Death March Web Novel Online 6-15
[A População do Território Muno — Parte 6]




Ilustração Death March Kara Hajimaru Isekai Kyousoukyoku | Death March To The Parallel World Rhapsody Web Novel Online Capítulo 6-15 Traduzido para Português Brasileiro (PT-BR) pela Anime X Novel. Acesse https://www.animexnovel.com/


Satou aqui. Quando joguei games ocidentais pela primeira vez, fiquei surpreso com a facilidade com que eles tiravam a vida das pessoas. Algumas pessoas falam que é apenas choque cultural, mas não tem como tratar da mesma forma estando em um mundo alternativo.



◇◇◇



Aparentemente, os ladrões derrubaram os cavaleiros usando cordas e redes de captura quando os atacaram. No momento em que eles entraram ao alcance da nossa vista, os cavaleiros lutavam desesperadamente para se proteger de dentro da rede.

Por que eles não simplesmente cortavam as cordas com suas espadas? Eram cavaleiros iniciantes?

Os ladrões também faziam tudo o que podia, mas como os cavaleiros vestiam armaduras completas, os ataques não surtiam muito efeito.

Como havia três arqueiros entre os ladrões, Pochi e eu nos separamos para derrubá-los das árvores.

E por que é sempre nas árvores?

É um mistério.

Percebendo a nossa aproximação, os bandidos se viraram para a gente, mas antes mesmo que os 200m de distância entre nós tivesse sido cruzado, metade do grupo já havia caído. Mia atacou com sua [Névoa Mostarda], fazendo-os começar a tossir descontroladamente e rapidamente as meninas beastkin os incapacitaram.

Ninguém parecia ter morrido por enquanto. Deixei a carroça com Lulu e pedi a Nana, a quem eu tinha lançado o feitiço [Escudo] para proteger.

Também usei o [Escudo] em mim e me dirigi ao campo de batalha junto com as garotas. Cortei a rede que prendia os cavaleiros com uma adaga, enquanto as meninas distraíam os ladrões.

— Bom trabalho, mercador! Malditos ladrões, tornem-se presas para a forte espada do grande cavaleiro Eral-sama!

Depois que o outro cavaleiro assentiu silenciosamente, ele seguiu o cavaleiro Eral e juntos começaram uma carnificina contra os ladrões.

Mesmo que os dois fossem apenas nível 9, suas armas e habilidades de combate estavam muito à frente, então se tornou uma chacina unilateral. Eles fizeram questão de matar todos que estavam caídos no chão após terem sido neutralizados por Liza e as outras. Eram realmente implacáveis.

— Ei, senhor cavaleiro fodão, paradinho aí.

Um velho barbudo, que parecia ser o líder dos ladrões, saiu da floresta. O capanga ao seu lado segurava uma mulher em roupas de viagem como refém. A mulher estava amarrada com uma corda.

— Uma refém, hein?

O que foi isso? — Minha percepção de crise me alertava terrivelmente.

Havia uma emboscada em algum lugar?

Mantive minha atenção ao redor.

Não.

Vinha do cavaleiro Eral.

O cavaleiro Eral estava prestes a apunhalar a mulher refém junto com o homem atrás dela. Joguei a adaga que estava em minha mão para repelir sua espada.

Ufa, consegui.

Enquanto confirmava a segurança da mulher, desviei da lâmina de um ladrão que me atacou por trás. Parecia que o cavaleiro Eral não conseguia decidir se deveria me atacar ou aos ladrões.

Vaias vieram do velho barbudo.

— Tsc, você não liga para reféns, hein? E ainda se chama cavaleiro?

Sinceramente, o velho barbudo tinha mais honra que esse cavaleiro...

O bandido afastou a espada do cavaleiro Eral com seu machado.

O outro cavaleiro cortou o homem que segurava a refém por trás.

O que havia de errado com os cavaleiros neste mundo?

— TORUMA!!!

Aquele grito veio da mulher que era refém.

O que há com ela? O homem neutralizado não era um ladrão também?

O cavaleiro que ouviu o nome do homem pareceu julgar que a mulher também era uma ladra e levantou sua espada contra ela. Coloquei-me entre eles, confiando no [Escudo].

— Cavaleiro-sama, você está atacando a pessoa errada! Esta mulher não está com os bandidos!

Não sei se o cavaleiro acreditou nas minhas palavras, mas ele deixou a mulher em paz.

A luta do cavaleiro Eral com o velho barbudo terminou rapidamente após o outro cavaleiro se juntar a ele. Os outros bandidos tentaram fugir ao ver que o chefe deles estava perdendo, mas Pochi e Tama jogaram pedras em seus pés, prendendo-os.

— Covarde!

— Fuhn, tolo. Acha mesmo que um cavaleiro honrado como eu lutaria de igual para igual com simples bandidos? Que droga, eles sempre aparecem, não importa quantos deles eliminemos!

Depois de decidir como lidariam com os ladrões, os cavaleiros mataram todo mundo, inclusive os que capturamos e amarramos atrás da carroça. Eu só conseguia ver aquilo como uma chacina e nada mais.

Eu estava prestes a protestar contra os cavaleiros quando fui interrompido pela Arisa, que tinha chegado ao meu lado sem que eu percebesse.

— Ufa, é um desperdício de comida deixar ladrões vivos. Sinta-se honrado em saber que fora de serventia a um nobre cavaleiro. Como recompensa, deixarei que fique com quaisquer dos equipamentos em posse dos ladrões. Eles poderão ser úteis para o seu comércio.

Os cavaleiros foram embora depois de deixarem palavras que não soavam exatamente como um agradecimento.

A propósito, Toruma-shi estava vivo. Como ele não morreu instantaneamente, fiz com que bebesse uma poção de cura, e sua feição retomou num piscar de olhos. Esse efeito imediato era desconcertante, mesmo depois de vê-lo tantas vezes. Sua respiração estava estável, embora ele ainda estivesse inconsciente.

Hayuna-san, o nome da mulher que tinha sido usada como refém, nos contou que o bebê dela e de Toruma estava sendo mantido no esconderijo dos ladrões dentro da floresta. Eles não podiam se rebelar, pois seu bebê também tinha sido feito de refém.

Fiz Hayuna-san, que queria nos acompanhar até o esconderijo, dormir com a magia de Arisa.




◇◇◇



Mia, Arisa e eu fomos atacar o esconderijo dos ladrões.

Eu queria ir sozinho, mas Arisa insistiu em ir junto de qualquer jeito, e Mia, que estava enjoada com o cheiro de sangue, aproveitou a oportunidade. Assim, ficou decidido que iríamos juntos.

O esconderijo ficava a apenas 100 metros da estrada principal. Depois de fazer os ladrões dormirem com um feitiço de Arisa do lado de fora, salvamos tranquilamente o bebê de Hayuna-san.

— Missão de resgate do bebê concluída!

— Nn.

Deixo o bebê com Mia, pois Arisa estava me chamando.

— Esse bebê tem um dom. É algo bem raro.

O bebê tinha uma habilidade incomum, [Oráculo].

— Que tipo de habilidade é essa?

— Ela tem o mesmo efeito de um oráculo, como quando vários sacerdotes e Mikos rezam por horas no templo.

— Se é assim, deve ser uma habilidade muito conveniente.

— No entanto, parece que você pode morrer se usá-la descuidadamente, então não dá para abusar.

Parecia uma espécie de canal direto com os Deuses deste mundo. Imagino um vendedor ocupado segurando um celular.

— Agora, deixando o bebê de lado, o que faremos com esses ladrões?

— Acho que não deve ter problema se apenas tirarmos suas armas e equipamentos, então os deixarmos assim. Duvido muito que consigam continuar com o banditismo depois que seus amigos foram eliminados, certo?

Havia três ladrões dentro do esconderijo. Achei que fossem prisioneiros no início, já que todos pareciam homens delicados que nunca haviam lutado, mas suas afiliações eram as mesmas da gangue de ladrões do velho barbudo de antes, então provavelmente era isso.

— Esse nome de “Satou” não é só para exibir, hein? Mas, tá, entendi. Ainda assim, por que só tinha um bando de garotinhos delicados escondidos aqui? Será que eram amantes daquele velho barbudo? Já que parece meio BL, vou perdoá-los!

Rudy: Satou em Japonês significa “Açúcar”, doce. Por isso a Arisa diz que ele é bomzinho demais.

Não me importo com as preferências ou virtudes dos ladrões, então deixo a coleta dos equipamentos para Arisa, que está imersa em suas fantasias.

— Achei um tesouro!

Pensei que fosse algum item erótico vindo da Arisa, mas foi apenas um colar normal. Ele tinha uma pequena joia que parecia lápis-lazúli.

— É um amuleto. Provavelmente um artigo roubado, mas é um item mágico muito bom. Só não sei de que tipo.

A busca logo termina e conseguimos reunir não apenas espadas normais, mas também armaduras, adagas, flechas, arcos, entre outras coisas. Quanto aos mantimentos, pegamos apenas os alimentos de luxo, como bebidas alcoólicas.

Ao verificar o mapa, vi que havia um armazém escondido dentro da parede da sala do chefe. Quando o inspeciono, encontro joias variadas e dinheiro totalizando 5 moedas de ouro, além de muito licor de alta qualidade e alguns livros incomuns.

— Contos de heróis não são algo que um ladrão normalmente carregaria... E ainda por cima, livros de romance entre um cavaleiro e uma garota nobre...

Mesmo sendo bandido, ele sabia ler? De qualquer forma, esses livros provavelmente venderiam bem em uma loja de penhores suspeita.

— Tadá! Olha isso!

— Bom trabalho, Arisa.

Arisa me mostrou dois pergaminhos envoltos em tecido de primeira classe. Eram os feitiços [Abrigo] e [Flecha Remota], mas infelizmente o [Abrigo] já tinha sido usado. Provavelmente pertenciam a um mercador viajante ou a um nobre para autodefesa.

— O que foi? Você está focado só nos pergaminhos? Dá só uma olhadinha no tecido também~

Tento avaliar.

Ao que parece, tratava-se de algum tipo de ferramenta mágica também. Segundo a análise, se tratava de uma fibra chamada Yuriha, a qual nunca tinha ouvido falar antes, mas tinha alta defesa contra ataques físicos e mágicos. Caso não tivesse nenhum efeito estranho, eu faria algo para Lulu com isso, mesmo sendo uma peça masculina.

— Parece que tem propriedades mágicas. Como não sei ao certo para o que serve, melhor deixar fazer algum equipamento com isso depois.

— Uu~n, verdade. Eu odiaria colocar essa coisa para depois descobrir que o pano tem uma maldição que não permite ele ser removido, ou coisa assim. Mesmo sendo um desperdício, não tem jeito, né?

Além disso, encontramos três cavalos amarrados nos fundos do esconderijo. Olhei para o estábulo próximo, mas só encontrei uma sela, provavelmente do chefe. Coloquei a sela em um dos cavalos de raça diferente.

— Ara, pense nuns ladrõzinhos riquinhos eles eram.

— Parece que sim. Embora só tenha uma sela, sabe?

— Montar. — Mia monta em um dos cavalos sem sela.

Aparentemente, ela está acostumada a brincar com cavalos selvagens em sua terra natal.

Aprendendo com Mia, também monto em um cavalo. Claro, o que tinha uma sela. Coloco o pé no estribo e subo de uma vez.

»Habilidade [Equitação] foi Adquirida.
»Habilidade [Montaria de Animais] foi Adquirida

A última parece ser para montar coisas além de cavalos. Como seria cruel deixar Arisa andar a pé, coloco-a na minha frente.

Tudo bem que ela encoste a cabeça no meu peito, mas eu gostaria que ela parasse de pressionar o quadril contra mim. Como Arisa estava segurando o bebê, apenas a aviso, mas se continuasse haveria uma "punição" quando voltássemos à carroça. Claro, não de maneira sexual.

Voltamos à carroça carregando o bebê nos braços, e os corpos dos ladrões estavam alinhados na beira da estrada. Os equipamentos deles tinham sido coletados com sucesso.

— Mestre, devo cortar as cabeças deles e levar conosco?

— Não, pode deixá-las. Ainda falta dois dias até a próxima cidade, e elas vão começar a feder se as levarmos.

Definitivamente não quero viajar com 30 cabeças decapitadas.

Achou algum erro? Avise a gente!
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