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Hai to Gensou no Grimgar – Capítulo 17 – Volume 13

 

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Light Novel Online – Capítulo 17:
[Coisas Que Mudam, Coisas Que Não Mudam]


Quanto tempo eles estiveram enterrados vivos? Era inútil pensar nisso. O tempo não tinha significado em Parano. Mesmo que ele tivesse um relógio mecânico, provavelmente ele pararia, começaria, giraria no sentido horário, no sentido anti-horário, e seria completamente inútil.

Alice C usou a pá mágica para cavar uma passagem até a superfície, tornando a fuga fácil.

Quando saíram, as Ruínas Nº 6 haviam sido reduzidas a uma pilha de escombros. Muito poucos prédios permaneciam—seis, para ser exato—e todos estavam meio destruídos ou enterrados nos destroços.

— Parece que é o fim do meu esconderijo — disse Alice. — Maldito Ahiru. Da próxima vez que nos encontrarmos, ele tá morto.

— Isso tudo foi obra do Ahiru? — perguntou Haruhiro.

— Eu te disse. Em Parano, qualquer um pode usar magia. A magia do Ahiru é do mesmo tipo que a minha.

— Philia? Ou como é que se chama?

— É — os olhos de Alice se estreitaram, e ela deu uma risada.

Haruhiro ainda não tinha visto Alice sem a máscara. Que tipo de rosto essa pessoa tinha?

— A magia em Parano pode ser amplamente dividida em três tipos… não, quatro tipos. Mas nunca vi o quarto. Tem philia, narci e doppel. A magia geralmente se encaixa em um desses três tipos.

Alice passou a explicar o que significavam.

Philia era amor. O amor usava maldições para imbuir um objeto específico, como um item comumente usado ou uma arma para se proteger, com poder. Esses eram chamados de fetiches.

— A fonte da philia é o fetiche — disse Alice, erguendo a pá. — O item encantado torna o portador mais forte, dando a ele magia. Se perderem o fetiche, o dono enfraquece, ficando incapaz de usar magia. Matei monstros dos sonhos com isso. Parecia estranho ir explorar sem nada nas mãos, então pensamos em trazer algumas ferramentas. Eu estava segurando isso. Não por coincidência. Não sei por quê, mas quis carregar isso. Disse que faria, e me deixaram. Talvez eu tivesse um pressentimento ou algo assim. No fim, isso me salvou.

— Então… essa pá virou um fetiche? — perguntou Haruhiro lentamente.

— Haruhiro, você tem uma faca ou algo assim, né? — perguntou Alice. — Talvez ela se torne seu fetiche. Talvez não. A propósito, o fetiche do Ahiru é um cinto. Aquele na cintura dele.

— Como ele derrubou tantos prédios com um cinto?

— Sei lá. Aposto que ele trabalhou duro, preparando cada prédio um a um.

— Acho que levaria um bom tempo.

— Se levou ou não, dá na mesma neste lugar. Ou você faz algo, ou não faz. Ahiru fez. Ele é mais fraco que eu, mas tem um objetivo e não desiste. Não pode me vencer, então me provoca e tenta me chamar pro lugar do rei.

— O rei? — repetiu Haruhiro.

Ele foi ignorado. Alice não respondia perguntas que não queria responder.

Quase não havia pontos planos no mar de destroços, então eles subiam e desciam, pulando repetidamente e desviando de obstáculos enquanto avançavam gradualmente.

No começo, Alice ia na frente, e Haruhiro a seguia em silêncio. Mas Alice gradualmente começou a parar para suspirar e balançar a pá sem motivo. Alice parecia cansada disso, então a escolha do caminho aparentemente não era muito eficiente.

Quando Haruhiro tomou a frente, com Alice apenas indicando a direção geral, eles aceleraram consideravelmente o ritmo.

— Será que você tá acostumado com isso? — perguntou Alice.

— Uh… Bom, sim — disse Haruhiro. — Mais ou menos.

— Hmm. Você vivia como um sobrevivente, ou algo assim?

— É uma longa história.

— Você não entende. Não precisa se preocupar se a história é longa ou curta.

Então, enquanto Haruhiro caminhava de um pedaço de escombro que parecia um ponto de apoio viável para outro, ele contou a Alice tudo sobre si mesmo, ou melhor, sobre seu grupo.

Ele não começou do início, que foi quando acordaram em Grimgar há mais de um ano e meio. Não passou por todos os eventos em ordem. Ele pulava de um lado para outro, indo e voltando. Ele teria que admitir, ele mesmo, que era um péssimo contador de histórias. Ou talvez, por estar em Parano, as coisas simplesmente saíam assim.

Quando finalmente saíram das Ruínas Nº 6, havia água espalhada por uma ampla área logo após a areia branca. Não havia correnteza. Seria um lago? Ao longe, havia uma fumaça branco-leitosa.

— Onde é isso? — perguntou Haruhiro, mas Alice deu de ombros.

— Eu diria que provavelmente não vi isso antes. Não há muitos lugares que existam desde sempre. Pelo que sei, há as Ruínas de Nº 1 a Nº 7, que são os restos de sete cidades e seus arredores, o Monte Vidro, a Torre de Ferro do Céu, o Vale do Desejo Mundano e o Rio Sanzu.

— O resto muda? — perguntou Haruhiro.

— Se você lembrar de todos os marcos, vai se virar bem.

— As Ruínas Nº 6 não desaparecem, então — refletiu Haruhiro. — Foi por isso que você tava morando lá, né?

— Aquele desgraçado do Ahiru realmente me pegou dessa vez.

— Você acha que ele também ficou preso nisso?

— Ele é teimoso, então acho que tá vivo. Se estivesse morto, eu não poderia matá-lo. Preciso dele vivo.

Alice caminhou sobre a superfície da água como se não fosse nada de mais. Será que pretendia nadar?

Quando o pé direito de Alice tocou a superfície, ondulações se espalharam a partir dali. Ela não afundou.

Não era água? Parecia uma superfície clara que refletia a luz como água. Além disso, quando estimulada, produzia ondulações.

O fundo não era visível. Era apenas transparente até o fim.

Haruhiro também tentou caminhar. Quando as ondulações que se espalhavam a cada passo se tocavam, elas se anulavam. Se não fossem interrompidas por outra ondulação, elas se espalhariam para sempre.

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— Primeiro, precisamos encontrar um lugar pra nos estabelecer — disse Alice, criando muitas ondulações.

— Quero procurar meus companheiros — disse Haruhiro.

— Ouvi isso. Você quer minha ajuda também, com certeza. Bom, pra ser honesta, duvido que eles estejam vivos, e procurar pessoas aqui não é simples.

— Você disse que é uma questão de fazer ou não fazer algo, Alice. Sendo assim, eu vou fazer.

— “Meus companheiros. Todos. Todos. Meus companheiros.” É só isso que você diz. Se seus companheiros te mandassem morrer, você iria?

— Se fosse a melhor opção.

— Muitos caras que dizem isso são só conversa, mas você pode realmente ir e fazer.

— Não digo coisas que não penso.

— Se eu te ajudar, o que ganho com isso? — exigiu Alice.

— Ahiru tem um objetivo, você disse. E você? Só quer ficar mais forte?

Ele foi ignorado de novo. Alice provavelmente não queria falar.

— Se você me ajudar, eu te ajudo na mesma medida — disse Haruhiro, por fim.

— Você? — Alice riu alto.

Isso nem o ofendeu tanto.

Alice tinha dito que qualquer um podia usar magia em Parano. Mas Haruhiro ainda não tinha descoberto sua magia. Alice provavelmente estava pensando, O que você pode fazer, afinal?

— Você pode decidir se eu sou útil ou não depois — respondeu Haruhiro.

— Não, Haruhiro, não acho que você seja inútil. Você era um ladrão, né? Parece algo saído de um jogo, mas você pode usar essas habilidades aqui, não pode?

— Um jogo?

— Aparecem em RPGs e coisas assim, né? Personagens ladrões. São rápidos, roubam itens. Bom, eu nunca fui muito de jogos. Mas não é como se eu nunca tivesse jogado um.

— Não… sei direito, mas se eu conseguir não entrar em pânico, aqueles… Você chamou de monstros dos sonhos? Acho que não é impossível pra mim lutar contra monstros assim.

— Vai depender da sua magia, suponho. Se tudo que você conseguir enfrentar forem monstros dos sonhos comuns, tem um cara louco por aí que você não vai ter chance nenhuma contra.

Esse “cara louco” era o rei?

A superfície clara, que na verdade não era um lago, agora estava completamente coberta de ondulações.

Na distância enevoada, ele podia vagamente distinguir algo como um pilar que alcançava o céu de bolinhas.

— Aquilo é… a Torre de Ferro do Céu? — perguntou ele lentamente.

— Sim. Pense nela como o umbigo de Parano. Se você usar a Torre de Ferro do Céu como ponto de referência, junto com coisas como a direção que você precisa seguir pra chegar a cada ruína, pode descobrir localizações relativas assim.

Quanto tempo mais eles teriam que caminhar para chegar à Torre de Ferro do Céu? Ele queria perguntar, mas se conteve. Ele podia mais ou menos adivinhar a resposta sozinho. Em Parano, pensar em tempo, ou quanto tempo algo levaria, era inútil.

— Então, monstros dos sonhos, eles não são tão comuns, né? — perguntou ele.

— Culpa minha. Os fracos ficam com medo e fogem. É diferente quando uma estrela cai e tudo fica louco, no entanto.

— Você é famosa? — questionou Haruhiro.

Alice deu de ombros.

— Aposto que os monstros dos sonhos podem sentir o ego. Eles não têm ego próprio, não podem ter, mas querem, então atacam pessoas. Mas quando um ego é forte demais, se torna uma ameaça pros monstros dos sonhos.

— Quando você mata monstros dos sonhos… pode roubar o ego deles? — perguntou Haruhiro.

— Id.

— Você pode roubar isso e ficar mais forte?

— Não é que você fica mais forte. Sua magia fica mais forte.

Parecia que a natureza do ego e do id era flutuar para se equilibrarem.

Se Alice tivesse um ego de 100, o Id de Alice se estabilizaria em cerca de 100. O oposto também era verdade. Se Alice matasse um monstro dos sonhos com 10 de id, o id de Alice subiria para 110. A partir daí, o ego de Alice automaticamente ficaria mais forte até se aproximar de 110. Não aconteceria de uma vez, mas cresceria gradualmente.

— Se meu ego fosse… digamos, 10, meu Id também seria 10? — perguntou Haruhiro.

— Mais ou menos, sim.

— Então, se eu matar um monstro com 10 de id, meu id vai virar 20, e meu ego vai aumentar pra 20 também.

— Essa seria a esperança.

Alice estava sendo evasiva. Seus cálculos estavam errados? Não importava como pensasse, dez mais dez era vinte, mas talvez não em Parano.

Quando chegaram à borda da terra das ondulações, encontraram um lugar com areia que só podia ser descrita como azul puro. Aqui e ali, havia coisas amarelas, parecidas com cogumelos, com suas capas espalhadas. Seriam cogumelos?

Quando os dois se aproximaram, as coisas amarelas tinham dois metros de diâmetro e pareciam tartarugas carregando cogumelos nas costas. Não se moviam e eram duras como pedra ao toque.

Eram realmente bizarras, mas não particularmente surpreendentes. Parano tinha muitas coisas estranhas. Ou melhor, era cheio de nada além de coisas estranhas.

— Tenho que encontrar minha magia… — murmurou Haruhiro.

— Eu sobrevivi porque tinha minha pá — concordou Alice. — Opa!

E Alice pulou em cima de um dos cogumelos amarelos que, na verdade, não eram cogumelos.

— Naquele momento, pelo menos, essa pá era tudo em que eu podia confiar. Só minha pá. Uma forma de pensar é que algo assim pode ter a possibilidade de se tornar sua magia, e…

— …pode não se tornar? — completou Haruhiro.

— Por que você acha que o monstro dos sonhos que você criou tomou aquela forma?

— Isso… sei lá. Sinto que tive um sonho, mas mal me lembro dele.

— É assim que funciona. Mesmo que a gente consiga se convencer de que algo é a resposta, é muito difícil encontrar uma prova absoluta.

Na areia azul onde os cogumelos que não eram cogumelos estavam espalhados, os dois caminhavam, caminhavam e caminhavam.

Tudo parecia uma história inventada. Mesmo quando se tratava de eventos que estavam gravados em sua cabeça e coração, no momento em que Haruhiro parava de sentir que realmente aconteceram, eles se desfaziam e escorregavam pelos vãos entre seus dedos.

Sem a outra pessoa conhecida como Alice C, mesmo que ele tivesse sobrevivido, sua sensação de realidade teria enfraquecido, desaparecido, e ele poderia ter perdido todas as suas memórias.

Em algum momento, o número de cogumelos que não eram cogumelos aumentou a ponto de cobrir a superfície, tornando impossível ver a areia.

Os topos dos cogumelos que não eram cogumelos eram escorregadios, dificultando a caminhada, mas os dois tinham que seguir em frente.

De repente, ele sentiu fome. Suas entranhas se contorciam em busca de comida. Apesar disso, seu estômago não roncava.

Sua garganta estava seca. Ele queria algo para beber. Não sabia por quê, mas havia uma dor no fundo do olho.

— Água — arfou Haruhiro. — Algo pra comer…

— Não te disse isso da primeira vez? Mesmo que você não coma ou beba, não vai morrer. Faz um bom tempo que não coloco nada na boca.

— Mas tá me deixando louco.

— Por que não bebe sua própria saliva?

Haruhiro decidiu tentar isso. Não estava satisfeito com essa resposta, mas se não bebesse algo, saliva ou não, isso ia ficar fora de controle.

O jardim de cogumelos amarelos que não eram cogumelos foi subitamente substituído por rochas cinzentas e ásperas. As rochas tinham incontáveis coisas parecidas com cavalinhas crescendo delas. Seriam comestíveis, não é?

Ele arrancou algumas e, quando ia jogá-las na boca, percebeu que Alice o observava e parou.

Ao espremer as pequenas pseudo-cavalinhas, um fluido amarelo-dourado saiu, e cheirava a podre. O fato de ele ainda sentir vontade de lambê-lo era, ele tinha que admitir, aterrorizante.

As rochas subiam e desciam, e eles se viam descendo quando tentavam subir e subindo quando tentavam descer.

Quando ele olhou para cima por impulso, não havia céu. Virando para a direita, viu o céu ali. Era como se estivesse caminhando em uma parede, mas não caía.

Não era assim o tempo todo. O chão formava uma espiral suave, com o céu acima às vezes, abaixo em outras, às vezes à esquerda, às vezes à direita.

Ocasionalmente, sua fome e sede voltavam. Ele frequentemente ressentia Alice por estar perfeitamente bem com esse estado.

Fome e sede agitavam o coração. Por causa disso, ele tentava apagar sua frustração e ódio. Às vezes funcionava, outras não.

Ele finalmente estava começando a ver a Torre de Ferro do Céu claramente.

— Parece uma torre de rádio, não é? — disse Alice. — Grande demais e alta demais, no entanto.

Alice dizia coisas que ele sentia que entendia, mas talvez não. De qualquer forma, a Torre de Ferro do Céu, fiel ao seu nome, era montada com materiais de ferro e era uma estrutura grandiosa que parecia alcançar os céus.

Olhando da colina em espiral, não era apenas a torre em si que era de ferro, mas a área ao redor também. Havia dezenas—não, centenas—de muros de ferro enferrujados de dez metros cercando a torre.

Os muros de ferro tinham portões com portas de barras de ferro. Quando passaram por um portão, outro muro de ferro bloqueava o caminho do outro lado. Eles seguiram o muro, e havia outro portão. Passaram pelo portão e seguiram o muro novamente.

Havia um portão. Eles passaram por ele, seguindo o muro.

Isso se repetiu por um longo tempo.

— Eu me lembro do caminho, mas se não lembrasse, nos perderíamos — disse Alice. — Tem muitos becos sem saída.

— É praticamente um labirinto.

— O fato de este lugar não mudar é sua única graça. Se mudasse toda vez, teríamos que ir por tentativa e erro.

Lenta mas seguramente, ele estava se tornando mais capaz de lidar com a fome e a sede. No lugar desses desconfortos, ou talvez não, sua saudade dos companheiros ficava cada vez mais forte.

Sempre que se tornava demais, ele pedia permissão a Alice e depois gritava até não aguentar mais enquanto rolava pelo chão.

Alice não dizia, “Você é idiota?” ou “O que tá fazendo?” ou nada assim.

Quando passaram pelo labirinto de ferro, havia uma montanha de sucata de ferro velho empilhada, e no topo dela, a Torre de Ferro do Céu se erguia ao céu.

A Torre de Ferro do Céu tinha um conjunto externo de escadas. Era apenas uma estrutura de ferro com degraus de cerca de um metro de largura e sem corrimão, então seria difícil para alguém com medo de altura.

Os degraus eram de ferro, finos o suficiente para entortar um pouco se pisassem com força. Todo o conjunto de escadas tremia um pouco também.

Quando subiram cerca de cem metros ou algo assim, as escadas pararam. Havia uma escada de mão. Uma escada longa. Tinha que ter no mínimo cinquenta metros.

O vento aumentou, e tinha um gosto doce mesmo através da máscara. Ele estava um pouco assustado, mas de alguma forma conseguiu subir a escada, e então havia mais escadas para escalar.

Ele subiu escadas, escalou uma escada de mão, subiu escadas. Escalou uma escada de mão, subiu escadas.

Alice parou em um patamar nas escadas.

Era um patamar estranho. Se fosse para nomear esse patamar, provavelmente seria pela estátua de um homem, sentado com as pernas penduradas na borda do patamar.

Essa estátua também era de ferro? Ou teria sido feita apenas compactando ferrugem? Parecia que poderia ser. Era assim tão enferrujada.

O homem era de peso médio, altura média, e parecia ter seus vinte ou trinta anos. Suas mãos estavam nas coxas, e ele parecia olhar para o horizonte.

Bam! Alice acertou a cabeça da estátua com a pá.

— Quando algo fica aqui por muito tempo, isso acontece.

— O que acontece? — perguntou Haruhiro hesitante.

— Enferruja. Sim, humanos também.

— Então esse cara era…

— Antes de enferrujar, ele estava vivo e respirando.

— Alguém que você conhecia?

— Ele tá aqui toda vez que venho, sabe. Enferrujando aos poucos. Avisei que ele tava em perigo, mas ele insistiu que estava tudo bem, então… conseguiu o que queria.

O homem, claro, não moveu um músculo. Estaria ainda vivo? Não parecia. Mas isso era Parano. Podia ser que, mesmo com o corpo todo transformado em ferrugem, ele não estivesse morto.

— Não podemos ficar aqui por muito tempo — disse Alice. — Se você tá de boa em enferrujar, é outra história, no entanto.

— É perigoso, quer dizer?

— Você ficará bem se não ficar aqui. Vim várias vezes, e até subi mais alto, mas não enferrujei.

— Seja por muito tempo ou pouco, isso é Parano. Pensei que o tempo não importasse…

— Não deveria, não. Mas o fato é que ele virou ferrugem, não é? — disse Alice, dando um tapinha na cabeça do homem. Então Alice apontou na direção em que o homem estava olhando.

A maior parte do chão estava coberta por uma névoa branco-leitosa. Era como um mar de nuvens. No entanto, havia lugares espalhados onde o terreno ficava exposto.

Quando ele olhou na direção que Alice apontava, seriam flores, talvez?

Havia flores de várias cores desabrochando.

— Aquela é a Ruína Nº 2 — disse Alice. — Ou costumava ser. Jardim Bayard. Vou pra lá brincar em seguida.

Alice começou a descer os degraus que haviam subido com passos leves.

Antes de correr atrás dela, Haruhiro tentou tocar a bochecha do homem enferrujado. Estava fria. A ferrugem ficou em seus dedos.

Enquanto esfregava os dedos para tirar a ferrugem, ele murmurou para si mesmo repetidamente: — Vou encontrar meus companheiros.

E para fazer isso, ele precisava de Alice. Era por isso que ele a seguiria por enquanto.

Estava só ganhando tempo, não é? Ele não queria realmente procurar, queria? Tinha medo de procurar seus companheiros e medo de ser forçado a aceitar os resultados. Isso era só ele adiando isso, não era?

Além disso, mesmo que procurasse por eles, poderia nunca encontrar nada.

Sentiu os joelhos fraquejarem. Quase acabou agachando.

Alice estava descendo as escadas. Logo estaria fora de vista.

Ele foi tomado por uma vontade de sentar ao lado do homem.

Claro, ele não faria isso.

Pelo menos por agora, não.


Tradução: ParupiroHPara estas e outras obras, visite o Cantinho do ParupiroH – Clicando Aqui


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