I Parry Everything – CapĂ­tulo 20 – Volume 1

Ore wa Subete wo “Parry” Suru: Gyaku Kanchigai
no Sekai Saikyou wa Boukensha ni Naritai
I Parry Everything: What Do You Mean I’m the Strongest?
I’m Not Even an Adventurer Yet!

Light Novel Online – Volume 01:


Capítulo 20: Relatando a Caçada

Logo após nossa batalha com o goblin, alguns homens que se identificaram como subordinados do irmão de Lynne apareceram e tiveram uma conversa intensa com ela. Eles pareceram bem chocados quando ela mostrou a pedra preciosa roxo-avermelhada que eu havia tirado da testa do goblin. Pelo visto, precisavam investigå-la por algum motivo, então ela entregou para eles. Eles nos agradeceram e disseram que a devolveriam mais tarde, mas jå estava começando a escurecer.

Parece que perdemos a noção do tempo enquanto estĂĄvamos focados em lutar contra o goblin. Como os monstros ficam mais ativos Ă  noite e a floresta se tornaria ainda mais perigosa, Lynne e eu corremos de volta para a capital real e seguimos direto para a Guilda dos Aventureiros—para relatar os resultados da nossa caçada, Ă© claro.

— Ei! — chamei. — Voltamos!

— Noor? — o atendente da guilda respondeu. — Huh. AlguĂ©m estĂĄ de bom humor.

Ele percebeu na hora, como esperado de alguĂ©m com quem eu falava quase todos os dias. Eu realmente estava animado, e com razĂŁo—tinha completado minha primeira caçada a um goblin! Pode ser algo trivial para os aventureiros experientes, mas para mim era um grande primeiro passo—digno de ser comemorado. Eu tinha matado um goblin, o monstro de nĂ­vel inicial para aventureiros novatos. NĂŁo conseguia esconder o sorriso.

— Estou sim — respondi. — Consegui matar um goblin!

O atendente fez uma pausa.

— Isso Ă© mesmo verdade? VocĂȘ nĂŁo fez nenhuma loucura, fez?

— Eu… tentei nĂŁo fazer, mas ele me deu muito mais trabalho do que eu esperava. Com a ajuda da Lynne, conseguimos derrubĂĄ-lo no final.

Sendo bem sincero, a luta poderia ter dado muito errado. Eu não teria a menor chance de derrotar aquele goblin sozinho; foi só graças à Lynne que conseguimos vencer. Eu devia a ela uma dívida que jamais poderia pagar.

— O quĂȘ, entĂŁo vocĂȘ sĂł ficou assistindo de lado? — perguntou o atendente. — Bem, acho que pelo menos teve bom senso.

— Basicamente — respondi. — Para falar a verdade, sĂł ajudei um pouco; a Lynne fez a maior parte do trabalho. Aventureiros de ranking Prata sĂŁo realmente incrĂ­veis, nĂ©? Nem consigo contar quantas habilidades a mais ela tem comparado a mim—ela Ă© uma verdadeira salvadora. NĂŁo sei se estaria aqui agora sem ela.

— I-I-Isso nĂŁo Ă© verdade! — Lynne parecia desconcertada, e um leve rubor surgiu em seu rosto. — Foi o contrĂĄrio; eu sĂł ajudei o Instrutor Noor!

Ela não precisava ser tão humilde, mas talvez esse fosse o lado realmente impressionante dela. Apesar de ser extremamente talentosa, nunca agia com arrogùncia e tratava todos com a mesma modéstia. Na verdade, apesar da pouca idade, ela era um exemplo tão brilhante de pessoa que eu sentia que deveria me espelhar mais nela.

— De qualquer forma, o importante Ă© que vocĂȘs dois estĂŁo bem e salvos — disse o atendente. — Sei que era sĂł um goblin, mas atĂ© um goblin pode acabar com o dia de um aventureiro novato se ele nĂŁo tomar cuidado. Ainda assim, agora vocĂȘ tem um pouco mais de experiĂȘncia, nĂŁo Ă©?

— Sim, vocĂȘ estĂĄ certo — concordei. — Aprendi muita coisa hoje. Para começar, minha ideia mental de um goblin era totalmente diferente antes de encontrar um de verdade. Nunca imaginei que eles teriam uma pedra preciosa grudada na testa—ou que aquele seria seu ponto fraco.

O atendente fez uma expressão estranha ao ouvir minhas palavras ainda cheias de empolgação.

— Hmm? Uma pedra na cabeça? Do que vocĂȘ estĂĄ falando?

— Sabe, a pedra do goblin. Era linda, roxa-avermelhada.

— Ah, vocĂȘ deve estar falando da pedra de mana! — disse ele. — Mas normalmente, as pedras de mana dos goblins sĂŁo encontradas enterradas dentro do corpo deles, perto do coração ou da garganta…

Parei para considerar suas palavras.

— SĂ©rio…?

O atendente ficou um tempo coçando a barba, aparentemente em um pensamento profundo, antes de me lançar um olhar suspeito.

— Tem certeza de que o que vocĂȘ matou era um goblin?

— Sim, tenho certeza… — respondi. — Certo, Lynne?

— Se o Instrutor Noor diz que era um goblin, então era um goblin — afirmou ela com convicção. — Não importa o que qualquer outra pessoa diga.

Por que ela estava insistindo tanto nisso…? Deixando as perguntas de lado, se Lynne tambĂ©m estava dizendo que tinha sido um goblin, entĂŁo devia ter sido um.

— É mesmo? — As palavras de Lynne nĂŁo mudaram a expressĂŁo estranha no rosto do guilda, mas aparentemente foram o suficiente para convencĂȘ-lo. — Desculpa por duvidar de vocĂȘ, entĂŁo. Acho que goblins podem ter todo tipo de variação. SĂł quis ter certeza, sabe?

— Goblins normalmente nĂŁo tĂȘm uma joia presa na cabeça? — perguntei, hesitante.

— Normalmente, nĂŁo — o guilda respondeu. — Mas nĂŁo posso dizer que Ă© impossĂ­vel… jĂĄ ouvi falar que as pedras de mana deles ficam enterradas na cabeça ou perto disso. Suponho que nĂŁo seja um exagero imaginar um goblin com uma colada na testa. Acho que o que vocĂȘ matou era sĂł um espĂ©cime raro.

— Hmm — murmurei. — EntĂŁo goblins podem ter vĂĄrios tamanhos e formas? Isso Ă© bem interessante.

HistĂłrias eram Ășteis, mas nada substituĂ­a ver algo com os prĂłprios olhos. Ainda assim, se eu encontrasse aquele goblin de novo, nĂŁo tinha confiança de que conseguiria vencer outra vez. Mesmo se Lynne estivesse comigo, nĂŁo dava para prever qualquer surpresa. AlĂ©m disso, tivemos sorte de encontrar sĂł um goblin; se tivĂ©ssemos sido cercados por vĂĄrios do tamanho daquele, as coisas poderiam ter ficado bem complicadas.

— Uma coisa Ă© certa — falei. — Aprendi que goblins sĂŁo criaturas realmente perigosas. Tivemos sorte porque enfrentamos sĂł um. Se fossem dois ou trĂȘs… nĂŁo sei se terĂ­amos conseguido.

— Isso Ă© verdade — o mestre da guilda disse. — NĂŁo consigo contar o nĂșmero de vezes que ouvi sobre novatos matando um goblin, baixando a guarda e sendo emboscados por trĂĄs. Goblins podem ser fracos individualmente, mas, se te cercarem, atĂ© aventureiros veteranos teriam dificuldades. Foi bom que vocĂȘs foram quando a quantidade estava baixa.

— Pois Ă©. Acho que vou deixar a caça a goblins de lado por um tempo. Esse jĂĄ me deu uma boa noção do quanto eu ainda sou fraco. Melhor nĂŁo me meter em perigo por superestimar minhas habilidades, sabe?

Na próxima vez que tentasse caçar goblins, seria depois de ter treinado mais e ficado mais forte. Eu também precisava me acostumar a usar a espada negra pesada que o pai de Lynne me deu. Quando o goblin lançou aquela chuva de årvores em cima de mim, fiquei completamente indefeso. Em momentos como aquele, quando tudo estivesse contra mim, eu precisava conseguir brandir minha arma sem que ela fosse um obståculo.

— Isso Ă© bem sensato, especialmente se vocĂȘ ainda nĂŁo tem confiança — o guilda disse. — Ser imprudente Ă© a Ășltima coisa que vocĂȘ deveria fazer. VocĂȘ sĂł tem uma vida, afinal.

— É — concordei. — NĂŁo se preocupe, conheço minha prĂłpria força melhor do que ninguĂ©m. NĂŁo vou fazer nada estĂșpido.

Ainda assim, talvez eu simplesmente nĂŁo fosse feito para caçar goblins. Matar criaturas com aparĂȘncia humanoide nĂŁo me parecia certo—eu atĂ© comecei a sentir pena do goblin antes de derrotĂĄ-lo. Da prĂłxima vez, acho que vou pedir ao guilda outra missĂŁo de caça a monstros.

— Certo, então — ele disse. — Entregue sua prova de abate e eu te pago.

— Hmm? — Olhei para ele sem entender. Prova de abate? O que era isso?

— “Hmm?” o quĂȘ! — ele resmungou. — Eu disse para trazer a orelha direita dele como prova de que vocĂȘ matou o goblin, lembra?

Parei por um momento.

— Ah. Acho que queimamos ela.

A habilidade de Lynne queimou a orelha junto com o resto do goblin. Eu estava tão focado em matar o monstro que nem me passou pela cabeça pegar a orelha como prova.

— Ah, qual Ă©… VocĂȘ sabe que sem prova nĂŁo podemos pagar a recompensa, nĂ©? — reclamou o guilda. — NĂŁo que um goblin seja grande coisa, mas… ah, dane-se.

Ele jogou uma moeda de prata para mim.

— O que Ă© isso? — perguntei.

— Um presente meu, para comemorar sua primeira caça a goblins — respondeu. — VocĂȘ nĂŁo ganhou muito hoje, certo? Pelo menos isso deve cobrir um banho e alguma comida.

— Tem certeza…? — perguntei. — Desculpa por te dar trabalho… mas obrigado. Agradeço de verdade.

Ele estava certo, eu realmente não ganhei muito hoje, jå que o trabalho na construção tinha sido suspenso. Decidi que daria a moeda para Lynne depois, como agradecimento por me ajudar. Eu conseguia cobrir o custo do meu banho com as economias que jå tinha guardado, afinal.

— Valeu — falei para o guilda. — Por tudo. VocĂȘ foi de grande ajuda hoje. Mas jĂĄ Ă© hora de eu ir dormir. AtĂ© amanhĂŁ.

Depois de me despedir, me preparei para sair da Guilda dos Aventureiros. Tinha sido um dia intenso. Na minha opinião, me esforcei muito mais do que se tivesse ido para o meu trabalho normal carregando terra. Como eu tinha ouvido falar, caçar monstros era um trabalho årduo.

Eu estava sujo da cabeça aos pĂ©s, entĂŁo fiz uma nota mental para passar em um banho pĂșblico no caminho de volta para a pousada.

Lynne nĂŁo me seguiria atĂ© lĂĄ… certo?

JĂĄ estava tarde, entĂŁo decidi mandĂĄ-la para casa.

— Bem, acho que estĂĄ na hora de eu ir para casa — ela disse. — Presumo que vocĂȘ nĂŁo precise de mais nada de mim, Instrutor Noor…?

Ah, graças a Deus. Ela não ia insistir nisso.

Imediatamente me controlei. NĂŁo era algo para se comemorar. Lynne realmente cuidou de mim hoje. Pelo menos, eu deveria agradecĂȘ-la antes de ir.

— Nada nĂŁo — falei. — VocĂȘ foi de grande ajuda hoje. Seria um problema se eu pedisse sua ajuda de novo da prĂłxima vez?

— Claro. Farei o meu melhor para te ajudar, Instrutor.

Sorrindo, ela colocou a mĂŁo no peito e fez uma reverĂȘncia silenciosa. SerĂĄ que ela ia fazer isso toda vez…? Sua sinceridade era algo incrĂ­vel. Para falar a verdade, eu realmente achava que ela nĂŁo precisava ser tĂŁo respeitosa comigo.

— Bem então, meste da guilda — ela disse —, vou me retirar.

— AtĂ© mais, Lynne — o guilda respondeu, acenando para ela enquanto se afastava. EntĂŁo, enquanto assistĂ­amos sua silhueta desaparecendo, ele se virou para mim e falou em um tom mais baixo.

— EntĂŁo, Noor… atĂ© quando vocĂȘ vai continuar com isso?

— Continuar com o quĂȘ? — perguntei.

— Olha, jĂĄ falamos sobre isso tantas vezes que vocĂȘ provavelmente nĂŁo precisa ouvir de novo… mas o capataz da Guilda dos Construtores veio falar comigo hoje. Ele praticamente implorou para eu te convencer a trabalhar para ele. Parece que ele gostou muito de vocĂȘ—nunca vi aquele velho teimoso elogiar alguĂ©m tanto assim. Pelo que ouvi, o salĂĄrio seria absurdo; caçar goblins nem se compararia. Algumas das maiores empresas da cidade fazem parte da Guilda dos Construtores. Se vocĂȘ trabalhar para aquele velho, nunca mais precisarĂĄ se preocupar com emprego—garanto isso. E vocĂȘ nĂŁo precisa que eu te diga que jĂĄ estĂĄ na idade de pensar em se estabelecer e formar uma famĂ­lia.

— Podemos falar sobre isso quantas vezes quiser, mas minha resposta não vai mudar.

— É, eu sei — ele disse. — Mas ainda assim…

Percebendo que ele estava prestes a começar mais um de seus discursos interminĂĄveis, me preparei para cortĂĄ-lo e ir embora… mas, antes que pudesse, alguĂ©m de repente invadiu a guilda—alguĂ©m que me parecia familiar.

— EntĂŁo Ă© aqui que vocĂȘ estava, Lynne — disse a pessoa, e percebi que era o irmĂŁo de Lynne. — Isso significa que Sir Noor tambĂ©m estĂĄ aqui?

— IrmĂŁo…? — perguntou Lynne. Ela o encontrou antes de poder sair e parecia um pouco surpresa.

O irmão de Lynne pareceu olhar ao redor por um instante e, assim que me avistou, dirigiu-se diretamente em minha direção.

Troquei um olhar com o atendente da guilda.

— Ei, o mundo virou de cabeça para baixo hoje? — perguntou ele. — Primeira-dama Lynneburg, agora Lord Rein precisa de algo de vocĂȘ, Noor? Tem certeza de que nĂŁo pisou nos calos de ninguĂ©m ou algo assim?

— Eu realmente nĂŁo… Pelo menos, acho que nĂŁo.

Eu tinha certeza de que nĂŁo havia feito nada do tipo. Bem, meio que tinha certeza… Embora, diante do atendente da guilda, que sempre limpava minhas bagunças quando cheguei Ă  capital real sem um pingo de bom senso, meu protesto soasse bem fraco…

Enquanto ainda estĂĄvamos sem saber o que fazer, o irmĂŁo de Lynne apareceu Ă  minha frente, revelando claramente a expressĂŁo sombria em seu rosto ao abrir a boca para falar.

— Sir Noor. Peço desculpas por ser tĂŁo direto, mas amanhĂŁ de manhĂŁ, vocĂȘ poderia ir com a Lynne para Toros? É uma cidade na regiĂŁo montanhosa do nosso reino. Eu providenciarei uma carruagem e uma guarda para vocĂȘ. Peço desculpas por nĂŁo poder dar mais detalhes neste momento, mas… por favor. Precisamos da sua ajuda.


Tradução: Carpeado
Para estas e outras obras, visite o Site do Carpeado Traduz â€“ Clicando Aqui


Tradução feita por fãs.
Apoie o autor comprando a obra original.


Compartilhe nas Redes Sociais

Publicar comentĂĄrio

Anime X Novel 7 Anos

Trazendo Boas Leituras AtĂ© VocĂȘ!

Todas as obras presentes na Anime X Novel foram traduzidas de fĂŁs para fĂŁs e sĂŁo de uso Ășnico e exclusivo para a divulgação das obras, portanto podendo conter erros de gramĂĄtica, escrita e modificação dos nomes originais de personagens e locais. Caso se interesse por alguma das obras aqui apresentadas, por favor considere comprar ou adquiri-las quando estiverem disponĂ­vel em sua cidade.

Copyright © 2018 – 2025 | Anime X Novel | Powered By SpiceThemes

Capítulos em: I Parry Everything: What Do You Mean I’m the Strongest? I’m Not Even an Adventurer Yet!