estĂĄ indo, sim?!

Sua voz profunda me perfurou como uma adaga e transformou meu sangue em gelo apenas com aquele Ășnico aviso.

— S-Sim senhor!

— Para onde vocĂȘ estĂĄ correndo assim?

— Hm, a Guilda dos Curandeiros. Eu acabei de sair da minha aldeia natal, então eu ia fazer minha identificação.

O homem estalou a lĂ­ngua em aborrecimento.

— VocĂȘ Ă© um curandeiro, hein?

— Desculpa.

— Por que diabos vocĂȘ estĂĄ se desculpando? — ele retrucou.

Por favor, deixe-me passar. Eu realmente nĂŁo queria me misturar com esse grupo.

A ideia de pedir ajuda à garota passou pela minha cabeça, mas eu desisti. Deixando meu orgulho masculino de lado, senti que estaria colocando outra coisa em risco. Uma coisa importante.

— Eu não posso usar magia ainda, então talvez “curandeiro” seja exagero — eu vacilei.

— É melhor vocĂȘ nĂŁo acabar virando um desses curandeiros gananciosos, entendeu?

Gananciosos? Ele quis dizer, tipo, um curandeiro desonesto? Se sim, gostaria de esclarecer que não havia nada com o que se preocupar a esse respeito. Para começo de conversa, eu não teria coragem para tal coisa.

— C-Claro. Bondade Ă© o meu lema. Eu pretendo me tornar um curandeiro de bom coração, confiĂĄvel a todos,— eu assegurei a ele.

— Ótimo. Vamos, estamos indo.

Os aventureiros lançaram um olhar para mim, depois foram para o portão.

— Ufa. Pensei que estava no fim.

— Uma pequena briga nunca matou ninguĂ©m.

Virei-me para a voz e fiquei cara a cara com a garota que parecia estar a léguas à minha frente apenas um momento antes.

— Hmm
 VocĂȘ nĂŁo estava lĂĄ longe?

— Eu estava. Mas vi que vocĂȘ acabou se metendo em problemas, entĂŁo voltei. Naturalmente, se eles tivessem colocado a mĂŁo em vocĂȘ, eu estaria totalmente preparada para enfrentĂĄ-los.

Seu comportamento extraordinariamente casual mostrou o quĂŁo forte ela deve ser. Peguei a mĂŁo que ela me ofereceu, me levantei e partimos novamente, desta vez em um ritmo mais suave. O silĂȘncio completo teria me deixado louco, entĂŁo disparei algumas perguntas simples.

— Quando entrei na cidade, eles nĂŁo cobraram pedĂĄgio. Isso Ă© verdade para todos os curandeiros?

— Apenas o ImpĂ©rio exige pedĂĄgios de seus curandeiros. É um trabalho vital que lida e manipula a vida e a morte, entĂŁo seus praticantes sĂŁo tratados com cuidado aqui — explicou com um sorriso.

— Parece que ser um curandeiro tem suas vantagens, então.

Sem dĂșvidas sim. Embora parte desse tratamento seja favorĂĄvel porque este paĂ­s, a RepĂșblica de Santa Shurule, opera e administra a Guilda dos Curandeiros.

Devo ter ganhado na loteria. Isso por si só fez com que a habilidade Sorte Monstruosa valesse a pena. Com gratidão a Deus e ao meu eu passado queimando em meu coração, continuamos em direção ao escritório da guilda. Meu encontro repentino com aventureiros me deixou tenso ao ponto de não conseguir entender bem o que estava ao meu redor, mas minha conversa com ela certamente ajudou a relaxar.

Belas estradas de pedra se estendiam por toda a cidade, sem fluidos corporais à vista como em histórias sobre a idade média. Os edifícios em si lembravam da Europa medieval. Eu teria gostado de observar tudo mais de perto, mas isso teria sido rude com minha guia.

Por fim, ela parou em frente a um grande prédio.

—  Esta Ă© a filial Merratoni da Igreja de Santa Shurule da Guilda dos Curandeiros. — Ela entrou e se virou para mim.

Página Image 721x1024 do capítulo The Great Cleric – Capítulo 1– Volume 1

Comecei a abrir a boca para perguntar por que ela havia parado.

— Bem-vindo à Guilda dos Curandeiros — ela sorriu.

— Muito obrigado,— respondi, seus maneirismos fofos fazendo minha voz vacilar. Por mais estranho que fosse para mim admitir, naquele momento, pela primeira vez, a gentileza dela me deixou feliz por ter reencarnado.

— Senhorita Lumina, há algum problema?

Uma voz veio de uma mesa nos fundos que parecia ser usada para fins de recepção. Sua dona era uma mulher sedutora e linda de cerca de vinte anos, se eu tivesse que adivinhar.

— Este menino se tornou um curandeiro em sua cerimînia de maioridade, mas ele não tem identificação. Eu o encontrei em perigo e o trouxe para a guilda.

— Sua cerimĂŽnia de maioridade? Srta. Lumina, se vocĂȘ tivesse nos contado, um funcionĂĄrio poderia ter ido encontrĂĄ-lo no portĂŁo.

— Oh, nĂŁo foi um problema. Eu estava por perto na hora. VocĂȘ se importaria de preparar a identificação dele?

— De forma alguma. Permita-me recebĂȘ-lo novamente na Guilda dos Curandeiros, jovem. Se vocĂȘ puder preencher algumas coisas para mim aqui


Ela me entregou um pergaminho.

— Ah, claro.

Mas eu tinha pego pouco do que a recepcionista deslumbrante me disse. Mais do que o toque desconhecido de pergaminho, a garota que me escoltou até lå ocupou minha mente. Ela parecia tão jovem, mas a maneira como a recepcionista a tratou a fez parecer bastante importante.

— VocĂȘ nĂŁo sabe escrever?

A recepcionista hesitou, percebendo que eu havia congelado. A preocupação passou em seu rosto.

— Er, não, quero dizer, sim, eu posso.

Finalmente abaixei meu olhar para o papel. Havia seçÔes para nome, raça, idade e local de nascimento esperando para serem preenchidas. Eu escrevi em tudo, exceto no local de nascimento, jå que não tinha ideia dos nomes de nenhuma aldeia neste mundo. Considerando que aldeÔes provavelmente não viajavam muito, se eu o preenchesse com bobagens seria pego em pouco tempo, uma vez que alguém realmente investigasse o assunto. Para construir boas relaçÔes, seria melhor para mim me fazer de tolo ignorante.

— Então, sobre o local de nascimento,— eu disse com meu rosto mais inocente, — apenas colocar “aldeia” seria suficiente? Não sabia que as aldeias realmente tinham nomes.

— VocĂȘ


— Ahem, bem, se vocĂȘ nĂŁo tiver certeza, isso vai servir muito bem.

Por um breve momento, seu rosto traiu seu coração. E exigiu saber o que diabos eu acabara de dizer. Foi apenas por uma fração de segundo, então eu poderia ter imaginado. Seu sorriso radiante atual certamente me deixou inclinado a pensar o mesmo.

Assim que terminei de preencher tudo, a recepcionista desapareceu na sala dos fundos com o pergaminho.

— Em casa, ficamos apenas chamando de
bem, “aldeia”. Esta cidade tem um nome diferente de “cidade”? — Sorri para a garota chamada Srta. Lumina.

— VocĂȘ certamente Ă© um ignorante. — ela suspirou. — Esta Ă© uma cidade na RepĂșblica de Saint Shurule conhecida como Merratoni.

Ela nĂŁo escondeu a frieza em seu olhar, o que nĂŁo fez nada para ajudar o tremor em minhas botas.

— Vou me certificar de estudar — prometi em desculpas, junto com uma reverĂȘncia.

— Isso seria bom.

Um momento depois, sua expressĂŁo suavizou. Ignorantes ou nĂŁo, as mentalidades evidentemente construtivas eram altamente consideradas aqui.

Algum tempo depois, a recepcionista voltou.

— Agora insira um pouco da sua magia nisso, por favor. — disse ela enquanto estendia um cartão para mim.

Graças a Deus eu tinha pego a habilidade Controle Mågico. Se eu apenas centrasse meu foco, ela deveria vir a mim.

Fechei os olhos e deixei a energia — ou magia, por assim dizer — dentro de mim fluir para o cartão. Parecia funcionar, pois o pergaminho começou a revelar palavras.

Guilda dos Curandeiros – Filial Merratoni

Luciel, Curandeiro de Rank G

— Seu cartão, por favor.

Ela pegou o cartĂŁo e voltou para o fundo de novo. Seus constantes desaparecimentos pareciam estranhos para mim, entĂŁo decidi perguntar Ă  Srta. Lumina sobre isso.

— O que ela está fazendo?

— Registrando sua carta na rede mĂĄgica da guilda. Isso permite que vocĂȘ o use em qualquer Guilda dos Curandeiros do mundo.

— Entendi.

Como dados em um servidor. O funcionamento de tal rede despertou um pouco minha curiosidade. Eu questionei a utilidade disso no meu caso, jå que eu não tinha intenção de me mover ou me aventurar.

No meio das minhas ruminaçÔes, a recepcionista voltou mais uma vez e devolveu meu cartão.

— Sinto muito pela demora. Fique tranquilo, vocĂȘ Ă© realmente um curandeiro. — ela confirmou. — VocĂȘ tem tanto a Afinidade Sagrada quanto o Controle MĂĄgico.

De alguma forma, minhas habilidades foram expostas. Por qual mecanismo brutal? Eu me perguntei.

— Então não há problemas, suponho?

A orientação da Srta. Lumina foi feita. Tudo estĂĄ bem, quando acaba bem. Exceto
isso nĂŁo foi “tudo bem”. Embora eu possuĂ­sse a afinidade adequada, eu nĂŁo tinha a habilidade Magia Sagrada, o que significa que eu ainda nĂŁo poderia usar nenhum feitiço. O obstĂĄculo que isso representava para minhas perspectivas de emprego era tĂŁo claro quanto o sol no cĂ©u.

Bem, eu já me envergonhei uma vez
 O que era mais uma vez?

— Sinto muito, mas nunca usei Magia Sagrada antes, então acho que ainda não posso — confessei.

— VocĂȘ o que? O que vocĂȘ quer dizer?

A intensidade sutil com que a Srta. Lumina olhou para mim me ensinou algo: garotas bonitas ainda podem ser aterrorizantes.

— Hm, isso Ă© um problema? Eu conheço grimĂłrios mĂĄgicos, mas nĂŁo tĂ­nhamos nenhum na minha cidade natal. E eu fui nosso primeiro curandeiro, entĂŁo eu gostaria de ser instruĂ­do.

— Urg, quase me esqueci disso. VocĂȘ Ă© um ignorante. — Ela suspirou dramaticamente, mas pareceu acreditar nas minhas palavras e sua intensidade se dissipou.

Meu comentĂĄrio estĂșpido anterior acabou realmente salvando minha pele. Agora, se ao menos essas lĂĄgrimas irritantes ficassem paradas


Certamente eu poderia esperar que a guilda agisse como uma agĂȘncia para clĂ­nicas de cura, entĂŁo esperava que pudessem ajudar e me apontar na direção de uma.

— Uh, entĂŁo, agora que estou devidamente registrado, seria possĂ­vel que vocĂȘ me apresentasse a uma clĂ­nica onde eu pudesse aprender enquanto trabalho?

— Eu poderia


— VocĂȘ tem trĂȘs opçÔes.

A Srta. Lumina interrompeu a recepcionista com a mĂŁo levantada.

— O primeiro treinamento extenuante. O segundo, endividar-se. O terceiro, trabalho. Faça sua escolha.

Por algum motivo, ela parecia estar me pressionando para tomar uma decisĂŁo. Talvez isso fosse um teste.

— VocĂȘ poderia, por favor, entrar em mais detalhes sobre cada opção?

— Hm. Seu treinamento consistirĂĄ em estudo rigoroso e conjuração atĂ© o ponto de exaustĂŁo mĂĄgica atĂ© que vocĂȘ aprenda a arte da cura. VocĂȘ vai dormir, recuperar sua magia, repetir. Se vocĂȘ se endividar, como nĂŁo hĂĄ educação especializada para Magia Sagrada, vocĂȘ entrarĂĄ em uma instituição geral e aprenderĂĄ magia ao longo de seu estudo de trĂȘs anos. No entanto, vocĂȘ ficarĂĄ em dĂ­vida com a guilda no valor de uma peça de platina que deve ser reembolsada. Por fim, vocĂȘ pode aprender Magia Sagrada durante seu tempo livre entre tarefas domĂ©sticas por um ano ou mais.

O primeiro nĂŁo me mataria, mas poderia muito bem ser o mais mentalmente desgastante. O segundo era basicamente um emprĂ©stimo estudantil, e eu conhecia esses perigos muito bem. A terceira
 Eu nĂŁo sabia dizer se teria tempo livre, mas supondo que as tarefas fossem sensatas, essa opção me pareceu a mais viĂĄvel.

No entanto, eu tinha a habilidade Avaliar Maestria. Contanto que eu pudesse ver meu crescimento diretamente, não importa o quão cansativo fosse o treinamento, não deveria ser muito desgastante mentalmente. É! Nesse caso, tudo o que eu precisava era a dedicar e eu estaria a caminho de um aprendizado em pouco tempo.

Senti uma faĂ­sca de fogo dentro de mim.

 — Vou fazer o curso de treinamento. E eu vou atĂ© o fim. — Eu me curvei novamente.

Ouvi um suspiro da direção da recepcionista. Ela desviou o olhar quando levantei a cabeça.

— Eu cuidarei das coisas a partir daqui, Srta. Lumina. — disse ela.

 — Vou arrumĂĄ-lo com aposentos onde ele praticarĂĄ magia. Siga-me vocĂȘ! — Ela saiu de trĂĄs do balcĂŁo e desceu algumas escadas.

NĂŁo a segui imediatamente. Em vez disso, virei-me para encarar a Srta. Lumina.

— Obrigado por tudo, Srta. Lumina.

— O “senhorita” Ă© desnecessĂĄrio. Trabalhe duro e siga em frente. Espero grandes coisas de vocĂȘ.

— Espero atender a essas expectativas. A propĂłsito, meu nome Ă© Luciel e algum dia vou retribuir.

— Espero ver esse dia. Agora, Ă© melhor vocĂȘ ir embora.

Nem é preciso dizer que tanto sua presença dominante quanto aquele sorriso cativante em seu rosto permaneceriam gravados profundamente em minha memória.

O dormitĂłrio que virou sala de treinamento tinha um banheiro, embora saĂ­do diretamente de um drama histĂłrico, coberto com uma tampa e com uma pilha de alguns restos estranhos e engomados no lugar do papel higiĂȘnico. No entanto, ainda assim era um banheiro. A falta de um banho nĂŁo era surpreendente, embora, como um homem nascido e criado na prĂłspera nação do JapĂŁo, essa descoberta doesse um pouco.

Além disso, a falta de janelas tornava a passagem do tempo quase impossível de rastrear, embora eu pudesse verificar o relógio na tela de status. Esta era claramente uma sala de tormento. Para uma pessoa comum como eu, aprender magia em tal ambiente seria totalmente espartano. Mas de alguma forma consegui abafar minhas reclamaçÔes sobre qualquer depressão em potencial que isso pudesse causar.

— É aqui que vocĂȘ vai estudar. Leia aquele grimĂłrio e pratique sua magia — a recepcionista instruiu.

— Vamos trazer comida todas as manhĂŁs e noites. Quando sua magia for drenada, Ă© provĂĄvel que vocĂȘ nĂŁo consiga ficar de pĂ©, entĂŁo descanse nessa cama. Quando acordar, repita o processo. Continue e nĂŁo pare.

Com isso, ela foi embora.

VĂĄrios minutos depois, um pensamento me ocorreu.

— Eu nunca perguntei o nome dela ou me apresentei! TambĂ©m nĂŁo sabia quando conheci a Lumina. Vamos, eu, isso Ă© o bĂĄsicos do bĂĄsico! — Soltei um grunhido.

Depois de um facepalm apropriado, mudei as engrenagens mentais para o modo de trabalho hardcore. Peguei o grimĂłrio da mesa e me sentei na cama. EntĂŁo, comecei a conversa estimulante.

— É tudo uma questĂŁo de esforço. Dez dias. Dez dias e vocĂȘ aprenderĂĄ magia. VocĂȘ pode fazer isso, Luciel,— eu disse a mim mesmo.

— SĂł pense nisso. NĂŁo hĂĄ perigo, vocĂȘ tem comida, ninguĂ©m para incomodĂĄ-lo; este Ă© o ambiente perfeito para se concentrar.

Se eu trabalhasse duro e as coisas corressem bem aqui, eu poderia emergir não apenas como um executor de tarefas, mas um verdadeiro aprendiz, ou talvez até mesmo um curandeiro de pleno direito.

— Primeiro, coloque os feitiços básicos em seu currículo. Depois disso, mesmo um mundo como este não pode impedi-lo de uma vida pacífica.

Com um objetivo claro e um plano de ação, me empolguei e abri o grimório.


Tradução: CarpeadoPara estas e outras obras, visite o Carpeado Traduz – Clicando Aqui


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