Seija Musou | The Great Cleric Vol 03
– Arco 4: O Curandeiro Que Mudou o Mundo –
Capítulo 03 [Exercícios Conjuntos com as Valquírias]
Dei folga para minha equipe até a hora do jantar e passei nos aposentos de Granhart para explicar a situação.
— ...Então, basicamente, agora tenho dez cavaleiros e cinco curandeiros sob meu comando — concluí.
— Entendo. E o que exatamente pretende fazer? — o sacerdote respondeu.
Essa era uma boa pergunta. Eu nem sabia o que precisava fazer, muito menos o que queria, então as ordens de Sua Santidade eram tudo o que eu tinha como referência.
— O papa me deu um ano e cinco meses para me preparar, mas o problema é que eu não tenho nenhuma responsabilidade real como curandeiro de Rank-S, o que significa que minha equipe também não tem. Estou preocupado que acabemos desperdiçando nosso tempo sem fazer nada.
Ficar sem fazer nada era definitivamente tentador, mas não faria bem a ninguém no longo prazo. Ao mesmo tempo, manter meus novos subordinados ocupados o tempo todo também não parecia muito divertido.
— Entendo que sua posição subiu rapidamente e que seus pensamentos devem estar cheios de preocupações desde que se tornou um líder, mas precisa se acalmar.
— Sim, você tem razão.
— Você não precisa supervisionar seus subordinados o tempo todo. Tente se lembrar de quando se tornou um exorcista. Meu envolvimento se resumiu a fornecer sua túnica e seu cartão de elevador.
Verdade. Também lembrava de Jord me ensinando pelo menos o básico, mas além disso, eu tinha me virado sozinho. Minha equipe não estava entrando em labirintos, então não achei que esse fosse um bom exemplo a seguir.
— Talvez eu devesse levá-los ao labirinto. Ah, e como fica a questão do pagamento deles?
— Pagamento? A Igreja os compensará normalmente. Você não precisa se preocupar com isso. No entanto, devo mencionar que escoltas são proibidas de entrar no labirinto.
Todo aquele tempo me preocupando em como iria sustentá-los... desperdiçado.
— Ah, entendi. Mas, fora isso, podemos agir de forma independente, certo?
— Dentro da Sede, sim. Se quiser viajar para fora da cidade, precisará da permissão de Sua Santidade, então recomendo que faça esses pedidos com antecedência.
— Espera... como você... — Desde quando Granhart tinha uma habilidade de leitura mental?
— Jord foi meu subordinado por muitos anos, e ele demonstra bem suas emoções. Sei quais são seus sonhos.
Ah, ele estava falando do Jord, não de mim.
— Jord tem sonhos?
— Viajar pelo mundo. Imagino que esse seja o motivo pelo qual decidiu se juntar a você.
Lá se vai a privacidade. Jord provavelmente tinha contado a Granhart que eu queria voltar para Merratoni em algum momento. Os dois pareciam ter uma conexão que eu não tinha. Granhart era rígido como uma tábua e metade menos emocional, mas era um homem com um forte senso de dever. Me perguntei se algum dia conseguiríamos conversar como amigos, por mais tensa que essa conversa pudesse ser.
— Interessante — comentei. — Curandeiros de Rank-S precisam viajar, afinal. Você sabe por quê?
— Simples. Para serem um farol de esperança para aqueles que vivem em regiões sem Guildas de Curandeiros. Para expor a corrupção nos lugares que a possuem. Para mostrar ao povo que nós, da Igreja de Saint Shurule, estamos aqui por eles.
Eu poderia sair curando pessoas o dia todo, mas me pedir para expor corrupção já era demais. Agora, essa parte de "ser esperança"... Com Cura Extra, isso seria fácil. Se eu pudesse usá-lo, é claro.
— Como lidamos com a compensação em lugares sem guildas? Curamos de graça ou aceitamos algo em troca, como comida?
— Sim, mas tome cuidado, pois essas práticas são proibidas em alguns lugares.
— E nos becos pobres, onde as pessoas não podem pagar?
— Trate isso como os seus tratamentos mensais aqui, algo como um evento especial, ou realize suas ações fora da cidade. Apenas seja discreto. As clínicas locais sempre irão se opor, de qualquer forma.
— Você sempre me ajuda muito, senhor Granhart. Posso procurá-lo para conselhos novamente no futuro?
— Sem problemas.
No começo, tive dificuldades para entendê-lo, mas Granhart era um ouvinte e conselheiro excepcional. Assim que consegui parar de desconfiar de todo mundo, soube que ele seria um ótimo confidente pessoal.
Depois de um almoço rápido, fui ver Lumina.
— Boa tarde, Lumina. Você deve estar exausta depois de tanta corrida. Quer uma Cura?
— Não, mas obrigada. Não esperava correr tanto logo pela manhã. Tenho muito trabalho para fazer agora.
Melhor ser rápido, então.
— Ah, desculpe por segurar você, mas queria te perguntar uma coisa, se não for um problema.
— Não é sempre que você me faz pedidos. O que seria?
— Nosso treino é amanhã de manhã, certo? O que acha de eu levar minha nova equipe junto?
— Os cavaleiros que se juntaram a você?
— Isso. E cinco curandeiros.
Lumina considerou por um momento.
— Posso perguntar por quê?
Não foi a melhor reação, mas já vi piores.
— Sinceramente, porque eles são fracos. Não posso confiar minha vida a eles do jeito que estão agora.
— Gostaria de ajudar, mas não posso desacelerar nosso progresso por causa do seu.
— E se eu buffar eles com Área de Barreira e os manter curados? Assim eles seriam bons parceiros de treino, não?
— Isso funcionaria, mas então o fardo cairia sobre você. Está bem com isso?
— Claro. Estou planejando fazer com que deem trabalho para vocês algum dia.
— Ah, é? Nesse caso, nos veremos amanhã de manhã. Mas não espere que isso continue se não valer nosso tempo.
— Não pediria isso de vocês. Obrigado por nos dar essa chance. Se eu puder retribuir o favor de alguma forma, me avise.
— Na verdade, talvez tenha algo para você.
— Oh? Como posso ajudar?
— Quero revisar os relatórios das garotas, torná-los um pouco mais apresentáveis.
Ou Lumina estava me pedindo para falsificar informações ou as Valquírias eram péssimas escritoras. Só havia uma maneira de descobrir.
— Vou cuidar disso. Imagino que esses relatórios devam seguir um formato padrão. Se tiver alguns que já foram aceitos, poderia me mostrar? Serão boas referências.
— Você amadureceu desde que nos conhecemos. Vou deixar isso em suas mãos.
— Devolvo para você em breve.
Ao revisar os relatórios das Valquírias, percebi rapidamente que não havia padronização alguma. Era uma bagunça completa, então sugeri criar um modelo para Lumina, que aceitou a ideia com entusiasmo.
Depois disso, fui encontrar minha equipe para o jantar, de bom humor após garantir nossa sessão de treino.
***
O que me aguardava no refeitório era uma cena bastante incomum.
— Sempre é meio estranho comer com pessoas com quem não estamos acostumados, né? — comentei com um sorriso nervoso para os meus quinze companheiros.
Ninguém respondeu. Normalmente, Jord era quem quebrava o gelo, mas, por alguma razão, ele estava ainda mais tenso que todo mundo, me deixando completamente sozinho nessa. Precisava fazer alguma coisa. Poxa, estava parecendo um velório aqui.
— Enfim, quero agradecer a todos vocês pela ousadia de se juntarem a um novato aleatório como eu. Para falar a verdade, ainda não caiu a ficha de que sou um curandeiro de Rank S. Quero dizer, treinei em uma Guilda de Aventureiros e passei anos lutando em um labirinto, então nem me sinto como um curandeiro de verdade.
Sorri e olhei ao redor. Ainda nada. Que plateia difícil.
— Um dia, quero retribuir essa dedicação de vocês, mas até lá, vou fazer tudo o que puder para, pelo menos, corresponder às suas expectativas.
Inclinei a cabeça em um cumprimento e, finalmente, recebi uma reação diferente do silêncio mortal.
— Senhor, o senhor não deve se curvar para nós!
— Já entendemos seu ponto, agora levante a cabeça!
Até a tensão de Jord foi varrida pelo choque.
— Escute eles, senhor. Ninguém aqui está acostumado com essas suas manias.
— Bom, desculpa, mas eu esperava que você me ajudasse, não que ficasse duro como uma tábua o tempo todo.
— Tem razão. Me desculpe.
— Sem desculpas. A palavra é sua.
— Certo, hum... Oi. Meu nome é Jord. Sou um curandeiro...
O resto dos curandeiros e cavaleiros logo seguiram o exemplo de Jord e se apresentaram. Com isso resolvido, mudei de assunto.
— Vamos viajar para o exterior e visitar todas as Guildas de Curandeiros ao redor do mundo, mas, pelo que sei, nem todos os países são tão desenvolvidos quanto Saint Shurule. Felizmente, Sua Santidade nos deu um ano e cinco meses para nos prepararmos. Isso é tempo mais do que suficiente para colocar todos vocês à prova, e é exatamente isso que eu pretendo fazer.
— Nunca ouvi falar disso antes. O que exatamente vamos fazer? — perguntou um dos novos companheiros.
Não estava muito a fim de explicar tudo nos mínimos detalhes, mas tinha certeza de que Jord entenderia a indireta.
— Muitos de vocês vão se acostumar a desmaiar em breve, mas isso vai servir para fortalecer cada um. Preciso da confiança de vocês nisso.
— Senhor, não me diga que esses ‘testes’ que vamos passar envolvem ir até a Guilda dos Aventureiros... — implorou meu amigo.
— Pode apostar que sim — respondi. — Agora, amanhã de manhã temos nosso primeiro treino, e não quero ninguém se atrasando.
— Onde vamos nos reunir? — perguntou outro membro da equipe.
Sorri.
— Em frente ao campo de treinamento pessoal das Valquírias. Vamos treinar com elas.
Finalmente, meu grupo, que mais parecia uma procissão fúnebre, começou a demonstrar empolgação. Agora eu tinha a atenção total deles, e as respostas passaram a ser mais animadas e frequentes. O poder da popularidade das Valquírias me impressionava, embora eu estivesse um pouco preocupado com o fato de que, de repente, todos estavam agindo como adolescentes. Rezei para que o nosso treinamento conjunto não acabasse quebrando eles demais.
***
Nosso treinamento conjunto, na verdade, não os quebrou quase nada.
No dia seguinte, organizamos um combate entre minha unidade e as Valquírias para medir as águas. Como eu era o único curandeiro com treinamento de combate, os outros ficariam como médicos de prontidão. Nos posicionamos a cerca de trinta metros de distância, e decidi abrir a luta com uma pequena provocação.
— Preparem-se, Valquírias, porque hoje é o último dia de vocês como as mais fortes entre os cavaleiros.
— Você acha que vamos perder para um bando de bebês que mal aprenderam a andar? Luciel, você deve ter perdido o juízo.
O tom de puro desdém de Lumina me atingiu como uma lâmina, mas me mantive firme.
— Se tem tanta certeza, que tal tornar isso interessante? Se vencermos, todas vocês nos devem um favor.
— Muito bem. Não vou te culpar por sonhar.
Eu sabia que ela aceitaria. Lumina claramente não tinha muita experiência no campo de batalha verbal, porque acabou dando um belo incentivo para minha equipe.
— Vocês ouviram isso? — chamei minha equipe. — Eu só estou aqui para dar suporte. A vitória está nas mãos de vocês!
— Sim, senhor! — gritaram em uníssono.
Ativei Área de Barreira, e isso, somado ao entusiasmo deles, criou uma verdadeira muralha de defesa. Eles sabiam que eu estava ali para curá-los e dar apoio. Agora era com eles.
A propósito, eu tinha dito a eles que talvez pudessem levar as garotas para um encontro se vencessem... e me arrependi um pouco depois de ver o quão motivados isso os deixou. Nota mental: talvez seja melhor não usar as Valquírias como isca.
Nossas oponentes partiram para a ação de repente. Depois de tanto pensar em qual estratégia elas adotariam, fiquei surpreso ao vê-las recorrendo à pura força bruta. Elas estavam nos subestimando.
— Palaragus, Piaza, fiquem juntos e mantenham a ofensiva! Templários, foquem na defesa!
— Sim, senhor! — responderam em coro.
Os espadas começaram a se chocar quase imediatamente, com Ripnear e Elizabeth liderando o ataque, assim como no dia anterior. As duelistas desferiam uma enxurrada de golpes, sem desperdiçar nenhuma abertura, enquanto os templários seguravam o impacto do ataque.
A linha de templários inclinou a cabeça em confusão quando Kathy, Marluka e Gannet de repente se juntaram à ofensiva com suas espadas e escudos, mas minha guarda manteve a compostura e segurou firme.
Eu senti a impaciência do grupo de Kathy. Foi então que Beatrice, a lanceira, soltou um grito agudo de dor. Por mais fortes que as Valquírias fossem, tanto Palaragus quanto Piaza eram paladinos e tinham defesas extremamente elevadas. Enfrentá-los juntos tinha sido demais para ela.
As Valquírias começaram a vacilar. Palaragus aparou a grande espada de Saran, e Piaza encostou sua lâmina no pescoço dela. Com duas companheiras já fora de combate, o grupo começou a perder a vantagem, mas sua capitã manteve-se firme.
— Mantenham a posição! Eles só têm vantagem enquanto suas defesas estiverem sendo fortalecidas! Obriguem Luciel a sair da proteção e mantenham-se em grupos!
O ágil Queena, empunhando seu florete, e Myla, com sua naginata, atacaram juntos um dos templários. Lancei rapidamente um Cura Media quando desceram sobre ele, dando ao cavaleiro uma chance de contra-atacar. Ele revidou com força—talvez até um pouco demais. Usei um Cura Avançada nas duas Valquírias também, só por precaução, e depois as fiz recuar.
Nosso time partiu para a ofensiva, e a luta se intensificou. Os templários se agruparam em duplas e derrubaram as palatinas apavorados um a um. Mas algo nisso tudo parecia estranho. As mulheres contra as quais estávamos avançando tão rapidamente simplesmente não pareciam as Valquírias, as mais poderosas entre os cavaleiros, mesmo considerando nossas defesas aprimoradas. Além disso, Lumina ainda não havia entrado na briga nem uma vez. Era como se ela soubesse que já nos tinha na palma da mão.
Eventualmente, apenas Lucy e Lumina restaram, e a primeira ficou sem magia suficiente para continuar curando, então logo se retirou. E então eu entendi o que estava acontecendo.
— Lumina, estamos lutando com tudo que temos. Vocês não podem fazer o mesmo? — perguntei com firmeza. — Espero que seu plano não seja nos atropelar sozinha, porque acabei de encontrar esse pessoal. Eu gostaria de manter a dignidade deles intacta.
Minha equipe me encarou, confusa, e com razão. Eu estava acabando com a empolgação de todos justamente quando estávamos vencendo, mas isso não era condizente com o que as Valquírias realmente eram. Suas expressões culpadas me disseram tudo o que eu precisava saber.
— Me desculpe, Luciel. De verdade. Mas eu juro que há um motivo para isso.
— Você pode me contar qual é esse motivo?
Vencer tão facilmente só inflaria o ego de todos, e eu queria torná-los os mais fortes, treiná-los com rigor e precisão, caso algum dia nos encontrássemos presos em um labirinto. Ainda era cedo demais para que ficassem cheios de si.
— Eu te desrespeitei ao não ter falado disso antes. Você merece uma explicação.
— Vocês claramente estavam pegando leve.
Lumina assentiu levemente.
— Estamos sob ordens para restringir o uso de habilidades como Aprimoramento Físico durante os treinamentos com outros regimentos.
— Para impedir que vocês ultrapassem os outros?
— Exatamente. Mas quero que saiba que, apesar disso, demos tudo de nós nesta luta.
Não parecia que tivessem restringido muita coisa quando lutei contra elas. Os outros cavaleiros deviam estar se acomodando demais se as Valquírias ainda conseguiam deixá-los no chinelo.
Suspirei.
— Quem foi o gênio que teve essa ideia?
— Lady Catherine, Luciel. Por favor, não faça tempestade em copo d’água.
— Bom, se todo mundo parasse de depender do Aprimoramento Físico, focasse mais no treinamento real e aprendesse a cooperar, não teríamos esses problemas.
— Eu sei, Luciel, acredite. Já pensei nisso mais vezes do que consigo contar.
Eu entendia o ponto dela, mas agora não tinha certeza de qual era a solução. Se Lumina fosse com tudo, perderíamos e o moral da equipe despencaria. E se o moral da equipe despencasse, significava que fazê-los tomar Substância X seria ainda mais difícil. Sem uma boa recompensa para motivá-los, eles não se esforçariam.
Ainda bem que eu sabia negociar.
— Certo, agora entendo a sua posição. Mas você lembra do que conversamos antes da luta?
— Sim, acho que tínhamos um favor a pagar caso perdêssemos.
— Isso mesmo. Veja bem, originalmente, a ideia era que vocês saíssem em um encontro com a minha equipe, mas isso não parece justo quando vocês nem puderam lutar de verdade. Então, que tal fazermos apenas um almoço descontraído juntos algum dia?
Todos do meu time olharam para Lumina ao mesmo tempo, os olhos cheios de esperança apreensiva.
— Hã... — Ela olhou para as Valquírias. — Podemos dar um jeito nisso.
Os homens explodiram em comemoração, gritando de alegria.
— Obrigado — eu disse, aliviado, e reforcei minha determinação. Esse almoço casual não aconteceria tão cedo. Era uma recompensa boa demais para ser desperdiçada tão rápido. Não haveria escapatória de Substância X.
Depois disso, as Valquírias nos massacraram sem segurar nenhuma de suas habilidades, mas eu nunca esqueceria os sorrisos que minha equipe levou consigo ao sair do campo de treinamento.
***
Catherine me chamou logo após o fim da sessão.
— Você esteve no labirinto recentemente? — ela perguntou.
— Não desde que voltei.
— Sua Santidade tem estado um pouco preocupada com isso. Se não se importar, poderia dar uma olhada para ver se algo mudou por lá?
Essa era, na verdade, a chance perfeita para tentar subir de nível. Eu estava adiando Substância X havia um tempo justamente para testar isso.
— Claro. Devo relatar a você ou ao Papa?
— A Sua Santidade, por favor.
— Entendido.
Segui para o refeitório para tomar café da manhã, esperando comer com Lumina ou com o time, mas todos já haviam saído. Comer sozinho parecia tão estranho hoje em dia. Ultimamente, quase sempre tinha alguém para me fazer companhia.
Após um café da manhã solitário, fui até o labirinto.
Tradução: Carpeado
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