Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 18 – Volume 12

 

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Hai to Gensou no GrimgarGrimgar of Fantasy and Ash

Light Novel Online – CapĂ­tulo 18:
[HistĂłrias BĂŽnus]


Cena #5: Meu Peter-kun

Mimori-san tinha mais de um metro e oitenta de altura. Ela nĂŁo sabia exatamente quanto, mas com certeza era mais do que isso.

Desde que passou dos um metro e oitenta, começou a trapacear na hora de medir sua altura. Curvava o pescoço e os quadris, olhava para baixo, fazia qualquer coisa para parecer um pouco mais baixa. Mesmo quando o mĂ©dico da escola a repreendia, Mimori-san nĂŁo ligava. Ficava em silĂȘncio, nĂŁo importava o que dissessem, e o mĂ©dico acabava desistindo.

Por isso, Mimori-san nĂŁo sabia ao certo sua prĂłpria altura. E nem queria saber.

Quando entrou no ensino médio, foi convidada para entrar nos times femininos de basquete, vÎlei, softball, atletismo, judÎ e kendÎ. Mas não se juntou a nenhum deles. Seus colegas diziam que era um desperdício.

Mimori-san nĂŁo respondia nada, mas pensava que nĂŁo era da conta deles.

Logo, surgiu uma oportunidade para jogar basquete na aula de Educação Física. Mimori-san arremessou a bola do meio da quadra. Só fez isso porque qualquer outra coisa daria mais trabalho, mas, por algum motivo, a bola entrou.

Os colegas insistiram que ainda dava tempo para ela entrar no time de basquete, que deveria fazĂȘ-lo de qualquer jeito. Mimori-san apenas ficou em silĂȘncio, decidindo que nunca mais arremessaria uma bola, nem mesmo nas aulas.

Mimori-san tinha um cachorro em casa. Era um poodle francĂȘs chamado Peter-kun. Peter-kun era enĂ©rgico, fofo e amigĂĄvel, mas, por alguma razĂŁo, Mimori-san era a Ășnica da famĂ­lia de quem ele nĂŁo se aproximava.

Sempre que ela chamava “Peter-kun!”, ele encolhia o rabo e fugia. E se ela tentava fazer carinho, Peter-kun disparava como se tivesse visto um fantasma.

Mimori-san nĂŁo gostava de assustĂĄ-lo, entĂŁo geralmente o observava de longe.

Na escola, a turma decidiu construir uma grande lanterna de papel para um carro alegĂłrico no festival escolar.

O desfile em que arrastariam a lanterna era um evento tradicional aguardado pela comunidade local.

Mimori-san se interessou o suficiente para ajudar a desenhar os enfeites, mas não conseguia expressar suas opiniÔes e acabou desistindo no meio do caminho. Em seguida, passou a cortar a madeira para a estrutura do carro alegórico, mas errou vårias vezes e quebrou algumas peças. Seus colegas cobriram os erros dela, mas, sentindo-se culpada, resolveu parar.

Por recomendação, tentou pintar os papéis que seriam colados na lanterna. No fim, não só pintou o papel, mas também as mãos e o uniforme. Isso poderia ser resolvido facilmente lavando tudo, mas seus colegas fizeram um grande alarde e disseram que ela deveria ir para casa. E assim ela foi.

SituaçÔes assim aconteceram algumas vezes, e, pouco a pouco, Mimori-san foi ficando apenas como espectadora.

A confecção do carro alegĂłrico gerava muito lixo. Um dia, teve uma ideia e decidiu levar todo o lixo para o ponto de coleta. Perguntando para os colegas “Isso aqui Ă© lixo?”, passou recolhendo os descartes. Quando tinha acumulado o suficiente, levava tudo de uma vez.

Ela não gostava de admitir, mas era alta, tinha um corpo grande e era forte. Tentou carregar o måximo de lixo possível, mas subestimou o peso e quase tropeçou ao descer as escadas.

— Ah, Mimori-san. Eu levo isso. — Um dos garotos da turma, que passava por ali, pegou parte do que ela estava carregando.

Graças a isso, ela evitou cair da escada, o que facilitou as coisas. Mas, de alguma forma, sentiu-se um pouco contrariada. Como nĂŁo conseguia explicar, ficou em silĂȘncio.

— …O que foi? — perguntou o colega de olhos sonolentos, hesitante.

— Nada, não.

— Ah, tá bom então. — Ele pegou mais um pouco do lixo dos braços dela.

— VocĂȘ pegou mais.

— Foi mal. Não era pra pegar?

— NĂŁo Ă© que nĂŁo era pra pegar. Mas…

— Mas…?

Sem responder, Mimori-san continuou descendo as escadas.

Um pedaço de lixo caiu de seus braços, e seu colega de olhos sonolentos rapidamente pegou.

Mimori-san o encarou.

— Ha ha… — Ele soltou uma risada forçada.

Mimori-san mordeu levemente os lĂĄbios e apressou o passo. Seu colega caminhava um pouco Ă  frente, sempre olhando para trĂĄs para ver se ela deixaria cair mais alguma coisa.

Eles descartaram o lixo no local adequado.

— Só sei o seu primeiro nome — Mimori-san comentou.

— Huh? Ah, Ă© mesmo. Nunca conversamos antes, nĂ©? Meu sobrenome Ă©…

— Haruhiro.

— Er… Sim, esse Ă© meu primeiro nome…

— Eu sou Mimori.

— …É, eu jĂĄ sabia?

— Pode me chamar de Mimorin. Se quiser.

— Certo… Mimorin?

Seu colega de olhos perdidos e sonolentos lembrava um pouco o Peter-kun.

Cena #6: Seu Pecado

Moguzo segurava a cabeça e resmungava.

— Hmmm…

Ranta, sentado ao lado dele, percebeu e perguntou: — Hum? Que foi, Moguzo?

— Ah, bem… — Moguzo tentou explicar, mas se atrapalhou.

Ranta exclamou: — Opa! Peraí! — Então, olhou para o celular e, de repente, começou a rir feito um idiota.

— …O que vocĂȘ tĂĄ vendo?

— Huh? VĂ­deos. É o Pikahyon. Pikahyon. VocĂȘ sabe o que Ă© isso, nĂ©?

— Pikaryon?

— NĂŁo. Pikahyon, cara. O quĂȘ? VocĂȘ nĂŁo sabe? Nossa, Moguzo, vocĂȘ tĂĄ por fora. Desse jeito, nunca vai conseguir atravessar essa sociedade moderna e perigosa e sair do outro lado ileso. Mas, pensando bem, vocĂȘ nĂŁo parece ser do tipo que sai correndo por aĂ­.

— A-Ah… Eu prefiro andar devagar e tranquilo…

— Isso nĂŁo Ă© um problema, nĂ©? Cada um tem seu ritmo. Mas eu corro! No mĂĄximo! Vou atravessar a vida na velocidade da luz!

— Ranta-kun, Ă s vezes, sei lĂĄ, parece que vocĂȘ tĂĄ com pressa de viver…

— Hã? Eu pareço estar com pressa? Eu? Correndo feito louco? — Ranta pareceu envergonhado. Pelo visto, ele tinha interpretado aquilo como um elogio.

— A-Acho que sim…

— Bom, talvez? Sempre fui do tipo que vive no limite. Afinal, o tempo nĂŁo espera por ninguĂ©m, nĂ©? Tem que aproveitar ao mĂĄximo. A vida Ă© curta, tem que viver bem. Ah, mas peraĂ­, Moguzo, cara, vocĂȘ tava gemendo antes, nĂ©?

— N-Não, eu não tava gemendo.

— NĂŁo tava? Claro! Seria bizarro te ouvir gemendo! Gemendo, em plena luz do dia, sentado na sua carteira! …Ei, peraĂ­! TĂĄ todo mundo me olhando estranho! EstĂŁo me encarando como se eu fosse um tarado! Me lançando aquele olhar de ‘Por que vocĂȘ tĂĄ fazendo piadas indecentes, seu Grande Lorde Pervertido?!’! Isso Ă© culpa sua, Moguzo!

— HĂŁ…? M-Minha culpa…?

— Bom, tanto faz, não ligo.

— Ah. NĂŁo liga…

— Eu poderia insistir, mas nĂŁo vou tirar nenhuma piada de ouro daqui! EntĂŁo, vou sair fora imediatamente! DecisĂŁo sĂĄbia, nĂ©? Eu tomo decisĂ”es sĂĄbias. Sou um verdadeiro Wiseman. Pegou? Eu sou Mr. Wise.

— A-Ah, sim. Isso quer dizer que vocĂȘ Ă© esperto. Porque wise em inglĂȘs significa sĂĄbio…

— Isso foi óbvio demais! Dá um toque especial! Vamos, seja um tornado!

VocĂȘ nĂŁo faz o menor sentido, pensou Moguzo, mas, por enquanto, apenas disse: — D-Desculpa… — e se desculpou.

Ranta suspirou, cruzou os braços e perguntou: — EntĂŁo…? Por que vocĂȘ tava resmungando? TĂĄ com algum problema? Alguma preocupação? Coisa de jovem? Alguma garota, talvez? Se apaixonou, hein?

— NĂŁo… NĂŁo Ă© nada disso.

— NĂŁo Ă©? Que chato. VocĂȘ Ă© um cara incrivelmente entediante. Sim, sim, Ă© sim. Mas entĂŁo, o que Ă©? Ah, jĂĄ sei. Deixa eu adivinhar. É isso, nĂ©? VocĂȘ quer ir pro karaokĂȘ hoje.

— …P-Por quĂȘ?

— E vocĂȘ vai cantar.

Moguzo ficou em silĂȘncio.

— VocĂȘ Ă© pĂ©ssimo cantando. Mas as pessoas vĂŁo te pressionar pra cantar mesmo assim. E aĂ­, vocĂȘ tĂĄ preocupado com o que fazer. Acertei?

— …V-VocĂȘ acertou.

— O quĂȘ?! Eu acertei?! Eu chutei aleatoriamente! Como assim eu acertei?! E peraĂ­, com quem vocĂȘ vai? É uma garota? É, nĂ©? É sim, nĂ©? Ah, juventude!

— Humm… É com a minha famĂ­lia.

— FamĂ­Ă­Ă­Ă­Ă­Ă­Ă­Ă­Ă­Ă­lia…?

— C-Com minhas duas irmĂŁs mais novas. Ah, e minha prima. Minha amiga de infĂąncia que mora ao lado meio que vai junto tambĂ©m…

— A-Amiga de infĂąncia? U-U-Uma… Ga-garota?

— …S-Sim…?

— VOCÊ É UM PECADORRRRRR!

De repente, Ranta virou a carteira de cabeça para baixo.

A sala de aula ficou em silĂȘncio.

O rosto de Ranta estava coberto de lĂĄgrimas.

— VocĂȘ, meu caro, cometeu um pecado. Eu conto duas irmĂŁs mais novas, uma prima e uma amiga de infĂąncia. VocĂȘ vai ao karaokĂȘ com quatro garotas! Esse Ă© o seu pecado, Moguzo… Como penitĂȘncia, me leve junto.

— …Eu nĂŁo me importo — respondeu Moguzo, por fim.

— O quĂȘ, vocĂȘ nĂŁo se importa?! AĂ­ sim!


Tradução: ParupiroHPara estas e outras obras, visite o Cantinho do ParupiroH – Clicando Aqui


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