Death March Kara Hajimaru Isekai Kyousoukyoku | Death March To The Parallel World Rhapsody Web Novel Online Capítulo 7-11 [Na Margem do Grande Rio – Parte 2]



Satou aqui. Normalmente usamos um tempero sem pensar muito, mas será que as pessoas sabem do que eles são feitos? Maionese, molho inglês, molho para salada... é como dizem, só damos valor às coisas quando não as temos mais.


◇◇◇


— N-não, mestre, o senhor não pode...

Lulu me olhava com o rosto cheio de apreensão.

— Esttá tudo bem, apenas relaxe.

— S-sim...

Coloquei minhas mãos na cintura de Lulu, que recuou assustada, mas logo deixou seu corpo relaxar e descansar apoiado em mim, ainda que tremendo de leve.

— Vamos nessa, Lulu.

— E-eu não consigo... É grande demais.

— Não precisa se preocupar. Confie em mim.

Enquanto tentava acalmá-la, coloquei minhas mãos por cima das mãos delicadas dela.

E então—

O dedo da Lulu puxou o gatilho da pistola mágica.


Mangá Death March kara Hajimaru Isekai Kyousoukyoku Web Novel Ch 7 11 Online em Português PT-BR

◇◇◇



No lago da cachoeira bem à nossa frente, seis monstros gigantes parecidos com salamandras, todos com mais de dez metros de comprimento, se movimentavam à vontade. Eram chamados de Salamandras Duras, e, ao que parecia, tinham como habilidade especial o [Sopro Ácido]. Todos estavam no nível alto da casa dos 20. Eram relativamente fortes.

Tinha um motivo para eu levar Lulu comigo na caçada aos monstros, mesmo que isso a deixasse assustada.

Durante o incidente no território Muno, o nível da Pochi tinha ficado mais baixo que o dos outros. Então, levei ela para caçar monstros na estrada perto do nosso acampamento. Mas Arisa e Mia acabaram descobrindo e reclamaram que era injusto. No fim das contas, prometi levá-las também para caçadas sempre que aparecessem monstros fortes perto de onde estivéssemos acampando.

Fizeram até par ou ímpar pra decidir a ordem, e não só Arisa e Mia participaram, Nana e Lulu também entraram na disputa. A ordem final ficou Mia => Lulu => Nana => Arisa. Ir uma de cada vez me parecia ineficiente, mas, segundo elas, o importante era justamente a parte do “a sós comigo”.

Há uns três dias, encontrei monstros razoavelmente fortes e levei a Mia. Mesmo depois de derrotarmos sete monstros do tipo lagartas de nível 15, o nível dela não subiu. Pelo visto, elfos precisam de mais experiência para subir de nível.



◇◇◇


— M-mestre, um deles está vindo! O-o que eu faço?

Lulu se agarrou ao meu peito desesperada.

Sua aparência assustada era estranhamente adorável.

Rudy: É por isso que eu sempre digo que o Bostou é um monstro sádico.

Conjurei uma [Flecha Teleguiada] fora do campo de visão dela. Depois que o tiro da arma mágica atingiu o monstro, finalizei a salamandra com a flecha. Os cinco restantes nos notaram como inimigos e começaram a escalar o penhasco, então lancei alguns ataques com o [Atordoamento Remoto] e os derrubei de volta.

— Lulu, tome isso e depois tire de novo.

Fiz Lulu beber uma poção de recuperação mágica e a deixei recarregar a arma. Achei que ela conseguiria fazer até trinta disparos, já que era nível 3, mas metade da magia dela foi embora só com uma carga. Ao que tudo indicava, a eficiência da arma variava bastante de pessoa para pessoa.

Talvez o nível dela tenha subido depois de derrotar um monstro, porque, dessa vez, uma carga só consumiu 20% da magia. Miramos juntos, como antes, e disparamos.

Logo após o disparo da arma mágica, finalizei o monstro com a flecha teleguiada. Repetimos esse processo por cerca de três minutos e eliminamos os seis monstros.

Deixei Lulu no penhasco, completamente esgotada após seu primeiro combate, e desci para recolher os restos dos monstros. Do outro lado da cachoeira havia três monstros ainda mais fortes, mas Lulu já devia ter subido pro nível 7 ou 10 depois de tantos combates. Deixei o resto para a caçada com a Nana.

Carreguei Lulu nos braços, já que ela não estava bem, e corri pela superfície do rio principal em direção ao acampamento. A habilidade de [Manobra Aérea] era conveniente demais.


◇◇◇


— Ara? Lulu, o que houve? Ficou cansada da sua primeira batalha?

— A-Arisa... Eu, estou… bem...

Arisa correu até a gente, preocupada. Lulu afirmou com firmeza que estava bem, mas estava pálida. Parecia que o corpo dela ficou em choque com a subida drástica de nível — igual ao que aconteceu com a Liza e as outras no labirinto. Se considerarmos o tempo que elas precisaram, Lulu deveria se recuperar depois de dormir umas três ou quatro horas. Se piorar, eu daria a ela uma poção anti-térmica.

— E-ei! O que diabos vocês andaram enfrentando?

— Seis salamandras no afluente ali na frente.

Arisa, ao conferir o novo nível da Lulu, me pressionou. Ela tinha subido de nível 3 para o 13 só com esses monstros. Subiu bem mais do que eu esperava. Talvez tenha algum bônus por primeiro ataque, como nos jogos.

Lulu tinha adquirido novas habilidades. A tão sonhada [Culinária] finalmente apareceu. Além dessa, ganhou também [Disparo] e [Sniping], provavelmente por caçar monstros, e também [Preparação], talvez por ter me ajudado com poções antes. E por fim, de alguma forma, obteve [Canto Mágico].

Lulu nunca participou dos treinos de canto mágico, então como ela aprendeu isso?

Fiquei com inveja.

Mas Arisa sabia o motivo.

— Hein? Canto mágico? Ah~ acho que sei. Lulu sempre praticou canto comigo desde pequenas. Provavelmente ela não tinha aprendido antes porque não tinha pontos de habilidade suficiente.

— Então, será que ela vai aprender magia psíquica também?

— Lulu nunca foi boa em ciência. Era péssima em teoria mágica, não importava o quanto tentasse. Acabou desistindo no meio.

Desistiu, hein...

— Não serve só decorar?

— Nem pensar! Você tem que entender o significado do encantamento se quiser usar magia!

Parece que Arisa levava isso bem a sério.

Planejei ensinar alguns feitiços para Lulu em segredo da próxima vez. Vai que ela aprendesse magia na próxima subida de nível. Aliás, bem que ela podia me ensinar canto mágico ao invés.

Arisa colocou Lulu sobre uma almofada e passou uma toalha molhada em sua testa. Peguei um analgésico e uma poção antitérmica e entreguei a ela.

— Obrigada. Mas não devia aliviar as dores da evolução com remédios. Nunca testei para ter certeza, mas dizem que pode afetar negativamente o crescimento dos atributos.

Ah, é? Quase fiz ela tomar mesmo.

Deixei Lulu aos cuidados da Arisa e pedi para Liza preparar uma refeição leve. Pochi e Tama tinham ido até o grande rio pegar alguns peixes e, já que ontem comemos tempura, pensei em preparar peixe frito hoje.

Com esse pensamento em mente, fui caçar com a Nana.

Caçar com a Nana era fácil, já que ela podia usar [Flechas Mágicas]. Por outro lado, o corpo dela pressionado ao meu durante o trajeto, e as roupas molhadas coladas ao corpo quando passamos pelas cavernas atrás da cachoeira... era uma tentação. Tive que aplaudir minha própria força de vontade.

Terminamos a caçada sem grandes acontecimentos, e recolhi cristais, jades e até algumas estalactites da caverna. Se Nana não tivesse parado por trinta minutos admirando as formações de calcário, teria terminado mais cedo.

Fiquei me perguntando se as salamandras daquela região eram especiais e davam muita experiência, já que Nana também tinha subido do nível 5 para o 12. Ela havia aprendido novas habilidades como [Espada de Uma Mão], [Escudo], [AParar] e [Montaria]. Parecia que sua habilidade com Magia Neutra também havia evoluído, permitindo que ela usasse novos feitiços: [Abrigo] e [Lâmina Afiada].


◇◇◇


— Em apenas meia hora, a Lulu já tinha ultrapassado meu nível, e em mais uma hora, a Nana me alcançou. Acho isso bem sério.

— Concordo.

— Também queremos inimigos fortes!

— Novas presas!

Arisa e Mia estavam sentadas em seiza com as mãos sobre os joelhos, participando de uma espécie de reunião. Que tipo de encenação era aquela?

— Presa~?

— Carne é melhor que peixe, nano desu!

Hã? Pochi e Tama haviam voltado sem que eu percebesse. Seus baldes estavam cheios de peixese parecia que também haviam apanhado moluscos, camarões e afins. Quando vi os mariscos, senti vontade de comer paella. Infelizmente, não sabia como fazer.

Pochi aparentava estar descontente por comer apenas peixes nos últimos dias. Talvez fosse melhor preparar um bife com a carne de lobo.

Lulu deu sinais de ter acordado, mas ainda estava com uma aparência abatida. Decidi cancelar a nossa partida naquele dia, deixando que Lulu e Nana descansem.

Ao contar para Arisa e Mia sobre os monstros-insetos na caverna, acabei partindo para mais uma incursão, levando as duas nos braços. Elas odiavam mais ficar atrás nos níveis do que terem a oportunidade de ficarem sozinhas comigo.

— Uha! C-correndo sobre a água assim…! Que nem um inseto d’água!

— Caminhar sobre a água?

Já havia contado isso antes para Arisa e as outras, mas pelo visto achavam que não era uma habilidade utilizável até agora. Mia provavelmente se referia ao [Caminhar Sobre a Água], uma magia de água de nível intermediário. Pretendia surpreendê-las voando no céu da próxima vez.

— Não é à toa que Lulu e Nana caçaram tão rápido.

— Conveniente, né?

— Nn.

A caçada aos insetos na caverna seguia um padrão: primeiro Arisa e Mia atacavam com magia, depois eu finalizava os monstros. Quando o poder mágico das duas acabava no meio da caçada, mudávamos o padrão, eu começava com o [Atordoamento Remoto], elas atacavam com lança curta e adaga, e eu encerrava com a Espada das Fadas.

Um monstro-inseto rendia menos de 10% da experiência que uma salamandra dava. Pela observação de Arisa durante a caçada, parecia que ela precisava derrotar entre 40 e 50 monstros para subir de nível.

Não conseguia ver minha própria experiência, já que o contador estava travado com uma sequência de noves, mas pelo número de dígitos, não havia dúvida de que passava dos dez milhões. Havia um medidor indicando a porcentagem até o próximo nível e ainda faltavam 80%. Preferia nem pensar nos pontos concretos.

A caçada insana e eficiente terminou após derrotarmos mais de cem monstros pequenos em duas horas. O resultado foi que tanto Arisa quanto Mia subiram dois níveis. Apesar de Arisa ainda ter um nível mais alto que Mia, ela estava prestes a subir de novo. Talvez a experiência necessária para um elfo subir de nível fosse o dobro da de um humano.

Ainda assim, me perguntei: o que esses monstros comiam para se multiplicarem tanto?

Mia respondeu à pergunta.

— Espíritos.

Não conseguíamos ver, mas aparentemente havia um lago subterrâneo com água cristalina na caverna de onde os espíritos emanavam. Os monstros os absorviam. Tecnicamente, não era uma predação, mas uma absorção, no entanto, Mia não sabia os detalhes. Decidi perguntar aos adultos da floresta de Boruenan sobre isso.

Tentei encarar com atenção o lago subterrâneo, mas infelizmente não consegui ver os tais espíritos.



◇◇◇


Depois da refeição, comecei a praticar com a Espada das Fadas para ajudar na digestão.

Ergui a espada acima da cabeça, parei, infundi magia nela e desci com um golpe. Assim que a lâmina desceu, absorvi o poder mágico, tornando-a mais leve, e rapidamente a ergui novamente.

Estava me acostumando com as mudanças de peso da espada das fadas, e minha velocidade de golpe aumentava pouco a pouco. Após 30 minutos repetindo sem parar, consegui dominar o movimento que queria e encerrei o treino.

Recebi aplausos — por algum motivo. Todas haviam se reunido ao meu redor sem que eu percebesse.

— Rea~lmente um trapaceiro, hein. Você tem noção do que acabou de fazer?

— Era só um treino de forma, não?

Algo como alcançar a segunda forma autodidata?

Arisa colocou a mão em minha nuca, aproximou o rosto e sussurrou:

— (Você não entendeu mesmo, né? Normalmente, não dá pra infundir magia numa espada tão rápido. E mais, você ainda dispersou a magia da espada. Vou repetir, algo como absorver de volta o poder mágico é impossível.)

Era mesmo?

Como era possível com a lança mágica da Liza, achei que fosse algo comum.

— Não é simplesmente porque as pessoas acham que não conseguem que acabam não conseguindo?


— Claro que não, né? Se fosse tão fácil assim, ninguém precisaria de poções mágicas. Se desse pra absorver poder mágico de ferramentas mágicas, bastaria usá-las como baterias!

Arisa soltou minha nuca e fez uma pose de quem desistiu da explicação.

Entendi. Era uma boa observação.

Agradeci à Arisa. E como palavras pareciam pouco, a abracei. Arisa era uma criatura misteriosa, podia atacar sem pudor, mas ficava envergonhada quando era atacada por alguém mais direto. Era divertido fazer essas investidas de vez em quando.

Por ora, decidi testar a eficiência da infusão e absorção de poder mágico com a espada: colocaria magia nela, guardaria no [Armazém] por uma noite e depois verificaria quanto restava. Queria saber se havia algum tipo de perda.

De acordo com minhas expectativas, ela deveria manter a mesma quantidade de energia com a qual eu a infundi.


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