Rakuin no Monshou – Posfácio – Volume 2
Rakuin no Monshou
Emblem of the Branded
Light Novel Online – Volume 02:
[Posfácio]
Chegamos, assim, ao fim do Volume 2 de Rakuin no Monshou.
No volume anterior, acompanhamos batalhas nas arenas, no Vale Seirin, na Fortaleza de Zaim e em tantos outros cenários. Vimos o sofrimento do gladiador Orba, bem como os desafios enfrentados pela princesa Vileena. Mas, agora, com os ventos soprando em direção à capital, Solon, nosso protagonista se vê mergulhado em ainda mais conflitos e lutas muito maiores do que qualquer coisa que tenha enfrentado até então.
Para quem aguardava ansiosamente, ou mesmo para aqueles que estão apenas procurando passar o tempo… sintam-se à vontade. Aproveitem a leitura.
Bem…
Pode parecer repentino, mas gostaria de compartilhar uma breve lembrança com vocês.
Comecei a me interessar por romances lá pelos últimos anos do ensino fundamental.
Para ser sincero, eu não gostava muito de ler naquela época. E, para piorar, era péssimo em escrever resenhas. Minha professora sempre reclamava comigo, “Não escreva só o resumo do livro! Escreva também o que você sentiu.” E, toda vez, isso me irritava profundamente. Pensava comigo mesmo, “Mas eu não senti nada! O que mais você quer que eu escreva além do resumo?”
Naquela ocasião, mais uma vez obrigado a escrever uma resenha como lição de casa, fui meio contrariado até a biblioteca. E foi lá que meus olhos encontraram alguns livros recém-colocados nas prateleiras. Era uma coleção de clássicos da ficção científica infantil, traduzidos de forma bem acessível. (Soube depois que a primeira edição havia saído até mesmo antes de eu nascer.)
Nunca esqueci aquele momento.
“No Centro da Terra: Pellucidar”
Uma obra-prima de Edgar Rice Burroughs, traduzida para o japonês pelo mestre da ficção científica no nosso país, o senhor Masahiro Noda.
Aquele livro era completamente diferente de tudo que eu já tinha visto nas prateleiras. Ao contrário de muitos livros “infantis” que mais pareciam feitos para desencorajar crianças, esse tinha algo… algo que realmente chamava a atenção. Só pelo título, que mais parecia nome de filme de Hollywood, eu não consegui resistir e peguei o livro nas mãos.
E foi assim que me vi completamente imerso na leitura. A aventura era tudo aquilo que o título prometia. Uma história pulsante, cheia de ação, perigos, músculos tensionados e emoções à flor da pele.
Aquilo que até então era, pra mim, apenas uma tarefa irritante, ler textos cheios de kanjis, logo nas primeiras páginas, se transformou na mais pura diversão. Uma busca incessante para saber o que aconteceria em seguida. Lembro até hoje da sensação que me tomou quando percebi que simplesmente não conseguia parar de virar as páginas.
Mas, acima de tudo, o que mais me marcou foi perceber que, sempre que tentava me lembrar daquela história, não eram as palavras que surgiam na minha mente… mas sim uma sucessão de cenas, como se eu estivesse assistindo a um filme de ação, com cada sequência mais eletrizante que a anterior.
(Aliás, essa experiência foi idêntica à que tive mais tarde, quando escrevi minha obra anterior, Legion. Por isso decidi compartilhar esse episódio aqui também.)
Depois disso, aquele único livro bastou para me fazer amar a leitura. E o nome do autor, Edgar Rice Burroughs, ficou gravado no meu coração como algo que jamais esquecerei pelo resto da vida.
Por que estou contando tudo isso agora?
Quando comecei a escrever Rakuin no Monshou, o que surgia na minha cabeça eram justamente aqueles mundos grandiosos, selvagens e ao mesmo tempo deslumbrantes das obras de Burroughs.
Uma grande aventura, onde a cada momento você se vê à beira do abismo, lutando para sobreviver contra uma sucessão de desafios.
Uma história cheia de ação, de monstros aterrorizantes e vilões odiosos.
O que eu queria, acima de tudo, era escrever uma obra assim, um mundo que pudesse fascinar aquele meu eu de criança, exatamente como Pellucidar fez na época.
Foi desse desejo que nasceu Rakuin no Monshou.
Naquele tempo, eu odiava ler. Achava uma perda de tempo. Detestava escrever resenhas.
E hoje fico imaginando… Se eu pudesse voltar no tempo e fazer aquele garoto ler essa história…
Será que ela causaria nele o mesmo impacto que No Centro da Terra: Pellucidar me causou?
Será que conseguiria fazê-lo gostar de ler? Será que ele se sentiria tão vidrado, tão encantado, a ponto de não conseguir parar de virar as páginas?
Talvez, de certa forma… essa obra não seja apenas uma história para vocês, leitores.
Talvez, mais do que tudo, ela seja uma batalha pessoal. Uma tentativa de conquistar aquele garoto que eu fui um dia.
Tomonori Sugihara
Tradução: Rudeus Greyrat – Anime X Novel
Tradução feita por fãs.
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