Grieving Soul – Capítulo 10 – Volume 7
Nageki no Bourei wa Intai shitai
Let This Grieving Soul Retire
Light Novel Online – Volume 07 – Capítulo 10:
[História Bônus:]
[A Coluna de Conselhos do Mil Truques – Parte 2]
— Hã? Vamos fazer a parada dos conselhos de novo?
— Tenho a impressão de que todo mundo está lidando com algum tipo de problema — respondeu Eva. — E a tentativa anterior foi bem recebida, então pensei que poderíamos experimentar algo diferente desta vez.
Cruzei as pernas. Caçar tesouros era uma ocupação complicada. O trabalho envolvia um monte de coisas diferentes, e muitos caçadores tinham problemas que preferiam guardar para si. Dar conselhos não fazia parte das obrigações normais de um mestre de clã. Mas, como eu era um dos poucos Caçadores de Nível 8 com muitos feitos sobre-humanos atribuídos erroneamente a mim, acabava ouvindo os lamentos dos membros do meu clã com certa frequência.
Não faz muito tempo, ofereci conselhos no mural do clã. Foram respostas meio toscas, então eu nem esperava que alguém levasse a sério.
— Desta vez, pensei em algo presencial. Por favor, me acompanhe.
— Presencial?
Eva me levou até uma sala na sede do clã. Havia uma mesa com duas cadeiras de cada lado, tipo entrevista de emprego. Mas havia um divisor no meio da mesa, impedindo que eu visse quem estava do outro lado. Parecia um confessionário.
— Mas eles vão saber que sou eu do outro lado, não vão? — perguntei.
— Por favor, ignore esses detalhes irrelevantes.
Por que a Eva tava tão empolgada com isso? Seria porque eu sempre empurrava meu trabalho pra ela? Fiz o que ela mandou e sentei na cadeira escondida da porta. Poucos momentos depois, ouvi ela se abrindo.
— Vamos lá, sou o primeiro! — disse uma voz animada.
Na hora percebi que esse sistema tinha uma falha fatal. Mesmo com o divisor, dava pra saber exatamente quem era só pela voz. O maluco das lâminas afiadas nem perdeu tempo e já sentou.
— Indo direto ao ponto, Krai — disse ele num tom grave —, ultimamente ninguém quer mais treinar comigo. O que eu faço? No dojô, toda vez que balanço a espada pra alguém, a pessoa já larga a arma. Assim não dá pra treinar!
Ele me chamou pelo nome, e apesar do tom sério, o problema dele era ridiculamente absurdo. Respirei fundo e resolvi só mandar qualquer coisa mesmo.
— Crie um clone. Crie um clone e lute contra ele. Seu maior inimigo é você mesmo.
Depois de receber meu conselho meia-boca, Luke saiu correndo. Fiquei meio culpado, mas ele não era alguém fácil de lidar e parecia satisfeito, então deixei pra lá. Dei um gole preguiçoso no chá, e a porta se abriu de novo. Ouvi duas vozes bem familiares.
— Ryuu-ryu-ryuu-ryuu!
— E sua querida amiga Sitri, servindo como intérprete!
Isso foi totalmente inesperado, mas já que eu tava pronto pra fazer tudo nas coxas, não me abalei.
Essas duas são mesmo boas amigas. Aliás, será que essas Trogloditas conseguiram cidadania?
Volta e meia eu via elas pela capital, então me perguntava como estavam sendo tratadas.
As duas se sentaram, e a Troglodita começou a falar um monte de coisa incompreensível.
— Ryun-ryun-ryuu-ryuu-ryuu.
— “Meu rei, estamos fazendo nosso nome na capital imperial. Gostaríamos de conselhos para nossos próximos passos. Além disso, Sitri aqui é uma mulher excelente, digna de ser sua parceira”, foi o que ela disse! Ouviu isso?!
— Ryun?! Ryu-ryu-ryuu-ryuu! Sitryu!
Ouvi uns sons esquisitos e um gritinho da Sitri. — Ué— Ai! Ryuulan, não me bate!
Por que vocês vieram aqui, mesmo? Bem, pelo menos são apaixonadas por alguma coisa.
Pelo visto, a Sitri já consegue conversar com as Trogloditas agora, mas eu só espero que ela não esteja ensinando nossa língua para monstros (ou seriam Sapiens?).
Limpei a garganta e mandei qualquer coisa. — Ryu-ryu-ryuu-ryuu-ryuryu-ryu.
— Ryuuuun!
— Q-Que coisa horrível de se dizer, Krai!
Ficar soltando uns “ryus” aleatórios era o melhor jeito de lidar com esse povo.
Sitri e a Rainha Troglodita saíram discutindo alto. Não sei se ela ficou satisfeita com minha resposta ou não, mas acho que nem tava esperando algo sério mesmo.
Pela janela, dava pra ver o sol se pondo e pintando o céu com tons lindos de fim de tarde. Justo quando comecei a me perguntar por quanto tempo mais teria que fazer isso, a porta se abriu devagar, e uma silhueta sentou do outro lado da mesa.
— Uhm, Mestre, posso te perguntar uma coisa?
Então minha última cliente seria a Tino. Embora eu duvidasse que pudesse ajudar de verdade. No começo, ela não disse nada, mas depois de alguns momentos de silêncio, finalmente falou:
— O senhor não acha que, ultimamente, eu ando meio… sem presença? Tipo, só me misturo no fundo. Talvez eu devesse dar uma… repaginada, por assim dizer…
Isso não é algo que dá para resolver aqui.
Tradução: Carpeado
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Tradução feita por fãs.
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