Era uma arma revolucionária — uma forma de vida distinta de qualquer outra que existira antes. Dentro de seu corpo residia uma função de grande tabu, um sonho proibido de todos os estudiosos, algo que, apesar de sua ambição, jamais ousaram concretizar devido ao imenso perigo envolvido.

Desde o momento de sua criação, a criatura sentiu uma fome insaciável, quase insuportável. No entanto, graças à inteligência que lhe foi concedida, conseguiu suprimir seus instintos. Presa na escuridão de uma pequena cápsula metálica, forçou-se a mudar — a evoluir e se adaptar ao ambiente.

Por dias e dias, a criatura reconstruiu sua forma viscosa até que, por fim, conseguiu atravessar até mesmo a barreira da cápsula de metal selada. No entanto, ao escapar, encontrou-se confinada por uma segunda barreira, feita de um material completamente diferente do revestimento metálico da cápsula. Uma barreira projetada para impedir sua fuga.

Então, esperou. Com uma inteligência avançada demais para uma criatura mágica de corpo líquido, compreendeu que, um dia, aquela porta se abriria, libertando junto dela a pior criação que o prodígio Alquimista já concebera.

E, finalmente, sua hora havia chegado.

Continua...