Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 15 – Volume 13
Hai to Gensou no GrimgarGrimgar of Fantasy and Ash
Light Novel Online – Capítulo 15:
[Com Rostos Descobertos]
Depois de algumas horas, meio dia, ou mais que isso—basicamente, um tempo danado de longo—ele notou algo que não tinha prestado atenção antes, mesmo tendo caminhado na fronteira entre o Monte Vidro e o terreno arenoso o tempo todo.
A areia estava fluindo, embora lentamente.
Além disso, não era em uma direção fixa. Em um lugar, a areia se movia em direção às encostas. Em outro, um pouco mais adiante, vinha na direção deles. Havia até momentos em que a areia fluía na mesma direção em que eles estavam indo, facilitando o movimento, como um vento nas costas.
Se ele olhasse bem de perto, as encostas, que estavam cobertas de fragmentos de vidro, também não estavam paradas. Se escutasse, havia um som sutil.
Tlim, tlim, tlim, tlim…
Não era o suficiente para ser visível aos olhos, mas havia um movimento sutil acontecendo.
— A geografia de Parano é mutável — disse Alice. — Nada é imutável. Nada, tá?
Foi o que Alice C disse, pensou ele.
Mas quando ele tinha ouvido isso? O que fez Alice dizer isso a ele? Ele pensou a respeito, mas não estava claro.
Eventualmente, além do terreno arenoso com sua fumaça branco-leitosa, algum tipo de sombra começou a se mostrar. Era uma floresta? As linhas eram retas demais para isso. Construções, talvez? Não era só uma. Havia várias construções bem próximas umas das outras. Seria uma cidade?
— É onde você…? — começou ele, ao que Alice simplesmente respondeu: — Sim.
— A que distância, daqui até lá?
— Depende.
— Hã…?
— Todos sentimos as coisas de forma diferente.
Em Parano, tempo e espaço existiam, mas era como se não existissem.
Há muito tempo, Alice lhe contou no caminho para a cidade, há tanto tempo que não estava claro exatamente quando, mas provavelmente foi “bem lá atrás”, Alice tinha tentado fazer um relógio.
No céu de Parano, havia uma lua e estrelas. No entanto, não havia sol. Isso significava que um relógio de sol estava fora de questão, então Alice decidiu por um relógio de água.
Alice queria algo que, mesmo que não marcasse o tempo com precisão, medisse o tempo usando intervalos mais ou menos fixos. O primeiro foi simples: um pequeno furo no fundo de um recipiente, marcações entalhadas no interior. Quando o recipiente era preenchido com água, a água escorria lentamente pelo fundo. Se a taxa de saída fosse fixa, deveria ser possível usá-lo como medida de tempo.
No entanto, quando Alice realmente tentou fazer isso, vários problemas surgiram.
Por exemplo, o recipiente. Mesmo que fosse um recipiente grande, se houvesse uma inclinação entre a abertura e o fundo, não funcionava bem. À medida que o volume de água no recipiente diminuía, a força com que saía pelo furo também caía.
Mesmo depois de contornar esses problemas, outros surgiam. Por meio de tentativa e erro, o relógio de água acabou se tornando tão grande quanto uma torre, usando uma quantidade não trivial de água. Eventualmente, Alice se cansou disso, destruindo o relógio de água que tanto trabalho deu para construir em pedacinhos.
Enquanto ouvia a história, Haruhiro começou a duvidar. Será que isso realmente aconteceu? Era só uma história inventada?
Para começar, não era típico de Alice contar histórias longas. Era Alice quem estava falando? Era outra coisa?
Não, Alice era falante. Ele estava começando a ter essa sensação. Não era como se ele conhecesse Alice tão bem assim. Seria justo dizer que ele praticamente não sabia nada. Não era errado dele dizer o que era ou não era típico de Alice?
Sério, isso é uma bagunça.
Tudo aqui é.
Inclusive eu.
À medida que se aproximavam da cidade, a névoa se dissipava. Eles não estavam mais em terreno arenoso. O chão era de terra. Quando isso aconteceu? Ele não tinha notado a transição de forma alguma.
Havia grama e árvores crescendo. A casca era marrom, e as folhas eram verdes. Ele pensou que eram plantas normais, mas, quando pisava nelas, elas se desfaziam em pedaços, não deixando nenhum traço em pouco tempo. Eram como alucinações. Ou ilusões.
As construções eram consideravelmente altas. Como pilares de pedra gigantes. Havia buracos retangulares alinhados sistematicamente em sua superfície. Tinham janelas, mas as janelas não tinham vidros, nem mesmo venezianas de madeira, então pareciam algum tipo de ninhos, também.
As construções, sem dúvida, já estiveram todas de pé em algum momento. Mas agora, algumas haviam desmoronado, enquanto outras estavam inclinadas.
Como ele estava olhando vagamente para as construções, a figura de Alice parecia distante. Ele apressou o passo para alcançá-la.
— Huh, que lugar é esse?
— Ruínas Nº 6 — disse ela. — Antes de ser chamado assim, ouvi dizer que era uma cidade chamada Asoka.
— Asoka…
— Isso é só algo que ouvi, no entanto.
— Tem… pessoas aqui? Hã… Além de você, quero dizer.
— Ninguém são — disse Alice com uma risadinha.
— Isso inclui você, suponho? Princesa. — Era uma voz rouca, masculina. Não era a de Alice.
Olhando para cima, alguém estava inclinado para fora de uma janela no que provavelmente era o terceiro andar de um prédio à esquerda deles. Ele usava um manto verde-escuro e botas. Pelo jeito, era um homem humano. Tinha cabelo preto ondulado, um pouco longo, e uma barba curta.
— …Ahiru. — Alice encarou o homem, baixando a pá do ombro. Parecia pronta para descascar novamente, como quando matou o ofuscador.
O homem inclinou a cabeça para o lado, depois deu um sorriso debochado.
— Não faz essa cara assustadora, princesa.
— Então não me chama assim.
— Mas você é uma princesa, não é?
— Quer morrer, Ahiru?
— Não quero, por isso não vou te enfrentar diretamente.
— Não fica rondando por mim.
— Então volta para o rei — disse Ahiru. — Faz isso, e nunca mais apareço na sua frente. Juro.
— De jeito nenhum vou voltar.
— O rei tá furioso. Se você não voltar, vai ter problema.
— Não pra mim.
— Para mim, vai.
— Yonaki Uguisu, é?
No momento em que Alice disse essas palavras, a perna direita de Ahiru começou a tremer. O joelho dele subia e descia, como se estivesse marcando um ritmo. Embora ele mantivesse um leve sorriso, estava abalado por dentro, ou talvez enfurecido.
Alice cravou a pá no chão duas vezes, depois três.
— Que corajoso você, Ahiru.
O vento soprou. Mesmo com a máscara, o ar tinha um gosto meio doce.
Ahiru pressionou a manga contra a boca.
— Esse cara — disse ele, olhando para Haruhiro. — É novo, né? O que você tá planejando fazer, princesa? Cozinhar ele e comer? Ou assar e comer?
— Não sou um monstro dos sonhos. Não como humanos.
— Se você comer humanos, pode roubar o ego deles e se fortalecer rápido. Você quer ficar mais forte, não quer, princesa? Se quer, come esse cara.
— Cala a boca, Ahiru. Vou te matar de verdade.
— Volto já, princesa. — Deixando essas palavras, Ahiru desapareceu dentro da janela.
Não havia entradas ou saídas no prédio além das janelas. Alice tentou se dirigir ao prédio onde Ahiru presumivelmente estava, mas logo parou, inclinando a cabeça para o lado.
Haruhiro também sentiu que algo estava errado. Não era tanto um som, mas uma vibração. O chão estava tremendo.
Haruhiro olhou para trás. Havia um prédio quase diretamente oposto ao que Ahiru estava. Estava muito danificado, com rachaduras por toda parte como uma teia de aranha, e parecia estar inclinado um pouco na direção deles também.
Não muito depois, houve o som de algo duro se quebrando, um ruído de raspagem, e um estrondo baixo e aterrorizante do chão tremendo. Será que—
Não é o chão?
O tremor, era daquele prédio?
— Corre! — Alice disparou correndo antes de terminar a palavra.
Haruhiro correu também.
O prédio desmoronou rapidamente atrás deles. Ele não olhou para trás para verificar. O som, o impacto e a nuvem de poeira eram tão incríveis que não havia necessidade de checar. Ele também não tinha tempo.
Não era só aquele prédio. Esse lugar, Ruínas Nº 6, tinha dezenas de prédios, possivelmente mais. Havia apenas prédios à frente também. Alice e Haruhiro estavam se movendo por uma estrada entre os prédios. Talvez não fossem todos, mas eles estavam desmoronando aqui e ali.
— Maldito seja, Ahiru! — gritou Alice.
Alice não seguiu em linha reta, mas virou à direita e à esquerda. Era menos que tinham um plano em mente, e mais que mudavam de direção cada vez que avistavam um prédio perigoso.
— Alice…! — gritou Haruhiro.
— Você é muito irritante! Cala a boca e me segue!
Claro, ele não tinha escolha a não ser fazer isso. Haruhiro não conhecia esse lugar. Poderia sair das Ruínas Nº 6 se voltasse pelo caminho de onde vieram, mas aquela estrada provavelmente estava bloqueada pelos escombros do primeiro prédio que caiu. Ele não fazia ideia de qual era o caminho certo a seguir.
No momento em que viraram à direita, o prédio à frente deles começou a desmoronar como se tivesse sido liquefeito. Quando viraram à esquerda e seguiram naquela direção por um tempo, dois prédios de ambos os lados caíram, colidindo um contra o outro.
Enquanto corriam desesperadamente sob os fragmentos que caíam, ele sentia que isso tudo estava o enlouquecendo, e era difícil manter a sanidade.
De alguma forma, ele teve a sensação de que esse não era um bom estado mental para estar.
Estava encharcado de suor, mas seu corpo inteiro parecia frio, e seu estômago parecia querer escapar pela boca. Por enquanto, ele queria sair dali, escapar dessa situação. Quanto tempo isso ia durar?
Me dá um tempo, ele implorou.
Queria que isso acabasse logo. Não importava o quanto desejasse isso, a realidade não atenderia às suas necessidades. Quando as coisas não terminavam, elas simplesmente não terminavam.
Mas e aqui, em Parano?
Se ele realmente quisesse acabar com isso, havia um jeito.
Um jeito de acabar com tudo agora.
Uma saída de emergência, pode-se dizer.
Se ele não pudesse fazer mais nada, poderia simplesmente usá-la.
Haruhiro podia ver essa saída de emergência. Não, ele não podia vê-la. Ele apenas a sentia. Estava sempre atrás dele, bem aberta.
Para ser mais preciso, talvez fosse mais correto dizer que estava bem na parte de trás da sua cabeça. Então, mesmo que ele se virasse, ainda estaria atrás dele. Ele não podia vê-la, mas estava lá.
A saída de emergência chamava Haruhiro.
Vem, dizia. Vem para mim.
Não precisa se segurar. Não é bom para você.
Deixa o resto comigo…
Talvez eu devesse? ele se perguntou. Tudo o que precisava fazer era se entregar a ela. Se fizesse isso, estaria livre de todo o medo e todo o incômodo.
Não.
Ele sabia que não podia.
Saídas de emergência não falam. Além disso, o que significa isso, uma saída de emergência?
Sair por uma porta na parte de trás da sua cabeça? Era impossível. Não podia ser feito. Mas em Parano, coisas impossíveis aconteciam. Além disso, isso era, sim, uma evacuação de emergência. Que escolha ele tinha?
Haruhiro parou. Estava cansado, afinal. Não queria mais se mover.
Acho que fiz um bom trabalho.
Fez mesmo?
Sim, fiz bem.
Talvez tenha feito.
Não tá na hora?
— Ahh…
Abrindo as pernas, ele se esticou o máximo que pôde. Acabou olhando para cima.
Havia um pedaço enorme de destroço, dez vezes o tamanho de uma pessoa, caindo.
— Oh…! — Ele sentiu uma risada vindo.
Estava vindo bem na direção dele. Como não rir? Ele se perguntou, deveria fechar os olhos ou não? Seria uma pena perder isso, então por que não assistir até o fim?
Ele estendeu a mão, e estava quase lá. Quase podia tocar os destroços.
— Hahh…! — Alice voltou correndo e prestou uma ajuda indesejada. A pá apontada em sua direção descascou, e as tiras pretas de pele perfuraram os destroços, pulverizando-os em poeira.
Os destroços caíram como granizo. Alguns eram do tamanho de um punho, então, claro, ele não saiu ileso.
— Ai! Ai, ai, ai, ai…
Ele foi atingido no ombro esquerdo, no braço direito e na cabeça por pedaços grandes de destroços. Foi por isso que caiu?
Estava de bruços, gemendo, quando foi forçado a se levantar.
— Que diabos você tá fazendo?! Vamos!
Alice.
Era Alice de novo.
— Por que você não me deixa em paz?! — Haruhiro choramingou.
Mesmo enquanto reclamava e se queixava, ele movia as pernas, que pareciam que poderiam torcer a qualquer momento, e, por algum motivo, estava correndo.
Não era inútil correr? Havia prédios desmoronando em todas as direções. As nuvens de poeira dificultavam a visibilidade. Ele sentia dor por todo o corpo, também.
Era óbvio sem nem pensar. Eles estavam acabados. Não havia saída disso. Então, sim. Ele estava evacuando. Tudo tinha um fim. O fim viria algum dia. Por que não poderia ser agora?
Já chega, ele pensou.
Ele tinha seus arrependimentos. Mas nenhum apego persistente.
— Maldito Ahiru! Ele é o pior! Haruhiro, anda…!
Seu braço foi agarrado, e ele foi puxado. Não havia sentido em resistir, então ele deixou acontecer.
Nada tinha significado.
O que estava acontecendo?
Ele não estava interessado, mas Alice o abraçou forte, aquela pá se descascou novamente, e várias daquelas tiras pretas de pele, um número bem grande, se juntaram para formar um guarda-chuva. Ele alcançou o chão em um instante, envolvendo Alice e Haruhiro de forma impecável.
O que estava acontecendo fora do guarda-chuva? Ele podia mais ou menos imaginar. Provavelmente os prédios todos desmoronaram, e os escombros formaram um vórtice lamacento.
Protegidos pelo guarda-chuva, eles estavam no meio disso.
Escuro. Estava quase completamente escuro. Mas ele podia ver um pouco.
A pá. A pá nua brilhava levemente. Por causa disso, estava ligeiramente claro.
Alice estava curvada, segurando a pá nua com firmeza e abraçando Haruhiro. Era quase como se estivessem amontoados, em uma tenda minúscula feita para uma pessoa.
Era isso? Lá fora, havia uma tempestade. Não uma tempestade de chuva violenta comum. Bem, isso era óbvio, já que não havia vento ou chuva.
Havia rangidos, estalos, arranhões e batidas. O barulho era intenso. A pá devia estar sob uma pressão enorme de fora. Era bizarro que ela não parecesse ceder nem um pouco sob isso, mas ainda assim parecia ameaçador.
Isso, quando Haruhiro estava pensando que estava bem com tudo acabar ali.
— Vai aguentar? — perguntou ele.
— Tá tudo bem. Quem você acha que eu sou?
Alice estava se fazendo de forte? Não parecia.
— Não sei — foram as palavras que escaparam da boca de Haruhiro. — Honestamente, não faço a menor ideia de quem ou o que você é.
— Aposto que não — disse Alice com uma risada. — Quer dizer, você nem sabe quem você é.
— Isso não é verdade.
— É sim, Haruhiro. Aquele idiota do Ahiru estava perguntando por que não te como, mas escuta. Eu não como pessoas. Quer dizer, pessoas comendo pessoas? Isso é simplesmente nojento. Mas se eu fosse comer alguém, não seria você. Mesmo que eu te comesse, não ganharia nada. Seu ego é fraco. Pra fortalecer minha magia, preciso de um inconsciente forte, ou um ego forte.
— …Magia? Você é… um mago?
— Em Parano, qualquer um pode usar magia. Uma magia que é só sua. Minha magia… é essa. — Alice segurou a pá nua com força. — É Philia.
Ele não fazia ideia do que isso significava. A pá era magia, ou algo assim? De qualquer forma, ele a estava chamando de pá por conveniência, mas obviamente não era uma pá.
Que diabos é essa coisa? pensou Haruhiro. Não sei se é chamada Philia, ou o quê. Quando tá nua assim, é assustadora pra caramba. Meu ego é fraco? Tá, é, se você me diz isso, sinto que talvez seja. Mas e daí? Isso é errado?
É tudo um sonho. Estou tendo um pesadelo. Senti isso o tempo todo, e quero que seja verdade.
Mas tenho quase certeza de que isso não é um sonho…
Isso é o pior.
É cruel.
Essa situação é mais que cruel.
Como exatamente é cruel? Não sei. Não quero pensar nisso.
Estou tentando não pensar em coisas como, “Sou o único que sobreviveu.”
Estava fazendo o meu melhor pra não pensar. É melhor não pensar. Quer dizer, se eu pensar coisas assim, vou cair. Vou cair até o fundo, bem lá no fundo. E então, em pouco tempo—Olha.
Aqui. Este é o fundo.
O fundo de um buraco tão profundo, tão profundo que é um milagre eu ainda conseguir respirar.
O fundo do inferno.
— Haruhiro.
— …O quê?
— Tá chorando?
— Não.
— Tudo bem. — Alice deu um leve tapinha nas costas de Haruhiro, como se estivesse acalmando uma criança.
O que Alice achava que ele era? Ainda assim, não era desagradável.
Alice podia estar certa. Mesmo sendo sobre ele mesmo, não sobre outra pessoa, ele não sabia de nada.
— Tudo bem chorar — disse Alice. — Não me importo. Mas não tá bem se afogar em lágrimas. Por que tá chorando? Se tá chorando sem motivo, isso não é bom. Não pensa; olha pra você mesmo. Não desvia o olhar. Mesmo que não seja o que você quer ver, tem que olhar.
— Eu…
— Você?
— Eu sou…
Ele cobriu o rosto com as duas mãos.
Ahh, isso…
Esse era o rosto dele. Um rosto coberto com as duas mãos.
Ele não podia ver seu rosto.
— Não existe — murmurou ele. — Não tem eu. Não existe. Não estou… em lugar nenhum. Não há nada… Nada de mim…
— Você tá aqui, Haruhiro. Tá aqui, do meu lado.
— Mas eu…
— Tudo bem ir aos poucos. O que é precioso pra você?
— Precioso…
Kuzaku.
Shihoru.
Yume.
Mary.
Setora, também… ele estava preocupado com ela.
Setora e Kiichi eram a mesma coisa?
Ranta.
Droga. Ranta idiota. Quando você não tá por perto… de alguma forma, tudo parece tão sem graça.
— Não gosto disso — sussurrou Haruhiro. — Todos…
Porque todos precisam de mim, eu…
Porque todos estão aí…
Eu tenho todos…
Todos…
— Tô com medo — sussurrou ele.

Sem todos, eu sou…
— Estou tão inquieto… Não consigo me controlar… — sussurrou ele. — Meus companheiros, eles se foram. Não sei se estão a salvo. Quero acreditar que estão… mas não consigo. Simplesmente não consigo. Pode não adiantar. Desta vez… pode ser o fim. Não pode ser. Será que eu… tô sozinho agora?
— Você tem a mim, não tem? — perguntou Alice.
— Ah, sim. Você tá aqui. Você… não sei se é gentil ou cruel.
— A questão comigo é que posso ser gentil às vezes, e cruel em outras.
Em algum momento, as coisas lá fora se acalmaram.
Estava apertado lá dentro, e difícil de respirar, mas quente.
Quem e o que era Alice C?
Tradução: ParupiroHPara estas e outras obras, visite o Cantinho do ParupiroH – Clicando Aqui
Tradução feita por fãs.
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