Digimon Tamers 00 Zero Zero – Capítulo 12
[A Urgência Antecipada]
O dia continuou tranquilo.
Entretanto, desta vez fomos até a:
我地丸家住(Residência da Família Gajimaru)
時間: 04:10 PM
Em seu quarto, onde Meikume e Meicoomon estavam, as duas jogavam Digimon Battle Chronicles™.
— Eu escolho Agumon!
— E eu esse aqui... o Veemon..?
Como sabido, a jovem era uma grande fã da franquia e, pelo visto, sua digimon seguiu por esse mesmo caminho.
As duas se digladiavam no jogo para PlayStation 2®, onde o resultado esperado veio:
— Haha! — Meikume comemorava, saltando da cama. — Venci outra vez!
— Ahh... Isso não é justo! — a pequena não gostou de ter pedido, ficando irritada.
— Aceita, Meicoomon! Eu sou a melhor!
— Uh... Você sabe jogar! Nem vem! Mas eu vou treinar e vou ti derrotar cedo ou tardi!
— Quero ver só... — disse a menina, se levantando – Tá, peraí que eu vou aumentar o termostato do ar condicionado.
A jovem foi até o seletor do dispositivo de calefação.
Nessa época do ano (outono) no Japão, a temperatura de tarde era baixa, necessitando para alguns regular os graus dentro de casa.
Mas antes de fazer o que disse, avistou que o seu digivice emanava uma luz, notificando que havia recebido um:
— Aviso de inimigo encontrado... Ah sim... — demorou pra ela entender, pegando seu digivice com pressa. — Peraí... inimigo encontrado?!
O grito de Meikume, quase como um surto, foi ouvido por toda a sua residência.
Meicoomon ouviu e:
— Huh?! Que que foi, Mei? — Meicoomon caminhou para próximo de sua amiga, estranhando seu comportamento.
— Ah... Nada! Nadinha! — a garota gesticulava em sinal de negação o mais rápido que conseguiu. — Nada, nada!
— Uh... Xei... Que você falou aí de “inimigo encontrado”? Uh... Tô sentindo algo esquisitin…
Meicoomon não era tão inocente como Meikume imaginava, como visto no dia anterior.
Uma explicação minimamente racional seria necessária dessa vez.
— É que o Boss desse jogo é um inimigo. Só isso! — falou, pegando seu DualShock® 2.
— Uh... Tá bom — Meicoomon sorriu, pegando o controle novamente. — Vai, vem... Agora vou te derrotar! Voxê vai ver!
A diversão voltou e as duas se divertiram a tarde toda, como esperado.
Mas Meikume, hora ou outra, se lembrava do que tinha visto no visor do digivice.
Ainda que ela não tivesse certeza ao certo do que isso significava, seus pensamentos estavam muito à frente:
— *O que foi aquilo que eu vi naquele digivice? Tipo, aquilo era real mesmo? Ou será que foi um trote ou sei lá? Se bem que aquele troço fez a leitura da Meicoomon…”
Ressabiada, Meikume precisava esconder sua preocupação, para que Meicoomon não percebesse.
— “Eu... Eu não quero saber de nada disso! Eu vou dar um fim nesse digivice quando eu tiver tempo. No momento só quero curtir o domingo com minha bolotinha fofa!”
A garota escolheu ignorar as informações do seu digivice, se livrando da responsabilidade de um domador.
Isso traria problemas…?
時間後 (horas depois)...
北新宿 (Zona Norte de Shinjuku)
松田家住宅 (Residência da Família Matsuda)
時間: 07:00 PM
Pelos corredores da casa, se ouviu um diálogo:
— Tá, eu vou tomar banho! Que droga.
— Olha a boca, Takato!
Dessa vez sua mãe, a Sra Yoshie Matsuda, chamou a atenção do rapaz, o obrigando a se assear (ficar limpo).
Gigimon só observava, de longe, a pequena discussão.
Evidentemente, a Sra Matsuda impôs sua vontade, cabendo a Takato a obedecer.
数分後 (Minutos depois)...
Enquanto o rapaz se banhava, o digimon ficou em seu quarto, deitado na cama e aguardando o humano
E enquanto tudo estava tranquilo, Gigimon levantou, motivado por algo que chamou sua atenção.
Ele rapidamente foi até a janela do quarto, ficou observando com os olhos fixos no horizonte como se fosse um animal pressentindo uma ameaça.
O olhar se manteve, com o pequeno começando a ranger seus dentes e balançar suas pequenas asas.
Em seguida, dez minutos depois e já devidamente vestido, Takato caminhava até seu quarto, por saber que lá estava Gigimon o esperando.
Bem, era o que ele esperava ver.
— Ué... Cadê ele? — disse Takato, olhando para todos os lados pelo cômodo. — Gigimon, onde você está?
Ele então percorreu por todo o quarto, tentando achar seu amigo, mas em vão.
Quando iria raciocinar um pouco mais, percebeu que seu digivice estava emanando luzes e, sem perder tempo, o pegou.
Bastou observar a informação que:
— O que?! Inimigo encontrado?! — ele saltou para frente, segurando o apetrecho eletrônico. — Não... Não pode ser...
Rapidamente, Takato colocou o dispositivo no bolso e desceu as escadas até a saída.
Seu pai, assustado com sua pressa, perguntou:
— Filhão, o que houve?
— O Gigimon sumiu!
— O que?! Mas pra onde?
— Eu não sei... — disse, calçando seu sapato – Olha, eu vou procurar por ele! Podem ficar tranquilos que eu volto logo pra casa!
— Eu vou com você!
— Não... Não precisa! — o jovem impediu que seu pai ajudasse, por um motivo. — “Eles não podem ficar sabendo dessa ameaça!”
Claro, Takato tinha um bom motivo, mas nada que justificasse que omitisse a informação.
De qualquer forma, ele seguiu com seu plano.
— Podem deixar comigo. Ele deve ter ido “ao banheiro”, hehe… — falou, coçando a cabeça.
— Takato, já são sete horas da noite! Amanhã você tem colégio! Não demore!
— Pode deixar! — ele correu, às pressas, saindo pela porta da sala.
Sob os olhares de seus pais, Takato correu como nunca, montando em sua bicicleta.
As ruas de Shinjuku guardavam muitos mistérios nessa noite.
数分後(minutos depois)...
— Lee, tá me ouvindo?!
Takato, ao mesmo tempo que procurava por seu amigo digimon, ligou para seu amigo e:
— O que houve, Takato? — respondeu Lee.
— O Gigimon sumiu e eu estou indo atrás dele agora!
— Sumiu? Mas como ele pode ter subido assim?!
— Eu não sei! É que… — sua dúvida ficou evidente na repentina pausa nas palavras.
— Takato, o que está acontecendo?
— Por isso mesmo! É que... Bem... O digivice... Ele...
Tomando como cenário a casa da Família Lee, podíamos ver Gummymon abrindo a janela enquanto o rapaz estava ao telefone, exatamente no momento que Takato falou que:
— O digivice me mostrou que tem um inimigo próximo!
— COMO É QUE É?! — gritou Lee, chamando a atenção de todos no apartamento.
O jovem de dupla nacionalidade correu até o digivice em seu quarto, constatando com seus próprios olhos o que Takato havia dito.
— Takato, tem mesmo uma mensagem informando isso! Minha nossa… Isso é preocupante!
Lee se mostrou assustado com o fato, seguindo até o corredor que levava até a sala.
Contudo, não avistou seu digimon, estando lá só sua irmã.
Preocupado, ele não demorou a perguntar:
— Shiuchon, onde está o Gummymon?
— Mano…— a garota falou, com as mãos trêmulas. — Ele saiu… pela janela agora!
— ELE SAIU?! PRA ONDE?
— Eu tentei evitar, mas ele saiu pela janela e não me ouviu… — não só suas mãos, mas tudo seu corpo começou a tremer. — O que tá acontecendo, maninho?!
— AH, MEU DEUS! — gritou Lee, voltando a ligação – Takato, o Gummymon também sumiu!
Não deu tempo para mais palavras.
Uma ligação ocorreu para Takato, deixando a de Lee em espera (algo muito comum durante o ano de 2006).
Era Ruki.
A jovem noticiou o esperado.
— Takato, a Pokomon acabou de sair de casa sozinha!
— Com você também, Ruki?!
— Como assim comigo também? — sua voz durante a ligação mostrava surpresa. — Espera... Vai me dizer que aconteceu com você também?!
— Sim, Aconteceu! E com o Lee!
Criando uma chamada única, os três se juntaram a ela, numa conferência típica daquela época.
— Temos que nos reunir e procurarmos juntos... E rápido! — disse Takato.
— Vamos para a pracinha. Lá nos reuniremos! — dessa vez era Lee.
— Tudo bem... — respondeu Ruki – Temos que resolver logo isso de encontrá-los antes que...
— Não diga isso, Ruki! — falou Lee, esperançoso. — Logo estaremos todos juntos novamente.
— É! Vai dar tudo certo... — Takato estava confiante.
Palavras fortes e atitude esperada de um domador.
Mas será que isso seria o suficiente para o trio?
数分後(minutos depois)...
新宿広場 (Praça de Shinjuku)
時間: 08:00 PM
O nível de urgência dos três domadores lendários era o mesmo, ou talvez maior, de quanto tentavam acabar com D-Reaper a cinco anos atrás.
Era diferente vê-los com o semblante carregado e cheio de preocupações com seus amigos.
Reunidos na famosa praça, praticamente um point permanente em suas vidas, eles deixaram suas bicicletas jogadas na grama ali mesmo, sem cerimônias.
O clima fresco, acompanhado por uma brisa, era um conforto, dado a estação do ano que estavam. Por isso que os jovens estavam agasalhados.
A reunião havia começado.
— O que vamos fazer? — perguntou Takato, mostrando inquietação, andando de um lado para o outro.
— Calma! Uma coisa de cada vez, Takato... — Lee continuou, centrado.
— Como me acalmar? Os bebês estão por aí e tem um digimon inimigo solto!
— Tudo bem, você está certo, mas...
— Fala logo, Lee! — falou Ruki, impaciente — Temos que fazer alguma coisa já! Takato está certo em ter pressa!
O jovem, olhando para seus amigos, não demorou em mostrar seu ponto de vista.
— Nesse lance de ficar assustado, eu reparei numa coisa que talvez vocês não tenham percebido!
— O que seria? — disse Takato.
— O digivice... Ele está diferente! Nunca recebemos notificações e menos ainda mostrando que há um digimon inimigo!
Isso sim pegou Takato e Ruki de surpresa.
— Caramba, é mesmo! Só sabíamos que uma alguma ameaça quando nossos parceiros digimons ficavam em prontidão.
— Como é que eu não reparei nisso?! — Ruki também percebeu. — Nossa... Lee, mas como você reparou nisso?
— Ruki, o software do digivice não é como antes! Eu vi isso quando por um minuto parei pra ver lá em casa antes de vir pra cá... Está tudo diferente!
Sem perder tempo, Takato começou a mexer em seu dispositivo, de forma aleatória mesmo.
Desesperado, o garoto não parou de fazer isso até que Ruki chamasse sua atenção.
— Não faz isso, Takato!
— Você não entende... — o seu desespero ficou muito mais evidente, gritando. — O GIGIMON ESTÁ SOZINHO POR AÍ! Tem que ter alguma coisa aqui que ajude!
Essa insistência de Takato, por mais que tenha sido arbitrária, trouxe uma informação a tela:
C://DIGI-SCAN _
— O que é isso? — perguntou Lee, surpreso.
— Tá na cara de vocês... — Ruki já havia achado a resposta — Não vamos perder tempo. É hora de agir!
A rainha digimon, já com um de seus cartões em mãos, tomou sua famosa pose de domadora.
[Música: SLASH! – Cantor: Oota Michihiko] – Clique AquiO cintilar da melodia pela guitarra, aos arpejos, chamou por um momento especial e nostálgico, acompanhado por uma bateria agitada.
Nesse momento, se deu início a:
— DIGI-MUDANÇA! — gritou Ruki, ativando o cartão no digivice – Dispositivo de rastreamento D3M2!
Rapidamente, como esperado pela jovem, seu dispositivo começou a mostrar a localização de Pokomon, dizendo:
— Ela está no sul da cidade!
— Nossa... — exclamou Lee – Mas como você sabia que isso iria funcionar?!
— Não vamos perder tempo... — disse Takato, pegando sua bicicleta — Se a Pokomon está lá, então Gigimon e Gummymon também! Vamos!
♪A luz que esta única carta libera, oh!
♪Está revelando o início desta história, oh!
Como Takato sugeriu, todos pegaram suas bicicletas e correram para o subúrbio de Shinjuku a toda velocidade.
Pelas ruas vazias da noite, naquele domingo cheio de felicidade e alegrias, os domadores rumaram para saber o paradeiro de seus digimons.
♪Vocês já são os heróis, certo?
♪Get up’n fight! Vamos estender os arcos…
— Ruki, ela se moveu mais? — perguntou Lee, olhando para a garota e guiando sua bicicleta.
— Sim, mas não muito… — ela falou, liderando o grupo.
♪Perceberá que tem coragem,
♪Tanto que vai estourar o medidor.
♪Evolution. Você é um Domador!
— Ela parou! — gritou a jovem.
— Nossa... Onde, Ruki? — Lee estava preocupado.
— No outro quarteirão! Estamos perto!
— Vamos! — disse Takato, tomando a frente a toda velocidade, pensativo. — “Eles podem estar em perigo… Temos que ir pra lá o mais rápido que pudermos!”
♪Slash the life! Lhes dê poder!
♪Card Slash! Em nome da amizade!
♪Slash the life! Vocês podem se tornar...
♪Parceiros invencíveis!
E eles assim continuaram, usando da força de suas pernas para pedalar como podiam.
O destino? Logo à frente.
Autor: The Hunter X
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