Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 11 – Volume 13
Hai to Gensou no GrimgarGrimgar of Fantasy and Ash
Light Novel Online – Capítulo 11:
[Não Vi Isso Chegando]
Não pode ser possivel.
Haruhiro já acreditou nisso. Ou, mais precisamente, tentou se convencer disso, talvez.
Vinte e três caixas, de tamanhos, formas, cores e materiais variados.
Sete livros, dispostos em pedestais.
Cinco estátuas, de designs diferentes.
Três prateleiras, com gavetas e outras coisas.
Uma porta.
Um anel de chaves deixado sobre uma cadeira.
Um candelabro, também deixado sobre uma cadeira.
Oito outras coisas, não facilmente categorizáveis.
E duzentas e quinze salas vazias, cada uma contendo apenas uma mesinha lateral e uma lâmpada.
Esse foi o resultado de explorar duzentas e sessenta salas.
Usando a sala com a entrada que eles não podiam usar para voltar como ponto de referência, a party continuou explorando o Acampamento Leslie. Agora, estavam de volta na Sala da Entrada. Na verdade, eles desabaram no chão ali.
No caso de Kejiman, no momento em que se sentou no tapete, ele se deitou e começou a roncar.
— Quanto tempo você acha que passou? — Kuzaku estava sentado de pernas cruzadas, as costas curvadas e a cabeça baixa. Não havia força em sua voz.
— Parece que… minha noção de tempo está ficando confusa… — murmurou Shihoru.
Shihoru estava sentada de costas para Mary, e elas se apoiavam uma na outra.
Setora parecia relativamente cheia de energia. Ela tinha um caderno aberto e estava anotando coisas sobre o Acampamento Leslie com entusiasmo. Kiichi estava encolhido em uma bola ao lado dela, claramente com sono.
— Isso não tem fim — disse Setora rapidamente. — Será que tá na hora de investigar uma relíquia? Ou tentamos abrir aquela porta?
Na verdade, Haruhiro estava considerando a mesma ideia. Afinal, a única coisa que parecia possível de entrar ou sair era aquela porta. Era da natureza humana querer tentar abri-la, um impulso forte demais pra resistir. Era bem difícil ignorar essa vontade.
Haruhiro também lutava contra o desejo de abrir cada uma das caixas. A existência do chaveiro chamava sua atenção, e ele se perguntava se talvez fosse para abrir as caixas. Mas, pelo que podia ver, nenhuma daquelas caixas tinha fechaduras.
Será que elas abriam? Ele ainda não tinha tentado. Por enquanto, talvez fosse okay verificar se dava para abrir uma delas ou não? Será que isso era ruim?
É, era ruim.
Espera, era mesmo?
Ele não sabia ao certo. Sua capacidade de tomar decisões estava comprometida. Ele estava ciente disso, então não podia fazer mais nada. Por enquanto, não conseguia evitar sentir que tudo o que pensava estava meio errado, e o chaveiro o incomodava.
A porta. Se a abrissem, o que haveria lá?
As caixas. Relíquias…
— Ainda temos água… — Mary estava mexendo em um recipiente. — Mas a comida tá quase acabando.
Todos tinham deixado suas mochilas grandes no acampamento. Haruhiro só tinha o equipamento mínimo necessário. Agora, ele se arrependia disso. Nunca esperava que isso fosse acontecer, no entanto. Tinha sido descuidado.
— Mil de ouro — disse Kuzaku de repente.
— Huh…? — Haruhiro olhou para Kuzaku. Por um instante, seus olhos se encontraram.
Kuzaku desviou o olhar.
— …Não. Não é nada. Esquece.
— Esquece…? — Por alguns segundos, Haruhiro ficou atordoado.
Cada moeda de platina pesava trinta gramas. Eram cem delas. Três quilos. Não era, de forma alguma, uma quantidade que não podiam carregar, mas aquela bolsa com cem moedas de platina era mais pesada do que seu peso físico. A bolsa em si era feita para durar, e era bem volumosa, então não era exatamente leve.
Durante a viagem, Kuzaku carregou aquela bolsa impressionante nos ombros enquanto caminhavam e a mantinha por perto enquanto dormia. No entanto, algo estava acontecendo.
Hã? Cadê a bolsa? Não tô vendo, pensou Haruhiro.
— Bem, sabe como é… — disse Haruhiro. — Essas coisas acontecem, né?
Eles tinham acabado de acordar. Não estavam em um lugar onde era provável que fosse roubada. Kuzaku provavelmente não imaginava que não conseguiriam voltar.
Kuzaku fungou e, com um tom deprimido, tão diferente dele, murmurou: — …Desculpa.
Haruhiro trocou olhares com Shihoru, que tinha uma expressão de “Nossa…”
Parecia que Mary também tinha captado a situação, e ela olhou para Kuzaku com preocupação.
Setora estava encarando o caderno, murmurando algo em voz baixa.
Kiichi, aparentemente, tinha pegado no sono.
O ronco alto de Kejiman era um incômodo.
Bem, sabe como é, pensou Haruhiro com um suspiro, é só dinheiro, né?
É muito dinheiro, porém. Tipo, uma quantidade absurda? Não é como se tivesse sumido. Não é exatamente como se ele tivesse perdido. Desde que a gente consiga voltar, os mil de ouro estão no lugar onde estávamos acampando. Isso se conseguirmos voltar.
Conseguimos ou não? Esse é o problema agora. Não é hora de se preocupar com dinheiro. Se a gente voltar, isso resolve tudo. Tudo vem depois disso.
O dinheiro não importa. Esquece. Só esquece. Não, quanto mais eu tento esquecer, mais difícil é. Estou ficando obcecado por isso.
Tá bom. Vamos pensar assim: não tinha dinheiro nenhum. Nunca tivemos mil de ouro pra começo de conversa. Nunca existiu.
Vamos nessa. Sim. Tô me sentindo melhor… Que desperdício, droga.
Não, não. Vamos voltar. Não importa o que aconteça, vamos voltar. Não pelo dinheiro, mas porque temos que voltar. Vamos sair do Acampamento Leslie. É só isso que importa agora.
Era só fazer o melhor numa situação ruim, mas ele conseguiu se animar. Ainda assim, sua cabeça permaneceu fria. Ele precisava pensar com calma. Seguir só no impulso não era o estilo de Haruhiro.
Mesmo assim, não havia dúvida de que tinham chegado a um beco sem saída. Se continuassem como estavam, era óbvio que nenhum deles teria força de vontade para seguir em frente.
Haruhiro se levantou.
— Vamos investigar a porta. Por sorte, tá bem ali.
Era na sala ao lado, então estava bem perto.
Kejiman, que ainda roncava alto, não acordou quando chamaram seu nome nem quando Setora o chutou, então o deixaram ali.
A party se moveu para a Sala da Porta e começou a examinar o exterior da porta
— A chave… — Haruhiro se agachou e aproximou o rosto da maçaneta. A porta em si era de madeira, mas a maçaneta e a placa de fundo eram de metal. Os buracos acima e abaixo da maçaneta não pareciam nada além de fechaduras. — Nunca vi uma porta com duas fechaduras antes…
— Sim. — Kuzaku se agachou ao lado de Haruhiro. — Mas não sei se tá trancada ou não…
Parecia que ele tinha se recuperado. Kuzaku não era do tipo que ficava arrastando as coisas, o que era bom, porque significava que não era um peso para lidar.
— É… — Haruhiro concordou. — Sei lá. Não dá pra saber só olhando.
— Dá para ver o outro lado pelo buraco da fechadura? — perguntou Setora.
— Por que não tenta? — sugeriu Haruhiro.
— Posso? — Kuzaku hesitou.
— Tudo bem. Só não toca nela.
— Tá. Só não me empurra, beleza?
— Eu nunca faria isso…
— É só um clichê, sabe — disse Kuzaku, fechando o olho esquerdo e aproximando o olho direito do buraco da fechadura.
Por um instante, Haruhiro sentiu uma leve vontade de empurrá-lo. Não que ele fosse fazer isso, claro.
— E aí? — perguntou Setora.
— Nada. Não dá pra ver nada — Kuzaku se afastou da porta.
Claro que ele não conseguia ver nada. Buracos de fechadura e os buracos de olho eram duas coisas diferentes.
De repente, Shihoru engoliu em seco.
— As chaves…
— Sim, também pensei nisso — disse Haruhiro, lambendo o lábio.
Não havia buracos de fechadura nas caixas, nem nas gavetas das prateleiras. Mas havia buracos nessa porta. Se estava trancada, onde estavam as chaves?
Havia um anel de chaves deixado sobre uma cadeira.
— Eu tenho minhas ferramentas, então posso tentar arrombar — disse Haruhiro. — Mas talvez nem esteja trancada…
Enquanto dizia isso, ele olhou para Mary. Ela estava olhando para ele, mas com a boca ligeiramente aberta, parecendo um pouco fora de si. Devia estar bem exausta. Só podia ser por isso.
Setora pegou Kiichi, que estava se esfregando em sua perna.
A porta. As chaves. Parece que estamos sendo levados a isso, e eu não gosto nada disso. Será que estou pensando demais? Acho que ser cauteloso demais é o melhor, mas isso não tá levando a lugar nenhum. Não importa o que aconteça, vamos ter que correr um risco.
— Todo mundo, se afasta — disse ele.
Ele esperou até que seus companheiros recuassem, então segurou a maçaneta.
Ele estreitou os olhos. Estava confiando no tato dos dedos e na audição.
Uma vez que decidisse fazer, não podia hesitar. A indecisão bagunçaria seus sentidos.
A maçaneta não girou.
Não importava quanta força ele colocasse, não se movia.
Essa sensação. O som. Estava trancada. Sem dúvida.
Haruhiro soltou a maçaneta. Olhou para baixo e suspirou. Estava suando muito. Um suor estranhamente gelado.
— Não abre — disse ele. — Vamos pegar as chaves.
A Sala do Chaveiro era perto. Isso não parecia totalmente acidental.
De qualquer forma, quando foram à Sala do Chaveiro, o anel de chaves ainda estava lá, obviamente, em cima da cadeira. O anel de metal era meio escuro, quase sem brilho, e havia nove chaves de formatos variados.
Ao pegá-lo e olhar, não era especialmente pesado. Era um chaveiro normal.
Haruhiro ficou na frente da porta, segurando o chaveiro, enquanto Kuzaku e os outros ficaram para trás.
— …Tá, vamos testar — disse Haruhiro.
Havia nove chaves. Dois buracos de fechadura, um acima e outro abaixo da maçaneta.
Haruhiro pegou uma chave ao acaso, testando primeiro no buraco superior.
Ela entrou, sem fazer barulho.
A suavidade era estranha. Mais ainda, a chave parecia encaixada perfeitamente no mecanismo de trava. Ele provavelmente não conseguiria tirá-la.
Ele tentou puxar a chave. Como esperado, não se moveu um centímetro.
— …O que é isso? — sussurrou sem querer.
Parecia que seus companheiros não o ouviram.
Não fica nervoso, disse Haruhiro a si mesmo, inspirando e expirando.
Não era apenas um chaveiro. Era isso que significava? Talvez o chaveiro também fosse uma relíquia. Se fosse, que tipo de poder ele guardava?
Haruhiro girou a chave. Destrancou. Ele podia dizer pelo barulho que fez.
Foi quando aconteceu.
A chave ficou embaçada, como se estivesse virando fumaça. Enquanto ele pensava que isso era impossível, ela desapareceu sem deixar rastros.
Haruhiro estava segurando a chave. Quando ela sumiu, o chaveiro caiu no tapete com um barulho.
— Haru? — Setora chamou seu nome.
Haruhiro pegou o chaveiro, então deu uma resposta sem sentido.
— …É, pois é.
Ele tentou contar as chaves.
Oito. Realmente só havia oito delas. Faltava uma.
Haruhiro se virou e mostrou o chaveiro para todos.
— Quando destranquei a fechadura, ela sumiu.
— Huh? — perguntou Kuzaku. — Pera, mas as chaves tão aí…
— Não, foi só a chave que usei que sumiu, e… — Enquanto explicava para Kuzaku, ele conseguiu se acalmar um pouco. — Bom, isso é uma relíquia. É tipo, sei lá… uma chave universal? Mas só de uso único.
— Me dá! — Kejiman estendeu as duas mãos como uma tigela. — Não! Eu exijo como seu empregador! Eu contratei vocês, então a posse dessa relíquia deveria ser minha! Agora, passa!
— Negado.
Com essa única frase curta de Setora, Kejiman começou a agir bem mais manso.
— E-era brincadeira. Nossa. Sabem que eu não estava falando sério. Hehe…
Okay, talvez não tão manso. De qualquer forma, se as coisas fossem como Haruhiro suspeitava, eles poderiam abrir qualquer porta mais oito vezes. Sua habilidade de arrombar era influenciada pela experiência, e ele não tinha garantia de sucesso. Também levava um tempo considerável. Além disso, dependendo do tipo de fechadura, às vezes Picking não funcionava. Mas qualquer um podia usar uma chave universal.
Era uma ferramenta excepcionalmente útil, mas assustadora, dependendo de como você olhava.
Haruhiro destrancou a fechadura inferior com outra chave. A chave universal que ele usou desapareceu, como esperado, deixando ele com sete.
Agora a porta deveria abrir.
— Deixa eu abrir? — Kuzaku se ofereceu.
Ele provavelmente estava preocupado com a segurança de Haruhiro, mas se houvesse armadilhas ou outros mecanismos, Kuzaku nunca notaria.
Haruhiro estava prestes a recusar, mas Setora fez uma contraproposta.
— Vamos deixar nosso empregador, Kejiman, abrir. Afinal, ele é nosso empregador.
— Eu?! N-não, mas isso…
— O quê? Então era só bravata? Que homem sem graça.
— Não sou sem graça, eu não! De jeito nenhum! Sou interessante demais pra acompanhar! Tento ser um bom cliente, mas tantas garçonetes na taberna me rejeitaram! Tá, eu vou!
Assim que Kejiman terminou de falar, ele empurrou Haruhiro para o lado, agarrou a maçaneta e deu uma boa girada.
— Ei, calma, não tão rápido! — exclamou Haruhiro.
— Vai ser um lorde demônio?! Um deus maligno?! Vem com tudo! — Kejiman abriu a porta.
Então é assim que vai ser, refletiu Haruhiro.
— Q-q-q-quê…! — Kejiman se curvou para trás de surpresa. Quase fez uma ponte. De certa forma, era impressionante. — O que é isssssso?!
Bem, por mais irritante que fosse concordar com Kejiman, não era difícil entender por que ele queria gritar.
Além da porta, havia uma cortina roxa escura.
O que isso significava?
Nada. A porta parecia estar posicionada de forma tão significativa, então Haruhiro tinha certeza de que não era uma peça comum, mas sim uma porta especial.
E não era. Era uma porta comum, como qualquer outra.
— Então não deveriam ter trancado… — Kuzaku se agachou e soltou um suspiro.
Setora colocou a mão no ombro de Kuzaku. Então, olhou para a mão, como se não tivesse certeza de que era mesmo dela. Ela a puxou de volta imediatamente.
— Bem, sabe como é… — Haruhiro suspirou.
— É uma decepção… mas nada de ruim aconteceu, então… — Shihoru soltou uma risada fraca e meio sem jeito.
Haruhiro não tinha feito nada errado, mas se sentia meio culpado. Ainda assim, como Shihoru disse, era melhor olhar pelo lado positivo. Mesmo que fosse bem difícil.
Mary ainda estava olhando além da porta. Estava em transe? Não parecia ser isso. Sua expressão estava rígida. Afiada, até. Havia um olhar em seus olhos, como se ela desconfiasse de algo.
Haruhiro também olhou para a porta. Foi quando aconteceu.
— Drogaaaaaaaaa! — gritou Kejiman.
Estava desabafando? Parecia que ele ia avançar contra a cortina do outro lado da porta.
Deixa ele. Haruhiro não o impediu.
E então…
Então é assim que vai ser.
— Ele…
Haruhiro provavelmente tentou dizer algo. “Ele”? “Ele” o quê? O que vinha depois? O que tinha acontecido?
Não estava claro.
— …Sumiu? — disse Kuzaku.
Era isso. Ele sumiu.
Era o que Haruhiro estava tentando dizer.
— Para onde ele foi…? — sussurrou Setora. Claro que ela falava de Kejiman.
— Ele desapareceu — Mary parecia surpresa. Seu rosto estava tremendo.
Haruhiro, por algum motivo, sentiu um leve alívio. Não, agora não era hora para alívio.
Kejiman tinha desaparecido.
Os olhos de Shihoru se arregalaram, e ela balançou a cabeça repetidamente.
A porta ainda estava aberta. A cortina do outro lado não se movia nem um pouco. Kejiman tinha avançado em direção à cortina. Mas não tinha apenas feito contato. Bem na frente dela—ele sumiu?
— Isso é estranho… né? — Kuzaku se aproximou da porta e esticou a mão direita.
— Calma, espera! — Mary exclamou, soando um pouco preocupada.
Mas tudo além do cotovelo direito de Kuzaku tinha desaparecido.
— …Hã?
— O que…
Dessa vez, Haruhiro sabia o que estava tentando dizer. “O que tá acontecendo?” Mas antes que pudesse, ele pulou e agarrou o braço direito de Kuzaku. Envolveu-o com o braço e tentou puxá-lo de volta para o lado de cá.
— Ai, ai, ai, ai, ai?! Ha-Haruhiro, também tô sentindo do outro lado…
— Quê?! — exclamou Haruhiro.
Isso não era bom. Ele estava com os calcanhares firmes no chão, puxando com toda a força, mas não conseguia soltá-lo.
Kuzaku estava com dor e, além disso, em pânico.
— Droga! Droga! Tô sentindo algo puxando do outro lado também!
— A-aguenta firme!
— Não, eu tô! É que, se eu acabar indo pra lá, acho que…
Não estava claro o que Kuzaku estava pensando, mas ele enfiou a mão esquerda na porta. Ela desapareceu. Tudo além do pulso esquerdo de Kuzaku sumiu.
Não fazia sentido. Mas era isso? Olhando a situação, se ele entrasse pela porta, desapareceria. Era assim que funcionava?
— P-Parece que não vou deixar de existir! E-Eu ainda sinto! Minha mão direita, tá sendo puxada do outro lado, quero dizer! Mas uma vez que eu entrar, pode ser que não volte mais pra cá…
— Não pode ser! — Haruhiro ficou sem palavras. Apesar disso, ele continuava puxando Kuzaku.
— Droga! Desculpa, Haruhiro, pessoal, parece que tenho que ir pro outro lado. Vocês não precisam vir comigo. Não dá pra saber pra onde vai… Desculpa mesmo!
O braço esquerdo de Kuzaku, sua perna esquerda e a perna direita passaram pela porta. Ele estava desaparecendo. Aos poucos. Kuzaku estava. Isso era extremamente bizarro.
— Uwah…! — exclamou Kuzaku.
Ele estava sendo sugado. Ou melhor, sendo puxado do outro lado. Haruhiro ainda o segurava. Não mais pelo braço direito. Ele tinha os dois braços em volta do torso dele por trás, segurando firme.
— Ha-Haruhiro, me solta. Vou ficar bem. Dou um jeito de alguma forma. Isso tá bem doloroso, também…
— Tá rindo de quê, cara? — exclamou Haruhiro.
— Quer dizer, não é motivo pra chorar.
— Sim… — Haruhiro afrouxou o aperto.
Kuzaku escorregou pelos braços de Haruhiro.
Acabou em um instante.
Kuzaku foi engolido pela porta.
— Haruhiro-kun… — sussurrou Shihoru.
Haruhiro não se virou para olhar.
— Desculpa. Sei que não conversamos sobre isso… mas já decidi o que fazer.
Shihoru e Mary com certeza não iriam se opor.
— Miau — Kiichi miou.
— Sério… — Setora parecia exasperada, mas também animada. — Estar com vocês nunca é entediante.

Tradução: ParupiroHPara estas e outras obras, visite o Cantinho do ParupiroH – Clicando Aqui
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