Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 02 – Volume 7

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Hai to Gensou no GrimgarGrimgar of Fantasy and Ash

Light Novel Online – CapĂ­tulo 02:
[Por Favor]


Parecia bastante provåvel que o agressor desconhecido tivesse escalado o penhasco para atacar Yume. Haruhiro e a party mantiveram uma distùncia cautelosa da borda enquanto avançavam.

Eles sabiam, pelo fato de a magia de luz ter funcionado, que o poder do deus da luz, Lumiaris, se estendia até aquele mundo. No entanto, como Mary lhes contou, ao lançar Sacrament, a magia havia sido muitas vezes mais exaustiva que o normal. Além disso, levou muito mais tempo para as feridas de Yume se curarem. Haruhiro achou isso estranho. Normalmente, Sacrament era um feitiço que curava todas as feridas instantaneamente.

Eles tentaram fazer Ranta invocar seu demĂŽnio para ver o que aconteceria, e ele apareceu como de costume. Parecia uma pessoa com um manto roxo sobre a cabeça, com dois buracos no lugar dos olhos, e abaixo deles uma boca semelhante a um corte. Ele carregava uma lĂąmina semelhante a uma faca na mĂŁo direita e uma arma parecida com um porrete na mĂŁo esquerda. Tinha pernas, embora flutuasse no ar. Aquele era o demĂŽnio de Ranta, Zodiac-kun… mas com apenas um terço de seu tamanho normal.

Então, o poder do deus das trevas, Skullhell, também chegava àquele mundo. No entanto, devido à questão da distùncia, talvez, ou alguma outra causa, Lumiaris e Skullhell só conseguiam prover cerca de um terço de sua proteção usual.

Bem, seja um terço ou um quarto, ainda era melhor que nada. Graças a isso, Yume sobreviveu. Louvado seja Lumiaris.

Embora eles conseguissem usar magia de luz agora, ainda não podiam relaxar. Haruhiro vigiava atentamente qualquer presença. Naturalmente, isso era exaustivo. Sempre que ficava tão difícil a ponto de ele pensar que poderia quebrar, sua mente voltava para a imagem de Yume à beira da morte. Ele nunca queria passar por aquilo de novo. O que era um pouco de luta agora comparado àquilo? Ele só precisava aguentar firme. Se ele conseguisse suportar, significava que ainda não estava no limite.

Por mais que o tempo passasse, o céu não clareava. O sol naquele mundo parecia incrivelmente tímido. No fim, o sol nunca nasceu, e a luz semelhante a uma chama que ele havia vislumbrado além do cume distante se apagou. Quando a noite chegou, ficou escuro como um breu, fazendo-o perceber que, mesmo durante o dia, ainda estava relativamente claro.

Todos estavam em silĂȘncio. Ocasionalmente, Ranta dizia algo idiota, como se tivesse acabado de lembrar que era algo que ele fazia, mas nunca se desenvolvia em uma conversa de verdade. Sempre que alguĂ©m parava de andar, faziam uma pausa.

O amanhĂŁ que ele nĂŁo conseguia imaginar como manhĂŁ chegou, e entĂŁo a noite, mais escura do que a prĂłpria noite, tambĂ©m chegou. Suas esperanças de esperar pela manhĂŁ foram em vĂŁo. Ainda assim, sempre que as chamas no cume se apagavam, ele sentia o peito apertar com um sentimento de impotĂȘncia.

Todos eram soldados voluntĂĄrios, mesmo que nĂŁo fossem muito bons nisso, entĂŁo estavam todos carregando raçÔes de emergĂȘncia e ĂĄgua. Seus suprimentos rapidamente se esgotaram.

Ranta ocasionalmente invocava Zodiac-kun e conversava com o demÎnio. Talvez estivesse tentando se distrair. Haruhiro começou a duvidar da própria sanidade. Mesmo quando via luzes à frente, pensava que eram um sonho ou uma ilusão. Estava vendo coisas que não podiam ser reais. Deviam ser ilusÔes.

Havia luzes como fogueiras que piscavam aqui e ali. Não parecia ser um fenÎmeno natural. Se não fosse uma ilusão, provavelmente estavam sendo acesas por alguma forma de vida inteligente. Haveria alguma ligação entre essas formas de vida e o emboscador que quase matou Yume? Ele não tinha como saber.

O terreno estava em uma leve inclinação descendente. Qual seria a distùncia até a luz? Um quilÎmetro, talvez?

Conforme se aproximavam, ele foi entendendo a situação. As luzes não eram ilusÔes. Ele conseguia ver algumas construçÔes com clareza. Conseguiu identificar um prédio que parecia uma torre de vigia. As luzes pareciam vir de fogueiras e lamparinas. Havia fogos acesos pendurados nas beiradas dos prédios e na torre de vigia. Havia talvez uns vinte deles.

NĂŁo era grande o suficiente para ser chamada de cidade. Talvez uma pequena vila.

A questĂŁo era os residentes. Ele os chamava de residentes, mas, obviamente, nĂŁo eram humanos.

— O que… devemos fazer? — Haruhiro perguntou, hesitante.

— Cara, o que vocĂȘ quer dizer com “o que”? — Ranta suspirou. — …O que vamos fazer?

— Keehe… NĂŁo pergunte, seu pedaço de lixo, Ranta… Preocupe-se e agonize com isso… atĂ© morrer… Ehehehe.

— NĂŁo fala desse jeito, mesmo que seja brincadeira, Zodiac-kun — Ranta disse. — Agora nĂŁo. Isso Ă© meio deprimente. É sĂ©rio…

— NĂŁo se preocupe… Kehe… Kehehe…

— Bom, eu nĂŁo tĂŽ preocupado, sabe? — Ranta respondeu, defensivo. — Eu sei que Ă© sĂł seu senso de humor sombrio, beleza?

— Ehehehe… Ehe… Isso Ă© um mal-entendido… Zodiac-kun sempre fala sĂ©rio… Ehe…

— NĂŁo acredito, sĂ©rio?! De verdade?!

— Ranta-kun tĂĄ cheio de energia, nĂ© — Kuzaku murmurou.

Quem foi que disse: “Se vocĂȘ tem energia, pode fazer qualquer coisa”? Haruhiro nĂŁo achava que com energia dava para fazer tudo. Mas sem energia, provavelmente havia muitas coisas que nĂŁo poderiam ser feitas. EntĂŁo, nĂŁo deveria ser algo ruim Ranta estar recuperando a energia, mas ele era barulhento e irritante.

— NĂŁo devĂ­amos nos aproximar sem cuidado… — Shihoru disse, hesitante.

— Ela tá certa — Mary concordou. — Não sabemos o que pode estar à espreita, afinal.

— Mas dĂĄ uma vontade de descobrir o que tĂĄ acontecendo ali — o estĂŽmago de Yume roncou alto. — …Ah. Uff. Yume… tĂĄ ficando com fome…

Claro que estĂĄ, Haruhiro pensou.

Honestamente, a fome e a sede deles estavam atingindo nĂ­veis perigosos. Eles precisavam arranjar mais ĂĄgua e comida logo, ou estariam acabados.

— Eu vou espiar — Haruhiro disse. — Fiquem aqui.

— Estamos contando com vocĂȘ, ladrĂŁo. — Ranta deu um tapa no ombro de Haruhiro.

Isso o irritou, mas Haruhiro se segurou, inclinando-se para sussurrar no ouvido de Ranta: — Se algo acontecer, conto com vocĂȘ pra cuidar do resto.

— C-Certo. Bem, se chegar a esse ponto. S-Só volta, tá, seu idiota? Inteiro.

— É meio assustador quando vocĂȘ age assim — Haruhiro murmurou.

Haruhiro mudou instantaneamente seu estado de espírito. Primeiro, eliminou sua presença—Hide. Segundo, moveu-se com a presença eliminada—Swing. Terceiro, usou todos os seus sentidos para detectar as presenças dos outros—Sense.

Em outras palavras, ele usou Stealth.

Ele imaginou a si mesmo deslizando para debaixo da terra sem fazer som, tornando-se uma toupeira e se movendo pelo solo. Ao mesmo tempo, erguia seus olhos e ouvidos para fora da superfĂ­cie, olhando e ouvindo. Sentindo.

Ouviu um som.

Clang, clang! Era o som de algo duro sendo batido.

A luz mais prĂłxima vinha da fogueira no topo da torre de vigia. Havia um fosso a cerca de 25 metros da torre. Parecia ter uns dois metros de largura, mais ou menos. Sua profundidade era desconhecida. Provavelmente nĂŁo era raso, no entanto.

Havia uma criatura humanoide sentada na torre de vigia. Seu tronco era estranhamente grande, enquanto sua cabeça era pequena. Aquela pequena cabeça estava envolta em algo como um pano. Seria aquele um arco e uma aljava de flechas pendurados em suas costas? Aquela criatura era, sem dĂșvida, um vigia. Os habitantes da pequena vila estavam se protegendo contra intrusĂ”es com o fosso, e ainda tinham um vigia de plantĂŁo. NĂŁo ia ser possĂ­vel entrar lĂĄ, afinal.

Não, era cedo demais para fazer essa conclusão. Haruhiro virou à esquerda, avançando em direção ao rio. Logo, encontrou um penhasco.

Ele chamava de penhasco, mas tinha apenas dois ou trĂȘs metros atĂ© o fundo. NĂŁo seria impossĂ­vel descer. Havia um leito de rio lĂĄ embaixo. O rio fluĂ­a logo alĂ©m dali. Parecia que estavam canalizando a ĂĄgua do rio para o fosso.

Quando olhou do rio para o fosso, havia outra torre de vigia. Havia uma fogueira acesa no topo dela, e também um vigia ali. Mas esse vigia era muito menor do que o primeiro. Tinha um corpo roliço, com o tamanho de uma criança humana. Ainda assim, sua cabeça estava envolta em pano, assim como o primeiro. Quanto ao armamento, aparentemente também usava arco e flecha.

Haruhiro decidiu chamar aquela de Torre B, e a primeira de Torre A. Ele voltou para onde estava a Torre A, prosseguindo na direção oposta.

O fosso eventualmente começou a se curvar. Ele conseguia ver vårias construçÔes claramente. Todas de um andar, e não mais de dez delas. Eventualmente, chegou a outra torre de vigia. Torre C. A Torre C era grande e robusta. Um portão. A Torre C foi construída como parte de um portão. Havia uma ponte saindo daquele portão aberto. Feita de madeira. Era solidamente construída. A ponte sobre o fosso parecia forte o suficiente para suportar o peso de uma carroça.

Havia um vigia na Torre C também. Este não estava sentado, mas em pé. Ao contrårio dos vigias da Torre A e B, esse tinha um físico estranhamente longo e magro.

Havia algo esquisito sobre aqueles braços. Muitas articulaçÔes? Parecia que ele tinha dois, talvez trĂȘs cotovelos. Como os outros vigias, a cabeça estava envolta em pano, mas se projetava nas extremidades. AlĂ©m disso, havia uma cauda. O vigia da Torre C tinha uma cauda.

Pelo menos, ele poderia dizer que os vigias das Torres A e B e o da Torre C pertenciam a raças diferentes. Se Haruhiro usasse seu bom senso, essa era a Ășnica conclusĂŁo possĂ­vel.

O vigia da Torre C era da mesma raça que os restos esqueléticos que Ranta havia encontrado? Ele tinha uma cauda. O cadåver tinha oito dedos também. E o vigia? Isso ainda era incerto. Haruhiro não conseguia contar quantos dedos ele tinha.

O vigia da Torre C de repente olhou em sua direção.

Fui notado? Haruhiro prendeu a respiração e permaneceu parado. Se ele entrasse em pùnico e tentasse fugir, isso só pioraria a situação.

O vigia pegou o arco que estava pendurado nas costas, colocando uma flecha. Ele puxou a corda do arco.

Merda, pensou. Quero correr. Preciso fugir. NĂŁo… Espera. NĂŁo Ă© certo ainda que fui encontrado. AlĂ©m disso, tudo bem. Se ele disparar uma flecha, nĂŁo serĂĄ tarde demais para correr. Provavelmente.

O vigia soltou a corda do arco e girou a flecha que não foi disparada. Então, como se dissesse: Deve ter sido minha imaginação, inclinou a cabeça para o lado.

Isso mesmo. Foi sĂł sua imaginação… Okay? Haruhiro respirou fundo e começou a se mover.

Aquele vigia era perigoso e muito esperto. Serå que ele tinha feito barulho? Haruhiro não achava que sim. Além disso, havia um barulho constante e regular, então ele poderia fazer um pouco de barulho sem problemas. Mas o vigia da Torre C percebeu algo. Haruhiro decidiu que era melhor tomar cuidado.

Continuou a explorar. Passando pela ponte, seguiu a curva do fosso. Após confirmar a presença da Torre D e da Torre E, chegou a um penhasco. O leito do rio estava abaixo.

Em outras palavras, essa vila estava em um cĂ­rculo deformado, cercada pelo fosso e pelo rio.

Para entrar na vila, eles teriam que atravessar a ponte, passar pelo fosso ou nadar pelo rio para chegar ao leito do rio do lado da vila.

Seria perigoso nadar no rio no escuro. Eles poderiam muito bem se afogar. Provavelmente poderiam conseguir nadar através do fosso, mas escalar a parede do outro lado seria problemåtico.

Isso significava que, fundamentalmente, atravessar a ponte era a Ășnica opção. Claro, se ele tentasse atravessar abertamente, provavelmente seria atingido pelo vigia. Poderiam remover o vigia com o arco de Yume ou a magia de Shihoru? E depois? Forçar a entrada? Os seis? Havia pelo menos quatro outros vigias armados com arcos, e nĂŁo havia garantia de que nĂŁo houvesse mais.

Podiam vencer? Ou melhor, era uma situação de ganhar ou perder? NĂŁo parecia que sim. O objetivo de Haruhiro e da party era apenas obter ĂĄgua e comida. Se a party conseguisse demonstrar que nĂŁo eram hostis de alguma forma, os residentes poderiam deixĂĄ-los entrar? EntĂŁo, poderiam trocar suas posses ou dinheiro, o que fosse necessĂĄrio, por comida e ĂĄgua potĂĄvel? Seria impossĂ­vel? NĂŁo ia dar certo…?

Haruhiro tomou o mesmo caminho de volta, observando a vila do outro lado do fosso enquanto ia.

Ele avistou vårios residentes e ficou surpreso. Eles não eram apenas pessoas; na verdade, havia alguns que não eram humanoides. Essa era a melhor maneira de descrever a situação.

Os mais diferentes tinham seis braços semelhantes a insetos, com corpos parecidos com bolas de pelos. Aqueles tambĂ©m tinham as cabeças envoltas em algo. Os residentes aqui nĂŁo eram um pouco diversos demais…?

Quando retornou aos seus companheiros e deu a versĂŁo resumida do que havia visto, Ranta bateu no peito, bufando de entusiasmo.

— Deixa comigo. Tenho uma ideia.

— Kehe… Tenho um bom pressentimento sobre isso… Kehehehe… Parece que o Ranta estĂĄ indo em direção ao descanso eterno… — disse Zodiac-kun.

— Ei, isso nĂŁo me parece um bom pressentimento nem um pouco, sabe? — Ranta rebateu. — AlĂ©m disso, jĂĄ disse isso antes, mas se eu for pro descanso eterno, vocĂȘ vai sumir tambĂ©m, entendeu, Zodiac-kun?

— Ohhh, cavaleiro das trevas… Kehe… Vamos ser abraçados juntos pelo Lorde Skullhell… Ehehe…

— E-eu acho que ainda Ă© cedo pra isso, nĂ©? Olha, eu ainda tenho muita coisa que quero fazer… tipo brincar com uns peitos e—Espera, o que vocĂȘ tĂĄ me fazendo dizer?!

— NinguĂ©m te fez dizer nada… — Haruhiro massageou a testa com os dedos.

— VocĂȘ sĂł queria dizer “peitos” — disse Yume, e Haruhiro achou que ela provavelmente estava certa.

— VocĂȘ Ă© o pior. — Mary praticamente cuspiu as palavras para ele.

Shihoru disse algo terrivelmente duro em voz baixa. — Espero que o Zodiac-kun esteja certo… sobre essa previsĂŁo…

— Hmph! — Ranta nĂŁo se abalou. — NĂŁo pensem que vocĂȘs, pessoas medĂ­ocres, podem me machucar com esse nĂ­vel de calĂșnia mesquinha. Bom, sĂł esperem. Logo, logo, vocĂȘs vĂŁo se ajoelhar e implorar por perdĂŁo, tenho certeza. AĂ­ eu brinco com os peitos de vocĂȘs. Sem reclamaçÔes. Ah, sĂł as meninas, Ă© claro.

—…VocĂȘ tem um coração muito duro, Ranta-kun — disse Kuzaku.

— Isso mesmo, Kuzacky. Meu coração Ă© feito de diamante, entendeu? Agora, todos vocĂȘs, me sigam. Vou ensinar o jeito certo de lidar com isso.

Não era como se Haruhiro tivesse uma ideia melhor. Se não desse certo, eles estariam apenas de volta à estaca zero. Decidiu deixar Ranta cuidar da situação. Então, todos se aproximaram da ponte.

Ranta colocou o elmo, baixou a viseira e, em tom arrogante, disse a Haruhiro e aos outros: — VocĂȘs esperem aqui.

— O que vocĂȘ tĂĄ planejando fazer? — Naturalmente, Haruhiro foi quem perguntou.

— TĂĄ tudo bem, entĂŁo cala a boca. Se eu estiver certo sobre isso…

— Kehe… VocĂȘ Ă© o Ranta… Deve estar errado… Kehe… Kehehe…

— Vamos descobrir em breve, tá bom? — disse Ranta, começando a andar.

NĂŁo acredito, pensou Haruhiro. SĂł por precaução, fez com que o restante da party se preparasse para fugir. VocĂȘ vai mesmo? Vai mesmo atĂ© lĂĄ? Isso Ă© loucura, sabe disso? TĂĄ tĂŁo desesperado assim?

Mas Ranta caminhava com uma confiança incrível. Ele até começou a cantarolar enquanto ia. Serå que ele finalmente surtou?

Haruhiro e os outros sĂł podiam prender a respiração e observĂĄ-lo em silĂȘncio. Ranta jĂĄ estava bem prĂłximo da ponte. O vigia da Torre C notou Ranta, puxou o arco e preparou uma flecha. Mesmo aquele idiota do Ranta deveria sentir um arrepio ao ver isso.

Ele hesitou—mas não parou. Continuou andando.

Sério? Pensou Haruhiro. Não, cara, a flecha vai em sua direção. Ele com certeza vai atirar.

— Certo, certo. — Não estava claro o que ele estava pensando, mas Ranta disse isso enquanto acenava com a mão.

Ele logo estaria atravessando a ponte. Finalmente, pisou nela.

O vigia abaixou o arco.

— …NĂŁo pode ser — disse Haruhiro, boquiaberto.

— Bem-vindos, bem-vindos. — Ranta atravessou a ponte rindo.

De que adianta vocĂȘ dizer “bem-vindos”, cara? Haruhiro pensou indignado. Tipo, por que vocĂȘ tĂĄ de boas? NĂŁo entendo.

Quando Ranta cruzou a ponte sem incidentes, olhou para o vigia da Torre C.

— Ohh. Eu. Meu. Amigo. Amigos? Companheiros. Juntos. Eu trago eles. Aqui. Agora. Tá bom?

O vigia inclinou a cabeça para o lado. Não parecia que tinha entendido. Bem, claro que não entenderia.

— Ótimo. — Mesmo assim, Ranta fez sinal de positivo. — Certo. Meus. Companheiros. Juntos. Agora. Tá bom, tá bom.

EntĂŁo, deixando o vigia claramente confuso para trĂĄs, Ranta voltou para Haruhiro e os outros, animado.

— AĂ­! O que acharam disso?! Eu estava certo, hein! Ajoelhem-se diante de mim! Me adorem! E vocĂȘs, meninas, me deixem tocar nos seus peitos!

— Nunca vou deixar vocĂȘ tocar neles… — disse Shihoru, cobrindo-se com os dois braços.

— Ranta, vocĂȘ provavelmente acabaria machucando eles se fizesse isso. — Talvez ela simplesmente nĂŁo entendesse, mas Yume ocasionalmente dizia coisas um pouco estranhas. Haruhiro gostaria que ela tivesse mais consciĂȘncia dessas coisas, mas era difĂ­cil adverti-la sobre isso.

— Mas… — Mary inclinou a cabeça para o lado. — Por que? Eles parecem claramente desconfiados de pessoas desconhecidas.

— É um mistĂ©rio, com certeza — Kuzaku tambĂ©m nĂŁo parecia aceitar a situação.

— Será que— — Haruhiro estava prestes a dizer algo, mas Ranta o interrompeu.

— Seu idiota! A resposta Ă© minha! Eu tive um lampejo de inspiração! NĂŁo roube meu momento, Parupirorin!

— Ehe… Seu rosto… VocĂȘ escondeu seu rosto… Por isso te deixaram entrar… Ehehe…

— Zodiac-kun?! VocĂȘ vai contar pra eles?! Ei?! Eu queria ser o primeiro a dizer isso, sabia?! — Ranta gritou.

Além dos cinco vigias, todos os moradores que Haruhiro viu estavam com os rostos cobertos por panos ou algo assim. Haruhiro também achou isso estranho e chamou sua atenção.

Disso ele formulou a teoria: “Cobrir o rosto Ă© a condição para entrar na vila.” Isso estava certo, mas arriscar a vida para testar a ideia… era imprudente.

Estava tudo bem deixar isso passar porque no final deu tudo certo? Como lĂ­der, ele se preocupava um pouco com isso. O que ele deveria fazer? Ele teve uma ideia.

— Ranta. — Haruhiro se virou para ele com uma atitude sĂ©ria. — Funcionou, entĂŁo tudo bem. Mas, mesmo assim. O que vocĂȘ teria feito se nĂŁo tivesse dado certo? O que teria acontecido? VocĂȘ pensou nisso, nem que seja um pouco?

— HĂŁ? NĂŁo tenho tempo pra pensar nessas coisas, seu idiota. AlĂ©m do mais, eu vou te dizer uma coisa: Ranta-sama nunca erra.

— VocĂȘ poderia ter se metido em sĂ©rios problemas. É isso que eu estou tentando dizer aqui.

— E-Ei, Ă© minha vida, eu faço o que eu quiser com ela, tĂĄ bom? Sou um homem livre, sabia…

— NĂŁo fale isso na frente dos nossos companheiros — disse Haruhiro. — Se algo acontecesse com vocĂȘ, todos nĂłs, inclusive eu, ficarĂ­amos mal.

— Cala a booooooca! P-P-P-P-P-Pare com isso, vocĂȘ estĂĄ me deixando envergonhado! E-E-E-E-Eu entendi, cara?!

— Então, daqui pra frente, prometa que será mais cuidadoso.

— T-Tá bom, eu só preciso fazer isso, certo? E-Eu prometo! Pronto, isso deve ser suficiente!

— VocĂȘ nĂŁo vai fazer isso de novo, certo? — Haruhiro perguntou.

— N-Não vou!

— Ótimo. — Haruhiro rapidamente deu as costas para Ranta.

NĂŁo ria, ele disse a si mesmo. NĂŁo posso rir agora. Acabei de fazer o papel de “LĂ­der Apaixonado”. Mas, ainda assim, o Ranta Ă© surpreendentemente fraco pra esse tipo de coisa. É hilĂĄrio. NĂŁo, nĂŁo, isso nĂŁo Ă© bom. Se eu pensar em como isso Ă© engraçado, vou acabar rindo.

Haruhiro pigarreou e, então, ele pediu para os amigos cobrirem os rostos com alguma coisa. Yume estava olhando para o nada, enquanto Mary e Kuzaku o observavam com desconfiança, e Shihoru olhava para o chão, provavelmente tentando segurar o riso. Parecia que Shihoru tinha percebido o que ele estava fazendo.

Kuzaku, assim como Ranta, cobriu o rosto com seu elmo. Haruhiro cobriu a cabeça com seu manto. Estava gasto e cheio de buracos, então, se ele o posicionasse direito, conseguiria enxergar. Yume, Shihoru e Mary usaram panos e similares para fazer måscaras. Quanto a Zodiac-kun, dependendo do ponto de vista, o rosto do demÎnio jå parecia escondido. Mas era questionåvel se eles veriam dessa forma. Não havia como ter certeza, então fizeram o demÎnio desaparecer por enquanto.

Agora, a party estranha estava pronta para seguir. SerĂĄ que isso realmente daria certo? Haruhiro nĂŁo estava confiante, mas o vigia na Torre C deixou ele e a party passarem sem sequer preparar o arco. Parecia que realmente permitiriam que entrassem na vila se cobrissem os rostos.

Havia catorze edifĂ­cios do outro lado do fosso. Eram de tamanhos variados, mas todos de um Ășnico andar. Havia uma praça no centro da vila, com algo que parecia um poço ali. A criatura humanoide gigantesca sentada ao lado do poço tinha que ser um guarda. Ela segurava um martelo absurdamente grande, com um arco e flechas pendurados nas costas. Seu rosto nĂŁo era visĂ­vel por causa do elmo.

Eles identificaram a fonte do som estridente. Havia cinco edifícios de frente para a praça central. Um deles tinha um grande beiral de um lado do telhado, sustentado por pilares. Debaixo daquele telhado, havia brasas ou algo vermelho incandescente e uma estrutura que parecia um grande forno.

Aparentemente, era uma forja. Havia uma bigorna, também. Uma criatura humanoide com o torso nu, assustadoramente musculoso, costas arqueadas, um traseiro empinado e pernas curtas estava lå. Ela tinha fixado uma barra de ferro na bigorna e estava batendo nela. Aquela era a origem do som estridente.

— Eles tĂȘm um ferreiro… — murmurou Haruhiro.

As muitas armas e armaduras que deviam ter sido forjadas ou reparadas por aquele ferreiro bizarro estavam penduradas na parede do edifício ou apoiadas contra ela. O ferreiro tinha algo como bandagens enroladas ao redor do rosto. No entanto, seus olhos carmesim, que o faziam parecer estar chorando sangue, e a boca, onde dentes duros como argamassa estavam alinhados sem nenhum espaço entre eles, estavam expostos.

Ao olhar mais de perto, não era só a forja. Os outros quatro edifícios de frente para a praça também tinham uma boa quantidade de mercadorias em exposição, seja sob os beirais ou dentro dos edifícios.

O edifício ao lado da forja parecia vender roupas e bolsas. As peças acabadas estavam expostas em prateleiras ou empilhadas sobre a mesa. Sentada em uma cadeira ao lado da mesa, havia uma coisa com o formato de um ovo achatado. Tinha dois braços (?) saindo dela e usava um chapéu, então talvez fosse uma criatura viva. Esse talvez fosse o dono da loja de roupas e bolsas.

Do outro lado da praça, em frente à forja, havia outro edifício, ou melhor, um galpão. A parede voltada para a praça tinha sido removida, ou talvez nunca tivesse existido. De qualquer forma, o interior era claramente visível.

A parede do galpão estava completamente coberta de bolsas com buracos, além de måscaras e véus mais elaborados, bem como algo que parecia elmos. No centro do galpão, estava sentada uma criatura humanoide magra e ressecada, parecida com uma årvore morta. O dono da loja de måscaras tinha seis braços, e seus mais de trinta dedos estavam entrelaçados em padrÔes complicados diante de seu peito. A cobertura facial que ele ou ela usava, como convinha ao dono de uma loja de måscaras, era um elmo dourado brilhante, parecido com uma peça de arte.

Ao lado da loja de måscaras, o edifício em frente à loja de roupas e bolsas era construído de maneira semelhante. Contudo, era cerca de duas vezes maior. Ficava claro à primeira vista o que era. Era uma mercearia. Carne de animais de quatro patas e de aves sem pele pendia do teto, enquanto feixes de algum tipo de planta estavam dispostos em uma prateleira, junto com algo que parecia bagas. Os bolinhos jå cozidos e os espetinhos fritos chamaram a atenção de Haruhiro.

Em frente Ă  loja, havia uma criatura que podia ser descrita como um caranguejo do tamanho de um homem. Ela mexia o conteĂșdo de uma panela que estava sendo aquecida sobre um fogĂŁo com uma concha. O caranguejo gigante que comandava a mercearia tambĂ©m usava uma mĂĄscara, mas seus dois pedĂșnculos oculares saĂ­am completamente dela, entĂŁo era questionĂĄvel se seu rosto estava realmente escondido.

O edifĂ­cio ao lado da mercearia tinha mercadorias espalhadas aleatoriamente, todas expostas de vĂĄrias maneiras diferentes. Talvez fosse uma loja de variedades. Haruhiro nĂŁo viu nenhuma criatura administrando o lugar. Devia estar lĂĄ dentro.

— O que acham? — Ranta fungou, estufando o peito com orgulho. — É uma vila e tanto, hein?

— …Por que vocĂȘ estĂĄ se achando? — Shihoru lançou a Ranta um olhar de Ăłdio fervente. Mesmo com o rosto escondido, era fĂĄcil imaginar a expressĂŁo que ela fazia agora.

— Deve ser porque ele Ă© um idiota — Yume disse, suspirando de exasperação.

Mary estava olhando ao redor, inquieta. — Estamos sendo ignorados…?

— HĂŁ… — Kuzaku acenou para o guarda do poço. — O-Oi.

O guarda gigante ajustou a pegada em seu martelo gigante. Kuzaku engoliu em seco e deu meio passo para trĂĄs, mas essa foi a Ășnica reação real que o guarda deu. AlĂ©m disso, ele nĂŁo respondeu nem olhou na direção de Kuzaku.

Ignorados.

Havia, de fato, alguns moradores passeando tranquilamente por perto, mas eles nem sequer lançaram um segundo olhar para Haruhiro e os outros. Estavam sendo completamente ignorados.

Haruhiro cruzou os braços. — Hmm… — Ele murmurou. O que fazer?

— NĂŁo fique sĂł gemendo. — Ranta bateu o calcanhar contra o chĂŁo. — Faça alguma coisa, lĂ­der. NĂŁo esqueça que Ă© pra situaçÔes como essa que eu deixo um perdedor como vocĂȘ ser o lĂ­der.

— VocĂȘ acha que pode falar comigo desse jeito, Ranta?

— Se vocĂȘ nĂŁo gosta, entĂŁo faça algo brilhante pra me calar.

Hm, Backstab ou Spider? Se eu fosse eliminar o Ranta e calĂĄ-lo de uma vez por todas, qual habilidade seria melhor?

Por um momento, Haruhiro considerou seriamente a questão, mas tinha coisas mais importantes para fazer do que se livrar daquele pedaço de lixo. Havia ågua e comida bem ali. Eles precisavam conseguir alguma, de qualquer jeito.

Haruhiro pigarreou e, então, tentou se aproximar do poço. O guarda do poço não se moveu. Mas, mesmo assim, era enorme. Mesmo sentado, sua cabeça ficava mais alta que a de Kuzaku, e ele tinha 1,90m de altura. Não era brincadeira. Era assustador.

Mesmo assim, Haruhiro reuniu coragem e caminhou. O poço estava a cinco metros. Quatro metros. TrĂȘs metros. Se fosse mais longe, ele estaria ao alcance do guarda. Se o guarda quisesse, provavelmente poderia matar Haruhiro com um Ășnico golpe ao se levantar.

Era difĂ­cil respirar. Ele sentia como se seu estĂŽmago fosse saltar pela boca. Bem, nĂŁo que isso fosse acontecer. Ele ficaria chocado se acontecesse.

Quando ele sacudiu o medo e a hesitação e deu um passo à frente, o guarda de repente se levantou parcialmente do assento.

— kya!

— Miaauau?!

— …!

Os gritos nĂŁo vieram de Haruhiro, mas das garotas. Haruhiro estava tĂŁo assustado que mal conseguia emitir um som.

O-O-O-Oh, droga! E-Eu vou… ser morto…?

— E-Eu vou te dar um enterro decente… Talvez? — sussurrou Ranta.

— Vamos, vamos fazer pelo menos isso por ele… — respondeu Kuzaku.

Espera, espera, espera? Antes de me enterrar, nĂŁo tem algo que vocĂȘs deveriam fazer primeiro…?

— P-Por favor. — De repente, Haruhiro levantou as mãos. Seu corpo se moveu. Sua voz saiu.

Vamos lĂĄ, “Por favor”? SĂ©rio? Eu nĂŁo sou o Ranta.

Mesmo à beira das lågrimas, Haruhiro manteve a mão esquerda no ar enquanto usava a direita para apontar alternadamente para o poço e para a própria garganta.

— A-Água. Eu quero beber. Água. Garganta, seca. Hm, somos viajantes. Água, queremos… VocĂȘ… entende? Água, ĂĄgua! VocĂȘ poderia… nos deixar beber um pouco? Água. Água do poço!

O guarda permaneceu meio levantado, sem se mover.

Era um poço com balde. Havia duas estacas de cada lado do poço e uma viga que as ligava. Havia uma roldana na viga e um balde pendurado em uma corda que passava por ela.

A luz de uma tocha presa a uma das estacas iluminava o guarda, que parecia um monstro. “Parecia”? Não, não importava como olhasse, o guarda era um monstro. Aqueles braços, definitivamente eram mais grossos que os de uma pessoa. Era grande demais. Era loucura. Loucura demais.

— Nos deixe… beber… — Haruhiro rangeu os dentes e balançou a cabeça. NĂŁo ceda. NĂŁo pode. Vidas estĂŁo em jogo aqui, sĂ©rio. — Água! Por favor, ĂĄgua! Por favor, ĂĄgua! Nos dĂȘ ĂĄgua! Vamos lĂĄ, precisamos de ĂĄgua, certo?! Todo mundo precisa! Água…!

O guarda moveu a mĂŁo esquerda. Naquele instante, Haruhiro se preparou para a morte. Mas nĂŁo foi a mĂŁo direita, que segurava o martelo, que ele moveu. Estendeu a mĂŁo esquerda para Haruhiro. Era como se estivesse pedindo algo.

— Di—! — gritou Ranta. — Dinheiro, Haruhiro! Dinheiro! Pague logo! Rápido!

Ah, cale a boca, idiota, eu jĂĄ entendi sem vocĂȘ me dizer. Haruhiro rapidamente puxou algumas moedas de prata. Ele estava tĂŁo apavorado que achou que seu coração poderia parar, mas se aproximou mais do guarda, colocando as moedas de prata em sua mĂŁo. O guarda levou a mĂŁo esquerda ao rosto, examinando as moedas de prata na palma da mĂŁo. EntĂŁo, ele as deixou cair imediatamente ali mesmo.

Haruhiro quase desmaiou.

Dessa vez, estou acabado, com certeza, ele pensou. Cometi um grande erro.

— A preta! — gritou Shihoru, e Haruhiro sentiu um certo orgulho de si mesmo por ter entendido imediatamente o que ela quis dizer. Embora Shihoru fosse a melhor só por ter tido a ideia.

— A-A-A-Aqui! — Haruhiro puxou a moeda preta que o cadĂĄver com cauda carregava e mostrou ao guarda. — Aqui, isso serve?! Isso Ă© bom?!

O guarda estendeu a mĂŁo esquerda novamente. Com as mĂŁos trĂȘmulas, Haruhiro colocou a moeda preta ali.

Quando o guarda apertou a moeda preta, fez um gesto com o queixo, dizendo algo que soava como “Ua, goh”.

O que isso significa? Ua, goh? Uagoh…?

MandĂ­bula superior?

EstĂĄ errado? EstĂĄ errado—eu acho…?

— Uhuu! — Ranta correu atĂ© o poço e baixou o balde. — Água, ĂĄgua!

— NĂŁo, cara… — Haruhiro sentiu o sangue se esvair de seu rosto ao olhar para o guarda.

Ele… nĂŁo estĂĄ bravo? EstĂĄ tudo bem? Podemos usar o poço, entĂŁo…? Aparentemente, sim. No momento em que Haruhiro pensou nisso, alĂ­vio e alegria explodiram dentro dele, e antes que percebesse, ele estava bebendo ĂĄgua diretamente do balde.

— A ĂĄgua Ă© tĂŁĂŁĂŁĂŁĂŁĂŁĂŁĂŁĂŁo boooooooom… — ele gemeu.

Sem dĂșvida. Aquela era a melhor ĂĄgua que ele jĂĄ tinha bebido. Pensar que a ĂĄgua podia ter um gosto tĂŁo bom. Que bĂȘnção. Aquilo o fazia se sentir feliz por ter nascido. Feliz por estar vivo.

Eles se revezaram bebendo do balde, e jĂĄ haviam tomado trĂȘs ou quatro turnos cada um, mas ninguĂ©m disse que jĂĄ estava satisfeito. Podiam beber o quanto quisessem.

Bem, talvez houvesse um limite real, entĂŁo primeiro Shihoru, depois Mary, Haruhiro, Kuzaku, Yume e Ranta pararam de beber, nessa ordem.

Ranta caiu no chĂŁo, rolando de costas. — D-DĂłi. Eu bebi demais…

— Ohh — Yume se agachou, esfregando a barriga. — Yume nunca ficou cheia de ĂĄgua antes. A barriga dela tĂĄ toda inchada…

— VocĂȘ ficou cheia. De ĂĄgua — disse Kuzaku, segurando uma mĂŁo na boca.

Pensando bem, tanto Ranta quanto Kuzaku tinham levantado as viseiras de seus elmos. Seus rostos estavam visĂ­veis. SerĂĄ que isso era seguro? O guarda nĂŁo disse nada, entĂŁo aparentemente nĂŁo era um problema, mas isso deixou Haruhiro inquieto.

— Talvez, se tivermos esse dinheiro… — Shihoru lançou um olhar em direção Ă  mercearia.

— VocĂȘ quer dizer que essa Ă© a moeda usada aqui? — Mary estava esfregando as costas de Yume.

Haruhiro olhou da ferraria para a loja de roupas e bolsas, depois para a loja de mĂĄscaras, a mercearia e a loja de variedades. Se isso fosse verdade, e eles conseguissem descobrir como conseguir mais dessas moedas, eles poderiam sobreviver por enquanto, pelo menos.


Tradução: ParupiroHPara estas e outras obras, visite o Cantinho do ParupiroH – Clicando Aqui


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