I Parry Everything – CapĂtulo 8 – Volume 1
Ore wa Subete wo “Parry” Suru: Gyaku Kanchigai
no Sekai Saikyou wa Boukensha ni Naritai
I Parry Everything: What Do You Mean I’m the Strongest?
I’m Not Even an Adventurer Yet!
Light Novel Online – Volume 01:
CapĂtulo 8: A Casa de Lynne
â Essa… Ă© a sua casa?
Eu tinha certeza de que a garota estava me levando para sua casa, mas quando chegamos ao destino, me deparei com algo que era basicamente um castelo. Tinha paredes de pedra robustas, e guardas armados com lanças estavam postados em ambos os lados do portĂŁo maciço, vigiando atentamente. No fim das contas, parecia menos com uma casa e mais com um castelo de rei â ou uma fortaleza â saĂdo direto de um conto de fadas.
Era difĂcil acreditar que esse era o lar dela, mas ali estĂĄvamos, entĂŁo…
â Sei que nĂŁo Ă© o lar mais tĂpico â disse a garota â, mas Ă© casa. Por favor, entre.
Dizendo isso, ela passou pelos guardas do portĂŁo como se nada fosse.
â NĂłs sĂł vamos entrar assim? â perguntei.
â Sim â ela respondeu. â O tempo Ă© essencial, e nĂŁo seria bom distrair os guardas do trabalho deles.
Eu tinha quase certeza de que vigiar e impedir indivĂduos suspeitos de entrarem era justamente o trabalho deles. No entanto, eles nem piscaram ao nos ver ali, provavelmente por causa da habilidade [Ocultação] da garota. Ainda tinha minhas dĂșvidas, mas as deixei de lado e segui em frente. No fim das contas, era a casa dela, as regras eram dela.
â Pensando bem â disse a garota â, ainda nĂŁo perguntei seu nome. Se nĂŁo for incĂŽmodo, posso ter essa honra?
â Ah, eu? â respondi enquanto continuĂĄvamos andando. â Meu nome Ă© Noor.
â Ă um prazer conhecĂȘ-lo, Sir Noor.
Ao ouvir meu prĂłprio nome, percebi de repente que nĂŁo sabia o dela.
â Agora que mencionou, qual Ă© o seu?
â Oh! D-Desculpe-me, isso me passou completamente!
A garota parou, virou-se para mim e fez uma reverĂȘncia educada, colocando a mĂŁo direita sobre o peito.
â Meu nome Ă© Lynneburg Clays. Ă um pouco mais longo do que o normal, entĂŁo fique Ă vontade para me chamar apenas de Lynne. Ă o nome que uso enquanto ganho experiĂȘncia como aventureira.
â Lynne â repeti. â Entendido.
Ela tinha razĂŁo; “Lynneburg alguma coisa” era um pouco longo e difĂcil de lembrar, enquanto “Lynne” nĂŁo tinha esse problema. Achei um bom nome.
â Vou desfazer minha [Ocultação] agora â ela disse. â Estamos seguros aqui, e nĂŁo gostaria que pensassem que somos intrusos.
Ela fez exatamente o que disse, e continuamos em direção Ă casa. Era realmente enorme; pelo meu cĂĄlculo, jĂĄ estĂĄvamos andando hĂĄ um bom tempo, mas ainda nĂŁo havĂamos chegado ao destino. Pelo jeito, a famĂlia de Lynne era bastante rica. Ou talvez fossem nobres? Isso explicaria toda essa situação. NĂŁo era de se admirar que o atendente da guilda tivesse me alertado para nĂŁo ser rude. Dito isso, eu ainda nĂŁo fazia a menor ideia de como me comportar. Nobres, gente rica e seus costumes eram completamente estranhos para mim.
â Oh! â Lynne exclamou. â Justo a pessoa que eu queria ver. Podemos perguntar a ela onde estĂĄ meu pai.
JĂĄ estĂĄvamos caminhando por um corredor longo e espaçoso hĂĄ algum tempo quando avistamos a figura de uma mulher de longos cabelos dourados. Embora vestisse uma saia parecida com as usadas por empregadas, sobre ela usava uma armadura prateada de aparĂȘncia pesada.
â Bem-vinda de volta, Lady Lynneburg â disse a mulher.
â Obrigada, Ines â Lynne respondeu. â GostarĂamos de falar com meu pai. Ă tarde demais para termos uma audiĂȘncia com ele?
A mulher de armadura parou e estreitou os olhos para mim.
â Posso perguntar quem Ă© esse homem?
Eu podia sentir que estava sendo avaliado â e, pelo comportamento da mulher, nĂŁo parecia que ela pretendia me dar uma recepção calorosa.
â Ines, ele Ă© meu convidado. Por favor, evite agir de forma desrespeitosa com ele. Ele Ă© o homem que arriscou a prĂłpria vida para me salvar quando fui atacada.
A mulher ficou em silĂȘncio por um breve momento antes de se recompor e dizer:
â Entendido, minha senhora. Por favor, me sigam.
Ela era uma empregada da casa? A armadura dela parecia bem pesada, entĂŁo era difĂcil imaginĂĄ-la limpando ou lavando roupas sem grandes dificuldades…
Nossos olhares se cruzaram enquanto eu a estudava com curiosidade, e ela me lançou um olhar afiado. Parecia estar bastante desconfiada de mim, o que era totalmente compreensĂvel â eu ainda nĂŁo tinha tido a chance de me trocar ou me limpar depois do trabalho pesado que fiz mais cedo. Na verdade, eu estava ainda mais sujo do que o normal hoje.
Pensando bem, eu havia começado o dia limpando esgotos, depois fui direto para o canteiro de obras mover terra até o anoitecer. Logo depois, lutei contra a vaca e, a caminho da Guilda dos Aventureiros, tive que despistar aqueles homens estranhos que me seguiam. A mulher provavelmente estava pensando que eu não pertencia a um lugar luxuoso como esse, cheio de empregados. E eu não a culpava; também achava o mesmo.
â Por aqui, por favor â disse a mulher de armadura prateada, Ines, enquanto abria uma pesada porta de metal no fim do longo corredor.
Do outro lado da porta estava um homem segurando uma lança dourada ornamentada. Ele a ergueu casualmente e entĂŁo olhou para nĂłs â nĂŁo, para mim.
â O que te fez correr por aĂ a essa hora, Ines? â ele disse. â E bem-vinda de volta, Lady Lynneburg.
Houve uma pausa antes dele perguntar:
â Quem Ă© ele?
Embora o tom do homem tenha permanecido descontraĂdo durante sua sucessĂŁo rĂĄpida de perguntas, seu olhar era afiado. Assim como a mulher, ele tambĂ©m parecia desconfiado de mim. Olhando mais de perto, a ponta da lança dourada estava apontada diretamente para a minha garganta, como se ele estivesse pronto para me derrubar a qualquer momento.
Estava começando a ter a sensação de que a casa de Lynne era um lugar realmente perigoso…
â Deixe-o passar, Gilbert â disse Ines. â Este cavalheiro Ă© um convidado valioso da Lady Lynneburg. Ele deve ser levado Ă presença de Sua Majestade imediatamente.
â Oh? Convidado dela? â o homem perguntou. â EntĂŁo vocĂȘ Ă© o cara, hein?
Por um momento, senti que seu olhar ficou ainda mais afiado… mas, ao olhar para o meu rosto, sua postura descontraĂda rapidamente retornou.
â Eu realmente nĂŁo vejo nada de especial â ele disse.
â NĂŁo seja rude com o convidado de nossa senhora â repreendeu Ines. â AlĂ©m disso, Ă© melhor que nos acompanhe na audiĂȘncia. Quanto maior a… escolta, melhor.
â Entendido â disse o homem. â Sigam-me.
Ele abaixou a lança, descansando-a no ombro, e começou a nos seguir.
Ainda com Ines liderando o caminho, nosso grupo atravessou a entrada que o lanceiro estava guardando e logo chegamos ao que parecia ser nosso destino. Esta tambĂ©m tinha um conjunto de portas pesadas e, ao abri-las, fomos recebidos pela visĂŁo de dois homensâum jovem e outro de meia-idadeâconversando sobre um pequeno palanque.
â IrmĂŁo.
â Lynne…?
Pelo tom da conversa, o jovem era irmĂŁo de Lynne. Ele parecia ter cerca de vinte anos, por minha estimativa; nĂŁo muito mais velho que ela.
â Esse Ă© o meu Manto do Eremita? â ele perguntou. â VocĂȘ nĂŁo saiu, saiu? Eu disse expressamente para vocĂȘ ficar dentro de casa por enquanto!
â Me desculpe, irmĂŁo… â Lynne respondeu. â Mas, por favor, entendaâeu precisava encontrar meu salvador.
â EntĂŁo esse homem…?
â Sim. Esse cavalheiro Ă© a pessoa que me salvou.
O irmĂŁo de Lynne me olhou, chocado. Parecia levar alguns momentos para encontrar as palavras certas:
â Esse homem Ă© seu salvador?!
â Desculpe minha aparĂȘncia â eu disse. â Lynne disse que tinha pressa.
Pedir desculpas parecia a escolha mais sĂĄbia. O irmĂŁo de Lynne ainda me encarava em silĂȘncio, e Ines estava me fulminando com o olhar. Talvez aquela expressĂŁo fosse apenas o jeito natural dela, mas isso nĂŁo mudava o fato de que sua intensidade me fazia temer ter feito algo errado. PorĂ©m, imaginei que ainda estava seguro; ao olhar para Lynne em busca de uma resposta para meu desconforto, vi que ela exibia um sorriso feliz.
â De forma alguma â respondeu uma nova voz. â Afinal, fomos nĂłs que pedimos essa reuniĂŁo repentina. Minhas desculpas pelo incĂŽmodo.
A voz ecoou por toda a ampla sala, alcançando atĂ© o alto do teto. Carregava tanta dignidade que, se alguĂ©m me dissesse que pertencia ao rei de um paĂs, eu acreditaria sem hesitar. Seu tom era estranhamente agradĂĄvel e ao mesmo tempo imponente; por algum motivo, me peguei ficando mais ereto.
Na mesma hora, Ines e o lanceiroâGil-alguma-coisaâse ajoelharam sobre um dos joelhos e baixaram a cabeça. O dono da voz devia ser o mestre da casaâou seja, o pai de Lynne.
â EntĂŁo vocĂȘ Ă© o salvador da minha filha, hmm? â o homem continuou. â VocĂȘ Ă© mais jovem do que eu esperava. Vamos conversar, sim? Cara a cara.
Tradução: Carpeado
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