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- Sugar Dark Lightnovel Segunda Cova 2

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CAPÍTULO 2

Moscas voavam sobre a orla.
Era algo que ele não havia notado até então. Isto é, sentiu que foi a primeira vez vendo insetos desde que veio ao cemitério, o que era um pouco surpreendente. Ainda mais porque, apenas um pouco antes de seu mandato no cemitério, não teve um único dia em que não viu moscas.
— Qualquer lugar onde pessoas se reúnem, moscas e mercadores aparecerão, sem dúvidas. — Ele não conseguia se lembrar da pessoa que disse isso, mas, com certeza, uma família grande, em meio a uma expedição, sofreria com moscas zumbindo por todos os lados.
Quando se tratava do exército, os excrementos de pessoas e cavalos, a grande quantidade de comida e sujeira jogada fora e os cadáveres criavam um ambiente perfeito para alimentar insetos. A propósito, além de cavar trincheiras, uma das responsabilidades das toupeiras também era cavar buracos para enterrar todas essas coisas.
E, recusando-se a sucumbir-se às moscas que voavam por todos os lados, os acampamentos militares também eram visitados por mercadores de aldeias, os quais tinham comprado licenças das patentes superiores.
O homem enviado pela guilda dos mercadores tinha uma carroça cheia de indulgências, tais como: cigarro, bebidas, barras de chocolate, jornais, baralhos, acessórios à prova de bala, óculos de sol e mudas de roupas de baixo, todos os quais os soldados distribuíam onde quer que fizessem acampamento.
Os dias mais agitados, normalmente, eram logo após os pagamentos ou quando mercadores vinham com fotos picantes de atrizes famosas. Ambos faziam com que uma enxurrada de indivíduos rudes e incultos começassem a brigar, por isso, PMs[1] eram despachados para evitar as brigas e colocar as pessoas em fila.
No entanto, uma coisa interessante era a mercadoria. Mesmo que 100% dos clientes fossem homens, as carroças também tinham outros produtos, como perfumes e batons, não importava como olhasse, ficava claro que eram produtos femininos. Dependendo da carroça, vários acessórios de vestuário eram vendidos.
Muoru, naturalmente, passou muito tempo imaginando que tipo de soldado compraria e usaria esses produtos. Porém, um dia, quando se deparou com um de seus superiores após colocar as mãos no pagamento, o mistério foi solucionado.
Com um sorriso, seu superior comprou alguns brincos. Após isso, foi direto da carroça até as tendas montadas atrás do acampamento.
Claro, comprar uma licença para vender produtos durante as campanhas militares não era um direito apenas da guilda dos mercadores. Também havia outra tenda, chamada “Guilda da Heroína”, feita com um tecido coberto por desenhos floridos, diferente do material que os soldados usavam.
Ele não sabia sobre as intenções de seu superior, mas assumiu que ele comprou o produto como uma forma de conquistar um coração, ou algo do tipo.
Seja como for, a carroça do mercador não viria para este cemitério, e mesmo que viesse, Muoru estava falido. Além disso, não conseguia imaginar Mélia ficando animada ao receber coisas como batons ou perfumes de presente.
Bem, acho que deve ser apenas um problema com minha imaginação.
A garota era diferente das mulheres comuns. Até mesmo Muoru, que havia usado seu abono militar para comprar apenas envelopes ou um pouco de bebida, entendia isso.
E, ao ouvir seus problemas, Corvo disse:
— O coração de um esqueleto.
Pouco antes de fazer esta declaração, esteve se preocupando muito sobre sua incapacidade de diminuir a distância entre ele e Mélia, e o Corvo aparentemente desocupado discutiu o assunto com ele de forma distraída.
Quando pensou nisso com mais clareza, percebeu que cometeria um erro. O assunto em mãos era uma fonte perfeita de provação para alguém como Corvo, já que era o tipo de humano que parecia pular com toda energia se sentisse que algo parecia um pouco divertido.
— Então é isso... por isso você se recusou a me dizer antes — murmurou Corvo sem ao menos tentar esconder seu sorriso cruel. — Nossa, queria que tivesse me contado antes. Esta toupeira se interessou pelo sexo oposto!
Bem, Corvo parece estar animado.
O mal-entendido de Corvo não foi o suficiente para justificar uma correção. Muoru estava se aproximando de Mélia porque precisava de uma forma para escapar, simplesmente isso. No entanto, se tentasse corrigir este mal-entendido, ficaria bem claro que se tornaria um alvo de provocações ainda maior. Embora estivesse relutante, não havia nada que pudesse fazer a não ser deixar este assunto continuar desta forma.
— Bem, além de presentes, é essencial elogiar os pontos fortes dela. Por exemplo, se alguém elogiasse meu cabelo, eu ficaria muito feliz.
Ninguém perguntou sobre você. Resistindo à vontade de dizer isso, Muoru, ao invés disso, fez uma simulação mental. Mélia apareceu em sua mente e falou. Felizmente havia muitas coisas para elogiá-la, e, naturalmente, por ser sua imaginação, suas palavras saíram normalmente.
E aí, Mélia, seu cabelo está bonito como sempre.
Obrigada, Muoru. Fico muito feliz em ouvir isso.
— Nah, não daria certo. Com toda certeza, ela não ficaria feliz.
Corvo mostrou um olhar repleto de simpatia para o garoto que franzia a testa ao pensar.
— Pois é, pois é, Mélia-chan, certo? Não posso vir aqui a não ser à noite, por isso nunca a encontrei, mas parece que é uma pessoa complicada.
Isso era realmente verdade. Porém, não poderia só chegar e dizer coisas como, “você está sendo irracional, então pare”.
Talvez ele seja mesmo um cara legal, pensou Muoru, mostrando um pouco de ignorância. Parece que até mesmo eu estou desistindo.
Então, ao invés de confortá-lo, Corvo disse algo estranho:
— Hmm, faz sentido. Em outras palavras, é provável que a garota tenha o coração de um esqueleto.
— Como? — perguntou Muoru sem pestanejar.
Os olhos de Corvo se estreitaram repentinamente, e, como se fosse um hipnotista, falou de uma forma completamente fascinante:
— Ouça, tente imaginar o interior do lado esquerdo do peito de um esqueleto. Carne e ossos entrelaçados. E, atrás das costelas brancas...
Corvo juntou as duas mãos abruptamente, como se estivesse prestes a aplaudir.
— É vazio — continuou.
Muoru exalou, como se tivesse sido enganado.
— Do que está falando?
— O problema com sua compressão não está apenas nos ouvidos. — Corvo colocou uma mão no peito e falou com um tom misteriosamente sério. — Acho que até você já deve ter passado por isso. Nunca sentiu seu coração pular ao ouvir algo maravilhoso ou chocante? Certo, se tivesse que imaginar, essas palavras chegam muito mais fundo do que apenas até sua consciência exterior. Porém, a garota em questão parece não ter este tipo de sensação. Não importa o que lhe diga, acho que suas palavras podem nunca chegar ao seu coração, simplesmente como se não tivesse um.
Ao ouvir isso, Muoru, sem perceber, mordiscou os lábios.
— Ah, ei, ei, não fique tão para baixo. Isso não passa de minha própria suposição. Pode ser que ela apenas tenha habilidades sociais ruins, né?
— Se isso é verdade, não tem problema. Mas sério, sinto que parece inútil, não importa o quê.
Rindo da timidez do garoto, Corvo disse:
— Bem, vamos descobrir se ela tem ou não um coração.
— Hein?
A garota é humana, por isso, fisicamente, com certeza possui um. Dizer que é o “coração de um esqueleto” devia ter sido apenas uma analogia. Porém, Corvo disse que deviam confirmar.... Uma afirmação que deixou Muoru perplexo.
— Sim, então, feche os olhos — disse Corvo, e Muoru obedeceu inconscientemente.
Então, como se usasse algum tipo de feitiço, disse:
— Ouça, tente imaginar o peito esquerdo da garota. Sob seu manto, roupas íntimas, pele, carne ossos, tudo isso. Há um coração mesmo? Não devíamos tentar confirmar? Você poderia perguntar: como? Bem, é simples. Use a palma de sua mão, caso sinta alguma coisa batendo, tudo bem. No entanto, se seus dedos soltassem as roupas dela e revelassem a protuberância em seu peito, pode ser que você ame isso...
— ...
Corvo riu e apontou para o rosto de Muoru.
— Oh, nossa, Toupeira-kun. Seu nariz está sangrando. Não me diga que está imaginando algo pervertido.
— Vá... vá... vá se ferrar, seu idiota! Não estou pensando nisso! Vou te enterrar vivo! — gritava Muoru enquanto cobria a área abaixo de seu nariz com a mão, fazendo com que Corvo risse.
— Uau, que engraçado. Toupeira-kun, esta foi a primeira vez que você me respondeu assim!
Foi um completo e grande erro discutir isso com Corvo.
Bem, parecia que não havia ninguém mais além dele para discutir sobre Mélia.
No fim, Muoru confirmou que não poderia usar um presente, nem imaginava que ela entenderia seus elogios. Sendo este o caso, pelo menos, ele devia se preocupar em fazer algo que ela não odiasse. Este era um pensamento incrivelmente modesto, mas, no momento, não havia outra opção.
Próximo ao estábulo degradado, onde ele dormia, havia um reservatório que parecia ter sido usado para dar água aos cavalos no passado.
Ao acordar mais cedo que o normal, Muoru foi até lá, encheu um balde velho e trincado com água, então, despejou sobre sua cabeça. Dentro do reservatório de água parada, larvas de mosquito flutuavam. Sem percebê-las, encheu o balde novamente e repetiu a ação.
A água estava morna, com um fraco cheiro de mofo, mas era o bastante para despertar seu rosto distraído.
— Toupeira-kun, ouça, você sempre está coberto de lama, mesmo quando está de folga — disse Corvo antes, enquanto lhe entregava uma lâmina de barbear —, pelo menos, quando não estiver abrindo covas, pode tentar manter uma boa higiene. Não importa o quanto esconda seu verdadeiro comportamento, nenhuma garota irá gostar se você for relaxado.
Isso não tinha nada a ver com Corvo. Mas, mesmo assim, realmente havia pessoas que se importavam se toupeiras estavam cobertas de terra? Mesmo garotas...
Murmurando reclamações sobre o Corvo insinuante, Muoru, mesmo assim, raspou e barba e removeu toda a sujeira de seu corpo.
Na distância, o céu oriental estava começando a brilhar, mas o sol ainda não havia dado as caras. Do outro lado, a lua podia ser vista vagamente.
Embora tenha sido uma boa ideia ter colocado as roupas após se secar, ainda se sentiu um pouco perdido por não ter alguma coisa para fazer.
Ainda tinha tempo até começar a trabalhar. Entretanto, depois de se esforçar para tomar um banho, não podia voltar para a cama. Por isso, decidiu ir até o cemitério.
Como está Mélia? De repente, essa dúvida cruzou sua mente. Ele sempre ia dormir antes dela, por isso não sabia que horas ela saía do cemitério. Será que ainda está de guarda? Muoru andou com esses pensamentos na cabeça. Porém, depois, mesmo que se encontrassem, sobre o que deviam conversar?
Enquanto passeava do cemitério ao estábulo, a vista do lado da mansão não sumia durante o caminho. Como de costume, ele passou pelo lado da cerca de ferro preta, mas, desta vez, conseguiu ouvir água vindo da direção do pequeno jardim.
Geralmente, teria pensado que era alguém regando as plantas, no entanto, lembrou-se que o jardim da mansão era monótono e não possuía arbusto algum.
Ele tinha certeza que era apenas a água corrente dos canos da residência. Por isso, sem se preocupar, foi até os fundos.
Mélia estava lá.
Ela estava ajoelhada no centro do jardim, em um recanto coberto por concreto. Ao lado, havia uma coluna estreita, com uma torneira anexada à sua extremidade. Uma mangueira azul estava ligada a ela, e o braço branco de Mélia a segurava sobre a cabeça. Da ponta daquela mangueira, água saía e lavava todo o seu corpo. Sua aparência, por trás, era a mesma de quanto ela nasceu.
Logo antes do amanhecer, em um mundo que ainda mostrava sinais de escuridão, a garota lavava seu corpo.
Isso não é estranho? O garoto estava confuso.
O cabelo castanho-claro dela, o qual sempre esteve coberto pelo capuz, ia até sua cintura e fazia com que a água pingasse sobre sua pele branca, a qual estava completamente nua, da cabeça aos pés.



Estranho, parece uma contradição.... Mesmo tendo uma figura magra..., por que sua pele parece ser macia...?
— Muoru...?
Se ela sentiu seu olhar ou não, ele não sabia, porém, naquele momento, Mélia olhou para ele por cima do ombro. A linha de visão da garota, completamente indefesa, e o olhar rígido do garoto encontraram-se através da cerca de ferro.
Então, a garota largou a mangueira e cobriu seus seios modestos. Sua cabeça estava baixa, e água pingava de seu queixo, cabelo, cotovelo e outros lugares.
— Me... me des...
No momento seguinte, um rosnado horrível veio do mato alto, então, o cachorro saltou com uma força capaz de estraçalhar Muoru. Após isso, sem conseguir pedir desculpas direito, o garoto fugiu.
Não imaginava que veria Mélia tomando banho lá, ele pensava nisso enquanto movia suas pernas com desespero. Será que... estava apenas sonhando, assim como de costume?
Mesmo não tendo certeza sobre isso, havia uma coisa que não tinha dúvidas; embora não tenha sido de propósito, depois de vê-la, provavelmente seria odiado para sempre.

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