Digimon Tamers 00 Zero Zero – Capítulo 10
[Alimentando o Futuro]
Os eventos da noite foram emocionantes.
A parceria entre Meikume e Meicoomon nasceu na sinceridade da jovem domadora, ainda que ela não soubesse o significado que a digimon felina tinha como tal.
Entretanto, ambas não estavam preocupadas com isso, curtindo a noite juntas, tirando fotos.
Após o lazer, elas voltaram para o apartamento de Meikume, fazendo assim um fim de noite divertido.
Era só o começo, mas esse não era o único evento noturno
数時間後 (Horas depois)...
松田家 (Casa da Família Matsuda)
時間: 10:30 PM
Já era hora de dormir na casa da família Matsuda.
Takato e Gigimon estavam em seu quarto, onde o digimon foi prontamente para seu canto da cama e pegou no sono minutos depois, assim como o jovem domador.
E, observando seu filho, o senhor Takehiro Matsuda se encheu de alegria ao ver novamente seu filho com seu parceiro digimon depois de tanto tempo.
Ele conversava com sua esposa, Yoshie Matsuda.
— Fazia tempo que eu não via o Takato dormir tão cedo — comentou seu pai, olhando para o filho.
— Não que dez horas da noite fosse cedo, não é? — sua esposa foi pontual na sutileza. — Eles curtiram muito o dia na casa do Lee.
— Sim… — falava, fechando a porta e voltando para a sala. — E ele hoje estava tão feliz quanto naquela época.
— Isso mesmo! — ela afirmou, com um sorriso no rosto.
— Pode ter certeza que amanhã vou fazer o pão Guilmon para os dois, principalmente para o pequeno.
— Sim, querido — indagou a Sra Matsusa. — Bebês precisam se alimentar bem.
Os afazeres vespertinos do casal se mantiveram até que fossem dormir.
Era fato de que o agradabilíssimo acontecimento foi recebido com muito entusiasmo e alegria por parte de todos os envolvidos.
Takato, Lee e Ruki, assim como suas famílias, nunca estiveram tão unidas quanto antes.
Seja qual casa fosse, a noite de sono de todos seguiu tranquilamente.
数時間後 (Horas depois)...
新宿区 (Cidade de Shinjuku)
時間: 08:00 AM
O dia seguinte começou na cidade.
Uma manhã agradável, com temperaturas amenas.
Mesmo no domingo, o movimento nas ruas da metrópole era considerável, por ser um período do dia onde as pessoas buscavam para fazer atividades ao ar livre.
Mas, embora esse fosse um programa para maioria dos habitantes, uma minoria se preocupava em trabalhar.
Na verdade, acho que a frase “preocupação com a segurança da rede” fosse a melhor em dizer.
Por isso, o cenário que se seguiu foi o:
政府の建物を追跡するネットワーク
(Edifício Governamental de Rastreamento da Rede)
時間: 09:00 AM
O prédio pertencente ao governo japonês no meio da cidade de Shinjuku tinha um único interesse: monitorar a rede de computadores de toda a nação.
Caso houvesse anomalias, o rastreamento seria imediato e, se assim necessário, neutralizar a ameaça, seja qual fosse sua natureza.
Com o avanço da “internet das coisas”, conforme os anos se passaram, a grande rede se expandiu e os habitantes tinham novos hábitos.
O governo japonês, contando com o auxílio internacional, blindou sua rede com a melhor versão do mais poderoso programa de proteção online já desenvolvido pela instituição governamental Hypnos: Shaggai.
Mas não o mesmo de cinco anos atrás. Os tempos eram outros.
O software sofreu aditivos, principalmente com o orçamento maior do governo, preocupado por invasões e, principalmente, “atividades digitais”.
As atualizações foram, de certa forma, atualizadas e necessárias.
Dito isso, tomemos parte agora do acontecimentos no interior do grande edifício.
Caminhando por um enorme salão escuro com vários monitores conectados a um gigante mainframe, Yamaki, CEO da Hypnos e principal especialista de redes e anomalias digitais.
Sua equipe de monitoramento tinha aumentado consideravelmente, onde somente os agentes de TI, engenheiros e programadores de sua confiança tinham acesso ao lugar e ao maquinário.
O salão tecnológico, com um aparato enorme de computadores, monitores e sistemas de rastreamento em tempo real, estava bem movimentado.
Logo Yamaki se aproximou de uma mulher que usava um terno.
Era Megumi Onodera, que antes era um dos operadores e hoje é a segunda encarregada.
Em outras palavras, ela se tornou:
— Gerente, qual o estado do monitoramento?
— Sr Yamaki, se encontra instável — ela falou, sob uma das plataformas do salão. — Houve um acréscimo expressivo de movimentação na rede, provavelmente uma anomalia no nível “selvagem”.
— Sabe muito bem que devemos tratar disso como ameaça iminente, não?
— Perfeitamente — ela tomou nota em seguida. — Os agentes estão fazendo plantão desde ontem, minutos depois da reunião que tivemos com todos.
— Fez muito bem… — disse, observando informes em um monitor próximo. — Avisou aos outros centros de monitoramento das outras nações?
Onodera, direta e sem rodeios, lhe respondeu:
— Não houve essa necessidade.
— E porque?
— O compartilhamento de informações entre os países não mostrou essa anomalia que encontramos em Shinjuku. Se houvesse manifestações de selvagens pelo mundo, fatalmente as outras nações já teriam comunicado.
Yamaki era experiente demais para acreditar nisso. Por isso retrucou:
— As outras nações com certeza encontraram. Só não “entregaram o ouro”.
— Como assim, senhor?
— Proteção. Política. Contenção. Economia. Existem muitas vieses envolvendo segurança na rede no mundo todo e uma generalização de informações, com total certeza, traria consequências em todas as vias. Não os condeno por isso.
— Compreendo… — Onodera tomou um bloco de notas, enquanto conversava. — Então estamos agindo secretamente como as demais nações.
— Sim, mas não necessariamente devem ter ocorrido lá fora. Trabalharemos sobre essas duas visões. No momento, vamos nos preocupar com o problema da casa. Eliminar essa ameaça é nossa prioridade.
— Sim, senhor. Como adendo, o selvagem não se assemelha ao D-Reaper. Longe disso, aliás.
— Ótimo. Uma boa notícia então... Vamos trabalhar.
Foi mesmo uma ótima notícia. Claro, o momento inspirava cuidados, mas não era tão grave.
Embora a atividade de selvagens tenha sido encontrada, só o fato de não terem a mesma potencialidade do Matador era um alívio muito comemorado.
Onodera tinha mais a falar.
— A propósito, como está a Otori? E Seiko, aquela lindinha?
— Estão todas bem... — Yamaki sorriu, comportamento que passou a ter quando falava da rainha. — Otori insistiu em vir, mas concordou em ficar em casa.
— Comprometida com o trabalho, típico dela.
— Sim... Bem, voltemos nossas atenções para o monitoramento.
O rastreamento continuou, com troca de turno inclusive.
Enfim, o trabalho da Hypnos estava somente começando.
そのことについて(enquanto isso)...
松田家住 (Residência da Família Matsuda)
時間: 09:20 AM
Ainda aproveitando a manhã de domingo, que estava somente começando, o foco estava em Takato, que se encontrava em seu quarto.
O rapaz tinha tarefas do colégio para fazer, mas, para ele, tinham outras coisas mais “importantes”...?
— Ah, não pode ser... De novo? — disse, irritado.
Não era pra menos a frustração de Takato.
Novamente havia perdido o primeiro lugar no Gran Turismo 4™ jogando online.
A oitava curva do circuito de Suzuka era o que separava os bons dos ruins jogadores. E tudo isso com um espectador bem animado e as palavras de Gigimon:
— Takato perdeu de novo e Gigimon achou divertido ver sua reação, hahaha!
— Não começa!
— Takato irritado... e Gigimon rindo, hahaha!
— Para com isso!
— Hahaha!
O garoto preferiu desligar seu PlayStation 2® e voltar suas atenções a lição.
Só que assim que tomou seu caderno, Gigimon pulou sobre a mesa, dizendo:
— Takato... Gigimon está com fome.
— Ah mas outra vez? Já é a quarta vez hoje que você pede pra comer!
— Takato cuida de mim... pra Gigimon ficar mais forte.
— Tá... Eu sei. Eu quero que você fique forte...
— Takato é muito bonzinho com Gigimon. Por isso Gigimon quis voltar também.
— Já sei... Por causa do pão Guilmon, né?
Só que na inocência do Digimon bebê tratava um pouco de seriedade:
— Gigimon sentiu saudades… — disse, se aproximando de Takato.
— Hã? Nossa… — o garoto, emotivo, o colocou no colo. — Gigimon, olha... Eu também senti muitas saudades. Muita coisa mudou desde que te vi pela última vez, Sabe? Estou mesmo feliz por ter você aqui de novo.
— Takato feliz, Gigimon também — o pequeno sorriu, buscando mais carinho.
Era visível o vínculo emocional dos dois. Como esperado, a amizade deles, mesmo após tantos anos, se manteve inabalável.
数分後 (minutos depois)...
— Eeeba! Pão Guilmon é o melhor! Gigimon vai comer tudo!
Takato serviu seu amigo com sua guloseima mais amada.
Enquanto o pequeno Digimon se alimentava, o jovem estava sentado observando Gigimon com seu pai ao lado, que começou a conversar:
— Está fazendo um ótimo trabalho em cuidar dele, filhão.
— Ah valeu, pai!
Mas, após um tempo em silêncio, o Sr Matsuda precisou dar sua opinião sobre o momento:
— Desde ontem eu só fico mais e mais orgulhoso por você, Takato, mas… — o homem pausou suas palavras.
— Hã? O que foi, pai? — ele o olhou, curioso.
— Eu conversei ontem com sua mãe quando vocês foram para a casa do seu amigo, o Lee. Seus amigos digimons voltaram, mas você já deve saber que pra tudo tem uma explicação.
— Eu concordo com o senhor, pau.
O Sr Matsuda se levantou, indo até a janela. Seu olhar, sereno mas, ao mesmo tempo, preocupado, buscava respostas.
— Deixa eu tentar adivinhar: você não sabe o porquê deles terem conseguido voltar.
— Mas todos nós sabíamos que um dia isso iria acontecer!
— Sim, filhão. Eu mesmo estou feliz com isso, só que você sabe melhor do que eu que pra tudo tem um motivo para acontecer. Se ele está aqui e também os outros, me leva a acreditar que muitos outros estarão aqui em breve.
— Ah pai... Tipo... Bem... — tentou dizer Takato.
Essa era uma verdade que o jovem não poderia refutar.
Até mesmo seu pai, que não tinha lá um vasto conhecimento do assunto, com o pouco de lógica do que era viver, já havia chegado a uma conclusão.
Entretanto, Takato havia crescido e sua maturidade, diante as dificuldades que enfrentou no passado, o levou a dizer:
— Como você mesmo me disse uma vez: “viva cada dia como se fosse o último”. Eu devo cuidar do Gigimon para que ele fique forte até o dia que precisemos lutar outra vez.
— Eu pensei que você iria se esquivar, filhão — indagou seu pai, se virando para o jovem. — Enfrentar os problemas é sempre difícil, mas necessário.
— Até lá vou fazer da vida do Gigimon melhor. Acho que ele e os outros passaram poucas e boas no digimundo.
— Devem mesmo. A propósito, como estão os outros?
A conversa continuou, amistosa e mais leve.
A atitude de Takato fez com que um sorriso franco surgisse no rosto de seu pai.
Orgulhoso como estava, sabia que poderia confiar na esperteza de seu filho.
Takato era o típico adolescente gente boa e brilhante.
O jovem ficou mais inteligente e amigável com todos.
Por mais que suas características sociais como a timidez ainda fosse um obstáculo, era mais do que evidente que tinha mais autonomia e determinação.
No colégio, sempre vivia cercado de amigos e se destacava no time de futebol.
Seu crescimento foi louvável.
Entretanto, seus desafios, no preciso momento, aumentariam também.
そのことについて (enquanto isso)...
李家住宅 (Residência da família Lee)
時間: 10:25 AM
— Você não me pega! Haha!
— Vamos ver, então!
O saltitante e inesgotável Gummymon estava se divertindo com Shiuchon, que brincava de pega pega com o pequeno digimon pelo apartamento de Lee.
A recreação não se estendeu por muito tempo. E isso tinha uma explicação.
Logo após a brincadeira sadia, Lee começou a alimentar seu amigo com a papinha que sua irmã preparou:
— Está gostando, Gummymon? — ele levou a última colherada à boca do pequeno.
— Isso é gostoso, mas ainda é pouco... Quero mais!
— Tá... Ah... — Lee, gritando em direção à cozinha, deixou claro a urgência. – SHIUCHON, PREPARA MAIS!
— Tá! Nona porção a caminho!
Sim, era a nona vez que alimentavam Gummymon.
Lee estava se saindo muito bem, como sua irmã havia comentado mais cedo.
E não era para menos: o jovem, de origem chinesa, tinha um apreço muito grande por seu amigo, cuidando do digimon com todo o mimo possível.
Porque? Simples: Lee colocou até um agasalho em Gummymon, que limitava seus movimentos.
— Eu tenho que usar isso mesmo? — o pequeno olhou para o suéter, que o cobriu quase totalmente. — Isso atrapalha pra correr.
— Pra você não pegar um resfriado. Então, não reclama!
— Momantai, Lee! Momantai! Momantai!
Para Gummymon, tudo era motivo para festa e brincadeiras.
Nem mesmo suas limitações impediram que começasse a usar a sala como um parque para continuar brincando.
Lee também fez parte disso, se divertindo com seu amigo.
Shiuchon ficou de longe, observando-os dessa vez.
Ela pôde ver que seu irmão estava tão feliz quanto, como a muito tempo não via.
Não demorou muito tempo para que Lee tivesse sua atenção alterada: seu pai apareceu na sala, que o olhou.
Só isso já foi o suficiente para que o jovem entendesse que o assunto era sério, como o tom de voz que seu pai explanou.
— Jianliang...
— Oi, pai... O que foi? — disse Lee.
— Me acompanhe até meu escritório — ele se virou, deixando claro que era algo importante.
— Hã?! — Lee, curioso, o seguiu, impactado pelo convite inesperado.
Sendo assim, ele foi até a sala destinada aos negócios de seu pai.
Pelo seu semblante, o assunto inspirava cuidados e, principalmente, seriedade.
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