Death March Kara Hajimaru Isekai Kyousoukyoku | Death March To The Parallel World Rhapsody Web Novel Online Capítulo 7-10 [Na Margem do Grande Rio]
Satou aqui. Tinha uma cena famosa do filme sobre o Romance dos Três Reinos, onde navios enormes se reunião enquanto avançavam pelo rio. Não era algo que aconteceria na vida real, mas eu adoraria ver parecido ao menos uma vez.
◇◇◇
Um grande rio fluía a cem metros da estrada por onde nossa carroça passava. Não dava para vê-lo agora, pois uma colina bloqueava a visão, mas em cerca de dez minutos ele ficaria visível. Um navio grande seguia na mesma direção, então talvez conseguíssemos avistá-lo.
Naquele território, havia um rio imenso que se estendia por oitocentos quilômetros. A partir da cidade de Daregan, que havíamos ignorado no dia anterior, o rio se conectava a quatro cidades, começando pela capital.
Se o diário de viagem estivesse correto, o canal havia sido construído por um grande império que antecedeu o reino Shiga. Foi feito com magia, certo? Acho fascinante a imagem de gigantes e golems realizando obras públicas.
Fazendo um cálculo rápido, se usassem magia de terra como eu havia feito dias atrás, poderiam cavar um canal de dois a três quilômetros por dia. Trabalhando duro, completariam toda a obra em cerca de um ano. Construções monumentais pareciam tão fáceis em um mundo de fantasia. Agora eu entendia a vastidão do Ducado de Oyugock depois de ver um rio tão grandioso.
Não seria espaço suficiente para abrigar dez pequenos países?
O território Muno tinha uma largura semelhante à de Hokkaido. Embora o ducado fosse apenas metade disso em extensão, sua área total parecia equivalente à do território principal do Japão. Assim como nas terras do barão, a maior parte era composta por montanhas e florestas intocadas.
Por que não as desenvolviam?
Mesmo com todo aquele espaço, havia apenas sete cidades. Além da capital, com seus vinte e um mil habitantes, tinha uma grande cidade de treze mil pessoas na foz do rio, voltada para o mar. Próximas a ela, dez vilas abrigavam populações variando entre mil e cinco mil pessoas. No total, a população era de setecentos e vinte mil habitantes, sendo 80% humanos, e os vinte restantes, semi-humanos. A maioria dos semi-humanos eram Ratkins escravizados.
Embora, o diário de viagem afirmava que o território não tinha semi-humanos. O que isso significava? Pensando bem, o barão Muno também mencionou que raramente via beastkins durante sua estadia no ducado. Como o diário que eu sempre consultava se referia ao território do barão Muno como "território do marquês Muno", talvez as informações tivessem mais de vinte anos. Ou seja, eu precisava de um livro mais recente.
Outro detalhe interessante: havia cerca de dez enclaves especiais no ducado, como o domínio autônomo dos anões. Cada um deles tinha tamanho semelhante ou maior que o dos anões e muitos outros enclaves menores, com apenas alguns quilômetros de extensão, mas como não tinha paciência para contar todos, marquei apenas os que estavam em nosso caminho.
Segundo o diário, ainda havia santuários para os featherkin (Homens-pássaros) e os beasthead (cabeças de Animais) no território. Devia haver mais um, mas não estava listado e, como não o visitaríamos nesta jornada, deixei para lá. Poderia ser um destino futuro, quando não houvesse mais lugares para explorar.
Por fim, refinei minha busca por pessoas reencarnadas ou transportadas. Fiquei aliviado ao confirmar que não tinha ninguém assim no território.
◇◇◇
Naquele dia, eu guiava a carroça após tanto tempo. Pochi e Tama, ao meu lado, sopravam com força umas flautinhas de folhas, produzindo um som do tipo pipupipu. Elas tiveram uma aula com Mia de manhã, mas parecia que ainda não conseguiam tocar direito.
Liza se aproximou montada em seu cavalo, parecendo ter avistado algo.
— Mestre, olhe ali. Há algo do outro lado da floresta.
Olhei para onde ela apontava, mas não vi nada além do mastro de um navio entre as árvores. Não, espera, aquele mastro provavelmente era o que Liza estava indicando. Como as árvores cresciam em um terreno mais baixo, dava para ver o mastro nos vãos entre elas. Infelizmente, ainda não conseguíamos avistar o rio.
— É o mastro de um navio. Há um enorme rio além da floresta. Ele deve estar navegando por lá.
— Pipo~?
— Pupuru.
Tama e Pochi, ainda com as flautinhas na boca, soltaram sons estranhos. Como já antecipava as próximas ações delas, segurei as duas rapidamente. Pochi ficou presa em meu braço, mas Tama escapou com agilidade.
— Navio~?
Tama jogou a folha longe, escalou meu corpo e olhou na direção da floresta, deixando minha roupa toda amarrotada.
Gostaria que ela parasse de puxar meu cabelo — doía um pouco.
Antes que eu pudesse reclamar, porém, Liza se aproximou com o cavalo, pegou Tama e a colocou no pescoço do animal.
— Pochi quer ir ver o senhor navio, nodesu.
Pochi, percebendo que eu não a soltaria por mais que se debatesse, olhou para mim com intensidade e começou a implorar.
— Você o verá em alguns minutos se ficar quietinha.
Ela se convenceu e sentou em meu colo. Depois disso, Pochi ficou comportada, até que Mia subiu em meu ombro usando o banco do carroceiro como apoio.
— Mia, é proibido subir no meu ombro de saia.
— Nn.
Mia apontou para as calças que vestia. Não via seu rosto, mas imaginava que estava orgulhosa.
Arisa, que subira na parte traseira do banco apoiando-se na cobertura da carroça, olhou para Mia e disse “Mia, que garotinha atrevida”, mas a ognorei.
Logo o rio apareceu à vista. Um navio à vela consideravelmente grande avançava na mesma direção que nós, mas como descia o rio, era mais rápido.
Tama, montada no cavalo de Liza, acenou vigorosamente para o navio. Como ainda não estávamos tão perto do rio, duvidava que alguém de lá pudesse vê-la.
— O~i!
— Eles estão respondendo à saudação, nano desu!
Pochi também acenou.
— Eles nos enxergaram, de lá? Será que são beastkins?
— Pássaro~?
— Cabeça de pássaro, nano desu.
Arisa acertou em cheio. Quem estava lá devia ser um featherkin. Pochi e Tama continuaram acenando até o navio desaparecer atrás da floresta.
◇◇◇
Nosso acampamento daquela noite ficava em um afluente do grande rio. Havia áreas de camping em ambas as margens, mas atravessamos a ponte para o outro lado. Normalmente, haveria uma vila de pescadores ou algo do tipo naquele lugar, mas só encontramos uma aldeia abandonada.
Consultando o mapa, imaginei a causa do abandono.
Provavelmente tinha a ver com o bando de monstros localizado perto da bacia do rio, cerca de quinze quilômetros rio acima. Eram criaturas de nível 26~29 chamadas [Tritões Rígidos], com um ataque especial de respiro ácido. Havia nove delas e pareciam se alimentar de insetos nível 10 que viviam em uma caverna na bacia.
Como queria coletar os cristais e estalactites da caverna, decidi visitá-la naquela noite ou na manhã seguinte.
Entreguei a Pochi e Tama arpões e cestos macios que podiam ser presos à cintura, assim elas poderiam pescar peixes pequenos e mariscos no rio.
Fui até a aldeia abandonada para conferir. As casas já estavam vazias, mas havia vestígios de plantações de arroz nos campos. Com tanta água disponível, era provável que cultivassem arroz. Procurei por pés de arroz silvestres, mas não encontrei nada.
— Grande pesca~?
— Nano desu!
Quando voltei da inspeção, Pochi e Tama já haviam retornado mais cedo. Pareciam orgulhosas da captura.
Dentro do balde que Pochi exibia feliz, havia uma grande quantidade de mariscos parecidos com amêijoas. Já o balde de água que Tama mostrava estava cheio de caranguejos e camarões do tamanho de uma mão.
Salivei ao imaginar os mariscos grelhados em uma grelha, regados com molho de soja. Temperá-los com sal e saquê também seria ótimo, mas eu queria evitar que as meninas ficassem embriagadas só com o cheiro. Talvez fosse bom dividir os caranguejos, metade para sopa, a outra metade para fritar. Quanto aos camarões, fritá-los em tempura era uma ideia difícil de descartar.
◇◇◇
Bem, deixei os preparativos da refeição por conta de Lulu e fui fazer algo na margem do rio.
Era difícil explicar, então apenas criei uma banheira de 2,5 metros de comprimento usando [Muralha de Lama] e a endureci com [Endurecer Argila]. Além disso, recolhi pedrinhas da beira do rio e as espalhei no fundo da banheira.
Daquele tamanho, caberia todo mundo. E quando digo "todo mundo", quero dizer o grupo das mulheres. Fiz outra banheira, menor, em um local separado. Não que eu me sentisse envergonhado, até poderia tomar banho com elas, mas imaginei que Lulu, no auge da puberdade, não se sentiria à vontade. Por isso, separei os espaços.
Peguei um barril grande e o usei para carregar água do rio, repetindo a viagem várias vezes. Era um trabalho árduo, mas com meus atributos elevados e a habilidade [Manobra Aérea], terminei em um piscar de olhos. Claro, antes me certifiquei de que ninguém estivesse olhando.
Depois, aqueci a água com [Chama da Forja] e parei aos 45 graus. Como vinha usando [Chama da Forja] todas as noites ultimamente, já dominava o controle de temperatura.
Por fim, usei [Purificar Água] para remover as impurezas.
Completei o serviço deixando um barril com água fresca para ajustes de temperatura e um balde. Também criei um espaço para lavar o corpo com [Endurecer Argila], colocando uma tábua de drenagem embaixo.
Como só havia sauna no castelo de Muno, aquele era um banho ao ár livre depois de muito tempo. Eu iria aproveitar com calma.
Quando avisei a todas que o banho estava pronto, as reações foram variadas. Expliquei de forma simples, já que só Arisa conhecia banheiras.
— Kuh, banho misto com um garoto! Ah, esta é a recompensa por todo o sofrimento até agora!
— Os banhos são separados para homens e mulheres, ouviu?
— O… O QUÊ?! É por isso que herbívoros…! Era a hora perfeita para um flerte num onsen!
Arisa, como sempre, exagerava na empolgação. Para começar, nem era um onsen.
— Masuta, “permissão para ter a honra de lavar suas costas”, assim solicito.
— Não.
— A resposta é não.
Já esperava a recusa de Mia e Lulu às palavras de Nana, mas a fala seguinte de Lulu me pegou de surpresa. Além disso, elas conheciam o costume de lavar as costas?
— Mestre, eu… eu lavo suas costas!
— Como o mestre é refinado, pode ficar envergonhado de mostrar as costas a mulheres da mesma tribo. Permitam-me fazê-lo.
— Tama vai lavar~!
— Pochi vai lavar, nano desu!
Até Liza queria participar. Minhas costas ficariam vermelhas se tantas pessoas as esfregassem e como eu já tinha feito uma esponja para isso, não seria necessário.
De algum modo, elas pareceram decepcionadas quando expliquei. Liza e Lulu insistiram para que eu fosse primeiro, mas quando disse que tinha meu próprio banho, elas foram obedientemente. Arisa, é claro, tentou me seguir até o banho masculino, mas Lulu a arrastou para longe.
Entrei no banho masculino e olhei para o céu. A sensação era boa, com as estrelas brilhando. Uma pena que não se refletissem na água, mas o luar formava um belo reflexo. Não tomava um banho ao ar livre desde os tempos de faculdade, quando explorava onsen desconhecidos.
A banheira masculina era pequena comparada à das mulheres, do tamanho de uma banheira doméstica comum. Só dava para eu, que era baixo, esticar as pernas.
Quando relaxei, apoiando as costas na parede da banheira, ouvi um respingo e senti meu corpo ficar mais pesado. O [Menu] me avisou que alguém se aproximava, mas como havia desligado o radar, não sabia quem era. Olhei para cima—era Mia.
— Mia, este é o banho masculino.
— Nn.
Repreendi-a gentilmente, mas ela ignorou, sentou-se na minha frente e encostou as costas em mim. Se sua aparência fosse como a de Nana, eu ficaria muito feliz, mas como Mia nem parecia ter desenvolvido características sexuais secundárias, parecia mais que estava tomando banho com uma criança.
Deixei que fizesse o que quisesse, pois o "pelotão de resgate" já vinha a caminho.
— Tem banho na vila dos elfos?
— Coletivo.
Um banho público, então?
Enquanto eu olhava as estrelas, Mia encostou a cabeça em meu peito — foi quando o segundo pelotão (ou seria o segundo grupo de invasoras?) chegou.
— Junto~?
— Entrar, nano desu!
Pochi e Tama entraram pelos dois lados. Garotas, não importa o quão pequenas sejam, a banheira está acima da capacidade. Isso estava mais para banho de criancinhas do que de água. Não, o que eu estava dizendo? Como Pochi e Tama ficaram na mesma posição que Mia, apoiei suas costas com as mãos para que não afundassem.
— Vocês três aí! Queimar largada é trapaça, ouviram!?
Arisa apareceu em pose desafiadora, com uma toalha — ou melhor, um pano fino — envolvendo seu corpo. O tecido grudado nela era transparente, mas ignorei este detalhe. Meu olhar foi para o grupo mais maduro atrás dela. Nana era brutal demais, sem comentários. Mas Lulu parecia ter melhorado suas proporções desde que a conheci.
No final, acabei entrando no banho feminino por sugestão de Arisa. Claro, confirmei a vontade de Lulu e Nana primeiro, mas para minha surpresa, elas concordaram facilmente.
Banho espaçoso é realmente melhor.
Havia uma certa sombra violeta imprudente debaixo d’água há um tempo. Eu sabia o que ela queria, mas como vesti uma sunga nova, ela não veria o que desejava. Pode parecer brega, mas em uma emergência como essa, peço que relevem.
Lulu estava imersa até os ombros perto de mim, mas seu olhar fixo em mim me deixou ligeiramente desconfortável.
Recostei-me na parede da banheira e retomei a pose anterior. O vapor não ajudava muito, então a vista à minha frente era… complicada.
Sentindo um pouco de calor, tirei os braços da água, e eles acabaram virando travesseiros. O direito para Pochi e Tama, o esquerdo para Mia. Lulu, de algum modo, esperava sua vez.

— Masuta, emergência! Requisitando confirmação!
Nana chamou de trás de Lulu. Quando olhei, vi algo indefeso—
— “Os seios flutuam na água! Além disso, são macios e de alguma forma fofos”, assim informo!
A bela mulher, que havia removido o pano que a cobria, boiava os seios na água quente, feliz. Nana, good job. Se isso fosse um mangá, eu teria um sangramento nasal.
— Nana-san, não!
— Ecchi.
Lulu posicionou-se diante de Nana, bloqueando minha visão. Tudo bem ela virar as costas, mas suas nádegas atraentes ficaram completamente expostas. Mia, um pouco atrasada, ficou de pé diante de mim e abriu os braços. Claro, ela não vestia nada, então vi vários lugares que não deveria. Se eu fosse um lolicon, provavelmente ficaria emocionado até as lágrimas.
O banho terminou com todo aquele barulho.
Liza pareceu gostar tanto do banho que foi a última a sair. Na manhã seguinte, ao ver a água fria, ela ficou visivelmente triste, então a aqueci de novo para que ela pudesse tomar um banho matinal.
Talvez eu devesse fazer uma banheira dobrável?
Depois daquele dia, Nana começou a estudar magia da água com Mia. Como ficou tão feliz com os seios flutuando, será que faria um vestido de água?

Se gostou do capítulo, compartilhe e deixe seu comentário!